A imprensa e o papel das mídias no Brasil


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Desde o fim da ditadura militar diversos setores políticos brasileiros alertam sobre o perigo que o oligopólio da mídia em nosso país representa para a democracia



César Zanin*

De modo geral a chamada grande mídia (Globo, Veja, Folha, Estado etc) nos noticia diariamente sobre a situação supostamente terrível em que nosso país se encontra(ria) por conta do governo federal.

Por exemplo, todos os dias somos expostos a uma avalanche de matérias e reportagens na TV, norádio e na mídia impressa, com notícias sobre a corrupção na Petrobras. Este é realmente um dos assuntos mais quentes do momento e espero que as investigações prossigam e que todos aqueles que cometeram crimes sejam punidos, ainda mais agora que temos a Lei 12.846/2013 para combater tais crimes (que já vinham ocorrendo pelo menos desde a década de 90).

Já sobre a corrupção em outras esferas do poder, como por exemplo o cartel do Metrô de SP ou o desvio das verbas da saúde mineira (entre tantos outros), ou sobre o helicóptero do deputado com quase meia tonelada de cocaína, não vemos muitas notícias na imprensa brasileira.

Mas há outros assuntos muito importantes para a evolução da sociedade brasileira que também não vemos muito na grande mídia brasileira. Um deles é justamente a regulação da mídia.

Desde o fim da ditadura militar diversos setores políticos brasileiros, sobretudo à esquerda, alertam sobre o perigo que o oligopólio da mídia em nosso país representa para a democracia.

Para quem acha que não existe um oligopólio da mídia no Brasil, continue lendo pois chegaremos lá; por enquanto veja (ou reveja) o direito de resposta que o então governador do RJ Leonel Brizola levou 2 anos para conquistar na justiça para se defender dos ataques infundados da rede Globo.


Durante os governos Sarney, Collor, Itamar e Fernando Henrique o assunto regulação da mídia foi ignorado. O governo Lula nada fez também durante o primeiro mandato.

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que aconteceu em 2009, formada por etapas municipais, estaduais e nacional, movimentou mais de 30 mil pessoas para discutir os desafios da área e apresentar recomendações ao poder público de quais políticas deveriam ser implementadas para o setor. A partir dessas recomendações o ex-ministro das Comunicações Franklin Martins elaborou um projeto de Regulamentação dos Meios de Comunicação.

No primeiro mandato da presidenta Dilma esse assunto ficou enterrado, mas durante a campanha à reeleição seu partido pressionou para que o assunto fosse tratado num eventual segundo mandato.

“No Brasil, tenta-se confundir essa regulação econômica com o controle de conteúdo, e uma coisa não tem nada a ver com a outra. Controle de conteúdo é típico de ditaduras. A regulação do ponto de vista econômico apenas impede que relações de oligopólio se instalem”, afirmou a presidenta, em entrevista a comunicadores de blogs independentes ligados à política, em setembro de 2014.

Muita gente ainda acha que não há problema algum com a grande mídia e que qualquer discussão sobre sua regulação significa censura, ou pior, que o PT seria uma ditadura que busca dominar a imprensa, controlar a mídia para tomar e/ou manter o poder.

É principalmente para essas pessoas que eu escrevo estas linhas, vamos adiante.

Um pouco de história

A história da imprensa no Brasil tem seu início somente em 1808, com a chegada da família real portuguesa e a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente dom João. Antes disso era proibida a publicação de jornais, livros ou panfletos (e toda e qualquer atividade de imprensa).

O Brasil foi a última colônia europeia nas américas a ter a imprensa liberada, com séculos de atraso.

A Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal publicado em território nacional, começa a circular em setembro de 1808; era o órgão oficial do governo português que tinha se refugiado na colônia americana e só publicava notícias favoráveis ao governo.

Tudo o que se publicava na Impressão Régia era submetido a uma comissão formada por três pessoas, destinada a “fiscalizar que nada se imprimisse contra a religião, o governo e os bons costumes“.

O primeiro jornal brasileiro lançado por um brasileiro foi o Correio Braziliense (não confundir com o diário de Brasília, que só viria a ser fundado em 1960), mas seu criador, o exilado Hipólito José da Costa, fazia tudo de Londres e as poucas cópias que chegavam ao Brasil (sempre com atraso) eram confiscadas pelo governo (mesmo o Correio Braziliense não sendo um jornal de oposição).

O Brasil teve de esperar até 1821 para ter o primeiro veículo de imprensa fora do controle do governo, com o surgimento do jornal Diário do Rio de Janeiro.

Depois desses primeiros jornais houve uma lacuna de aproximadamente 50 anos até que surgissem novos jornais (um dos únicos jornais dessa primeira época ainda em circulação hoje é o Diário de Pernambuco).

Entre 1875 e 1891 foram fundados muitos jornais que se tornariam grandes, como O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil e Gazeta de Notícias.

Uma terceira leva de novos jornais começou a partir de 1925, com a fundação de jornais como Folha de São Paulo, O Globo e Estado de Minas.

Uma das primeiras revistas jornalísticas brasileiras abrangendo política, no formato como conhecemos hoje, foi O Cruzeiro, fundada às vésperas do golpe de 1930, sendo publicada até 1975.

Revista O Cruzeiro dedicada à posse do ditador Geisel – Ed. 03/1974

O Cruzeiro, uma revista de valores conservadores, seguiu hegemônica até que a revista Manchete dominasse o mercado, com colaboradores como Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Manuel Bandeira, Fernando Sabino e Nelson Rodrigues, entre outros. A Manchete deixou de ter publicação periódica em 2000.

Das grandes revistas ainda em circulação no Brasil, a Veja e a IstoÉ (ambas de valores conservadores, tendenciosamente de direita) começaram a ser publicadas durante a ditadura militar.

A primeira revista de valores progressistas, dita de esquerda, a ter grande difusão no Brasil é a Carta Capital, que foi fundada somente em 1994. A partir de então surgiram outras revistas, tanto as ditas dedireita (Época) quanto as ditas de esquerda (Caros Amigos), mas antes disso as publicações que difundiam notícias de oposição aos governos conservadores ou ideias à esquerda eram perseguidas.

A primeira emissora de rádio no Brasil foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (hoje Rádio MEC), fundada em 1923. Em 1936 foi criada a emissora Rádio Nacional e em 1940 foi transformada na rádio oficial do Governo brasileiro.

A chamada Era do Rádio no Brasil teve seu auge nos anos 40 e 50 e terminou quando a televisão chegou ao Brasil. Durante 20 anos o brasileiro teve o rádio como sua principal fonte de informação e deleite, com musicais, novelas, programas de humor, seriados de aventuras, transmissões esportivas, hora certa e jingles. Nessa época o radio-jornalismo brasileiro se limitava a ler no ar as notícias dos jornais impressos. Havia também o Repórter Esso (versão brasileira do noticiário da empresa petrolífera norte-americana), programa criado para fazer a propaganda das guerras americanas ao povo brasileiro e que se tornou voz dos líderes da ditadura militar no Brasil.

A Rádio Mayrink Veiga, fundada em 1926 e líder da Era do Rádio até o crescimento da Rádio Nacional, foi fechada pela ditadura militar em 1965 por ter participado da Cadeia da Legalidade (que foi um movimento organizado por Brizola, após a renúncia de Jânio Quadros, para garantir a posse do viceJango e defender a democracia contra o autoritarismo conservador dos militares).

A televisão no Brasil começou em 1950, com a TV Tupi, de Assis Chateaubriand, que criou e dirigiu a maior cadeia de imprensa do país, os Diários Associados, com 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, uma agência de notícias e a revista semanal O Cruzeiro, dentre outras empresas. Chateaubriand foi jornalista, empresário, político, advogado e escritor. Foi Senador da República entre 1952 e 1957. Já foi chamado de “Cidadão Kane brasileiro” e acusado de falta de ética por supostamente chantagear e insultar com mentiras; seu império teria sido construído com base em interesses e compromissos políticos, incluindo uma proximidade tumultuada porém rentável com o presidente Getúlio Vargas.

Depois de Chateaubriand apareceu outro jornalista e empresário brasileiro que iria montar um império jornalístico, ainda mais poderoso: Roberto Marinho.

Roberto Marinho herdou do pai o jornal O Globo em 1925. Aproximou-se de Getúlio Vargas com o golpe que iniciou o Estado Novo, inaugurando um convívio que teria com todos os presidentes da República pelos anos seguintes por quase todo o século XX, até o final dos 90, quando finalmente dividiu o poder com os filhos.

Marinho foi contra a criação da Petrobras. Em 1962 assinou um contrato de colaboração entre a Globo e o grupo norte-americano Time-Life. O acordo parecia ir contra a lei brasileira, na medida em que dava a uma empresa estrangeira interesses em uma empresa nacional de comunicações. Mas o acordo deu vantagens a Marinho da ordem de seis milhões de dólares, enquanto que a melhor emissora do grupo Tupi tinha sido montada com trezentos mil dólares.

Fez oposição ferrenha a João Goulart e apoiou o golpe e a ditadura militar; assim Marinho pôde expandir ainda mais seu conglomerado durante o regime autoritário, com a inauguração da TV Globo em 1965, que se tornou o principal canal de televisão do Brasil e um dos maiores do mundo.

Vinte anos depois, embora tenha ignorado inicialmente o movimento popular das Diretas-Já, acabou apoiando Tancredo Neves e José Sarney. Na eleição presidencial de 1989 Marinho apoiou Fernando Collor de Mello e em 1994 e 1998 apoiou Fernando Henrique Cardoso.

Grandes emissoras como TV Tupi e TV Excelsior faliram cheias de dívidas. A TV Record, que era uma das maiores nos anos 60, entrou em decadência nos anos 80 e foi vendida ao pastor evangélico Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.

Na década de 60 os aparelhos de TV se difundiram e nos anos 70 chegou a TV a cores.

Nos anos 80 e 90 o poder de influência da TV sobre a população brasileira era enorme.

O surgimento e o crescimento dos veículos de imprensa brasileiros coincidem com mudanças importantes na ordem do poder político, desde o início da imprensa em nosso país e por todo o século XX – abertura dos portos e transferência da família real, Independência, República, Estado Novo, redemocratização, golpe militar/ditadura, re-redemocratização.

Eis que na segunda metade dos anos 90 a internet chega de vez ao Brasil. E desde então a internet só vem se difundindo cada vez mais. Isso veio a mudar tudo por aqui.

Mas antes vamos ver como e porque a imprensa é tão importante e como e porque as diferentes mídias se consolidaram em nosso país.

Como definir imprensa e mídia e por que regular?

Mídia é o termo usado para designar os meios de comunicação.

Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o jornalismo e outras funções de comunicação informativa.

Os termos mídia e imprensa muitas vezes são usados com a mesma acepção.

Comunicação é um campo de conhecimento acadêmico que estuda os processos de comunicação humana. Também se entende a comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos.

Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe.

Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais.

Em uma sociedade moderna, os meios de comunicação tornaram-se os principais fornecedores de informação e opinião sobre assuntos públicos. A informação é algo fundamental em qualquer sociedade; além de proporcionar crescimento interior (instrução, cultura), traz benefícios práticos para quem a recebe, inclusive pecuniários.

Os meios de comunicação são instituições centrais em qualquer regime.

Nos regimes autoritários, sejam eles de direita ou esquerda, a mídia serve de veículo – exclusivo – para que o governo tente justificar sua postura e suas medidas perante a população.

Nos regimes democráticos o Estado garante aos cidadãos a liberdade de expressão e à mídia a liberdade de imprensa.

A chamada Lei de Imprensa foi uma lei instituída durante a ditadura militar no Brasil e que vigorou até abril de 2009, quando foi revogada pelo Supremo Tribunal Federal. Foi criada para institucionalizar a restrição à liberdade de expressão e consolidar o regime autoritário, assim como acontecia com aImpressão Régia lá no início. A censura calava qualquer pessoa ou quaisquer meios de comunicação que ousassem noticiar qualquer coisa que o governo considerasse inadequado.

Trocando em miúdos, liberdade de expressão significa que qualquer pessoa ou ente tem o direito de divulgar notícias e opiniões livremente; quando um governo restringe a liberdade de expressão, temos a censura.

No Brasil hoje, como já vimos acima, finalmente temos revistas tendencialmente de esquerda e não somente de direita. E claro, diferentemente do que acontecia durante a ditadura militar, hoje nenhum jornalista é cassado por conta de matérias contrárias ao governo (se há dúvidas em relação a isso, releia o primeiro parágrafo lá em cima ou assista a um telejornal da Globo, ou leia a revista Veja).

Em todo regime democrático, a imprensa não é exercida exclusivamente pelo Estado, isto é, temos empresas privadas prestando esse serviço à população. Porém essas empresas atuam comercialmente, gerando receita que resulta em lucro aos seus dirigentes.

O poder econômico se relaciona com o poder político, consequentemente há o risco de promiscuidade.

O fato mais importante aqui é que o direito à liberdade de imprensa causa ao Estado a necessidade de estabelecer um conjunto de regras que ressaltam os deveres da mídia em relação à democracia, afinal todo direito esbarra no direito dos outros. Não apenas a atividade pública deve seguir regras, mas a atividade privada também.

Não é de hoje que os Estados vem assumindo a decisão de normatizar a atividade privada e tais regulamentos não estão limitados ao campo das comunicações. Por exemplo, a padronização de pesos e medidas, os impostos ou as leis trabalhistas, são hoje marcos aceitos pela maioria esmagadora da população, e regem diretamente atividades levadas a cabo pelo setor privado. Isso nada tem a ver com censura.

Iniciativas reguladoras mais específicas também não são novidades – a primeira agência reguladora da qual se tem notícia foi fundada em 1887, nos EUA: a Insterstate Commerce Commission. Desde então foram criadas várias agências reguladoras de setores específicos, como a Federal Communications Commission (FCC), responsável pela regulação das comunicações nos EUA.

A FCC se dedica principalmente a regular o mercado, com foco nas questões econômicas. O órgão é responsável por outorgar concessões.

A propriedade cruzada de meios de comunicação é proibida, uma mesma empresa não pode ser proprietária de um jornal e de uma estação de TV ou de rádio na mesma cidade.

Há também regras que impõem limites sobre o número de estações de TV e rádio que uma mesma empresa pode controlar em determinado mercado. Esses limites variam de acordo com o tamanho do mercado e têm o objetivo de impedir que um mesmo grupo controle totalmente a audiência em determinado local.

Na Argentina atualmente as normas regulam principalmente temas econômicos – assim como acontece nos EUA e assim como a presidenta Dilma quer discutir para ser feito no Brasil.

No Reino Unido um escândalo de escutas ilegais realizadas por tabloides levou ao estabelecimento de regras polêmicas para jornais, revistas e sites.

Na Venezuela, opositores apontam para restrições à liberdade de expressão, mas movimentos sociais dizem que a lei aumentou o número de meios de comunicação comunitários.


Equador e Uruguai são outros países que recentemente regularam a mídia também.

No fundo, a necessidade ou não de regular qualquer setor e a intensidade desta regulação são condicionadas pela resposta à pergunta: que poder tem este segmento específico para modificar as preferências da sociedade e as dos próprios governantes? Quanto maior o poder de determinado segmento, maior a necessidade de um sistema regulador.

Por enquanto imagine um setor qualquer da economia brasileira que nunca foi regulado, que sempre conseguiu atuar se relacionando com o poder político em benefício próprio. Então imagine um governo disposto a escutar a população para então regular esse setor. Como esse setor iria se comportar numa situação dessas? Não sei você, mas eu imagino que esse setor não se submeteria de forma passiva ao processo de regulação, pelo contrário, tentaria assegurar que a regulação fosse o menos prejudicial possível a seus interesses (isto é, um marco legal que não implique em aumento de custos nem em diminuição de benefícios), inclusive se relacionando politicamente e usando todo e qualquer meio disponível para atacar quem está disposto a regular.

Basta uma rápida leitura da história da imprensa no Brasil para percebermos como a relação entre poder político e imprensa tem sido negativa, desde o início.

Oligopólio

O dicionário diz que oligopólio é um mercado em que só há um pequeno número de vendedores para uma multidão de compradores.

Julian Assange, do site Wikileaks (responsável pela divulgação na internet de documentos secretos de governos e empresas ao redor do mundo), assegura que apenas seis famílias são responsáveis pelo controle de 70% da imprensa brasileira.

No Brasil, um país com população de mais de 200 milhões de pessoas, toda a imprensa de grande porte seria controlada por apenas algumas dezenas de pessoas. Segundo a BBC, o mercado de mídia no Brasil é dominado por um punhado de magnatas e famílias.

Na indústria televisiva temos a família Marinho (dona da Rede Globo, que tem 38,7% do mercado), o bispo Edir Macedo (maior acionista da Rede Record, que detém 16,2% do mercado) e Silvio Santos (dono do SBT, 13,4% do mercado).

A família Marinho também é proprietária de emissoras de rádio, jornais e revistas – campo em que concorre com Roberto Civita, que controla o Grupo Abril (ambos detêm cerca de 60% do mercado editorial).

A família Mesquita, de O Estado de S. Paulo, e os Frias, da Folha de S.Paulo, são os donos dos maiores jornais do país. No Rio Grande do Sul, a família Sirotsky é dona do grupo RBS, que controla o jornal Zero Hora, além de TVs, rádios e outros diários regionais.

Famílias ligadas a políticos tradicionais estão no comando de grupos de mídia em diferentes regiões, como os Magalhães na Bahia, os Sarney no Maranhão, e os Collor de Mello em Alagoas.

A cada ano que passa o Grupo Globo fatura mais ou menos 14 bilhões de reais; o Grupo Abril (da revista Veja) mais ou menos 4,5 bilhões de reais; o Grupo Folha R$ 2,7 bilhões; a Record R$ 2,2 bilhões; o grupo RBS R$ 1,5 bilhões; o Grupo Bandeirantes R$ 1,5 bilhões; o Grupo Silvio Santos R$ 1 bilhão; o Grupo Estado quase R$ 1 bilhão; e o grupo Diários Associados mais de meio milhão de reais.

Sim, esses poucos empresários faturam juntos quase trinta bilhões de reais a cada ano que passa.

Se você acha que não há problema algum no fato desses poucos empresários faturem tanto dinheiro assim, sem concorrência, talvez você ache que eles merecem ganhar tanto assim enquanto que os outros milhões de brasileiros não merecem, afinal quem tiver força de vontade e competência pode trabalhar e crescer etc; se for isso, então você precisa dar uma olhada a seguir.

Como os donos da mídia se tornaram donos e como se dá a relação imprensa e poder público

Nenhuma emissora de TV ou de rádio no Brasil deveria ser considerada dona do canal ou da estação em que sua programação é transmitida: todos os canais de sinal aberto em teoria pertencem ao Estado. Diferentemente dos veículos impressos, em que teoricamente cada um que tenha meios pode criar um jornal ou uma revista, as concessões de rádio e TV são distribuídas pelo Estado, por haver uma limitação natural para seu número (as frequências são finitas).

O modelo atual de permissão ou autorização para exploração de serviços de radiodifusão no Brasil foi abordado por dezenas de leis e decretos, desde os primórdios do governo de Getúlio Vargas.

Antes da Constituição de 88, as concessões de TV eram outorgadas pelo ministro das Comunicações ou pelo presidente da República diretamente.

O inciso I do artigo 221 da Constituição diz que a preferência na radiodifusão deve ser dada às finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. O inciso II do mesmo artigo prega o estímulo à produção independente. O parágrafo 5º do artigo 220 da Constituição afirma que os meios de comunicação não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.

As concessões devem ser temporárias e parciais, geralmente condicionadas a determinado conjunto de regras ou leis pré-estabelecidas pelo Estado e são sempre revogáveis.

A Constituição também determinou que o Executivo dividisse a competência de deliberar sobre as outorgas e renovações de concessão com o Congresso Nacional.

A partir disso, criou-se uma expectativa de que o assunto, antes limitado aos muros do governo federal, estaria mais próximo da sociedade e mais suscetível ao debate.

O Artigo 54 afirma que deputados e senadores, a partir do momento em que tomam posse, não podem “firmar ou manter contrato” ou “aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado” em empresa concessionária de serviço público. A primeira linha do artigo seguinte da Constituição, de número 55, diz: “Perderá o mandato o deputado ou senador que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior“.

Mas na prática o que acontece?

O que retratei logo acima sobre o oligopólio, e mais:

Mais de 30% das concessões de rádio e TV no Brasil estão em poder de congressistas.

De um universo de aproximadamente 300 TVs, mais de 3.200 rádios e aproximadamente 6.200 retransmissoras comerciais existentes no Brasil, mais de 55 estão nas mãos de deputados e senadores.

São 27 senadores e 53 deputados sócios ou parentes de proprietários de empresas de comunicação concessionárias de serviço público.

Juntas, essas rádios e televisões somam patrimônio milionário e entre elas, estão afiliadas das principais redes de TV do país.

O deputado Sarney Filho (PV) declarou ter R$ 2,7 milhões em participação na TV Mirante, retransmissora da Globo no Maranhão.

O ex-presidente Fernando Collor (PTB), reeleito ao Senado, é sócio da afiliada da Globo em Alagoas.

São sócios de afiliadas da Bandeirantes o senador eleito Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), ex-mulher do senador Jader Barbalho.

Na lista dos donos de rádios eleitos também estão Celso Russomanno (PRB-SP) e o ex-ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

O senador Aécio Neves (PSDB) declarou na eleição ser sócio em uma emissora de rádio que retransmite a Jovem Pan em Belo Horizonte.

Dois governadores eleitos também são sócios: Robinson Faria (PSD), que possui rádio no interior do Rio Grande do Norte, e o alagoano Renan Filho (PMDB), que declarou participação em outras duas.

O número de congressistas proprietários deve ser ainda maior, já que é comum o registro permanecer no nome de familiares ou laranjas.

O livro Vozes da Democracia – Histórias da Comunicação na Redemocratização do Brasil, escrito por 32 jornalistas de várias partes do país, conta que, “no final do governo Figueiredo (1979-1985), houve um número excessivo de concessões de canais de rádio e TV em um curto período. Somente nos últimos dois meses e meio do governo do general Figueiredo houve 91 decretos de concessões. Quase o mesmo número de todo o ano anterior (99 decretos) e mais que o total de 1983 (80 decretos). Entre os privilegiados, estão as redes de televisão Bandeirantes e SBT“.

Durante sua gestão como presidente da República (1985-90), José Sarney distribuiu 1.028 concessões de rádio e TV, e outras 65 foram aprovadas pelo Congresso. O Estado do Maranhão recebeu perto de 30 concessões. O número não chamaria a atenção, exceto por um detalhe: pelo menos 16 foram parar em mãos de pessoas diretamente ligadas à família. A isso deram o nome de “Farra das Concessões”.


FHC é golpista, o PSDB é derrotado e a marcha de 15 de março é contra o Brasil




Davis Sena Filho



O tucano Fernando Henrique Cardoso é ex-presidente da República. Apesar de ser carioca, trata-se de um político do Estado de São Paulo, unidade da Federação conservadora, que historicamente e politicamente sempre foi aliada dos interesses da burguesia bandeirante, da oligarquia rural e da plutocracia internacional.


FHC — o Neoliberal I — reflete o que São Paulo sempre o foi e nunca deixou de sê-lo: a Primeira República, a República Velha ou a Politica do Café com Leite. Este político, que já "bebeu" da literatura de Karl Marx, hoje é a fina flor dos interesses das classes dominantes, do empresariado nacional e internacional e dos governantes das grandes potências do ocidente.


O grão-tucano, na verdade, pertence à corrente de pensamento conservadora, que defende a hegemonia de classe, a privatização do patrimônio público, o estado mínimo e a dependência máxima, porque quer ver o Brasil subordinado aos interesses estrangeiros. Saiu da esquerda para a direita, e hoje, lamentavelmente, apregoa um golpe político contra a presidenta trabalhista Dilma Rousseff, recém-eleita pela maioria dos eleitores brasileiros, em eleições livres, justas e democráticas.


A verdade é que o tucano que governou este País, no papel de caixeiro viajante e jamais como estadista, porque se recusa, tais quais ao PSDB e às "elites", a pensar o Brasil, nunca aceitou o sucesso do ex-presidente Lula na Presidência da República, ao sair o poder com 82% de aprovação popular, bem como requisitado por governos de inúmeros países para visitá-los e ser homenageado, como deve ser tratado um mandatário que mudou o Brasil para melhor, ao desenvolver seu mercado interno, criar mais de dez milhões de empregos e praticamente eliminar a fome e a miséria, além de ter sido o principal articulador do Brics, da Unasul e do Mercosul, a fazer com que o poderoso País sul-americano fosse respeitado em todo o planeta.


Por sua vez, Fernando Henrique Cardoso recusa a se recolher à sua própria insignificância política, porque se não fosse os magnatas bilionários de imprensa e seus feitores aboletados nos covis das redações das grandes mídias meramente de mercado, o PSDB e o Príncipe da Privataria não sairiam dos limites de São Paulo, o Estado conspirador, reacionário ao desenvolvimento do Brasil e de caráter e intenção separatista.


Blindado politicamente pelos barões da imprensa alienígena, FHC, malandramente e sorrateiramente, dá uma de João sem braço, apoia e fomenta o golpe institucional contra Dilma Rousseff, ao tempo em que aconselha aos membros do PSDB que, todavia, tal apoio não deve ser dado aos golpistas de 15 de março — a maioria coxinha udenista de classe média —, de forma oficial, mas, conforme o grão-caixeiro viajante, “Tem que ficar claro que nós apoiamos, mas não somos os promotores”.


FHC muito se parece com o ex-presidente Washington Luís, nascido no Estado do Rio de Janeiro, como o tucano, e igualmente adotado pela burguesia de São Paulo. O último presidente da República Velha foi derrotado pelas forças getulistas, juntamente com seu aliado, Júlio Prestes, que não conseguiu assumir a Presidência da República em 1930, porque o trabalhista gaúcho e líder de revolução, Getúlio Vargas, assumiu o poder, com o apoio da Paraíba e de Minas Gerais. Os mineiros se sentiram traídos por São Paulo, que não cumpriu o acordo de revesamento entre ambos. Na Primeira República, os dois estados eram hegemônicos, no que concerne a controlar o governo central.


Nos dias de hoje, percebe-se claramente que São Paulo e Minas, dos ex-governadores do PSDB, Aécio Neves e Antônio Anastasia, derrotados pelo PT nas eleições para governador em 2014, reviveram a República Velha, como se estivessem em 1932, uma tentativa de golpe de estado da burguesia paulista, depois transformado em marcha comemorativa anual, com a finalidade de relembrar o que a casa grande do estado bandeirante chama de "Revolução Constitucionalista". A resumir: todo ano a burguesia paulista comemora a derrota.


Contudo, a verdade é que tal evento bélico não passou de uma quartelada mais longa, cujo objetivo era retroceder à Era da Política do Café com Leite. A secessão golpista de propósitos elitistas foi sumariamente derrotada por Getúlio Vargas, e, consequentemente, a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo, até os dias de hoje não tem uma única rua com o nome do estadista gaúcho responsável pelo Brasil moderno, por sua industrialização e pelas leis trabalhistas, que tiraram o trabalhador brasileiro da condição de semi-escravo.


Fernando Henrique — o presidente que entregou o Brasil — continua a velejar por mares bravios e a caminhar por veredas tortuosas, pelo simples fato de não ter quaisquer compromissos com o desenvolvimento deste grande País e muito menos com a emancipação do povo trabalhador brasileiro. Sua convicção de levar o País ao retrocesso é plena, e não deixa margem à dúvida daqueles que combatem suas ideias e preceitos derrotistas, colonizados e entreguistas.


FHC é o caboclo com os punhos de renda e ar pedante. Você pode vê-lo a um quilômetro de distância e sabe, sem conhecê-lo, que se trata de um coxinha de alto calibre social e pouca consciência prática e teórica sobre as questões brasileiras, porque, irrefragavelmente, o tucano, como a maioria dos que frequentam o campo da direita e são inquilinos da casa grande, recusam-se a pensar o Brasil, porque adotaram países estrangeiros como suas referências de sonhos de consumo e exibicionismo barato por se considerarem vips.


O maior traidor da Pátria de todos os tempos, o que vendeu 125 estatais a preço de banana, o que desempregou e não construiu escolas e universidades, o que não prendeu corruptos e corruptores, o que depredou a Petrobras e afundou a plataforma P-36, o que deixou o País às escuras por causa de um apagão de 18 meses, o que mente ser o criador do Real, sendo que o verdadeiro criador da moeda é o ex-presidente Itamar Franco, e o que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes é, sem sombra de dúvidas, o FHC. Ponto.


Neste momento de crise política, o tucano-mor, que se diz um democrata, junta-se aos golpistas de sempre, a exemplo da imprensa comercial e privada, e dos partidos de direita, dentre outros personagens inconformados com a quarta vitória do PT, para insuflar um golpe institucional, porque, realmente, recorrer aos militares não tem mais sentido e nem razão. Mas, se pudessem, o fariam, porque a direita não se preocupa em defender a democracia, pois sem ela vive muito bem, sente-se confortável, além de se beneficiar e manter, indefinidamente, o status quo, pelo qual eu não tenho o mínimo respeito.


O Príncipe Privata orientou seus "súditos" a estimular o impeachment contra a Dilma Rousseff, porém, sem participar diretamente do movimento golpista e antidemocrático, a ser realizado no dia 15 de março, a ter os coxinhas udenistas de classe média a fazer a claque e a carregar vassouras "janistas", porque eles são contra a corrupção e a "tudo o que está aí". Só não são contrários ao que diz respeito à corrupção dos tucanos do PSDB, do DEM (o pior partido do mundo) e do empresariado que apoia tal campo político-ideológico conservador.


O traidor da Pátria brasileira, que até os recém-nascidos e os idiotas sabem de quem se trata, também ouviu um de seus "súditos", igualmente golpista como ele: "Temos que estabelecer esse limite, ter esse cuidado. Não será iniciativa partidária" — ressaltou Aécio Neves, o tucano duplamente derrotado por Dilma Rousseff, no Brasil, e por Fernando Pimentel, em Minas Gerais.


Então, vamos à pergunta que não quer calar: "Como é que é, cara pálida?" Vamos ver se eu entendi: o Aécio Neves é derrotado, e em seu primeiro pronunciamento no Senado apregoa o golpe e não reconhece a vitória legítima de Dilma Rousseff nas urnas. Depois disso, a imprensa corrupta e de negócios privados faz coro com o tucano derrotado e inconformado, ao ponto de grande parte de seus escribas de opinião pregarem o golpe, de forma direta e também dissimulada.


Depois disso, atores da política se juntaram ao propósito de não deixar Dilma governar e passaram a pedir o impeachment. Álvaro Dias, Ronaldo Caiado, Carlos Sampaio, Aloysio Nunes (este diz que vai ao protesto de direita), Agripino Maia, Rodrigo Maia, José Carlos Aleluia, dentre outros, apostam no impeachment, como forma de a direita chegar ao poder antes das eleições de 2018, até porque Lula pode ser o candidato do PT. 


Depois desses fatos e realidades pró-impeachment que a direita criou, essa gente diz, no encontro realizado no iFHC, que tem de "haver limites e não oficializar seu apoio" ao impeachment de Dilma? O que é isto, camarada? Os demotucanos enfiam a mão na cumbuca e depois escondem a mão, porque ficou presa e não conseguem retirá-la. Como sempre em cima do muro, até para assumir a cumplicidade com a tentativa de golpe contra uma mandatária eleita.


Eles esquecem que o vice-presidente é do PMDB, que se diz legalista e constitucionalista, além de se verificar no Brasil que os movimentos sociais urbanos e rurais, as confederações de trabalhadores, os estudantes, grande parte da classe média que vota na esquerda, a OAB, a ABI, as Forças Armadas, dentre outros órgãos, entidades e instituições não vão permitir que um bando de tucanos emplumados dê uma de brucutu golpista e irresponsável.


A verdade é apenas esta: fazer passeata e protestar é permitido. Dar golpe de estado, não. Fernando Henrique — o Neoliberal I — é golpista, o PSDB é derrotado e a marcha de 15 de março é contra os interesses do Brasil. É isso aí.  


Postado no blog Contraponto em 02/03/2015



Razões para sorrir e agradecer agora mesmo




Stephanie Gomes

Gratidão: uma palavra bonita, poderosa, positiva e rica em significado, que deveria fazer parte da rotina de todos aqueles que buscam felicidade. Quem não gosta de se sentir grato?

Agradecer faz com que você pare de se ver como vítima da vida e passe a enxergar motivos para amá-la. A gratidão te dá paz e alegria, e diminui o espaço que a amargura e o mau humor ocupam dentro de você.

Agradecer proporciona bem-estar e tranquilidade. Ser grato é uma atitude que só te faz bem. Se existem segredos para a felicidade, a gratidão com certeza é um deles.

O que quer que esteja acontecendo na sua vida hoje, reserve um tempo para agradecer. Se não estiver se sentindo bem e não conseguir pensar em nenhuma razão para ser grato, a lista abaixo pode ajudar:

Você está vivo

Quem já correu algum risco de vida – como ter uma doença grave ou sofrer um acidente – sabe bem o que é sentir gratidão por estar vivo. Nestas horas, tudo o que se quer é ter a chance de viver, o resto fica em segundo plano e a pessoa percebe o quanto é valioso o “simples” fato de estar vivo. 

Não é apenas passando por experiências como essas que se desperta o sentimento de gratidão pela vida, mas a verdade é que quase nunca nos lembramos de agradecer por isto porque é algo natural, sobre o qual não pensamos muito.

Fica agora o lembrete para você, quando achar que não há nada pelo que ser grato, pensar no valor da vida. 

Tente ver com os olhos de quem está, nesse momento, lutando por ela (e, infelizmente, há muitas pessoas passando por isso). Não importa se você é rico ou pobre, gordo ou magro, solteiro ou compromissado, pode ter certeza que estas pessoas dariam tudo para estar no seu lugar. Portanto, agradeça.

Você tem saúde

Parecido com o item anterior no quesito “só se lembra de dar valor quem já perdeu”. Palavras de alguém que já teve uma doença grave: sua saúde é o seu maior bem. É graças a ela que você acorda todas as manhãs, se levanta da cama, se alimenta, lê, ouve música, trabalha, sai com seus amigos, se diverte, pratica seus hobbies, corre atrás dos seus sonhos… 

Se ainda acha que não é motivo suficiente para agradecer todos os dias por ter saúde, tente imaginar perdê-la para sempre e não poder mais fazer nada disso. Sua saúde é a coisa mais preciosa que você tem, cuide bem dela e seja grato.




Você tem pessoas boas ao seu lado

Por mais que nem todas as pessoas com quem convive sejam o que se pode chamar de “agradáveis”, tenho certeza que você tem pelo menos alguns amigos, familiares ou colegas de trabalho que gosta de ter por perto. 

Ao exercitar a gratidão, pense nessas pessoas e agradeça por tê-las com você, por saber que pode contar com elas quando precisar e pelos bons momentos que vocês passam juntos, por mais simples que sejam. 

Uma risada no meio da tarde com o colega de trabalho ou uma mensagem carinhosa de um amigo ou namorado são pequenas alegrias espalhadas no seu dia a dia que tornam a vida melhor. Agradeça por ter isso.

Você tem oportunidades

Se está lendo este post, significa que você tem acesso à internet. Se tem acesso à internet, pode acessar uma infinidade de conteúdo gratuito disponível para aprender o que quiser, encontrar oportunidades de trabalho, conhecer novas pessoas, começar um projeto, mostrar seus talentos e muitas outras possibilidades. E estamos falando apenas de internet, mas você provavelmente teve, tem e terá muitas outras oportunidades na vida.

Agradeça por todas as que já teve e tem e seja grato sempre que uma nova oportunidade surgir. Elas são presentes que a vida te dá.




Você tem coisas que adora

Pra variar um pouco, que tal parar de pensar só naquilo que você não tem e se sentir feliz e grato pelo que tem?

Sua casa, suas roupas, sua tão amada coleção de livros, sua câmera fotográfica, seu sapato favorito, seu animal de estimação, os presentes carinhosos que ganhou e tudo o que você usa no dia a dia. Pense no valor disso tudo e perceba que você já possui muitas coisas boas.

Não há nada de errado em sonhar com mais, mas não se esqueça de também ser grato pelo que já tem.

Você tem capacidade de batalhar pelo que quer

Esse é um dos itens pelo qual eu estou sempre agradecendo. Tenho muita gratidão pela minha força de vontade e dedicação nas coisas que faço, e agradeço por ser capaz de lutar pelos meus sonhos e objetivos. Acredito que, quanto mais me sinto grata por isso, mais estas características crescem em mim.

Saiba que você também tem toda a capacidade, inteligência e determinação que necessita para realizar o que quiser, basta reconhecer e usar tudo isso. Lembre-se de quantas vezes você já foi forte e corajoso e perceba que essa força e coragem estão vivas aí dentro de você. Agradeça por isso (e use-as).




Você superou muitas coisas

Eu, você e todo mundo já passou por tristezas, perdas e mágoas que tiveram que ser superadas, por piores que tenham sido. Muitas vezes, quando estamos passando por algo assim acreditamos que nunca iremos superar algo tão doloroso, mas depois olhamos para trás e vemos que conseguimos. Algumas destas tristezas, inclusive, acontecem para melhorar nossa vida, e não o contrário.

Seja o que for que você já tenha passado, hoje está bem. É um grande motivo para ser grato. Caso esteja passando por algo difícil atualmente, pense nas coisas que já superou, lembre-se do quanto foi forte e agradeça. Isso também vai passar.

Você pode aproveitar as pequenas alegrias do dia a dia

Um café com leite quentinho de manhã que aquece o corpo, a luz do sol que torna o dia bonito de se ver, a música que aumenta seu ânimo, o barulho da chuva que faz bem aos ouvidos, um momento de silêncio, um animalzinho de estimação passeando na rua que te faz sorrir, um livro bom que você está lendo e não quer largar… São coisas agradáveis que fazem parte do nosso dia a dia. 

Por que não agradecer por elas, já que, na sua simplicidade, tornam seu dia melhor? Agradeça por estas coisinhas existirem e serem a causa de tantas sensações boas que você pode sentir.




Você pode usufruir de conforto

Já parou para pensar no quanto sua casa, sua cama, seu chuveiro e suas roupas são confortáveis e fazem você se sentir bem? Talvez ainda não tenha reparado nisso, então da próxima vez que for dormir na sua cama com o cobertor quentinho, perceba como é bom e aconchegante estar ali. É impossível não ter vontade de agradecer. 

Seja grato por ter um lugar para morar, pela comida gostosa que você encontra ao chegar em casa e por todo o conforto que você tem à sua disposição.

Você cresceu e se torna melhor a cada dia 

Hoje você é capaz de lidar com suas emoções muito melhor do que ontem. Está muito mais maduro, se conhece mais e é capaz de tomar decisões e arcar com as consequências delas. Sabe fazer coisas que antes não sabia. Você cresceu e cresce mais a cada dia. Seja grato pelo esforço e dedicação que usou para chegar até o lugar onde está e ser a pessoa que é hoje. 

Não, você não é perfeito e ainda tem muito a aprender, é bom ter consciência disso, mas saiba reconhecer e agradecer pela sua evolução. Tenho certeza que você não trocaria o seu “eu” de hoje pelo de cinco anos atrás (e se trocaria, é um sinal de que precisa urgentemente rever seus caminhos).

Você tem um motivo especial para agradecer

Se houver algo de muito bom acontecendo em sua vida atualmente (e é claro que tem, basta você saber olhar para o lugar certo), não deixe de expressar sua gratidão. Não só seja grato, mas seja MUITO grato.

Encha-se de um sentimento forte de gratidão, tire essa emoção lá de dentro de você e sinta-a. Sinta-se imensamente grato por este momento bom que está vivendo, porque agradecer pela felicidade torna-a ainda maior.





Postado no blog Desassossegada 


Para Sempre Alice


Juliane Moore : Oscar 2015 de Melhor Atriz por seu desempenho
em Para Sempre Alice




A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) é uma renomada professora de linguística. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer.

A doença coloca em prova a a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido, John (Alec Baldwin), fragiliza, ela e a filha Lydia (Kristen Stewart) se aproximam.



Qual é a sua palavra para 2015 ?




Stephanie Gomes

A ideia é pensar no rumo que você deseja que sua vida tome e escolher em uma palavra que defina isso. 

Por exemplo, se 2014 não foi um ano legal e você sabe que precisa mudar algumas coisas em você e na sua vida para que os momentos ruins não se repitam, sua palavra pode ser mudança.

Se você tem um projeto e quer colocá-lo em prática em 2015, sua palavra pode ser foco ou construir. Já se tudo o que você quer é um ano tranquilo, sereno e calmo, pode escolher a palavra paz. 

Então é só não se esquecer dela quando agir e tomar decisões. E se em algum momento você se sentir perdido e sem rumo, lembrar-se da sua palavra e por que a escolheu poderá ajudar.

Para escolher a sua palavra, pense nas resoluções que você já fez para este ano. O que elas indicam? Que você quer um ano agitado ou tranquilo? Que você precisa fazer coisas novas ou apenas continuar o que já está fazendo? O que você precisa trabalhar mais em você mesmo? 

Faça uma reflexão sobre a relação entre aquilo que você quer e o que precisa fazer para que se realize. É nesta conclusão que você encontrará a sua palavra.

Depois que escolher, é hora de especificar com mais detalhes o que a sua palavra significa para você e como ela deve refletir em suas ações. 

É legal anotar tudo isso em um papel para que você possa reler outras vezes e conferir se está sendo fiel ao que decidiu fazer e se está no caminho certo. 

As anotações não precisam seguir um padrão, apenas vá escrevendo o que vier em sua mente sobre aquela palavra: o que ela significa, o que você pode fazer para que funcione, quais esforços serão necessários, o que precisa aprender… anote tudo o que vier à sua cabeça.

Escolhi algumas palavras para exemplificar o exercício. Você pode usá-las caso se identifique, mas não deixe de fazer uma reflexão sua, se questionar e escrever com suas palavras o que a sua escolhida significa para você.




Se a sua palavra é REALIZAÇÃO

É hora de tornar real aquilo que começou a ser planejado em 2014.

É hora de começar aquilo que prometeu começar há tempos, mas ainda não deu o primeiro passo.

Coloque suas vontades e objetivos em um papel e vá riscando-os conforme for realizando.

Escolha um sonho e abrace-o, não desista até realizá-lo.

Você precisa se dedicar muito e ter foco.




Se a sua palavra é MUDANÇA

Você precisa de força, coragem, determinação e disposição.

Não deixe para amanhã, mude seus hábitos e atitudes a partir de hoje.

A mudança tem que acontecer de dentro para fora.

Não vou mais fazer ...

Mantenha-se atento às suas atitudes, assuma seus erros e aprenda a corrigi-los.




Se a sua palavra é CONSTRUIR

Coloque a mão na massa e faça acontecer.

Pare de deixar para amanhã o que pode fazer hoje.

Deposite a maior parte da sua energia naquilo que importa para você.

Você pode e é capaz de construir aquilo que deseja.

Pode ser que demore, mas o importante é estar trabalhando pelo seu objetivo e não desistir.




Se a sua palavra é RECOMEÇO

Chegou a hora de dar um rumo novo à sua vida.

Dedique algum tempo para olhar para dentro de si e descobrir o que realmente quer e precisa.

Busque o novo e esteja aberto a mudanças.

Arrisque mais, sem medo do incerto.

Abandone de uma vez por todas o passado e se concentre no presente.




Se a sua palavra é SIMPLIFICAR

Aprenda a desapegar.

Descubra quais áreas da sua vida precisam ser simplificadas.

Crie coragem e faça uma grande limpeza em tudo (coisas, pessoas, atividades, hábitos).

Perceba quando você está complicando uma situação que poderia ser resolvida de forma simples.

Dê valor ao que você tem, pare de acumular coisas e compre somente o necessário.




Se a sua palavra é CORAGEM

O medo não vai deixar de existir, ele só não pode te fazer parar.

Você é muito mais forte do que imagina.

As melhores coisas da vida não se encontram na sua zona de conforto.

Tome uma primeira atitude corajosa para descobrir do que você é capaz.




Se a sua palavra é APRENDER

Organize sua vida e adapte seus horários para ter tempo de se dedicar.

Mantenha o foco, a determinação e a dedicação.

Às vezes você pode cansar e precisar de descanso, mas não vai desistir.

Busque inspiração.

Pratique sempre.




Se a sua palavra é PAZ

Descubra o que te deixa em paz e faça mais disso.

Aceite as emoções negativas quando elas surgirem, sem brigar com você mesmo.

Desfrute de momentos em silêncio.

Seja gentil com os outros e com você.

Respire fundo quando precisar se acalmar.




Se a sua palavra é ACEITAÇÃO

Encontre contentamento e alegria no dia a dia.

Viva no presente, inclusive enquanto constrói o futuro.

Aceite-se e ame-se como você é, mesmo que precise de mudanças.

Tudo está como deveria estar e você tem tudo o que precisa para ser feliz.

Aprecie o que você tem antes de ansiar por mais.




Se a sua palavra é FOCO

Seja organizado.

Saiba exatamente o que quer e lembre-se disso sempre.

Tome cuidado para não deixar que a opinião e palpites alheios te façam desistir.




Se a sua palavra é EXPERIÊNCIAS

Busque novidades, faça atividades que nunca fez, vá lugares que nunca foi…

Esteja disposto a se movimentar e fazer coisas diferentes.

Esteja aberto até mesmo àquilo que não te agrada a princípio.

Não julgue sem conhecer.

Dê mais atenção à curiosidade e à vontade do que ao medo do desconhecido.

Qual a sua palavra para 2015?



Postado no blog Desassossegada em 05/01/2015



Treino de corrida e caminhada





Treino de corrida e caminhada:
prepare-se para percorrer 5 km em 8 semanas



Nesta primeira semana, prepare-se para percorrer 5 km em 8 semanas neste treino de corrida e caminhada. Avalie sua condição inicial para começar seu treino de corrida.



Treino de corrida e caminhada: 
melhore sua resistência para chegar aos 5 km 



Nesta segunda semana, aumente o tempo de treino para acostumar o corpo com maiores distâncias.



Treino de corrida e caminhada: 
aumente a intensidade para chegar aos 5 km



Nesta terceira semana, diminua o tempo e aumente a velocidade do treino e a capacidade respiratória.



Treino de corrida e caminhada: 
aumente a capacidade cardiovascular


Nesta quarta semana, aumente a intensidade do treino, melhore seu condicionamento e melhore a capacidade cardiovascular.



Treino de corrida e caminhada: 
varie a velocidade e estimule o coração 


Nesta quinta semana, você precisará de apenas 15 minutos por dia para se exercitar e melhore a capacidade cardiorrespiratória.



Treino de corrida e caminhada:
percorra maiores distâncias e melhore a resistência física


Nesta sexta semana, você terá um treino mais longo
e melhore a resistência física.



Treino de corrida e caminhada:
treine com intensidade e chegue aos 5 km 


Nesta sétima semana, você terá um treino parecido com os 5 km do final
intensificando ainda mais o treino.



Treino de corrida e caminhada: 
percorra 5 km e alcance seu objetivo





Postado no site Minha Vida em Janeiro e Fevereiro de 2015




Cabelos : cortes e cores do Outono/Inverno 2015



Cores de Cabelo Outono-Inverno 2014/2015








Cortes de Cabelo para o Inverno (5)














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cores de cabelo 2015 as tonalidades que v o estar na moda









O Brasil não vai aceitar ser destruído pela mídia




Miguel do Rosário, do Cafezinho

Incrível.

O juiz Sergio Moro já concedeu três delações premiadas a Alberto Youssef.

Sempre que o noticiário da Lava Jato começa a esfriar, ele é chamado novamente, ou o próprio se convoca para depor, para fazer novas revelações bombásticas (e sem provas, claro) contra o PT.

A relação entre Sergio Moro e Youssef é promíscua.

Ambos são do Paraná.

Aliás, todo o circo da Lava Jato gira em volta de figurões do Paraná.

Youssef estava envolvido com o prefeito tucano Jairo Gianoto, de Maringá, condenado por um pesadíssimo esquema de corrupção.

Na época também foi preso o tributarista do prefeito. Adivinha quem era o estagiário do tributarista?

Ele mesmo, Sergio Moro.

Nessa época, o senador Alvaro Dias voava para lá e para cá no jatinho do doleiro.

Aí Sergio Moro vira juiz e vai cuidar do caso Banestado.

Quem é o doleiro envolvido? O mesmo Youssef.

Moro “perdoa” Youssef através da concessão da delação premiada.

Youssef dedura bagrinhos e protege os tubarões.

Volta a roubar.

É preso de novo. Dedura de novo.

Volta a roubar.

É preso pela terceira vez.

Delação premiada novamente.

Me perdoem se eu erro alguma coisa. Não sou biógrafo, nem quero ser, de Alberto Youssef.

Youssef se tornou uma espécie de coringa da oposição.


Sempre que querem um dedo-duro seletivo, alguém que entenda o jogo político da mídia, chamam ele.

E agora a imprensa nos informa que ele quer fazer “novo depoimento”, e a Veja já sabe até o que é.

Claro, tudo é combinado previamente com o advogado de Youssef, um tucaníssimo que desfrutou, por anos, de uma sinecura especial no governo do Paraná.

Enquanto isso, centenas de milhares de empregos são ameaçados porque alguns procuradores e um juiz, almofadinhas criados a leite de cabra, com o salário garantido ao fim do mês, querem “passar a limpo” o Brasil.

O Ministério Público, como instituição, perdeu o bom senso há tempos, desde a Ação Penal 470, uma farsa ridícula que começou por uma peça de acusação inteiramente fictícia.

Não canso de repetir: estão tentando o mesmo golpe. E usando os mesmos cérebros, os filhos mais brilhantes da direita aristocrática.

Sergio Moro foi o juiz que escreveu o voto de Rosa Weber, no qual ela condenou Dirceu com uma frase positivamente fascista: “não tenho provas para condená-lo, mas a literatura assim o permite”.

A frase de Weber me parece, inclusive, nascer de uma consciência desesperada, como se ela quisesse mandar um recado à história: estou encurralada; senão condenar Dirceu, minha cabeça estará em jogo.

Vladimir Aras, outro cérebro brilhante, foi o procurador que ajudou Gurgel a escrever a peça de acusação da AP 470.

É Aras que vai à Itália coordenar a extradição de Pizzolato. Aliás, é impressionante o esforço do MP para trazer o petista de volta da Itália. Usaram toda a sua estrutura.

Se tivessem usado um décimo dessa estrutura para investigar o trensalão, a sonegação da Globo, o Banestado, a privataria, o Brasil estaria bem melhor hoje. (Os destaques em verde negritado são do ContrapontoPIG)

Não, preferiram usar toda a sua estrutura para pegar Pizzolato, condenado por um crime que não cometeu.

A mesma coisa vale para João Paulo Cunha, condenado mesmo diante de provas cabais de sua inocência.

Agora, não nos enganemos.

Não sejamos tolos ou demagógicos.

Às vezes ouço críticas: “Engraçado, ver a esquerda defendendo empreiteiros”.

A esquerda democrática jamais pode defender prisões arbitrárias ou violência judicial, mesmo contra o homem mais rico do mundo.

A Constituição garante direitos iguais para todos.

No Brasil, parece garantir apenas para os amigos da Globo.

Não é amigo da Globo, pode ser o cara mais rico do Brasil: dê adeus a seus direitos e liberdades.

As ditaduras adoram patrocinar esse tipo de demagogia fascista. 

Prendem ricos para manipular os ódios de classe da população pobre e da classe média.

Não prendem todos os ricos, claro.

Apenas alguns cordeiros gordos, cujo sacrifício vem em nome do bem maior.

O Judiciário brasileiro se tornou uma instância política, arbitrária, conservadora, e alegremente submissa aos ditames de uma mídia golpista.

Como esquecer que Ayres Brito, presidente do STF, ainda no cargo, escreveu o prefácio de um livro de Merval Pereira sobre o mensalão?

E que saiu do STF diretamente para os quadros da Globo?

Hoje, além de funcionário da Globo, é colunista do Estadão…

A mídia é cada dia mais e mais golpista.

Veja o que acontece hoje.

Centenas de milhares de empregos estão ameaçados.

Setores estratégicos da economia estão paralisados, demitindo pessoas.

Se o desmonte da indústria de construção civil se consumar, haverá um efeito cascata que afetará toda a economia brasileira.

A mídia fez alguma matéria sobre isso?

Você viu o Fantástico alertando para os exageros e a irresponsabilidade da Operação Lava Jato?

Não.

O que você viu no Fantástico foi apenas a tal da menina veneno da Petrobrás atacando Graça Foster sem provas.

O STF, por sua vez, novamente começa a se acovardar.

Os ministros do Supremo não tem instrumentos políticos ou mesmo psicológicos para resistir à violência midiática.

Afinal, quem pode resistir aos tanques da mídia. Eles chantageiam qualquer um.

Vivemos a era da mídia. O fim dela, mas um fim apocalíptico, que ela tenta adiar desesperadamente através de um golpe branco de Estado.

A mídia sabe que precisa de um golpe, de qualquer jeito, para sobreviver aos desafios que as mudanças tecnológicas lhe impuseram.

Ela precisa de um governo aliado para lhe dar dinheiro.

Se houver um golpe e a direita assumir o poder, o primeiro ato será em favor da grande mídia corporativa.

A partir do momento em que blogs, feitos quase artesanalmente, começam a ameaçar o seu poder; a partir do momento em que milhares de pessoas acreditam muito mais num punhado de blogueiros malucos; que enxergam nesses blogueiros um comprometimento com a verdade e um senso de responsabilidade muito superior ao que vêem nos sisudos e engravatados colunistas de jornal; aí sim entendemos o desespero da mídia.

Entendemos também a sua agressividade contra o blogs, inclusive arrumando qualquer pretexto para processá-los e tentar intimidá-los e asfixiá-los judicial e financeiramente.

Mas a sociedade está reagindo.

Até porque o momento é grave.

Oxalá tenhamos tempo de evitar o pior.

Entretanto, o mais importante é isso, que a sociedade começa a reagir a essa mídia odiosamente fascista que prefere destruir o país a suportar mais alguns anos de governo trabalhista.

O governo, por sua vez, tenta inutilmente passar a imagem de menino obediente e comportado.

A gente critica duramente a Dilma, por várias razões.

Ela é ruim de política, um verdadeiro desastre.

Indecisa, muda, convencional.

Entretanto, diante da ofensiva conservadora, liderada por setores completamente descompromissados com a questão social, e que mobiliza um exército de analfabetos políticos, e uma classe média de espírito violento e sectário, as forças progressistas voltam a se reunir em defesa da presidenta Dilma.

Bem que ela podia ajudar um pouco, contudo.

Nem precisa falar nada, já que ela não gosta de aparecer.

Basta assinar algum decreto em prol da Petrobrás, como o uso das reservas para comprar ações da estatal, o que nos daria uma extraordinária injeção de ânimo.

Antes da privatização branca de FHC, a participação da União na Petrobrás era de 82% e caiu para 55%. Com Lei da Partilha de Lula subiu para 64%. Podíamos voltar aos 80% agora.

Enfim, a história brasileira está viva.

A direita quer se vingar do país como um todo, pela humilhante derrota que sofreu em 2014.

Mauricinhos arrogantes e violentos são maus perdedores.

Quer se vingar dos empreiteiros, que fizeram vultuosas doações ao PT, doações que permitiram ao partido ganhar as eleições.

(E ao mesmo tempo são contra uma reforma política que liberte os partidos dessa relação promíscua com o poder econômico. Querem que as doações continuem, mas só para legendas de direita.)

Os empreiteiros doaram porque entendem que o PT tinha um plano de grandes obras de infra-estrutura que os tucanos nunca tiveram.

Os tucanos só queriam saber de vender o que possuíamos, não de construir algo novo.

Na era tucana, a Petrobrás foi sucateada. As descobertas de novas reservas minguaram e o número de trabalhadores caiu. Os recursos investidos em pesquisa e tecnologia eram ridículos.

A indústria naval, naqueles tristes anos, foi destruída.

E agora, que a indústria naval renasceu, com uma força extraordinária, a direita midiática, com ajuda de cúmplices nos estamentos aristocráticos do Estado, querem destruir tudo?

Não vão conseguir.

E se, Deus nos livre, conseguirem, será uma vitória suja.

Uma vitória que os comprometerá para sempre, porque já não existe censura para denunciar suas patranhas.

Se destruírem o Brasil, nós o reconstruiremos, tijolo por tijolo.

Mas seremos doravante bem menos ingênuos. E faremos os culpados pagar caro, muito caro, pelo sofrimento imposto ao povo brasileiro.


Postado no blog Contraponto em 26/02/2015