Vazajato : nossas convicções agora têm provas


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Juiz “militante”. Advogados grampeados. Delações seletivas. Operações midiáticas. Revelações do Intercept confirmam denúncias antes ignoradas: Moro e Dallagnol violaram diversas leis para fazer política e sedimentaram caminho para Bolsonaro.


Ivo Lebauspin 

Nós pensávamos que a operação Lava Jato era um vasto empreendimento contra a corrupção no Brasil.

Mas, pouco a pouco – muito antes das revelações do The Intercept Brasil -, fomos surpreendidos por várias irregularidades e ilegalidades cometidas pelos procuradores de Curitiba, chefiados por Deltan Dallagnol, e pelo juiz Sérgio Moro. Tais irregularidades foram denunciadas pelas vítimas, por seus advogados e por setores da sociedade civil defensores dos direitos humanos, mas foram ignoradas por juiz e procuradores e por outras instâncias da Justiça.

1. A prisão preventiva de vários suspeitos, antes mesmo de haver provas de seu envolvimento com atividades criminosas. A prisão foi utilizada como um meio de pressão sobre os acusados para obter delações. Se o acusado recusava a delatar, a prisão era estendida – com a ameaça de tornar-se duradoura – para levá-lo a ceder.

2. A condução coercitiva dos suspeitos. Os suspeitos eram alvo de condução coercitiva, com forte presença policial, antes de haver qualquer intimação – que é o procedimento legal. Pela lei, primeiro a pessoa é intimada a comparecer para depoimento; não comparecendo, sem justificativa, a pessoa pode ser levada através de condução coercitiva. Foram feitas mais de 200 conduções coercitivas. A condução coercitiva foi feita como uma forma de intimidar a pessoa e, ao mesmo tempo, graças à presença da mídia – avisada com antecedência -, como uma forma de humilhá-la publicamente, para manipular a opinião pública contra a pessoa.

3. O papel da grande mídia : a operação Lava Jato articulou-se com a grande mídia, vazando depoimentos, vazando delações sistematicamente, como forma de colocar a opinião pública em favor de suas iniciativas. As delações não eram vazadas na íntegra, apenas naqueles trechos que interessava divulgar para obter a indignação da opinião pública contra os suspeitos designados pela Lava Jato.

4. A parcialidade da operação foi denunciada inúmeras vezes pela defesa das vítimas, mas foi sistematicamente negada: o principal partido acusado pela Lava Jato foi o PT e suas lideranças, a presidente da República, Dilma Rousseff e Lula, ex-presidente; outros partidos foram acusados, outras lideranças foram denunciadas, mas rapidamente saíram do noticiário ou foram poupados pela operação. O partido mais favorecido por esta proteção foi o PSDB. A grande mídia transformava os fatos denunciados em relação a políticos do PT como a “maior história da corrupção na história do Brasil”. Criou-se na opinião pública a ideia de que a corrupção começou no Brasil com o PT e que seus membros eram uma espécie diferente de todos os demais políticos.

5. As delações foram o principal instrumento da operação Lava Jato: eram oferecidas como único meio de a pessoa recuperar a liberdade (ou obter prisão domiciliar). Os envolvidos ou suspeitos eram pressionados até incriminarem alguém do PT (ou o alvo designado na ocasião). O caso emblemático foi o diretor da OAS, que teve a delação negada até incluir o nome de Lula: só então, a delação foi aceita.

No decorrer do tempo, inúmeros suspeitos denunciados e/ou presos foram inocentados ou absolvidos em segunda instância. Mas sua reputação já estava manchada definitivamente. A grande mídia, que contribuiu para condená-los, jamais contribuiu para limpar seu nome. Nunca os operadores da Lava Jato fizeram autocrítica ou pediram desculpas publicamente pelo erro de acusarem pessoas inocentes. A opinião pública, já convencida de sua culpabilidade, ajudou a “lavar” estes “efeitos colaterais”, considerado o “preço a pagar” para acabar com a corrupção.

Aqui a regra da presunção de inocência nunca funcionou e o direito dos acusados à defesa foi atropelado sistematicamente.

6. As delações foram tratadas pela operação Lava Jato e pela grande mídia não como indícios, passíveis de serem comprovados ou não, mas como provas. O que aparecia numa delação era apresentado como verdade definitiva e os citados numa delação eram condenados pela mídia antes de qualquer julgamento.

As trocas de mensagens reveladas agora pelo The Intercept Brasil confirmam o fundamental das denúncias que foram feitas durante anos e que foram ignoradas tanto por outras instâncias ou pela maioria dos membros de órgãos superiores da Justiça como pela grande mídia.

O grande objetivo desta operação foi a destruição do PT – o afastamento da presidente Dilma do poder, a condenação do ex-presidente Lula e sua prisão, com o consequente impedimento de sua candidatura (para impedir a volta do PT ao poder).

As mensagens trocadas entre o juiz Sérgio Moro e os procuradores confirmam a parcialidade do juiz e dos procuradores, que não tinham como objetivo acabar com a corrupção no Brasil, mas fundamentalmente aquela que podia ser ligada ao PT. Uma troca de mensagens mostra que o juiz interfere diretamente para impedir que o ex-presidente FHC, líder do PSDB, fosse investigado, de modo a não prejudicar a condenação do PT. Era preciso que não se percebesse a semelhança entre a forma de financiamento do Instituto Lula e a do Instituto FHC.

O processo contra Lula é eivado de irregularidades. As mensagens reveladas confirmam que os procuradores não tinham provas contra o ex-presidente, tinham apenas “convicções”, e que tiveram de fazer malabarismos – como o famoso power point de Deltan Dallagnol – para vincular o processo do tríplex ao processo sobre a Petrobras, como forma de transferir o processo de São Paulo para Curitiba (juiz Moro). Aumentaram artificialmente as denúncias para convencer a opinião pública da culpa de Lula. Em outras palavras, juiz e procuradores mentiram.

Ao condenar Lula e levá-lo à prisão, a operação Lava Jato foi elemento determinante para viabilizar a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais. Isto fica claro nas medidas tomadas para impedir que Lula fosse entrevistado durante a campanha eleitoral: juiz e procuradores explicitam que queriam evitar que isto pudesse ajudar a vitória do candidato do PT. A medida proibitiva não tinha fundamento jurídico, mas político-partidário.

E, graças à eleição de Bolsonaro, o juiz Sérgio Moro – aquele mesmo que tirou Lula da disputa eleitoral – foi elevado ao Ministério da Justiça.

O que ocorreu foi uma aliança entre procurador e juiz para praticar um crime, a condenação de alguém de quem se sabe que não há provas. Os sucessivos vazamentos realizados pela operação Lava Jato para a grande mídia, especialmente para a Globo, antes de haver investigação para verificar a veracidade das delações, criaram um clima de execração pública de pessoas, de um governo e de um partido (da presidente Dilma, de Lula, do PT). O ódio ao PT, o antipetismo, tem sua raiz nesta campanha.

Este mesmo método, usado por Moro, nós vimos ocorrer na investigação ocorrida na UFSC, onde Reitor e vários diretores foram denunciados e presos por ordem de uma delegada, por um suposto crime de improbidade administrativa (o qual não foi provado até hoje). Mas Reitor e diretores foram expostos à condenação pública sem processo prévio. O resultado da humilhação pública foi o suicídio do Reitor. Até hoje ninguém foi processado e responsabilizado por esta morte. É como se qualquer iniciativa fosse justificável quando se trata de combate à corrupção.

Toda a operação Lava Jato foi exaltada como um empreendimento de justiça e de direito, mas foi realizada com sistemática parcialidade e sistemática violação de direitos das pessoas consideradas suspeitas (prisões preventivas sem justificativa, conduções coercitivas, vazamentos, divulgação de conversa com presidente em exercício, monitoramento de escritórios de advocacia), com evidentes fins políticos.

A partir das denúncias da Lava Jato, a mídia apoiou com todo o seu poder uma campanha para derrubar a presidente eleita. E conseguiu. O principal líder do PT, Lula, foi processado, condenado e preso. Em consequência deste impedimento, um candidato antidemocrático, defensor da tortura e da ditadura, foi eleito. É preciso dizer que as instâncias superiores da Justiça, em particular o STF – não todos os ministros, mas a maioria – se omitiram frente às ilegalidades cometidas pelo juiz Sérgio Moro ou mesmo contribuíram ativamente para proteger as irregularidades e ilegalidades da Lava Jato.

Não se trata de negar que tenha havido falhas nos governos do PT, que devem ser investigadas como aquelas de qualquer governo. Mas o antipetismo que existe hoje em parte da sociedade é resultado direto da associação das denúncias da Lava Jato com a divulgação de vazamentos seletivos e pela interpretação sistemática dada pela grande mídia de que se tratava da “maior história de corrupção da história do Brasil”. Dilma que, ao ser derrubada, era considerada a maior corrupta, até hoje não foi condenada em nenhum processo. Lula foi condenado em primeira e segunda instância num processo em que – segundo inúmeros juristas brasileiros e do exterior que o examinaram – não aparecem provas.

É preciso que se faça Justiça no Brasil, que os erros cometidos por setores do poder Judiciário sejam investigados e corrigidos. Que os julgamentos presididos por um juiz parcial sejam anulados. Que as atividades ilegais deste juiz e destes procuradores sejam condenadas. E que o sofrimento infligido a inúmeras vítimas de difamação pública seja reparado.





Fim de ano : a autocrítica é difícil, mas é gratificante !




Jackson César Buonocore

A negação é um mecanismo de defesa inconsciente, que usamos para negar a existência de algum sentimento, desejo, fantasia ou pensamento que são incômodos. Por exemplo, o discurso de que “não quero sobrecarregar os outros com os meus problemas,” é uma forma de não demonstrar que temos falhas ou fragilidades.

Todos nós em certas fases da vida já recorremos à negação, por não aceitar que a realidade possa ser dolorosa, de tal modo que a escondemos pela racionalização e justificação. Aliás, existem pessoas, grupos e instituições que se negam a fazer à autocrítica, visto que é um processo de análise crítica que cada qual precisa elaborar sobre os seus atos, considerando os seus erros e a correção dos mesmos.

Porém, embalados pelo frenesi do fim de ano ensaiamos a autocrítica e ao mesmo tempo negamos em fazê-la, porque ela exige esforço mental, emocional e moral de realizar críticas a si mesmo. É um movimento psíquico, que consiste o encontro consigo na busca de melhores escolhas, para aprimorar o nosso desenvolvimento humano e espiritual.

Por outro lado, surge a negação através de pensamentos negativos, que sussurram em nossos ouvidos: “Morremos para vida”, “Não é possível mudar”, “Somos vítimas do destino”, “Não temos poder sobre o mal”, “Esse mundo não vale a pena”, “Nada dá certo no que eu faço”, “Eu ferrei tudo”, Só me resta à morte”, etc.

Assim se impõe a velha máxima do derrotismo: “Nada está tão ruim que não possa piorar”. É nesse roteiro que a autossabotagem nega a capacidade dos indivíduos de serem eles mesmos, como afirmou Augusto Cury: “O pessimismo é um câncer da alma.”

Por vezes, as pessoas se utilizam da crítica destrutiva, uma vez que desde a infância e adolescência foram pressionadas, exaustivamente, pelos pais para atingir metas na vida, sendo assim acreditam que os seus erros são imperdoáveis. Há pesquisas que apontam que profissionais e organizações estão em estado de negação, por pensar que seus planos ou projetos nunca são bons o suficiente, criando dificuldade para lidar com o inesperado.

No entanto, para sair do esquema de negação é preciso entender que a autocrítica é uma aliada na busca do crescimento e do equilíbrio, onde aprendemos a identificar com franqueza os erros e acertos, no sentido de formular novas perspectivas e habilidades, que serão úteis para toda vida.

Por conseguinte, a autocrítica e autovalorização andam juntas. O que nos ajuda a conhecer o Self, que para Jung é uma imagem arquetípica do potencial mais pleno do ser humano, ou seja, da nossa totalidade. Contudo, existem indivíduos e instituições preocupadas em ver nos outros apenas os defeitos que lhes são inerentes, e têm os perfeccionistas que exigem muito de si próprios, e que só enxergam imperfeições no seu íntimo.

Portanto, o negativismo é a negação são atitudes e sentimentos corriqueiros, que se aproveitam das nossas emoções adversas, como ódio e o amor. Esse exagero é ruim, o correto é o bom senso, pois quem se critica o tempo todo não percebe o lado positivo de suas ações e se torna o seu maior inimigo. É como disse Jean Paul Sartre: “A negação é a recusa da existência”.

Enfim, é fácil “julgar o livro pela capa”, é fácil fazer a crítica, é fácil reclamar, entretanto, o processo de autocrítica tem ligação com o autoconhecimento. Então, quando refletimos com honestidade conseguimos avaliar os nossos pontos fracos e fortes, que nos permitirá mudar os rumos da nossa jornada material e espiritual neste mundo. É difícil, mas é gratificante !






Carta aberta para o meu eu do ano que vem


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Guilherme Moreira Jr.

Se você pensa que a partir do dia primeiro de janeiro do ano que vem tudo vai ser diferente porque você quer, volte duas casas e repense os seus sentimentos. Não é assim que funciona.

O calendário muda todos os anos, mas o controle da vida independe da nossa vontade e a gente precisa ter maturidade e humildade para reconhecer algo assim. O que pode e deve mudar de um ano para o outro são as nossas escolhas, as nossas atitudes e sim, os nossos sentimentos.

Eu por exemplo, não quero repetir no ano que vem os descasos emocionais que cometi este ano. Não vou mais abaixar a cabeça para quem desconsidera as minhas intenções e a minha voz. Também é impensável que eu deixe de falar de coração as coisas que me machucam e que me despertaram alegria só porque os outros podem não gostar. Não vou mais puxar o freio do meu coração dessa forma, ele não merece.

É claro que é impossível prever o que vai acontecer ano que vem, mas de uma coisa eu sei: serei melhor. Entro no próximo ano querendo desafiar tabus, porque com eles não acho que sentimento algum alcança a sua plenitude. Entro no próximo ano querendo saber mais do meu presente antes de qualquer futuro. É encarar o dia desde o seu amanhecer como se fosse o maior presente possível. Não achar que não vou me estressar e que tudo será colorido e feliz, mas não vou abrir olhos ao acordar desperdiçando a oportunidade de sorrir, nem que seja só pra mim de frente para o espelho. Quero assumir mais compromissos comigo, com quero ser daqui por diante e em como posso tornar os meus relacionamentos mais próximos e sólidos.

Chega de deixar ausências aleatórias estragarem o meu amor, o meu lugar de paz. Escrevo essa carta aberta para o meu eu do ano que vem para registrar que mais coisas podem ser acrescentadas caso eu decida ser mais gentileza do que frieza comigo. E eu mereço gentilezas. Mereço cada afeto mergulhado no mais oceânico abraço, beijo ou conversa.

Então, para o meu eu de 2020, presta atenção: se joga! Viva sabendo que eu e você somos a mesma pessoa, mas não temos a obrigação de mantermos os mesmos hábitos e defeitos. Podemos mais. Logo, voe. Brilhe internamente e acredite na sua intuição, na sua bússola particular.





O Natal nos faz lembrar daqueles que sempre amaremos, mas que já não estão entre nós


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Teresa Gouvea


Era dezembro, mês em que paira uma nostalgia estranha junto com uma vontade louca de prometer paz para o ano que se aproxima, era pra ser mais um dezembro com todas aquelas promessas que aguardam nascimento ou ternura. Tinha uma roupa nova no armário, a etiqueta confirmava o desejo de inaugurar o novo, aguardava um retorno que não aconteceu. Na despedida conhecemos o descontrole, a dor, o vazio e a saudade.

Tinha um desejo imenso de congelar a vida, o relógio e as horas, era pra ser um vestibular, depois um passeio e, depois, o uso da roupa nova. Descobrimos que o tempo passando fica tonto, como se tudo ao nosso redor sofresse de uma tristeza que dirige mal nossas pernas e as portas do mundo se estreitassem. O tempo passando virou silêncio misturado com barulho, a gente não aguentava nem um e nem outro, não havia estação que desse jeito no que não havia jeito, cama desajeitada que não trazia sono, comida que não trazia fome.

Tinha uma roupa no armário te esperando e a única certeza no meio disso tudo era que jamais eu poderia medir a dor da sua mãe, ela andava de um lado pro outro, brigava com a cama, falava com Deus e chorava e, no meio disso tudo, te chamava, desacreditando do vazio que aconteceria nos dias que viriam. A dor intensa acontece assim, a gente acorda e pensa que o acontecido não aconteceu.

Meu amor, os dias seguindo me pediam pra achar o que aprender nisso tudo… aprendi com sua mãe sobre esse amor imenso, que atravessa o céu e a lua, que chega na brisa, no passarinho que canta no final de tarde, no latido distante de um cachorro ou, simplesmente, no silêncio de amanhecer e anoitecer com um filho que não está, criando jeitos dele continuar por aqui. Sua mãe me contou da saudade que vira uma oração e um lugar de encontro cotidiano, do direito de lembrar e falar de você, sim, ter uma relação boa com a dor e a saudade somente pode acontecer quando o amor continua na memória.

Te envio a nossa promessa de você existir, nas prateleiras das nossas estantes e das nossas almas, na voz que cala e fala, nas histórias que passeiam em nossos corações, no aceno de mão que se perdeu no entardecer, nos sonhos que viraram brisa, no amor que abraça o mundo.

Tinha uma roupa nova no armário, ela foi trocada, um jeito de dizer que era só sua e não caberia essa inauguração em nenhum outro lugar.

( Com amor, para Anne, que tenha paz onde estiver, para sua mãe, que segue amando, amando e amando, com a nossa promessa de sentir saudades, para que ela fique sempre por aqui…)




Not

O texto acima mostra bem a saudade que sentimos sempre, mas é no Natal que o coração aperta mais com as lembranças de outros Natais, quando tínhamos as pessoas queridas e nossa alegria era completa.

Cuidem uns dos outros, aproveitem e valorizem os momentos felizes com suas famílias ! Pois uma vez que alguém que amamos parte, as lembranças e a saudade são nossas companheiras para sempre ... E o Natal nunca mais será igual ...



Na primeira foto acima está meu querido Pai, Moisés Moacir Feijó. Na segunda foto estão meu querido irmão Gilberto Feijó e eu. Infelizmente meu pai e meu irmãozinho já partiram e são lembranças e saudade nos nossos Natais.


Rosa Maria - Editora do Blog


Então é Natal : Os ovnis e Jesus / Especial de Natal com Andrea Bocelli / Bráulio Bessa declama cordel de Natal / Roupa Nova / Libera


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Os 10 comerciais de fim de ano mais fofos da última década





Gabriela Clette


Estamos vivendo os últimos dias de 2019, e junto com o esperado final do ano também vêm as sempre emocionantes campanhas publicitárias. Isto sem falar nas retrospectivas e diversos outros tipos de campanha rolando nas redes sociais. Porém, com o fim de 2019 também acaba uma década. Por isto, fizemos uma saudosa seleção com os comerciais de fim de ano mais fofos e emocionantes da última década. Prepara o lencinho !

10. A vida é linda – O Boticário

O comercial de 2013, dirigido por Fernando Meirelles, mostrou a história de um filho que tenta juntar os pais recém separados. No fim, o garotinho consegue fazer com que seus pais comemorem o Natal juntos. Um filme que traduz o espírito natalino, afinal, o fim de ano é o período perfeito para esquecermos as desavenças que existem entre nós, não é mesmo?





9. The book of dreams – Argos 

Comercial de 2019 criado pela agência The & Partnership, o filme é essencialmente um clipe de “Don’t You (Forget About Me)”, de 1985 – do Simple Minds. Simples e universal, ele mostra o sonho de Natal de um pai, que se torna ainda mais especial quando compartilhado com sua filha. 





8. Corrida de Natal – Sadia

Impossível não se emocionar com esta campanha de final de ano feita pela Sadia, em 2017. Feito pela F/Nazca S&S, o filme conta a história de uma menina com síndrome de down que treina para participar de uma competição escolar. Ela recebe a ajuda inesperada de um solitário vizinho e seu cachorro e como forma de agradecimento, o convida para passar o Natal em sua casa.




7. The boy and the piano – John Lewis & Partners 

O comercial de 2018 feito pela agência Adam&Eve DDB, conta a história do poder de um presente. E como esse presente inspirou, mudou e influenciou o curso da vida de um menino, que por acaso é Elton John. O filme começa nos dias atuais e retrocede cronologicamente pela vida de Elton até o momento da manhã de Natal, quando ele recebeu de sua mãe e avó o piano que mudou sua vida.




6. Comercial da rede alemã de supermercados Edeka 

Lançado em 2015, mesmo que ele seja em alemão, a mensagem é clara. Após saber que seus filhos não conseguirão visitá-lo no Natal, um senhor passa a noite sozinho. Mas isso se repete por três anos consecutivos, até que ele decide tomar uma atitude drástica para rever a família. Spoiler : lágrimas irão cair ! 




5. O Natal reúne – Zaffari

A rede de supermercados lançou um comercial em 2016, falando da importância de preservar as lembranças, mas também de se criar novas. Produzido pela Agência Matriz, o filme mostra a infância de dois irmãos e a lembrança dos natais que eles passaram ao lado dos pais. Anos depois, a relação entre eles não é mais a mesma e os pais já não estão mais vivos. Mas eles finalmente se reúnem para reviver a noite de Natal como faziam antigamente.




4. Real Love – John Lewis

Este comercial foi eleito o melhor do ano de 2014 e mostra a amizade entre um menino e o seu amigo especial, um pinguim. O pinguim “Monty” sonha em ter uma parceira, amar e ser amado, e a mensagem final é fantástica. Criado pela marca britânica John Lewis, a história da amizade entre um menino e um pinguim é de deixar qualquer um apaixonado !




3. Justino – Loterias da Espanha

Quando lançado, em 2016, a animação Justino tornou-se a número 1 na Espanha e o número 5 do mundo no Twitter. O filme ultrapassou 1 milhão de visualizações no YouTube em apenas um dia. Ele apresenta um segurança em uma fábrica de manequins, que como trabalha no turno da noite, tem poucas chances de interagir com seus colegas de trabalho. Mesmo assim, Justino sempre cria maneiras de se conectar com seus colegas usando os manequins da fábrica para criar situações divertidas e emocionantes. No Natal, seus colegas encontram uma maneira de retribuir seu generoso espírito. Na Espanha, os espanhóis esperam ansiosamente pela loteria anual de Natal e costumam partilhar o prêmio com amigos e familiares.




2. Por um futuro cada vez mais humano – Itaú

Lançado neste ano, a campanha do banco mostra que o lado surpreendente da humanidade ainda é mais inovador que qualquer avanço da tecnologia. Produzido pela agência África, o filme mostra um robô dublado por Matheus Nachtergaele e as suas reflexões após uma criança lhe perguntar sobre a definição de futuro. Apesar de toda a tecnologia, o lado mais incrível do mundo são as pessoas.




1. A Holiday Reunion – Xfinity

Com roteiro do próprio Steven Spielberg, o comercial da Sky mostra o emocionante reencontro entre Elliot e o E.T., 37 anos depois. Neste reencontro emocionante, o personagem descobre todas as novas tecnologias que surgiram desde sua partida, como um óculos de realidade virtual. Como se isto já não fosse o suficiente, Elliot é interpretado novamente por Henry Thomas, mesmo ator que deu vida ao garoto nos cinemas. A diferença é que, desta vez, a icônica cena das bicicletas fica por conta dos filhos do personagem, que voam sobre duas rodas ao lado do extraterrestre. Impossível não se emocionar ! 








O amor é uma necessidade ? Você ama ou precisa ?



O amor é uma necessidade?

Muitas vezes, é difícil definir o amor pela quantidade de significados que lhe foram atribuídos em todo tipo de assunto. Portanto, seria mais aconselhável começar por distinguir o que o amor NÃO é.

Em determinados momentos de nossas vidas, podemos nos perguntar se realmente sabemos como distinguir o amor de uma necessidade. Amamos ou precisamos? Sabemos realmente o que é o amor? Por que ele é diferente de uma necessidade?

Falar do “amor”, em qualquer uma de suas expressões, é algo muito complicado devido ao uso excessivo dado a essa palavra em questões que, na realidade, são muito diferentes.

Sendo mais do que uma palavra, talvez seja necessário enfatizar o que o amor não é, em vez de procurar uma definição possível.

O amor NÃO é …

A palavra “amor” (se você o define, então não é).

Posse (você possui bens materiais; o amor não pode ser guardado).

Pensamento (não pense “eu amo”. Ao invés disso, pratique e sinta o ato de “amar”).

Interesse (onde há razão, não há amor. O amor não é moeda de troca, apenas existe).

Necessidade (não existe para cobrir os vazios do ego).

Temporário (não está em você, você está sempre nele no “agora”).

E a relação amorosa NÃO consiste em …

“Ser um casal”, e sim em ser livres.

Fazer promessas, e sim em permitir que ambos assumam o leme.

Firmar algo, e sim em afirmar liberdades.

Além disso:

Não requer demonstrações, mas comunicação.

Não envolve as máscaras e a imagem que um tem do outro.

Vai além do ato de “apaixonar-se”, que é apenas uma neuroquímica que acaba.

Quanto ao amor de “casal” em suas múltiplas manifestações, a paixão é mais confusa, pois este estado transitório envolve uma alteração dos neurotransmissores (aumento da dopamina e da noradrenalina e diminuição da serotonina) com um efeito bem semelhante ao vício em drogas.

Por isso, é recomendável deixar esse estado de amor passar para tomar decisões.

Segundo o psicólogo John Bradshaw, os relacionamentos duradouros devem superar a paixão ou estado de transição para chegar ao “companheirismo”.

Existe um estudo bem popular sobre como mudamos as recordações sobre esse tópico. Holmberg e Holmes (1994) entrevistaram 400 casais que afirmaram que estavam apaixonados e felizes com o relacionamento.

Dois anos depois, eles foram entrevistados novamente e os casais que haviam se separado ou se encontravam em uma situação pior disseram que o relacionamento havia dado errado desde o início. Isso nos permite ver como somos capazes de construir recordações que justificam nossas decisões.

Agora, vejamos o que é um relacionamento amoroso.

A relação amorosa

Envolve expressar-se em todos os sentidos.

Implica liberdade total (caso contrário, não é um relacionamento).

É jogar sem regras, porque não há regras quando há amor.

É imaginação, surpresa e apoio incondicional.

Envolve respeito por si mesmo para respeitar ao outro.

É dirigir em uma estrada esburacada e verificar as rodas entre os dois.

Uma relação amorosa não é compromisso, mas libertação.

Com o passar dos anos, vão se ocultando as liberdades e aumentando os julgamentos, o orgulho e o ego. A tudo isso, acrescentamos o problema da tecnologia com o consequente aumento do aspecto superficial sobre o humano.

Vão aumentando as operações cosméticas como presente, a obsessão em obter reconhecimento e a decadência. Além disso, também aumenta o exibicionismo físico nas redes sociais, a tal ponto que já existem tratamentos e terapias para este grande problema.

A institucionalização como obstáculo ao amor

Institucionalização

Não se pode confinar o amor em templos, seitas, religiões, modas, ritos ou filosofias. Você acha que pode rotular, classificar ou se apropriar da liberdade? Por isso, o amor não tem santuários, porque é encontrado quando não é procurado e aparece quando você remove obstáculos.

Não havia luz quando a sala estava com as cortinas fechadas? Você só tem que abri-las. A liberdade não é algo que se busca; ela aparece para que você se dê conta do seu confinamento.

Resultados

Um passarinho não canta para ser aplaudido, e essa naturalidade atribui beleza às suas melodias. Às vezes, o amor é considerado um resultado, algo muito trabalhoso. Consiste em superar mais do que ganhar. Por isso, envolve obstáculos.

Isso também acontece com os hobbies e as atitudes. Não somos educados para amar o que fazemos, mas para amar o resultado e buscar reconhecimento. Isso nos afasta da beleza da paixão natural que surge de um comportamento sem objetivos, de uma reação à harmonia com o nosso entorno.

Condicionamento

É preciso romper e questionar qualquer condição que limita e oculta essa capacidade de amar que temos por dentro. O que você faz é pelo que se espera de você ou pelo que você deseja?

Há pessoas tão presas na identificação que acabam amando mais um símbolo do que uma pessoa, uma bandeira ou uma ideologia como prioridade para se dividir e se sentir especial. São carências e vazios por medo do amor, porque o amor varre tudo que você achou seguro.

Apego

Confundir o amor com a necessidade é algo muito frequente. Muitos adolescentes iniciam um relacionamento porque seus amigos já têm um parceiro. Pensam que é melhor ter um parceiro antes de aprender a administrar a solidão, o medo, a evitação, a proteção… Isso nos dá um exemplo de como o apego pode nos tornar mentalmente dependentes de outra pessoa.

Como o amor é liberdade, o apego é um obstáculo ao amor. Você precisa saber como trabalhar esta questão. Compartilhar liberdades nos fortalece, ser dependente nos afasta do amor.

O ego e a necessidade de amor

De forma resumida, o amor surge quando o ego desaparece com a sua necessidade de atenção.

Existem muitos trens que passam pela sua vida; todos te lembram disso e todos se agarram a eles para provar seu ponto. “Pegue o trem! É a sua chance!,” dizem. E ninguém, ninguém, ninguém… se lembra de que, às vezes, você deve primeiro descer daquele trem em que está.