Em nome da inocência : Justiça ! Documentário homenageia Reitor da UFSC



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Documentário produzido por Sérgio Giron conta a história da perseguição e da morte do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Oliva Cancellier.

Intitulado Em nome da inocência: Justiça!, o filme de 27 minutos narra como a perseguição midiático-judicial acabou por tirar a vida do reitor da universidade catarinense.

Depoimentos de amigos e colegas mostram como uma pessoa pacifista e cordata foi submetida a uma injusta caçada judicial a pretexto de apurar denúncias de corrupção na UFSC.

Os delitos foram cometidos em gestões anteriores à de Cancellier à frente da UFSC. No entanto, tamanha pressão, agravada pelo afastamento da universidade onde Cancellier conviveu por 40 anos foi exacerbada: o suicídio foi a última saída para que o reitor mostrasse sua inocência.

Assista à integra do documentário abaixo:







Postado em Brasil 247 em 25/11/2017


Dom Orvandil : Quem é o deus da bancada evangélica e das igrejas desses deputados?



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Postado em Cartas Proféticas no YouTube



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Juliana Goes : Perguntas mais perguntadas / Maquia e fala





Juliana Goes

Cheguei com vídeo de Maquia e Fala, respondendo as perguntas ‘mais perguntadas’ por vocês ultimamente! Vamos falar sobre a bebê, o quartinho dela, a saudade dos tutoriais no canal e muito mais. Vem comigo!

Eu adoro gravar esse formato de vídeo, me sinto conversando com vocês, respondendo as perguntas e ainda tem as diquinhas de maquiagem pelo meio do caminho! Algumas comentam que sentem falta dos tutoriais de maquiagem no canal, mas quem me acompanha sabe que, de uns tempos para cá, eu tive transformações no meu estilo de vida e isso reflete no contexto do canal. 

Eu adoro falar sobre maquiagem e beleza, mas o que eu gosto mesmo é de fazer resenha, testar coisas e passar para vocês as minhas impressões. Quando eu era mais jovem e eu saía mais, era natural que eu apostasse em mais maquiagens, em produções mais elaboradas. Hoje em dia estou bem mais básica, então as inspirações seguem a forma como eu me sinto naquele momento, naquela fase da minha vida.

Eu já respondi algumas vezes nos comentários sobre o quartinho da bebê, vocês perguntam onde ela vai dormir já que meu apartamento só tem um quarto! Ela vai dormir no nosso quarto mesmo por enquanto, vai ter um cantinho para ela ao lado da nossa cama, muitas amigas e mamães que eu conheci comentaram comigo que nos primeiros meses o bebê vai ficar pertinho da gente. Eu acho que essa proximidade vai ser até muito importante no começo, profissionais da saúde incentivam essa prática até mesmo pela saúde e segurança do bebê. Nós já estamos vendo um apartamento com mais um quarto, encontramos uma ótima opção e estamos naquele processo burocrático de negociação rs.




A gente ama esse apartamento, ele realmente ficou do jeitinho que eu e o Crica sonhamos, curtimos ótimos momentos aqui e a vamos viver novas experiências com a bebê nele! Nós tentamos adaptar um outro quarto nele, mas acabou não dando certo e por isso começamos a busca por outro, que não vai ser muito maior que esse, mas vai ter um cantinho para ela! Quando o cantinho dela estiver pronto vamos compartilhar com vocês, claro!

VEJA TODOS OS DETALHES NO VÍDEO




PRODUTOS USADOS

Paleta Sobrancelha | quem disse berenice? – Clarete
Blush Trip The Light | M.A.C – Highly Illogical
Base Air Power Make B. | O Boticário – Bege Médio 2
Corretivo Radiant Creamy Concealer | Nars – Medium 1 Custard
Máscara para Cílios Volume Máximo | Eudora Diva
Batom Líquido Matte Longa Duração | Vult – Cor 14
Iluminador | Becca – Opal
Lápis de Olho Total Black Longa Duração | Vult
Baby Lips Sweety Beige | Maybelline – 01

Quero saber se vocês gostam desse formato de vídeo, deixem sugestões aqui nos comentários que eu e a Equipe Lindeza sempre estamos de olho, anotando e colocando em prática as dicas e ideias nos vídeos!

Aqui no blog e no canal tem os vídeos de Diário da Gravidez, onde eu compartilho com vocês os meus dias de gestação, tem várias dicas bacanas para quem se interessa por esse assunto! Eu estou amando interagir com vocês sobre a maternidade no geral e estou animada pela chegada da bebê!

Vou continuar com o conteúdo de beleza, com dicas de cuidados e quero continuar falando sobre moda, decoração e quem sabe compartilhar com vocês dicas de culinária, receitinhas práticas que me ajudam na correria do dia a dia! Deixem nos comentários o que mais vocês querem ver por aqui!







Postado em Juliana Goes em 21/11/2017



Mais Pedro Cardoso, por favor





Kiko Nogueira


Pedro Cardoso é a surpresa mais benfazeja da cena cultural brasileira em muito tempo.

Sua participação no programa “Sem Censura”, da TV Brasil, é um clássico instantâneo. Pedro foi divulgar seu romance romance “Livro dos Títulos”.

“Eu não vou responder esta pergunta e nem nenhuma outra porque quando cheguei aqui, hoje, e encontrei uma empresa que está em greve, e não participo de programas de empresas que estão em greve”, falou à apresentadora atônita.

Ele havia se encontrado com trabalhadores em greve da Empresa Brasil de Comunicação, EBC, na entrada.

Ouviu suas queixas pacientemente. Cogitou não entrar no estúdio, mas teve uma ideia melhor: registrar ao vivo sua indignação.

“Cabe a mim o maior respeito a todos vocês, aos que estão parados, aos que estão trabalhando e aos que estão aqui. Mas eu, diante deste governo do Brasil, tenho muita convicção de que as pessoas que estão fazendo essa greve estão cobertas de razão”, prosseguiu.

Em seguida, destroçou o presidente da EBC, Laerte Rimoli, ligado a Eduardo Cunha, que usou as redes sociais para atacar a atriz Taís Araújo por uma palestra que ela deu narrando a experiência de sua família com o racismo.

“O que eu soube também quando cheguei aqui, é que o presidente desta empresa, que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que teria dito uma colega minha onde a presença do sangue africano é visível na pele”, começou.

“Porque o sangue africano está presente em todos nós, em alguns de nós está presente também na pele. Mas em todos nós ele está. Se esta empresa, que é a casa do povo brasileiro, tem na presidência uma pessoa que fala contra isso, eu não posso falar do assunto que vim falar”.

Educadamente, cumprimentou os demais convidados antes de puxar o carro. Do lado de fora, congratulou-se com os grevistas.

Cardoso, um ator consagrado, agora lançando um livro, é uma exceção entre seus pares, especialmente o vasto elenco de cretinos fundamentais e covardes da Globo.

Articulado, politizado, inteligente, sabe seu papel num momento desgraçadamente patético do país. Não tem também as amarras dos outros. Não quer e não precisa estar na novela das 9.

Fica a pergunta: onde ele estava antes? Não importa. Antes tarde que mais tarde.

Que inspire outros protestos em seu métier. E que o próximo seja na Globo. Vai demorar, mas acontecerá. Pode apostar.







Postado em DCM em 23/11/2017



Ilegalidades nas delações premiadas e na operação lava jato



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Miguel do Rosário


O ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, em audiência pública organizada pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ), no âmbito da CPMI da Delação, afirmou que o Ministério Público não deveria comportar “dallagnois”, ou seja, heróis do eu sozinho.

Aragão denunciou duramente o comportamento “conspirativo” do Ministério Público, e os procedimentos obscuros, beirando o achaque, a chantagem, a ameaça, com que as delações são obtidas.

Ele citou o caso do procurador Angelo Goulart, que, chamado para participar de uma reunião entre MP e alguns réus, gravou em seu celular uma chantagem explícita de outros procuradores. 

Diante de um empresário aflito com o bloqueio de suas contas, que o impediria de pagar o salário de seus funcionários, os procuradores perguntaram: quanto você quer para delatar? 

Goulart então apresentou a gravação ao advogado do réu (que, absurdamente, não estava presente), e foi preso por isso, por determinação do então procurador-geral, Rodrigo Janot. 

Aragão pergunta: onde está o áudio dessa gravação? 





O depoimento do professor Aury Celso Lima Lopes Junior, titular do programa de pós-graduação em Ciências Criminais na PUC-RS, autor de diversos livros já famosos sobre o tema, é uma bomba atômica jogada sobre a maneira como a delação premiada está sendo praticada no Brasil.

Os leitores do Cafezinho precisam assistir a esse vídeo! Lopes Jr desmonta, ponto a ponto, as arbitrariedades e bizarrices da delação premiada, em especial da Lava Jato.

Ele denuncia, sem esconder sua profunda indignação intelectual, a forma como as delações de executivos da Odebrecht foram realizadas. 

A fala do professor foi feita em audiência realizada no dia 21/11/2017, na Câmara dos Deputados. 




O professor Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, titular de Direito da UFPR, denuncia as ilegalidades da Lava Jato e da delação premiada e demonstra que as intenções por trás destes processos é degolar a classe política. Talvez não inteira, mas os seus membros mais importantes, deixando o país ainda mais vulnerável aos caprichos da meganhagem togada.

Assistam ao vídeo abaixo. É uma aula fundamental para se entender a conjuntura política. Se você ainda tinha dúvidas sobre a ilegalidade da Lava Jato, esse depoimento, de um dos juristas mais importantes do país, não deixa dúvida.

A indústria de delação premiada, diz o professor, ameaça todos os cidadãos brasileiros.





O evento completo pode ser assistido aqui. Estamos, na medida do possível, baixando os vídeos, e os editando, para facilitar o acesso do internauta a esses depoimentos.



Postado em O Cafezinho em 22/11/2017



Conversa com Eugênio Aragão sobre o Ministério Público Federal, Operação Lava Jato e outros assuntos




  Livro do jornalista Paulo Moreira Leite 


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Fomos feitos para durar



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Marcel Camargo

“ Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu escolhi me tornar.” (Jung)

Sim, ainda que ninguém nos tenha avisado, a vida não é fácil, não – já dizia Guimarães Rosa, “viver é perigoso”. Teremos, pela frente, muitos daqueles dias em que desejaríamos não ter saído da cama, em que não conteremos as lágrimas, a indignação, as decepções, a dor da impotência frente a acontecimentos sobre os quais nada poderemos fazer.

Será extremamente penoso, por isso, mantermos conosco a força necessária ao enfrentamento lúcido dos problemas que se avolumarão ao longo de nossa jornada. Tenderemos sempre a desistir, a sucumbir à escuridão que intranquiliza nossas esperanças, uma vez que a tristeza lutará o tempo todo contra a luz dos sonhos que moram aqui dentro da gente.

O ser humano possui a capacidade de refletir e de planejar o futuro, ao contrário dos animais. E essa característica inevitavelmente nos enche os planos de expectativas em relação às pessoas e aos acontecimentos que nos dizem respeito. Como desconhecemos o outro em tudo o que ele é, tampouco possuímos algum controle sobre os fatos que incidem sobre nossas vidas, muito do planejamos não vinga. E dá-lhe frustração.

Dentre os reveses que pontuarão o nosso caminho, os mais doloridos ocorrerão por conta de decepções que teremos com aqueles que mais amamos. As pessoas com quem compartilhamos nossas verdades, afinal, serão mais capazes de jogar o tanto que nos conhecem contra nós mesmos, fragilizando-nos com intensidade desmedida. Na verdade, as pessoas nos desapontarão muito mais do que os acontecimentos em si.

Em certos momentos de nossas vidas, seremos alvo de maledicências, de inveja, de comentários maldosos, de atitudes mesquinhas, de invasão de privacidade, de traição, seja do parceiro, do amigo, do colega de trabalho, seja por atos ou por palavras. Inevitável, visto que a inveja permeia a tônica da vida em sociedade, em razão do mundo de aparências em que vivemos, no qual as posses materiais determinam o nosso valor de consideração por parte da sociedade e do governo.

O que importa, em meio a isso tudo, é vivermos nossas próprias verdades, com clareza e convicção daquilo em que acreditamos, pois tudo o que nos move e nos sustenta, caso seja pautado por amor e sinceridade, acabará nos protegendo de todo e qualquer mal que lancem em nossa direção. Viver o que a alma pede sempre será a melhor maneira de nos protegermos dos reveses, das pessoas e de nós próprios.

Quem nos conhece de verdade, nossas forças e nossas fraquezas, jamais acreditará nas mentiras em que tentarão nos envolver. Quem nos ama de verdade é que nos bastará, para que caminhemos em busca de nossos sonhos, a despeito de qualquer força contrária que teremos pela frente, a despeito de toda dor que escurecerá nossa jornada. Porque a luz do amor é mais forte do que qualquer sombra de tristeza e sustentará incansavelmente a esperança de nossos passos. Isso não se nega.


Postado em Conti Outra



Dia da Consciência : “ Nossa pele preta é o nosso manto de coragem e resistência ”



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Thais Folego


Da Revista AzMina 

A Revista AzMina perguntou pra seis mulheres negras incríveis: Por que precisamos do Dia da Consciência Negra?

" Nossa pele preta é o nosso manto de coragem e resistência ”, cravou a performer e cantora de funk, Linn da Quebrada, à pergunta “ Por que precisamos do Dia da Consciência Negra? ”, que fizemos para seis mulheres negras referências em suas áreas de atuação.

“ O 20 de novembro é uma data pautada por esses movimentos em contraponto a uma narrativa do 13 de maio que coloca a princesa Isabel como redentora de uma raça. Acho que a data quer dizer que nós temos vozes e temos poucos ouvintes para essas vozes e para nossas narrativas. É uma tomada de posição da história nos nossos próprios termos de participação ”, explica Giovana Xavier, doutora em História e professora da UFRJ.

O dia da Consciência Negra foi escolhido por ser atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, líder de um dos maiores quilombos da história do Brasil. Desde 2011 se tornou feriado nacional, mas de adoção optativa pelos municípios. Somente mil cidades em todo o país adotam o feriado.

A escritora Miriam Alves nos contou que a instituição da data em São Paulo faz com que ela receba até cinco convites para participar de eventos simultâneos e demanda que esses convites existam o ano todo. “ A gente é preto de janeiro a janeiro, então a discussão precisa ser feita de janeiro a janeiro ”, diz.
Leia os depoimentos:

Cida Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e eleita pela revista “The Economist” em 2015 uma das 50 profissionais mais influentes do mundo no campo da diversidade

“ Precisamos do Dia da Consciência Negra pra nos apropriarmos do nosso poder enquanto maioria da população do Brasil e utilizarmos pra dar um basta na bandalheira que estamos vivenciando em nosso país. Podemos dizer BASTA! por meio do nosso voto em 2018. Todos os partidos e candidatos que votaram a favor de medidas e projetos de reforma e mudanças que prejudicam a população negra devem ser riscados de nossas listas.

Os que votaram a favor da reforma de congelamento de gastos públicos, da reforma trabalhista, os que querem dificultar o acesso de indígenas e quilombolas às suas terras, os que apoiam normativas que favorecem a violência contra as religiões de matriz africana, que impedem as discussões sobre gênero estão contra a população mais vulnerabilizada do Brasil, mas vão disputar nossos votos, pois somos a maioria do povo brasileiro. Vamos apostar na análise da história e da ação destes partidos e candidatos e não nos seus discursos mentirosos.”

Linn da Quebrada, performer e cantora de funk

“ Nossa pele preta é o nosso manto de coragem e resistência. Nosso terreiro e quilombo de celebração. Nossa ciência, fonte de saberes ancestrais. Ancestralidade viva e presente. Não é mito, é história. É memória de um rebanho de ovelhas negras, sem pastor. De Viúvas negras sem luto, mas em luta.”

Giovana Xavier, doutora em História, professora da UFRJ e coordenadora do grupo Intelectuais Negras

“ É interessante pensar a ideia de participação em oposição a de contribuição. Na narrativa de história oficial do negro assim como das pessoas indígenas somos sempre pensadas como pessoas que contribuíram para a formação e para a história do Brasil. Se a gente pensasse do ponto de vista de quem participa da história do país, visto esses dois grupos como participantes, e particularmente o grupo negro pelo protagonismo que desempenha, a gente não precisaria de um Dia da Consciência Negra, porque esse dia seriam todos os dias do ano.

Nesse sentido, eu acho importantíssimo ter o 20 de novembro no sentido de pensar datas comemorativas como calendários de luta, de luta por visibilidade, por respeito, por protagonismo, por humanização das nossas histórias, das nossas condições no mercado de trabalho, na mídia, de respeito ao conteúdo que a gente produz. Isso justifica a importância dessa data que inclusive é para se pensar do por que não é um feriado nacional.

O 20 de novembro é uma data pautada por esses movimentos em contraponto a uma narrativa do 13 de maio que coloca a princesa Isabel como redentora de uma raça. Acho que a data quer dizer que nós temos vozes e temos poucos ouvintes para essas vozes e para nossas narrativas. É uma tomada de posição da história nos nossos próprios termos de participação."

Miriam Alves, escritora e poeta com produção publicada nos Cadernos Negros

“ Eu sou sexagenária e lembro que, em 1978, o escritor Oliveira Silveira, lá do Rio Grande do Sul, que fez parte do movimento literário negro, falava que era importante que tivéssemos um dia para fazer essa marca, um contraponto a todos esses feriados e datas nacionais que existiam de referência aos escravizadores e assassinos de índios e de negros, aos estupradores de mulheres indígenas e negras. A única data que se referenciava aos negros era o 13 de Maio, que tem com protagonista uma mulher branca e que trabalha com uma folclorização da história em que foi em uma ‘penada’ que tudo se resolveu. Então o 20 de Novembro carrega pelo menos uns 40 anos de luta por essa data, em que todo o movimento negro brigou e construiu, incluindo escritores, políticos, artistas e mães de santo.

Precisa de um Dia da Consciência Negra? Na verdade não precisaria. Era só um dia, que passamos a comemorar uma semana e agora comemoramos o mês todo como sendo da Consciência Negra. O que espero é que eventos que discutem a temática – em que recebo cinco convites para participar em um único dia – não aconteçam só em novembro. A gente é preto de janeiro a janeiro, então a discussão precisa ser feita de janeiro a janeiro.”

Renata Éssis, backing vocal de Liniker e Os Caramelows

“ Ainda precisamos do Dia da Consciência Negra porque vivemos em uma sociedade na qual pessoas negras são tratadas como cidadãos de segunda classe. Na qual ofensas graves a pessoas negras são levadas como piadas ou amenidades. Na qual a completa inexistência de oportunidades é vista como falta de mérito. Esse dia existe para mostrar que há uma dívida histórica com a população negra que deve ser reparada – não só no Brasil mas no mundo todo.

Chegamos num momento da sociedade no qual os privilégios históricos dados a cada etnia são muito claros. Assim como é claro como isso mina a vida das pessoas todos os dias.

Essa sociedade muito doente na qual estamos é tomada como normal. O Dia da Consciência Negra vem para colocar uma perspectiva na vida das pessoas para que, um dia, ele já não seja mais necessário. Para termos consciência de que a humanidade tem de andar junta independentemente de cor. Isso vale tanto para Dia da Consciência Negra quanto pra o Dia do Índio e das Mulheres. São partes de uma sociedade levadas, até hoje, por uma falta enorme de oportunidades.”

MC Lola, integrante do grupo de rap Melanina MCs

“ O dia da Consciência Negra marca coisas que não deveríamos esquecer em dia nenhum. Toda a luta que nossos ancestrais tiveram para que hoje estivéssemos numa situação mais ‘estável’, mas ainda assim longe do ideal. Temos que lutar pelos espaços que deveríamos ter direito como os brancos, como acesso à faculdade e ao mercado de trabalho. O dia vale para que a gente se conscientize e para que a população tire pelo menos um dia para refletir sobre isso. As vezes a gente não se considera uma pessoa preconceituosa, mas uma atitude ou outra, uma coisa que já fez ou já falou pode dizer o contrário. Vale a pena parar e prestar atenção nas movimentações desse dia.

Para nós, artistas, vale nos utilizarmos dessa brecha para influenciar ainda mais o público a olhar para as questões raciais. Nós, que somos envolvidos com a arte e a cultura, temos vários meios de expor isso. Vale usar essa data para atrair as pessoas que se identificam com a nossa música a pensar sobre isso, a se conscientizar, atrair outras pessoas para a causa, tentar mudar de alguma forma o que acontece dentro de casa, no trabalho ou na escola.”



Postado em Luis Nassif Online em 20/11/2017




Linn da Quebrada



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Giovana Xavier



mulheres negras na literatura brasileira
Miriam Alves



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