Os analfabetos políticos estão destruindo o Brasil



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Um guerreiro que caminha na trilha do coração é capaz de enfrentar o desconhecido



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Anieli Tolon

A vida é mesmo uma grande caixinha de surpresa. A gente nunca sabe o que vai encontrar, sentir e experienciar. A cada novo dia, refeitos do sono, com as energias recalibradas, nos colocamos em contato com o mundo, para um novo encontro que requer preparo (físico e psicológico) para enfrentar todo tipo situação que possa surgir pela frente. E porque na verdade, é disso mesmo que a vida é feita – de (fortes) emoções.

Preparo para vivê-las é requisito básico de formação mas que nunca, jamais estaremos prontos, completos e formados pois enquanto encarnados, estaremos jogando o grande jogo da escola da vida. E é por isso que aceitamos este convite, para colocarmos nossos seres em prova, confrontar nossas almas e nos colocar em teste para seguir dentro da espiral da evolução.

Encarnar é um grande desafio que requer coragem e humildade. Sem estas duas bagagens não há individuo que passe com louvor nas provas que serão aplicadas no caminho.

Coragem, pois muitas situações ela será essencial para não nos acovardar e sentirmos menos capazes. E a palavra coragem traz na sua origem o significado de coração. Portanto, ser corajoso é viver com o coração, e viver com coração é viver no amor.

No coração há a sabedoria da alma, aquilo que somos em essência.

Quem vive muito no plano mental acaba se perdendo diante do pensamentos egoicos, intelecto, das reações primitivas e de muitas ideologias, fundamentos e paradigmas.

Quem vive com o coração tem a chance de expandir, compreender e aplicar a sua força interior, agir com mais sabedoria nas diferentes situações da vida, motivados pela sua essência, o amor.

Um ato de coragem é um ato de amor.

Levar a humildade como escudo também se faz necessário pois sem ela nada se aprende. Um ser que vive na arrogância não é capaz de reconhecer um ensinamento, saber ouvir quando necessário e observar. O arrogante acha que já está pronto e não dá oportunidade para seu crescimento pessoal.

E mesmo diante dos embates mais emblemáticos da vida, a solução jamais será o de “ir embora”, até porque, ninguém vai embora de si mesmo, nós sempre nos levaremos junto seja pra onde for. Nós jamais escaparemos da eternidade. A solução será sempre o de ser um guerreiro.

Um guerreiro que caminha na trilha do coração é capaz de enfrentar o desconhecido, as batalhas mais perigosas, os riscos, carregando consigo a espada da sabedoria e o escudo da humildade.

A covardia não permite os ganhos e os louros das experiências, pois quem se acovarda já está morto. Estar vivo é encarar os combates com fé, confiança e coragem.

E a vida é assim mesmo, com seus dias de luta e seus dias de glória. Jamais pense que não é capaz, pois se você está aqui, nesta vestimenta humana, é porque sem dúvida em você existe todos os instrumentos e capacidades necessárias para esta vivência.

Acredite! A vida vai fazer você se mexer e o objetivo será sempre a sua evolução.

Por isso, abrace a vida com amor, e não permita se esquivar ou paralisar diante das dificuldades. Você pode sim ter dúvida, e elas fazem parte das escolhas, você pode também ter medo, pois elas auxiliam na sua proteção, mas não se permita paralisar diante disso.

Os combates são na verdade os presentes que a vida te deu para seu crescimento pessoal e espiritual. Aceite com amor.



Postado em Conti Outra 



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A in " justiça " brasileira matou o Reitor Cancellier da UFSC



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Contra o obscurantismo, somos todos Paulo Freire



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Ato na PUC de São Paulo manifestou apoio ao educador e defesa de educação popular





São Paulo – Para participantes de ato em apoio a Paulo Freire realizado nesta segunda-feira (23), na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, os recentes ataques ao educador miram a escola pública e a democracia brasileira. Alguns falaram em “obscurantismo” e “tempos sombrios”, ao citar o momento político do país. Um movimento conservador defende a revogação do título de Patrono da Educação Brasileira dado a Freire em 2012.

Para o professor Moacir Gadotti, presidente do Instituto Paulo Freire, o país vive um “apequenamento” desde o ano passado. Segundo ele, a questão envolve não apenas o educador: “É justamente a educação pública brasileira e a educação democrática, sobretudo. Uma educação que conquistamos em parte”.

Ele credita os ataques à falta de reflexão e de conhecimento. “Quando você não tem argumento, acaba usando do preconceito, da ignorância, quando não do ódio”, disse Gadotti, citando o próprio Freire, de quem foi amigo durante mais de duas décadas: “Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação. É esse o caminho”.

Gadotti evocou o perfil “agregador” de Freire para a importância de uma reação, citando o manifesto em defesa do educador e da educação pública. “Está nascendo um movimento que vai congregar, que nos ajudará a superar certa apatia, certa perplexidade. É um pretexto para ampliar nossa luta contra essa desconstrução da democracia, essa piora das políticas públicas e essas políticas regressivas”, acrescentou.

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, também considera que a escola pública é o alvo da campanha contra Paulo Freire. Alguns dos críticos, inclusive, admitem que nem sequer leram alguma obra do educador: “Colocar Paulo Freire no centro das discussões talvez seja o único caminho para a gente vencer esse debate.”

A professora Ana Maria Saul, que trabalhou com Paulo Freire na PUC (durante 17 anos) e na Secretaria Municipal da Educação (entre o final dos anos 1980 e início dos 1990), enfatizou a defesa do educador “com uma pedagogia que se compromete com a humanização, contra a opressão”.

Autora do projeto que em 2012 deu origem à Lei 12.612, tornando Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira, a deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP) lembrou da aplicação de métodos do educador com trabalhadores rurais na Paraíba, seu estado de origem, e citou a atuação de Dom José Maria Pires, arcebispo emérito paraibano, que morreu em agosto – era também conhecido como Dom Zumbi. Eleita prefeita de São Paulo no final de 1988, ainda pelo PT, ela recordou do convite feito por telefone – prontamente aceito, para sua surpresa – para que Freire assumisse a Secretaria da Educação.

“Ele é mais louvado, referenciado, lá fora. Aqui é um atraso histórico, atávico. Vamos acumular força política para ir além da manutenção do título. Vamos reagir a esse obscurantismo, a essa desgraça de governo. Paulo Freire vive”, exclamou Erundina, ao lado de Ana Maria Araújo Freire, a Nita, viúva do educador, que morreu em 1997.

Tolerância e amor

Segundo Nita, ele era um homem “extremamente amoroso”, que todo sábado e domingo perguntava: “O que tu queres fazer hoje?”, que sempre proporcionou proteção, sem nunca dar ordens ou decidir por ela.

E reagiu a quem o chama de “comunista”, como os defensores da revogação do título: “Ele era socialista e queria uma organização (política) a partir das necessidades brasileiras. Ele queria um socialismo construído pela população”, disse Nita, que conheceu Paulo Freire ainda pequena, em Recife – ambos se casaram depois de viúvos, em 1986.

Ela lamentou que o Brasil atual esteja “dilapidado” e sob ataques de movimentos de extrema-direita. Lembrou de uma mensagem de Chico Buarque, recebida depois do título de patrono: “É o Brasil dizendo que merece Paulo Freire”.

Segundo Nita, o educador sempre foi uma pessoa capaz de “agregar diferentes”.

“Tolerância e capacidade de amar foram os sentimentos mais fortes na vida de Paulo”, disse Nita. “Luto por um homem que foi um dos maiores intelectuais deste país, um dos maiores educadores do mundo, mas luto também pelo homem que amei a cada dia dos 10 anos que vivemos juntos.”


Leia também:




Postado em Viomundo em 24/10/2017



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Carta para quando eu conseguir





Paulinho Rahs

Peço a todas as minhas versões intermediárias que colocarem as mãos nesta carta, que não leiam ela até o fim. Vocês sabem que estou escrevendo diretamente a uma única pessoa que vai estar a léguas de distância de todos nós: ela só pode ser aberta pela ‘nossa’ versão que conseguir atingir todos os objetivos pelos quais estamos propostos. Espero que vocês respeitem isso; nós vamos conseguir !

PARA: EU MESMO, NO FUTURO

Saudações !  Tudo bem contigo ?

Se tu sorriu e teus olhos brilharam na hora de responder, saiba que numa outra dimensão estou mega orgulhoso de saber disso. Se tua resposta foi honesta e tudo está realmente bem por aí, isso só pode significar uma coisa: a gente conseguiu !  É, meu velho… Que alegria ! 

Hoje, mais maduro que está, tu tem plena consciência de que não somos mais a mesma pessoa. Por isso não vou te tratar como se eu estivesse falando comigo mesmo; tu és muito mais forte e tem muito mais responsabilidade que eu. Agora é tua vez de traçar novos objetivos, muito mais difíceis, e escrever uma carta como essa para uma outra versão nossa que vai vir lá no futuro. Mas isso é responsabilidade tua, falemos do que eu fiz.

Primeiro de tudo: preciso que tu nunca esqueça, mesmo que seja tentador jogar tudo pro alto e apenas desfrutar do sucesso, de que tudo que passei aqui atrás foi em nome das coisas que eu sabia que te fariam feliz aí na frente. 

Me privei de prazeres, recusei convites de amigos, faltei em ocasiões familiares. Deixei de marcar encontros, dormi menos que deveria, envelheci no dia-a-dia mais que o resto das pessoas que a gente conhece. Tá sendo sofrido, cara. Apenas recordar as coisas quando a gente não está vivendo elas não dá a noção real, mas queria te lembrar que tem horas que dá vontade de desistir. Eu não vou !  E por isso eu sei que você está aí, aliviado, pois valeu a pena.

Não te deslumbra com as facilidades que estão aparecendo, não te deixa levar pelos tapinhas nas costas. Isso é ilusão. Vai ficar cada vez mais apertado o cerco de energias ruins te rondando. Eu já sofro com isso agora. Porém, pode ter certeza: manter a cabeça baixa para trabalhar e erguida para enfrentar é o melhor remédio. Manter a cabeça ocupada é o maior segredo; se em algum momento tu deixar tua cabeça sem nenhuma preocupação, as portas estarão abertas para te confundirem.

Por isso fiz essa carta. Por isso nós conseguimos.

Por isso criei, com muito orgulho e trabalho, essa tua versão de hoje. Por isso tu vai me prometer que vai fazer o mesmo que eu: traçar vários objetivos difíceis, mas que podem ser alcançados; escrever uma carta para tua versão futura e trabalhar todos os dias em prol das coisas que mais te deixam motivado.

Vão surgir um zilhão de imprevistos e ‘coisinhas’ pra te desviar. Sempre, em todas as decisões que tu tomar, desde o momento em que abrires os olhos pela manhã ao momento em que deitares na cama ao fim do dia, escolha o que vai beneficiar teus objetivos principais.

Eu sei, estou repetindo coisas que tu – obviamente – sabe há mais tempo que eu. Contudo vou te lembrar de uma outra coisinha – será que tu segue sendo esquecido como eu ?  Vamos trabalhar pra mudar né !  – que eu não levei em consideração: o diabo está nos detalhes. Eu, tu e todas as nossas versões que já existiram, tem em comum o fato de serem sonhadores natos. 

Só que eu, aqui no passado, já deveria ser tu. Sofremos um atraso, perdemos muito tempo. Perdemos tempo por não levar em consideração que sonhos movem o mundo, sim. Contudo de nada adianta sonhar sem um plano. É caminhar pelo desconhecido sem ao menos ter um mapa.

Li uma vez uma ideia genial que dizia assim: “ Nós somos hoje o resultado daquilo que pensamos e executamos no passado." Por isso eu tô genuinamente orgulhoso de quem tu é aí na frente, pessoa que abriu essa carta. Todavia não ando muito satisfeito com quem sou hoje. Não culpo nosso passado, tu sabe, a gente mal sabia como era a vida; a gente só sonhava !  Que bom que tenha sido assim, pois agora não preciso aprender a sonhar, só preciso aprender a executar no dia-a-dia. Pelo visto funcionou, né ?

Meu velho, já consigo ver teu olhar quando me olho no espelho. Ao mesmo tempo em que fico inquieto para o tempo passar logo e tu finalmente tomar as rédeas da nossa vida, vou dia após dia me despedindo calmamente de quem somos hoje. 

Existe um outro conceito muito importante, esse tá complicado de eu assimilar por aqui. Espero que tu tire de letra enquanto planeja nosso futuro. É que preciso ser menos ansioso para entender que é fundamental dar um passo adiante todos os dias, por menor que esse passo seja. Me parece que a ideia mais concreta para entender isso é imaginar a vida como uma escada e todos os dias antes de dormir ter a certeza de que um passo acima foi dado. Faz sentido aí pra ti? 

De qualquer forma, não quero nunca mais aquela sensação de que estou perdendo tempo. Só consigo pensar em ti, meu irmão. E escrevo como se fosse para outra pessoa porque realmente espero que eu tenha me tornado outra. Melhor, em todos os sentidos. Mais forte, mais responsável, mais humilde, mais realista.

Eu consegui. E quem consegue uma vez, consegue de novo.

Agora, deleta essa carta e não cai na bobagem de ficar admirando os nossos feitos. Baixa a cabeça, traça novos objetivos e escreve uma nova.

Quando terminar, copia essas últimas quatro frases e termina assim:

Eu espero ler isso até o último dia da minha vida, seja lá quem eu for.






Nota do Blog Por Dentro ... Em Rosa :


Mesmo verificando, no decorrer da leitura, que o texto apresenta alguns errinhos de gramática, decidi colocá-lo, no blog, por sua mensagem superinteressante e original. Assim como eu, tomara que os queridos leitores tenham gostado. E que tal, também, escrevermos uma cartinha para o nosso " Eu amanhã " ?  Abraço.



   

" Agora estão me levando, mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo."




Resultado de imagem para Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na Segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada.






INTERTEXTO

Bertolt Brecht


Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.



NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI

Eduardo Alves da Costa

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!



Apesar das sombras do Golpe e seus personagens que pairam sobre o Brasil, 

não percamos a Esperança e a Fé ! 







Músicas :

Ave Maria - O Guarani, de Carlos Gomes

Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, canta Alexandre Pires