Coisas que Porto Alegre fala: Grenal




Fui preso injustamente no dia da marcha contra a corrupção


Por Pedro Urizzi
Sou eu nessa foto sendo preso injustamente! Estava a caminho de um jantar (por isso a garrafa de vinho na mão), havia descido do ônibus, pois a Av. Paulista ainda estava interditada e comecei a caminhar em direção à Brigadeiro. Quando passo em frente ao Masp, vejo a manifestação contra a corrupção. Fiquei algum tempo observando a marcha de longe. Minutos depois, grande parte das pessoas foram dispersadas pela PM com o uso de força bruta, gás lacrimogêneo, bala de borracha etc.
Após o primeiro confronto, continuo em direção à Brigadeiro, levando meu vinho e escutando música, mas uma cena me marcou muito: vi um policial com um saco de bombas, que caminhava junto com sua equipe até um grupo de pessoas que estavam na calçada. Observei que havia crianças ali também. Então, corri até a ilha de cimento que fica na frente do Masp e comecei a berrar: “Tem criança ali, não joga não joga, tem criança.”
Depois de poucos minutos, o mesmo policial me abordou agressivamente, me segurou pelo colarinho e alegou que eu o xinguei. Ele me xingou algumas vezes e continuou a me segurar pelo colarinho e a me chacoalhar. Enquanto isso, outro policial veio e me agrediu com um cassetete no braço, me deram voz de prisão e bruscamente torceram meu braço esquerdo e me seguraram pela nuca. Em nenhum momento os policiais pediram meus documentos ou respeitaram meus direitos. Fui detido por livre decisão da PM, sem motivo algum, e de uma maneira humilhante.
Jogaram-me no chão com força e me algemaram com as mãos para trás, apertaram bem forte a algema da minha mão direita. Fui colocado no camburão. Em nenhum momento nenhum policial militar ou oficial superior interveio ou me deram alguma explicação. Fui detido como um criminoso perigoso, ou quem sabe um dia como um político corrupto. Meus direitos foram jogados a esmo pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. Depois de entrar no camburão, fiquei muito nervoso e incerto do que iria acontecer. Só me tranquilizei quando me entregaram à Polícia Civil, no 8º DP.
Lá, pela primeira vez, meus direitos foram respeitados, o delegado mandou retirar as algemas, me deram água e fui depor. Fiz minhas ligações, dois amigos foram até o DP. Depois, fui ao IML para fazer corpo delito, pois fui agredido pela PM: tenho escoriações leves no ombro, joelho e meu pulso direito está bem machucado — mas a dor física não me incomoda, essa passa, mas e a dor da humilhação? A dor da alma, sabe? De não poder fazer nada, se sentir sem direito algum, de ser tratado como um criminoso. O dia 21 de abril de 2012 vai fica pra sempre na minha memória, mas não me arrependo de nada! Imagine as atrocidades que não acontecem na cidade de São Paulo, quantas pessoas sem vozes existem? Quantas injustiças? Vou processar a PM e o Estado de São Paulo, fui agredido e humilhado pelo Governo que eu e você sustentamos com os nossos impostos.
Mas o Brasil mudou. Há 40 anos, meu pai foi preso político, ficou seis anos no exílio. Na época, ele foi torturado e perdeu onze dentes. Evoluímos. Dessa vez não perdi os dentes e nem sumiram comigo, tive “apenas” escoriações, o punho machucado e a negação dos meus direitos. O que mudou? Que a PM é totalmente despreparada, não foi criada para proteger os cidadãos, não se pode de maneira alguma confiar nela. O Brasil precisa caminhar muito, mas muito mesmo para deixar para trás os fantasmas da ditadura militar que ainda irrigam nossa política de segurança pública. Sábado, fui preso injustamente, e os políticos corruptos que estão à solta. E aí?!
Postado no Blog Coletivo e Outras Palavras em 24/04/2012

Capacidade de se encantar


 Martha Medeiros

 
                Muita gente diz que adora viajar, mas depois que volta só recorda das coisas que deram errado. Sendo viajar um convite ao imprevisto, lógico que algumas coisas darão errado,  faz parte do pacote. Desde coisas ingratas, como a perda de uma conexão ou ter a mala extraviada, até xaropices menos relevantes, como ficar na última fila da plateia do musical ou um garçom mal-humorado não entender o seu pedido. Ainda assim, abra bem os olhos e veja onde você está: em Fernando de Noronha, em Paris, em Honolulu, em Mykonos. Poderia ser pior, não poderia?
                Outro dia uma amiga que já deu a volta ao mundo uma dezena de vezes comentou que lamentava ver alguns viajantes tão blasés diante de situações que costumam maravilhar a  todos. São os que fazem um safári na Namíbia e estão mais preocupados com os mosquitos do que em admirar a paisagem, ou que estão à beira do mar numa praia da Tailândia e não se conformam de ter esquecido no hotel a nécessaire com os medicamentos, ou que não saboreiam um prato espetacular porque estão ocupados calculando quanto terão que deixar de gorjeta.
                Não saboreiam nada, aliás. Estão diante das geleiras da Patagônia e não refletem sobre a imponência da natureza, estão sentados num café em Milão e não percebem a elegância dos transeuntes, entram numa gôndola em Veneza e passam o trajeto brigando contra a máquina fotográfica que emperrou, visitam Ouro Preto e não se emocionam com o tesouro da arquitetura barroca – mas se queixam das ladeiras, claro.
                Vão à Provence e torcem o nariz para o cheiro dos queijos, olham para o céu estrelado do Atacama  sofrendo com o excesso de silêncio,  vão para Trancoso e reclamam de não ter onde usar salto alto, vão para a India sem informação alguma e aí estranham o gosto esquisito daquele hamburger: ué, não é carne de vaca, bem? Aliás, viajar sem estar minimamente informado sobre o destino escolhido é bem parecido com não ir.     
                Estão assistindo a um show de música no Central Park, mas não tiram o olho do Ipad.  Vão ao Rio, mas têm medo de ir à Lapa. Estão em Buenos Aires, mas nem pensar em prestigiar o tango – “programa de velho!” São os que olham tudo de cima, julgando, depreciando, como se o fato de se entregar ao local visitado fosse uma espécie de servilismo – típico daqueles que têm vergonha de serem turistas.
                É muito bacana passar um longo tempo numa cidade estrangeira e adquirir hábitos comuns aos nativos para se sentir mais próximo da cultura local, mas quem pode fazer essas imersões com frequência? Na maior parte das vezes, somos turistas mesmo: estamos com um pé lá e outro cá. Então, estando lá, que nos rendamos ao inesperado, ao sublime, ao belo. Nada adianta levar o corpo pra passear se a alma não sai de casa.

Silêncio e discrição




Às vezes, o silêncio é o melhor caminho para o grande sucesso...



É possível sim, ao longo de nossas vidas, realizarmos proezas e desafios, bem como caridades e fazermos ajuda ao próximo. Também realizamos os sonhos, sonhos de muitas outras pessoas, nos tornamos inclusive felizes e completos, ao ponto da gente mostrar e nos alegrar com toda a felicidade. Mas a tamanha alegria e tamanha descontração, pode acabar atraindo maus agouros. É como se as pessoas com excesso de cargas negativas, se incomodassem com a luz e a alegria das pessoas, procurando uma forma de sugar toda a alegria e a felicidade alheia. Portanto, para chegamos ao nosso sentido da vida, para buscarmos a felicidade, é preciso um pouco de silêncio e discrição.

Sim, pois vamos lembrar que as melhores coisas da nossa vida, podem ser feitas em silêncio e com um pouco de discrição. Não que não devamos mostrar os nossos trabalhos, as nossa melhores obras. Mas quando tudo é feito no silêncio, não há nada que possa atrapalhar ou tentar derrubar a construção. Uma obra feita no silêncio, embora não chame atenção no começo, mas no final, se tornará um belo empreendimento que irá encantar a todos. Os segredos devem ser mantidos durante o trabalho, para que o sucesso seja garantido. Lembre-se que vivemos num mundo onde muitos preferem ver as desgraças alheias e se destruírem uns aos outros.

O silêncio e a discrição é uma mostra da disciplina, e da sabedoria em realizar os nossos planos. Assim, não podemos atrair os nossos inimigos (internos ou externos), que vieram com a intenção de atrapalhar a nossa busca pelo sentido da vida. Estando com a total discrição nas nossas tarefas, atraímos também a confiança entre as pessoas mais próximas de nós, pois estamos de uma certa forma nos protegendo, dando uma margem de segurança, mesmo em meio a um mundo caótico, onde todos se devoram instintivamente.

Que saibamos então saber usar o silêncio, não como forma de evitar que coisas ruins chegam até nós, mas para também atrair coisas boas, pois quem sabe guardar segredos, também sabe conservar uma amizade, onde possa reforçar o espírito de coletividade, e chegarmos ao nosso destino com total qualidade.



Postado no Blog Baú do Valentim em 26/04/2012

Como explicar sexo para o seu filho em linguagem atual























Os playgrounds inusitados da Monstrum






Uma empresa dinamarquesa chamada Monstrum resolveu tornar a brincadeira da criançada muito mais divertida. Fundada por Ole B. Nielsen e Christian Jensen, a Monstrum cria brinquedos inusitados como castelos deformados, barcos afundados e aviões que caíram, além de brinquedos em formato de aranhas gigantes e outros insetos. Veja nas imagens a seguir:














Adoraria brincar em todos estes brinquedos, mesmo não tem tendo mais tamanho para isso!

O site da Monstrum é o monstrum.dk.

Postado no Rock'n Tech em 27/04/2012