Tem gente que quanto mais fala, mais tenho vontade de escutar
Quem só fala com voz e palavra me cansa, eu não sou adepta a coisas superficiais, gosto mesmo da grande mistura, pessoa inteira, a mente, espírito e o infinito de possibilidades de toda gente.Tem gente que quanto mais fala, mais tenho vontade de escutar.Tem gente que tem mais que beleza externa, tem uma beleza exuberante da alma.
Homem ou mulher, na verdade o que admiro e me encanto vai além do que os meus olhos conseguem ver. A beleza para mim vem de algum lugar do infinito de cada um, e isso me faz querer ver um pouco mais do que aquele ser possui dentro de si.A beleza verdadeira é composta de sentido, do sentir, do ver com os seus sentidos algo que ninguém consegue ver no outro.Gosto de decifrar a composição de cada ser, tantas particularidades, segredos, coisas exclusivas e únicas que compõem cada um de nós.Me interesso muito por pessoas com este infinito, gente que expressa muito mais do que o seu corpo físico é capaz de mostrar, gente que sabe se expressar além. Gente que eu olho nos olhos e vejo mar, vejo cor, vejo rio e muito mais, eu elogio, valorizo.Sou de profundidades, de muitas realidades, não me ligo em coisas exteriores. Percebo mais do que músculos, percebo as sinapses, os neurotransmissores, quero ver ser humano em sua grandeza, não sou adepta a olhar somente o corpo em sua forma física, observo o que vai no interior de cada um. Percebo o valor da alma, que não é possível ser medida por atributos físicos.Patricia TavaresPsicóloga/ Autora/ Hipnose Clínica
Abaixo a integralidade do texto citado acima :
TEM GENTE QUE QUANTO MAIS FALA, MAIS TENHO VONTADE DE ESCUTAR
Tem gente que tem mais que beleza externa, tem uma beleza exuberante da alma, me dá vontade de ficar olhando e olhando mais.
Homem ou mulher, na verdade o que admiro e me encanto vai além do que os meus olhos conseguem ver. A beleza para mim vem de algum lugar do infinito de cada um, e isso me faz querer ver um pouco mais do que aquele ser possui dentro de si.
A beleza verdadeira é um conjunto de muita harmonia interior. Ao olhar, vemos mais do que os nossos olhos conseguem enxergar.
Gosto de decifrar a composição de cada ser, tantas particularidades, segredos, coisas exclusivas e únicas que compõem cada um de nós.
Me interesso muito por pessoas com este infinito, gente que expressa muito mais do que o seu corpo físico é capaz de mostrar, gente que sabe se expressar além. Gente que eu olho nos olhos e vejo mar, vejo cor, vejo rio e muito mais, eu elogio, valorizo.
Tenho um defeito, não consigo ficar olhando pessoas somente pela superfície, pelo seu corpo, por suas roupas e apetrechos externos, pela marca do seu perfume, preciso ver organismo, preciso olhar algo que não está no material, algo muito maior.
Sou de profundidades, de muitas realidades, não me ligo em coisas exteriores. Percebo mais do que músculos, percebo as sinapses, os neurotransmissores, quero ver ser humano em sua grandeza, não sou adepta a olhar somente o corpo em sua forma física, observo o que vai no interior de cada um. Percebo o valor da alma, que não é possível ser medida por atributos físicos.
Quero mais das amizades, dos contatos, dos relacionamentos, dos afetos, não me basto, não me conformo com quantidades, com generalidades, prezo a qualidade, sou de encontro único.
Eu sou de dar atenção a reflexão e a filosofia que cada um tem no coração.
Quem só fala com voz e palavra me cansa, eu não sou adepta a coisas superficiais, gosto mesmo da grande mistura, pessoa inteira, a mente, espírito e o infinito de possibilidades de toda gente.
Não consigo dar atenção ao tom sem alma, sem calma, sem letras viscerais, não consigo prestar atenção ao som, se não houver explosão da alma.
O que me encanta é você com a mão no cabelo sorrindo com seu coração, com certa timidez de expor algo que nem você consegue decifrar, mas que gostaria de saber explicar.
Gosto de carinho descomprometido com o corpo, mas totalmente comprometido com afeto e o coração.
Sinto certo encantamento por todas as pessoas que desfilam com brilho das suas almas, que tem muito a dizer e dizem com as palavras intensas de verdades do afeto, que andam por aí ostentando paz e certa leveza de espírito, que não se incomodam com injúrias ou críticas, e falam o que sentem e pensam, estas pessoas são de arrepiar, e penso que cada pessoa assim merece muito a minha atenção.
Gosto de ver essas pessoas passarem, gosto de ouvir essas pessoas falarem. Desculpa-me, mas para outras pessoas eu não consigo prestar nenhuma atenção.
Emancipação do pensamento e a liberdade integral
Quão gratos deveríamos ficar com quem explana seu ponto de vista de forma clara, verdadeira e sem rodeios.
A verdade, a realidade dos fatos: “dos tempos”, da política, da sociedade, do mundo, e também pessoal, nem sempre é fácil de lidar, de assimilar, de elaborar uma verdade importante de ser dita e de ser ouvida, mas sempre é infinitamente melhor do que a hipocrisia: essa psicose instalada como meio de sobrevivência, articulação e um meio de manobra social, mundial, política e pessoal …
Abrir o jogo e dar opção de escolha ao outro, aos outros, é algo ético e grandioso, e de uma ordem genuína.
Cada um tem o seu direito – inegavelmente -, mas articulações, manobra de argumentações baseadas em fatos inventados, ou em partes escondidas, é algo vil e corriqueiro.
Olhar para quem tem “coragem” de assumir suas próprias verdades – de forma clara, para si mesmo e para os outros-, mesmo sabendo que pode perder aliados, colaboradores, dinheiro, amigos, amores… em comparação com quem é totalmente degradante, desonesto, podemos
compreender que: quem se presta ao papel de defender ideais, projetos por meios desonestos, apenas para convencer o outro e vender o seu “peixe”, para que os outros entendam que a sua forma de ser, de viver, ou de garantir suas verdades nada verdadeiras, para convencer seja no setor público ou íntimo, caracteriza-se como algo ínfimo. É absurdo querer catequizar, principalmente, com uma cartilha que, nem de longe, funciona para o próprio, muito menos para o setor público…
Mas é claro que é preciso também definir a palavra funcionar, porque coisas completamente vis podem funcionar muito bem para uma pessoa, situação, relação, estado, país … Vai depender do tipo de organização – ou desorganização – e o que pode ser aceito por um ou por muitos. O que está intitulado como “adequado”, mas é totalmente inaceitável, e nada saudável ou construtor.
Definição da palavra funcionar:
funcionar
verbo
1.
intransitivo
exercer sua função, estar em exercício; trabalhar, servir.
2.
intransitivo
estar em atividade.
Funcionar para quê? Funcionar para quem?
É possível observar o Brasil, a sociedade, o “Ser humano”; as relações, “acordos”, “desacordos”, por um viés totalmente psicológico, da ordem dos distúrbios mais complexos que fazem a pessoa sofrer, mas não a deixam parar de funcionar… Proporcionam a sua degradação humana, contudo, não privam de funcionar a qualquer preço…
Como é preciso entender de que “verdade”, de qual “hipocrisia” estamos falando. Porque se algo que é uma articulação vil, porém funciona muito bem para se obter o que se quer; para obter a qualquer custo acordos, posições, destaques, aliados, amigos, um amor tão desejado… pode se tornar algo corriqueiro, aceitável, até bom e sinônimo de força, “inteligência”, “esperteza”. E isso, claro, desde que o mundo é mundo.
Não é fácil ser solitário, não é fácil defender pontos de vistas que são mais sensatos, que ultrapassem o ultrajante, e seguir fiel ao que se acredita, seguir leal a você em detrimento de tudo e todos que não comungam com tais formas de viver, escolher, pensar, relacionar, inserir, pertencer.
Não é nada fácil não pertencer, não é fácil a solidão do pensamento, não é fácil ser incomum, não é fácil defender pontos de vistas que são particulares; é sim, um exercício de muita coragem, de certa lucidez em meio a tantas “desbaratinagens”, mesmo que cada um tenha a sua, porque se for para ser imaturo, ao menos não imite ninguém…
A construção de alguém é algo particular, nascemos e morremos sozinhos, o outro é um meio importante de experienciarmos muitas coisas diferentes, a sociedade tem muita importância na nossa própria construção e do mundo a nossa volta, mas a unicidade do próprio “ser” é o que existe de maior valor para cada um. E é fundamental atribuir total valor a quem realmente você é, basear sua vida principalmente por isso, e aperfeiçoar aspectos de sua personalidade, de tudo que o compõe para não ser pego sempre pelas “redes”, pelas “teias” do outro, de um mundo que não se importa com nada disso – ao contrário – estimula a descaracterização de si mesmo para poder roubá-lo de si mesmo, sempre que for conveniente.
Esteja atento, o processo individual é construído, é consolidado dia a dia, não se desanime diante da multidão, diante das avalanches do caminho.
Quando você já consegue ver diferente, percebendo melhor você sem deixar ser arrastado pelo convencimento apelativo e manobrista, você pode se sentir sozinho mas cada dia mais será muito mais você. E isso terá um valor inestimável e só quem conseguir sentir saberá a sensação…
A conquista é sua e de mais ninguém.
Por Patricia Tavares
O amor duradouro começa quando a paixão termina
O amor companheiro é aquele que se estabiliza e pode durar a vida toda se for trabalhado adequadamente.
Quando se deixa de estar apaixonado? Quando se passa de falar sobre amor para falar sobre paixão? A chave para entender o amor duradouro está na transição e não na mudança, assim podemos entender quantos amores sobrevivem quando a idealização é quebrada e outros não.
Pensemos que a paixão não acaba e o amor começa, mas que é um caminho de um ao outro. A paixão é permeada de idealizações, não vemos o outro como ele realmente é, mas projetamos todas as nossas ilusões e desejos no outro, tudo o que queremos no outro está incorporado nessa paixão.
Quando realmente começamos a ver o outro com seus defeitos e falhas, quando temos aquele “choque” de realidade e aceitamos essas diferenças e passamos a amá-lo é que realmente podemos falar de amor. Podemos então encontrar e compreender o amor duradouro se pudermos ver a transição e o ajuste às circunstâncias ao longo do tempo. Não tem de ser perfeito, tem de ser real e responder às exigências de cada momento para que perdure no tempo.
“O verdadeiro amor nada mais é do que o inevitável desejo de ajudar o outro a ser quem ele é.”- Jorge Bucay -
Teoria de Stenberg sobre o amor
Stenberg estabeleceu o que hoje se conhece como a teoria triangular do amor. Esse autor nos fala sobre o amor como um sentimento que estaria baseado em três pilares básicos:
- Intimidade: entendida como a proximidade entre duas pessoas, conhecendo-se e descobrindo-se. Permitindo-se a confiança para desnudar suas almas.
- Paixão: como um sentimento de desejo e ativação fisiológica.
- Compromisso: decisão tomada entre os dois de permanecerem juntos ao longo do tempo.
O amor duradouro e completo ocorreria então se você tivesse os três componentes em partes iguais, embora haja fases em que a intimidade, a paixão ou o compromisso adquirem maior peso como “cola” do casal.
Para Stenberg, o amor duradouro e completo seria fácil de encontrar, mas difícil de manter. Olhando agora para os três pilares, dependendo de qual deles se destaca, teremos diferentes tipos de amor. Por exemplo:
Agrado: aqui apenas a intimidade estaria presente. Haveria proximidade e compreensão.
Paixão: a paixão marcaria esse sentimento. Há atração física e sexual. É muito rápido, mas também diminui em grande velocidade.
Amor vazio: o compromisso permaneceria. Foi tomada a decisão de ficarmos juntos e essa promessa está sendo cumprida.
Amor romântico: aqui encontraríamos paixão e intimidade. O compromisso ficaria de fora desse tipo de amor.
Amor companheiro: intimidade e compromisso marcam esse modelo. Pode ser entendido como uma amizade comprometida de longo prazo.
Amor fátuo: entendido como a união de paixão e compromisso, mas sem intimidade. Não se conhecem em profundidade e é difícil que permaneçam juntos ao longo do tempo.
“Se você realmente ama alguém, tudo o que deseja para essa pessoa é a felicidade dela, mesmo que você não lhe possa dar.” - Anônimo -
Compreendendo esses tipos de amor podemos entender muito melhor que esse sentimento é dinâmico e mutável. Assim, é possível ir de um tipo a outro conforme as etapas vão se sucedendo ou destacar um dos pilares básicos que identificamos anteriormente.
É saudável estar sempre apaixonado?
Muitos descrevem a fase da paixão como uma fase delirante, pelo fato de que nesse período costuma haver uma distância considerável entre o que é e o que percebemos. Nós idealizamos a outra pessoa e nos custa um mundo ser objetivo, então isso não seria um amor verdadeiro. Amar alguém implica conhecer a pessoa por completo, saber o que gostamos no outro e o que não gostamos, e mesmo assim tomar a decisão de querer ficar ao seu lado.
Quando nos apaixonamos, nosso cérebro libera substâncias chamadas serotonina e dopamina. Sua liberação gera em nós uma sensação de prazer e felicidade e nos torna “viciados” naquela outra pessoa, pois gera euforia e bem-estar. Mas essa torrente de emoções diminui com o tempo e dá lugar a novas emoções, mais racionais e, em alguns casos, menos intensas. Nosso cérebro apaixonado é levado pela paixão e felicidade do momento, quase como animais.
Quando nosso cérebro ama, o faz também com sua parte racional, valorizando e tomando decisões e escolhendo a outra pessoa de um ponto de vista mais maduro e humano. Apaixonemo-nos todos os dias, mas acima de tudo, aprendamos a amar cada segundo, uma vez quebrada a inércia da fase da paixão. Assim, o amor duradouro implica certos sacrifícios que a princípio nos escapam e exigem um esforço que a princípio não nos custou. Somos nós que temos que decidir se vale a pena ou não.
Bibliografia
Sternberg, R. J. (1986). A triangular theory of love. Psychological review, 93(2), 119.
Machin, A. (2022). Love is the drug.
Esch, T., & Stefano, G. B. (2005). The neurobiology of love. Neuroendocrinology Letters, 26(3), 175-192.
Como surgiu a vida na Terra? Será que houve a presença e intervenção de seres de outros mundos?
Não precisa ter muita coisa, tendo noção já está bom
Marcel Camargo
Acho que todo texto meu atualmente começa com “tempos difíceis”. Sei lá, mas essa expressão vem à minha cabeça toda vez que começo a escrever. É automático. Assim como o modo automático está embalando uma imensa quantidade de pessoas em seu cotidiano. Parece que as pessoas acordam, trabalham, vão e voltam, sem parar para refletir e enxergar a vida lá fora. Inclusive acontece comigo, vez ou outra.
Tudo está tão corrido, tão pesado. A pandemia aflorou medos, incertezas, dissidências, desconfigurou as relações em todos os setores. Na escola, por exemplo, parece que eu desaprendi a ser professor e estou tendo que recomeçar do zero. Assim também é com os alunos. O mundo deu uma sacudida, trouxe à tona questões que ficavam adormecidas, como a morte, a saúde pública, muitos medos e comportamentos humanos e desumanos.
Nessa toada, tivemos que reaprender a conviver em sociedade, para além das redes sociais. Porque, quando estamos em frente ao computador ou ao celular, tem-se a impressão de que estamos protegidos, estamos longe das reações das pessoas, ou seja, perdemos um pouco os freios e limites que pautam o convívio real. Ali na internet, muitos se veem mais livres e ousados. Daí o tanto de discussões mais exaltadas que se travam pelo mundo virtual.
Quando estamos frente a frente com o outro, as reações dele ao que falamos e fazemos são imediatas, o que nos faz ter mais meios de nos controlarmos, de termos mais noção do quanto estamos ultrapassando ou não certos limites. Mas isso que se dilui nas interações virtuais. E essa noção das coisas precisa urgentemente de ajustes, porque não dá para conviver sem levar em conta as pessoas que nos rodeiam. E ainda tem gente que quer levar a vida sem perceber o alcance de suas ações nas vidas alheias. Isso não pode ocorrer.
É por isso que eu digo que as pessoas precisam ter um mínimo de simancol, percebendo quando estiverem sendo inconvenientes, invasivas, agressivas, chatas. A gente precisa ter senso. Tem que perceber quando estiver incomodando, quando não estiver sendo bem vindo ou forçando algo à toa. Das coisas que todos devemos ter: noção. Para ontem.
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