É preciso saber distinguir o que é nocivo do que é saudável




Você consegue estabelecer elos saudáveis e relações que são realmente mais abrangentes.

Não é porque a sociedade e o mundo enaltecem coisas e comportamentos que se tornam moda que essas coisas são saudáveis, boas…

Muita coisa que a maioria faz é fruto de uma insanidade e desequilíbrio coletivo.

A desarmonia individual, o desequilíbrio individual, o desamor individual, o desequilíbrio familiar, a desarmonia familiar são geradores de maiores desarmonias, maiores desamores, que são os coletivos, sociais.

Existem muitas coisas nocivas, muitas coisas destrutivas, disfarçadas de bacanas, de modismo, de divertidas…

Uma hipnose coletiva confunde muita gente, manipulação das sensações, dos prazeres efêmeros não confundem somente jovens que iniciam o processo de socialização e fazem muitas coisas para serem aceitos, mas também confundem pessoas mais experientes, que já conhecem muito da vida.

Autoafirmação, de uma forma negativa, não é uma coisa que só pode acontecer para pessoas que estão começando a se inserirem no contexto social, mas para todos aqueles que não fazem uma análise profunda dos seus atos, e também não possuem um entendimento mais
minucioso acerca de acontecimentos e pessoas.

Em grande escala, muitas pessoas são sugadas pela inversão comportamental, de valores, de sentimentos, sugados por seus próprios vazios existências, e por uma vida que não produz um sentido real sobre a própria interação vivida.

A atordoação e a insanidade viraram ponto de partida, transformaram-se em corriqueiras, aceitáveis, porque difícil é encontrar pessoas sãs, buscando o equilíbrio, tendendo a uma harmonia.

Nessa sociedade existe muita ilusão:

O justo se transformou em injusto.

O saudável, em doente.

O amor se transformou em ódio.

O desequilíbrio é chamado de equilíbrio e, porque é visto com mais frequência, está sendo chamado de “normal”…

O que era inimaginável para um comportamento infantil se tornou totalmente aceitável, corriqueiro, banal, e depois se cobram comportamentos justos e honestos aos adultos…

Honestidade tornou-se artigo de luxo. E alguém com tal comportamento, frequentemente, é considerado “bobo”.

A brincadeira entre crianças e jovens ultrapassa todo e qualquer limite, mas pais, escolas e sociedade consideram normais, aceitáveis.

A agressividade é o comum, qualquer anseio e comportamento tranquilo e sereno passa a ser considerado passividade e outras definições, como se pessoas equilibradas, que prezem por comportamento mais equilibrado, sadio, fossem permissivas, fossem pessoas que aceitassem
tudo.

A desordem impera com várias denominações e sendo cultuada, cultivada como se isso fosse uma ordem aceita e muito enfatizada.

Como esperar crianças saudáveis, emoções boas, comportamentos de solidariedade, de caridade, de amor verdadeiro por parte dessas crianças, de jovens, de adultos e de pessoas experientes?

Tudo vai se agravando e ninguém consegue dar conta de todo desmazelo, falta de ética, respeito, falta de amor, permissividade, e inversões de todas as ordens…

Depois vão à procura ensandecida de culpados, de encontrar “bodes expiatórios” para “rombos” sem fim, para as feridas, dores, e também para todos os males sociais, para os desatinos de todas as espécies, sem buscar e querer ver a raiz de todo o mal.

É preciso olhar para o que produzimos enquanto sociedade, o que é aceitável e que não é, o que é considerado “normal”, mas que não é e o que é inaceitável em qualquer época.

Dentro de casa, na família, como em grandes grupos, observar de fato o que não existe possibilidade de ser aceitável, de ser admitido, e como lidar com todos os contextos adversos, e que trazem uma ameaça à integridade física, emocional, psíquica. É importante perceber o que traz transtornos enormes para toda a ordem de cultura, sociedade, família.

Tudo o que gira em torno do amor: o afeto, o amparo, o cuidado, a proteção, o interesse verdadeiro, o olhar mais profundo para aquele a quem amamos, “o não fazer ao outro o que não queremos para nós”, a humildade… Nunca estarão fora de moda, nunca terão seus antagonistas como melhores do que seu próprio significado e atuação.

O amor é amor e sempre será, não é possível substituí-lo e nem querer convencer uma massa que ele é qualquer outra coisa, pois o amor só produz uma emoção: a de paz. O amor jamais poderá ser ódio, raiva, guerra e conflito. Isso é um fato. E não existem derivados. Ou é ou não é amor. Não existe meio termo.

O equilíbrio é o cultivo diário por autoconhecimento, por domar as más tendências que todos os indivíduos possuem, o equilíbrio traz uma sensação boa de ventura, e não de desventura, traz um bom-senso, uma alegria interior e traz harmonia com todas as condições do nosso ser. Quando estamos em equilíbrio, o nosso interior se acalma e existe um contentamento interior maior.

Não é porque, aparentemente, o mal impera, que o bem se extinguiu.

É preciso escolher entre coisas nocivas e destrutivas, escolher as coisas realmente boas e saudáveis, mas, antes de tudo, é preciso educar os sentimentos, equilibrar emoções, ver o que realmente é melhor em meio a tantas coisas ruins, destrutivas e avassaladoras. Antes de saber escolher, primeiro você precisa saber distinguir entre o que faz bem e o que faz mal, entre o saudável e o nocivo…





É preciso saber distinguir o que é nocivo do que é saudável




Você consegue estabelecer elos saudáveis e relações que são realmente mais abrangentes.

Não é porque a sociedade e o mundo enaltecem coisas e comportamentos que se tornam moda que essas coisas são saudáveis, boas…

Muita coisa que a maioria faz é fruto de uma insanidade e desequilíbrio coletivo.

A desarmonia individual, o desequilíbrio individual, o desamor individual, o desequilíbrio familiar, a desarmonia familiar são geradores de maiores desarmonias, maiores desamores, que são os coletivos, sociais.

Existem muitas coisas nocivas, muitas coisas destrutivas, disfarçadas de bacanas, de modismo, de divertidas…

Uma hipnose coletiva confunde muita gente, manipulação das sensações, dos prazeres efêmeros não confundem somente jovens que iniciam o processo de socialização e fazem muitas coisas para serem aceitos, mas também confundem pessoas mais experientes, que já conhecem muito da vida.

Autoafirmação, de uma forma negativa, não é uma coisa que só pode acontecer para pessoas que estão começando a se inserirem no contexto social, mas para todos aqueles que não fazem uma análise profunda dos seus atos, e também não possuem um entendimento mais
minucioso acerca de acontecimentos e pessoas.

Em grande escala, muitas pessoas são sugadas pela inversão comportamental, de valores, de sentimentos, sugados por seus próprios vazios existências, e por uma vida que não produz um sentido real sobre a própria interação vivida.

A atordoação e a insanidade viraram ponto de partida, transformaram-se em corriqueiras, aceitáveis, porque difícil é encontrar pessoas sãs, buscando o equilíbrio, tendendo a uma harmonia.

Nessa sociedade existe muita ilusão:

O justo se transformou em injusto.

O saudável, em doente.

O amor se transformou em ódio.

O desequilíbrio é chamado de equilíbrio e, porque é visto com mais frequência, está sendo chamado de “normal”…

O que era inimaginável para um comportamento infantil se tornou totalmente aceitável, corriqueiro, banal, e depois se cobram comportamentos justos e honestos aos adultos…

Honestidade tornou-se artigo de luxo. E alguém com tal comportamento, frequentemente, é considerado “bobo”.

A brincadeira entre crianças e jovens ultrapassa todo e qualquer limite, mas pais, escolas e sociedade consideram normais, aceitáveis.

A agressividade é o comum, qualquer anseio e comportamento tranquilo e sereno passa a ser considerado passividade e outras definições, como se pessoas equilibradas, que prezem por comportamento mais equilibrado, sadio, fossem permissivas, fossem pessoas que aceitassem
tudo.

A desordem impera com várias denominações e sendo cultuada, cultivada como se isso fosse uma ordem aceita e muito enfatizada.

Como esperar crianças saudáveis, emoções boas, comportamentos de solidariedade, de caridade, de amor verdadeiro por parte dessas crianças, de jovens, de adultos e de pessoas experientes?

Tudo vai se agravando e ninguém consegue dar conta de todo desmazelo, falta de ética, respeito, falta de amor, permissividade, e inversões de todas as ordens…

Depois vão à procura ensandecida de culpados, de encontrar “bodes expiatórios” para “rombos” sem fim, para as feridas, dores, e também para todos os males sociais, para os desatinos de todas as espécies, sem buscar e querer ver a raiz de todo o mal.

É preciso olhar para o que produzimos enquanto sociedade, o que é aceitável e que não é, o que é considerado “normal”, mas que não é e o que é inaceitável em qualquer época.

Dentro de casa, na família, como em grandes grupos, observar de fato o que não existe possibilidade de ser aceitável, de ser admitido, e como lidar com todos os contextos adversos, e que trazem uma ameaça à integridade física, emocional, psíquica. É importante perceber o que traz transtornos enormes para toda a ordem de cultura, sociedade, família.

Tudo o que gira em torno do amor: o afeto, o amparo, o cuidado, a proteção, o interesse verdadeiro, o olhar mais profundo para aquele a quem amamos, “o não fazer ao outro o que não queremos para nós”, a humildade… Nunca estarão fora de moda, nunca terão seus antagonistas como melhores do que seu próprio significado e atuação.

O amor é amor e sempre será, não é possível substituí-lo e nem querer convencer uma massa que ele é qualquer outra coisa, pois o amor só produz uma emoção: a de paz. O amor jamais poderá ser ódio, raiva, guerra e conflito. Isso é um fato. E não existem derivados. Ou é ou não é amor. Não existe meio termo.

O equilíbrio é o cultivo diário por autoconhecimento, por domar as más tendências que todos os indivíduos possuem, o equilíbrio traz uma sensação boa de ventura, e não de desventura, traz um bom-senso, uma alegria interior e traz harmonia com todas as condições do nosso ser. Quando estamos em equilíbrio, o nosso interior se acalma e existe um contentamento interior maior.

Não é porque, aparentemente, o mal impera, que o bem se extinguiu.

É preciso escolher entre coisas nocivas e destrutivas, escolher as coisas realmente boas e saudáveis, mas, antes de tudo, é preciso educar os sentimentos, equilibrar emoções, ver o que realmente é melhor em meio a tantas coisas ruins, destrutivas e avassaladoras. Antes de saber escolher, primeiro você precisa saber distinguir entre o que faz bem e o que faz mal, entre o saudável e o nocivo…





A derrota de Bolsonaro e o fim do bolsonarismo

 


"Derrotado, abandonado, largado na sarjeta, Bolsonaro teria condições de manter integrado o contingente do que seria o bolsonarismo?", pergunta Moisés Mendes


Por Moisés Mendes

Se Bolsonaro fosse o bandido de uma série policial bem rasa, todos estariam em dúvida hoje, já ao final da primeira temporada, sobre a possibilidade de seu retorno mais adiante.

Haveria sentido em contar com essa figura repulsiva numa segunda temporada? Fazendo o quê?

Se Bolsonaro fosse uma lagartixa, poderíamos especular sobre a hora em que, para sobreviver, ele soltaria metade do rabo para tentar enganar os predadores?

Mas conseguiria recompor o rabo em pouco tempo a partir do toco que sobrasse?

O cientista político Marcos Nobre é um dos mais envolvidos nas tentativas de enxergar o Bolsonaro derrotado por Lula, mas sobrevivente, talvez com um rabo bem menor mas ainda funcional.

Para gente que pensa como Nobre, o bolsonarismo está entranhado em parcela relevante da população. E Bolsonaro teria forças para tentar voltar em 2026 para uma segunda temporada, por mais que pareça improvável.

Bolsonaro tem base social e política fiel, mas estreita, sem partido e sem uma outra organização que a aglutine. Não tem histórico como gestor de agrupamentos ou convergências quaisquer.

No Congresso, em 27 anos como deputado, andou por oito partidos. Não era, como alguns dizem erroneamente, parte do que depois seria o centrão.

Não era parte de nada, nem de ajuntamentos de extrema direita. Circulava como um avulso, um livre atirador que nem tiro de verdade dava, porque até perder a arma para bandidos ele perdia.

O Congresso abrigava um sujeito pouco afeito ao trabalho, sem afinidades políticas consistentes com ninguém e sem turma.

Por suas limitações, Bolsonaro não tinha condições nem de falar bobagens na tribuna, como muitos faziam para aparecer na Hora do Brasil.

Exatamente por tudo isso resultou, com a fantasia de antibandido e de antissistema, no candidato pós-golpe que derrotou Fernando Haddad.

Não havia sido nada como militar e não conseguiu ser nada como parlamentar.

Pronto. Era o que o Brasil precisava. Um farsante que daria conta do serviço que os tucanos não conseguiam mais atender.

Mas um futuro Bolsonaro sem militares, sem dinheiro farto para o centrão e sem o suporte de parte da elite que o engoliu seria o quê? Líder de grileiros, milicianos e garimpeiros?

Mas com que poder, se não tem uma estrutura que os mantenha minimamente organizados? Seria o chefe de grupos de tios de classe média do zap e do Telegram? Frequentaria clubes de tiro?

Repetem que Bolsonaro surgiu, prosperou e chegou até aqui sem partido e sem nada do que a política tradicional sempre ofereceu como o normal. E que assim poderia sobreviver fora do governo e sem mandato.

Bolsonaro teria provado que pode ser um solitário que nunca precisou de grupos, mas que de repente se mostrou capaz de agregar recalques, ódios, ressentimentos, medos e crueldades.

E eis então que a questão se apresenta. Derrotado, abandonado, largado na sarjeta, Bolsonaro teria condições de manter unido e integrado o contingente do que seria hoje o bolsonarismo?

É a dúvida que pode ser também a diversão do Brasil já partir de agora. O que será de Bolsonaro sem os leões de chácara que o protegem no poder?

Um Bolsonaro fragilizado dificilmente vai escapar do cerco do Ministério Público e do Judiciário.

Teria como se reorganizar, lutando só com o toco do rabo e com seu poder limitado quase só ao mundo digital, para tentar voltar numa segunda temporada?

Bolsonaro é um sujeito rodeado de perguntas por todos os lados. Daqui a pouco será soterrado pelas mais terríveis respostas.











A derrota de Bolsonaro e o fim do bolsonarismo

 


"Derrotado, abandonado, largado na sarjeta, Bolsonaro teria condições de manter integrado o contingente do que seria o bolsonarismo?", pergunta Moisés Mendes


Por Moisés Mendes

Se Bolsonaro fosse o bandido de uma série policial bem rasa, todos estariam em dúvida hoje, já ao final da primeira temporada, sobre a possibilidade de seu retorno mais adiante.

Haveria sentido em contar com essa figura repulsiva numa segunda temporada? Fazendo o quê?

Se Bolsonaro fosse uma lagartixa, poderíamos especular sobre a hora em que, para sobreviver, ele soltaria metade do rabo para tentar enganar os predadores?

Mas conseguiria recompor o rabo em pouco tempo a partir do toco que sobrasse?

O cientista político Marcos Nobre é um dos mais envolvidos nas tentativas de enxergar o Bolsonaro derrotado por Lula, mas sobrevivente, talvez com um rabo bem menor mas ainda funcional.

Para gente que pensa como Nobre, o bolsonarismo está entranhado em parcela relevante da população. E Bolsonaro teria forças para tentar voltar em 2026 para uma segunda temporada, por mais que pareça improvável.

Bolsonaro tem base social e política fiel, mas estreita, sem partido e sem uma outra organização que a aglutine. Não tem histórico como gestor de agrupamentos ou convergências quaisquer.

No Congresso, em 27 anos como deputado, andou por oito partidos. Não era, como alguns dizem erroneamente, parte do que depois seria o centrão.

Não era parte de nada, nem de ajuntamentos de extrema direita. Circulava como um avulso, um livre atirador que nem tiro de verdade dava, porque até perder a arma para bandidos ele perdia.

O Congresso abrigava um sujeito pouco afeito ao trabalho, sem afinidades políticas consistentes com ninguém e sem turma.

Por suas limitações, Bolsonaro não tinha condições nem de falar bobagens na tribuna, como muitos faziam para aparecer na Hora do Brasil.

Exatamente por tudo isso resultou, com a fantasia de antibandido e de antissistema, no candidato pós-golpe que derrotou Fernando Haddad.

Não havia sido nada como militar e não conseguiu ser nada como parlamentar.

Pronto. Era o que o Brasil precisava. Um farsante que daria conta do serviço que os tucanos não conseguiam mais atender.

Mas um futuro Bolsonaro sem militares, sem dinheiro farto para o centrão e sem o suporte de parte da elite que o engoliu seria o quê? Líder de grileiros, milicianos e garimpeiros?

Mas com que poder, se não tem uma estrutura que os mantenha minimamente organizados? Seria o chefe de grupos de tios de classe média do zap e do Telegram? Frequentaria clubes de tiro?

Repetem que Bolsonaro surgiu, prosperou e chegou até aqui sem partido e sem nada do que a política tradicional sempre ofereceu como o normal. E que assim poderia sobreviver fora do governo e sem mandato.

Bolsonaro teria provado que pode ser um solitário que nunca precisou de grupos, mas que de repente se mostrou capaz de agregar recalques, ódios, ressentimentos, medos e crueldades.

E eis então que a questão se apresenta. Derrotado, abandonado, largado na sarjeta, Bolsonaro teria condições de manter unido e integrado o contingente do que seria hoje o bolsonarismo?

É a dúvida que pode ser também a diversão do Brasil já partir de agora. O que será de Bolsonaro sem os leões de chácara que o protegem no poder?

Um Bolsonaro fragilizado dificilmente vai escapar do cerco do Ministério Público e do Judiciário.

Teria como se reorganizar, lutando só com o toco do rabo e com seu poder limitado quase só ao mundo digital, para tentar voltar numa segunda temporada?

Bolsonaro é um sujeito rodeado de perguntas por todos os lados. Daqui a pouco será soterrado pelas mais terríveis respostas.











Ter fé não significa estar livre de momentos difíceis, mas ter a força para os enfrentar sabendo que não estamos sozinhos




Alessandra Piassarollo

Muitas pessoas têm se desiludido com a vida porque têm enfrentado dificuldades que parecem estar acima de suas forças. E é realmente difícil manter a fé de pé enquanto o coração padece. Para todos estes, o Papa Francisco traz um recado que pode mudar a forma de ver os fatos: “Ter fé não significa estar livre de momentos difíceis, mas ter a força para os enfrentar sabendo que não estamos sozinhos”.

Talvez a fé precise ser ressignificada. Precisamos entender que ela é, antes de tudo, uma luz que nos guia e nos faz persistir quando todo o mais parece ter dado errado. É um refúgio, que não representa fuga, mas sim o encontro de um abrigo que ofereça um pouco de segurança para nosso coração em apuros.

Sob esse ponto de vista é possível que a fé possa ser restaurada, reaprendida, recapitulada. E traga mais esperança, ao invés de desconsolo.

A fé é o que nos agiganta, nos encoraja, nos levanta. É a fé quem nos impulsiona para que nos tornemos do tamanho dos nossos sonhos. É ela também quem nos faz permanecer firmes diante das tempestades que caem sobre nós.

Muita gente tem se envergonhado de dizer que tem fé porque os problemas parecem estar falando mais alto, porque não consegue evitar ou se livrar de situações difíceis. E isso acontece justamente no pior momento, porque a falta de fé pode conduzir à desesperança. E nada se faz sem esperança, não é mesmo?

Trata-se de ter fé no que é divino sim, se assim for sua escolha. Se a fé no Superior te move, cultive-a. Saboreie essa conexão, porque ela tem potencial para te fazer sentir uma pessoa melhor, mais capaz e até mesmo, agraciada. Muitas pessoas fazem da fé sua maior fonte de força e se sentem mais felizes com isso.

Mas esta crença no divino está intimamente ligada à necessidade de se ter fé na vida em si; no ato de acreditar que tudo passa, até mesmo os momentos mais difíceis e que ao final, tudo dará certo. Crer que a tempestade dará lugar à bonança, mesmo que hoje isso ainda pareça distante de acontecer. É importante manter a fé nas pessoas, acreditar que nem todas são más ou nos querem o mal e que a felicidade voltará a sorrir para nós, mais ou menos dias.

É imprescindível manter a fé apesar dos obstáculos, independente do quão difícil eles sejam difíceis de vencer. Que a música de Gonzaguinha, aqui transcrita, contribua para que a fé reencontre espaço em seu coração:

“Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs. Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar. Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. Nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será.”

Mantenha sua fé acesa e acredite que dias melhores virão. Obstáculos existem para serem superados, lembre-se sempre disso.








Minha vida em uma casinha nas montanhas ( Ma Vie )



"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo
— mais nada."




É amigos, não está sendo fácil, está muito difícil atravessar os tempos atuais. Acho que para mim, nunca houve época tão dolorida e sofrida em todos os sentidos. Parece que o tempo estagnou em um eterno loopping de dor... E como seguir em frente?

"Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.

Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência..."



Sobre a Canção Ma Vie de Alain Barrière

Me emocionou , me encantou, é o poder da canção francesa que derrete os corações e fala da vida como se fosse única e irresistível...

Alain Barrière foi um cantor francês, ativo desde a década de 1950 até sua morte em dezembro de 2019 e ficou conhecido por participar do Eurovision Song Contest 1963.


Alain Barrière na década de 60


Depois de crescer em uma pequena cidade na costa da Bretanha , em 1955 Barrière se matriculou na École nationale supérieure d'arts et métiers em Angers . Ainda estudante comprou uma guitarra e começou a escrever canções. Depois de se formar em engenharia em 1960, mudou-se para Paris para trabalhar e começou a se apresentar à noite em pequenos clubes da capital.

Em 1963, a canção de Barrière " Elle était si jolie " ("Ela era tão bonita") foi escolhida como representante francesa no oitavo Festival Eurovisão da Canção.

"Elle était si jolie" acabou sendo de longe o maior vendedor da carreira de Barrière até aquele momento. Ele lançou seu primeiro álbum, Ma vie , em 1964 e a faixa-título se tornou um sucesso. Seu canto mais famoso é a música "Mon Vieux".

Mas é Ma Vie que me encantou por sua singularidade, marcha e beleza tomara que encante você também, fazendo com que eu editasse com imagens da vida real das pessoas intercalando com cenas do filme P.S. Eu Te Amo com os atores Hilary Swank e Gerald Butler que vale a pena assistir pela poesia e magia da película cinematográfica. Tomara que apreciem!





Bibliografia & Pesquisa