Quando perdemos nossos pais nossa vida nunca mais será como antes






Não importa quão independentes e adultos nos consideremos, nenhum de nós está verdadeiramente preparado para perder os pais. Quando eles se vão, nossa vida muda para sempre, e precisamos aprender a conviver com uma saudade que parece nunca cessar.

Ao perder nossos pais, não perdemos apenas as figuras que eles representam, mas também muito de tudo aquilo que vivemos com eles. Deixamos de ser as eternas crianças que podem chorar em seu colo e nos permitir ser vulneráveis. Perdemos o amor incondicional que nos apoia em qualquer momento e nos transmite o mais verdadeiro encorajamento, e nos sentimos órfãos de lealdade verdadeira.

Jovem indígena brasileira discursa na abertura da COP26






Ativistas da Amazônia estão na 26a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, que neste ano acontece em Glasgow, na Escócia.


Walelasoetxeige Suruí, conhecida como Txai Suruí, tem 24 anos e mora no estado de Rondônia, Brasil. É do povo Paiter Suruí e fundadora do Movimento da Juventude Indígena no estado. Txai é estudante de Direito e trabalha no departamento jurídico da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, entidade considerada referência em assuntos relacionados à causa indígena.

Ela também é uma jovem representante da Guardians of the Forest - uma aliança de comunidades que protege as florestas tropicais ao redor do mundo - e conselheira da Aliança Global “Amplificando Vozes para Ação Climática Justa”. Txai também tem atuado como voluntária da organização Engajamundo, e foi representante de seu povo na Conferência do Clima da ONU - COP25, em Madri.

Txai se tornou ativista desde cedo, inspirada pelos pais - o cacique Almir Suruí e a indigenista Ivaneide Bandeira Cardozo, conhecida como Neidinha Suruí. Também atuou no movimento estudantil, como primeira reitora indígena do Centro Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Rondônia. Ela trabalha por uma floresta em pé, pelos direitos humanos e pela justiça ambiental e social para todos. Faz parte do Conselho Deliberativo do WWF-Brasil.

Seja maduro, na busca da sua felicidade não priorize a opinião dos outros







Pessoas maduras não querem ter encrencas com ninguém, não se comparam com os outros, nem se intrometem onde 
não são chamadas.


Marcel Camargo

Não é nada fácil deixar de opinar sobre a vida de quem amamos, pois queremos que ele acerte, que sua vida dê certo. Pais opinam com propriedade e devem orientar sempre seus filhos, pois isso faz parte da responsabilidade parental, mas, quando não temos responsabilidade alguma com a pessoa e nem fomos chamados para opinar, o silêncio deve prevalecer.

Mesmo assim, existem pessoas que jamais conseguirão se controlar e irão se intrometer nas nossas vidas, mesmo que nem haja intimidade suficiente para tanto. Ainda que ninguém tenha perguntado o que elas acham. Caberá, então, a nós lidar com as intromissões da melhor forma possível, no sentido de nos resguardarmos e de não nos importarmos com os pitacos que não são bem vindos.

Também não dá para nos fecharmos a toda e qualquer opinião alheia, uma vez que existe quem torça realmente por nós e se importa com a nossa vida de forma verdadeira e bondosa. Muitas vezes, quando estamos em meio a um redemoinho emocional, por exemplo, ficamos mais vulneráveis, sensíveis, enfraquecidos, o que pode nublar nossas tomadas de decisão. Nesses casos, orientações de quem enxerga o caos de fora podem ajudar bastante. Mas de alguém confiável.

Esperança . . .

 















Esperança . . .

 















As pessoas são únicas e especiais





Eu queria que as pessoas soubessem o quanto elas

 importam, merecem, o quanto são únicas e especiais.

E isso é tudo.


Marcel Camargo

Eu estava pensando – coisa que faço muito – e comecei a refletir sobre a forma como nos enxergamos. Sobre a leveza de que nos esquecemos quando olhamos para nós mesmos. Sobre o tanto que a gente se culpa e se machuca e sabota a felicidade, como se não tivéssemos o direito à felicidade. Porque é assim que se dá com muitas pessoas, infelizmente.

Por que é tão difícil, a muitos, conseguir se olhar com candura e admiração? Por que, para muitos, é doloroso se olhar no espelho, sem precisar se comparar com outras pessoas, sem precisar ver estampados na testa os erros, as falhas, o que passou e foi doloroso? Eu não entendo por quais razões as pessoas costumam se prender ao que não deu certo, enquanto vai esquecendo as conquistas e tudo o que foi bom.

Sempre penso que muito disso se deve ao fato de que há muitas cenas e fotos de felicidade excessiva, de sorrisos forçados, de corpos esculturais, por tudo quanto é lado. À nossa volta, abundam mensagens de autoajuda, de proatividade, de vibes positivas. Imperativos positivos nos assombram: “sorria, agradeça, exercite-se, jejue, corra, vai ser feliz, vai passar”. Toda essa áurea gratiluz pode acabar sendo tóxica.

Mas a gente não é assim, a gente é de carne e osso. Todos sofremos, temos inseguranças, levamos porradas da vida, tombos. Todos temos, às vezes, vontade de chorar, de xingar, de gritar, de sumir. Tem dias em que não queremos espelho, conselhos, piadas, abraços, consolo. Tem horas em que não queremos ver nem ouvir ninguém. E está tudo bem, caso seja passageiro e não fiquemos estagnados na escuridão.

Eu só sei que as pessoas precisam entender que a vida é luz e escuridão, a vida são faces de uma moeda. Nem sempre será cara, nem sempre será coroa. Eu queria que as pessoas conseguissem enxergar a própria grandeza, sem precisar recorrer a pílulas, a fugas ilusórias, sem se machucar em relacionamentos falidos. Eu queria que as pessoas soubessem o quanto elas importam, merecem, o quanto são únicas e especiais. E isso é tudo.