Ministério paralelo : VÍDEOS mostram médicos orientando Bolsonaro contra vacinas em reunião no Planalto




Davi Nogueira

Uma série de vídeos divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Metrópoles comprova que médicos desaconselharam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), numa reunião no Palácio do Planalto em 8 de setembro, a comprar a vacina.

Três semanas antes, em 14 de agosto, a Pfizer havia enviado ao governo sua primeira oferta de imunizantes contra a covid-19.

Os vídeos reforçam a suspeita de que havia um “ministério paralelo” da Saúde orientando Bolsonaro clandestinamente sobre ações de combate à pandemia.

O biólogo Paolo Zanotto, que foi repreendido publicamente pela USP no ano passado por publicações defendendo a cloroquina, participou da reunião ao lado do presidente.

Ele fez um discurso em que sugeria a criação de um “shadow cabinet”, um grupo oculto para discutir o “tratamento precoce”, e aconselhava o presidente a tomar “extremo cuidado” com as vacinas.

“Com todo respeito, eu acho que a gente tem que ter vacina, ou talvez não”, afirma Zanotto, enquanto uma médica acena com a cabeça de forma negativa.

A oncologista Nise Yamaguchi, acusada de alterar a bula da hidroxicloroquina para incluir pacientes com covid-19, também aparece nas filmagens agradecendo a Bolsonaro pelo apoio.

Osmar Terra, ex-ministro de Bolsonaro e um dos maiores negacionistas da pandemia, foi o principal organizador da reunião, sendo chamado de “padrinho” por um dos médicos.

“ Didier Raoult representa um dos piores ataques de desinformação e de ofensiva anticiência ”, diz TV francesa



Em programa de TV da França, jornalista Patrick Cohen diz que fenômeno Raoult foi “ponto de encontro do poder das redes sociais, de uma midiatização desenfreada e de um dos piores ataques de desinformação e de ofensiva anticiência”.


Willy Delvalle

O jornalista francês Patrick Cohen cobrou nesta quinta-feira no programa “C à Vous”, da emissora de televisão France 5, uma reação das autoridades francesas ao Dr. Didier Raoult, defensor da cloroquina para tratar a Covid-19, depois de um ano de provada a ineficácia do tratamento e nenhuma sanção adotada contra o médico.

Em editorial, o comentarista afirmou que “Didier Raoult é há mais de um ano um grande agente dessa crise, pelo menos segundo a opinião pública, ainda mais sendo um funcionário público”.

Cohen relembrou as mentiras contadas pelo diretor do Institut Hospitalier Universitaire de Marseille. “Ele foi a bússola que indica o sul: não há pandemia aqui, não há mortos em excesso no mundo, não há transmissão pelo ar, dizia ele, o que tornava as máscaras, o confinamento, as vacinas inúteis”.

“Raoult prometeu um remédio sem provas (de eficácia), nem precaução. Raoult produziu estudos falsos, como sabemos hoje. Ele tirou pacientes graves de ensaios clínicos”, aponta.

“Ele (Raoult) provocou inutilmente uma mobilização de dezenas de equipes de pesquisa, que tentaram encontrar provas com ensaios rigorosos, os quais ele se recusava a fazer”, afirma.

“Ele colocou a ciência em desordem e a opinião pública em confusão, acusando seus contraditores de serem corruptos. E agora ele anuncia uma denúncia por assédio contra a cientista especialista na pesquisa de fraudes, Elizabeth Bik, que lista cerca de 60 anomalias e falsificações nos estudos do IHU”.

“Tudo isso em nome de um estabelecimento público, outrora apresentado como polo de excelência da infectologia francesa. Mas isso não parece representar nenhum problema a ninguém”, critica.

“Nenhuma reação oficial em lugar nenhum. A Assistence Publique des Hopitaux de Marseille (instituição responsável pelos hospitais de Marselha, onde fica o IHU de Raoult) acha que é uma boa medicina? Não temos resposta”.

“A Université Aix-Marseille pensa que sua reputação saiu maior desse episódio?”, pergunta, em referência à universidade que abriga o IHU de Raoult.

“A Agência do Medicamento estima que os estudos produzidos pelo IHU são uma boa ciência?”, questiona.

“Uma autoridade de controle vai investigar as mais de 60 falsificações reveladas por Elizabeth Bik?”, cobra.

“O Ministro da Saúde acha que o dinheiro público foi bem utilizado? É normal que um outro professor universitário, o adjunto de Didier Raoult, Eric Chabrière continue proferindo ameaças e insultos contra seus colegas nas redes sociais? Ou de publicar, o que ele fez, o endereço pessoal de Elizabeth Bik?”, denuncia.


“Muitas vidas salvas em Marselha”: No Twitter, Raoult e seu adjunto Eric Chabrière continuam defendendo tratamento a base de hidroxicloroquina para Covid-19, mesmo depois de estudos da Organização Mundial da Saúde apontarem a ineficácia desse tratamento. Na imagem, os dirigentes do IHU de Marselha mencionam “artigo a ser publicado”.


“É normal ainda que um hospital universitário se torne referência dos negacionistas da pandemia, como dissemos, um dos pontos de referência de conspiracionistas, antimáscara, antivacina?”, em alusão a Jair Bolsonaro e Donald Trump, citados anteriormente no programa.

“Macron pensa que ele serviu a ciência e o interesse público, dando sua unção a Didier Raoult em Marselha, diante das câmeras? Os políticos que o apoiaram fizeram autocrítica?”

Em abril de 2020, o presidente francês Emmanuel Macron visitou Dr. Raoult no IHU de Marselha “ao abrigo das câmeras oficiais”. Foto: reprodução/TV France 24


“A mídia, jornalistas, apresentadores, estimam que dando microfone complacente a Didier Raoult, indo levar tapa na cara no seu escritório do IHU, pensam ter dado uma boa informação?”, pergunta, em alusão às entrevistas conduzidas por canais de TV franceses e as hostilidades do professor do Sul do país.

Ao longo de um ano de pandemia, a emissora francesa BFMTV exibiu três longas entrevistas com Didier Raoult


“Eu penso no ponto comum que une jornalistas e cientistas, produzir a verdade, mas quando dizem besteiras e mentiras não há nenhuma consequência sobre suas carreiras”.

“A história não está completamente escrita mas ela vai dizer certamente que aquilo que vocês (autoras do livro recém publicado “Raoult, une folie française”) terá sido o ponto de encontro do poder das redes sociais, de uma midiatização desenfreada e de um dos piores ataques de desinformação e de ofensiva anticiência. Isso é o que representa o fenômeno Raoult”, avalia.

“Isso requer prestar contas perante o poder público, às autoridades sanitárias. Não se deve de jeito nenhum importunar os fãs de Raoult?”, ironiza.

No fim de 2020, Didier Raoult foi alvo de denúncias de conselhos de medicina franceses por charlatanismo. Nenhuma punição foi decidida desde então.


Willy Delvalle Mestre em Sociologia e Filosofia Política pela Universidade Paris 7. Formou-se em Comunicação Social: Jornalismo na Unesp. Em São Paulo, foi professor voluntário de português a imigrantes e refugiados. Atualmente, cursa mestrado em União Europeia e Globalização na Universidade Paris 8.





“ Didier Raoult representa um dos piores ataques de desinformação e de ofensiva anticiência ”, diz TV francesa



Em programa de TV da França, jornalista Patrick Cohen diz que fenômeno Raoult foi “ponto de encontro do poder das redes sociais, de uma midiatização desenfreada e de um dos piores ataques de desinformação e de ofensiva anticiência”.


Willy Delvalle

O jornalista francês Patrick Cohen cobrou nesta quinta-feira no programa “C à Vous”, da emissora de televisão France 5, uma reação das autoridades francesas ao Dr. Didier Raoult, defensor da cloroquina para tratar a Covid-19, depois de um ano de provada a ineficácia do tratamento e nenhuma sanção adotada contra o médico.

Em editorial, o comentarista afirmou que “Didier Raoult é há mais de um ano um grande agente dessa crise, pelo menos segundo a opinião pública, ainda mais sendo um funcionário público”.

Cohen relembrou as mentiras contadas pelo diretor do Institut Hospitalier Universitaire de Marseille. “Ele foi a bússola que indica o sul: não há pandemia aqui, não há mortos em excesso no mundo, não há transmissão pelo ar, dizia ele, o que tornava as máscaras, o confinamento, as vacinas inúteis”.

“Raoult prometeu um remédio sem provas (de eficácia), nem precaução. Raoult produziu estudos falsos, como sabemos hoje. Ele tirou pacientes graves de ensaios clínicos”, aponta.

“Ele (Raoult) provocou inutilmente uma mobilização de dezenas de equipes de pesquisa, que tentaram encontrar provas com ensaios rigorosos, os quais ele se recusava a fazer”, afirma.

“Ele colocou a ciência em desordem e a opinião pública em confusão, acusando seus contraditores de serem corruptos. E agora ele anuncia uma denúncia por assédio contra a cientista especialista na pesquisa de fraudes, Elizabeth Bik, que lista cerca de 60 anomalias e falsificações nos estudos do IHU”.

“Tudo isso em nome de um estabelecimento público, outrora apresentado como polo de excelência da infectologia francesa. Mas isso não parece representar nenhum problema a ninguém”, critica.

“Nenhuma reação oficial em lugar nenhum. A Assistence Publique des Hopitaux de Marseille (instituição responsável pelos hospitais de Marselha, onde fica o IHU de Raoult) acha que é uma boa medicina? Não temos resposta”.

“A Université Aix-Marseille pensa que sua reputação saiu maior desse episódio?”, pergunta, em referência à universidade que abriga o IHU de Raoult.

“A Agência do Medicamento estima que os estudos produzidos pelo IHU são uma boa ciência?”, questiona.

“Uma autoridade de controle vai investigar as mais de 60 falsificações reveladas por Elizabeth Bik?”, cobra.

Marcelo Freixo, deputado federal pelo Rio de Janeiro, desabafa após pronunciamento . . .

 










Marcelo Freixo, deputado federal pelo Rio de Janeiro, desabafa após pronunciamento . . .

 










5 frases maravilhosas de Federico García Lorca



Há almas aladas que quer olhar para fora, como uma janela cheia de sol.


Federico García Lorca é um dos poetas espanhóis mais conhecidos e lidos. Hoje, vamos descobrir algumas das suas melhores frases.

Podemos afirmar com segurança que Federico García Lorca é um dos poetas espanhóis mais conhecidos e lidos do mundo todo. Essa fama foi conquistada com os temas populares que sempre estiveram presentes em suas obras, bem como com a sua personalidade de menestrel moderno que permeou cada um de seus poemas. Por isso, hoje reunimos algumas frases de Federico García Lorca que consideramos dignas de destaque.

No entanto, antes de nos aprofundarmos em cada uma delas, é importante destacar que outro dos aspectos que deixaram famoso esse poeta espanhol foi sua morte trágica em 1936. A partir de então, obras como o Poema del Cante Jondo e o Romancero Gitano alcançaram uma difusão que tem se prolongado até os dias atuais. Com essa breve introdução, vamos descobrir juntos algumas das frases de Federico García Lorca que nos convidarão a refletir.

1. Uma das frases de Federico García Lorca sobre a vida

“Rejeitai a tristeza e a melancolia. A vida é gentil, tem poucos dias, e só agora a aproveitamos”.

Essa é uma das primeiras frases de Federico García Lorca que traz à mente um dos tópicos latinos mais conhecidos: carpe diem. Pois bem, esse poeta, apesar de ter consciência dos infortúnios da vida, destaca a importância de aproveitar.