Não é possível mais tratar Jair Bolsonaro como presidente da República, como deixou de ser possível tratar Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
O que ele fez ontem, em meio a risadas neuróticas com sua própria “piada” – quem é de direita, toma cloroquina; quem é de esquerda toma tubaína – é sinal mais que de um desequilíbrio mental, é revelador dos desejos mórbidos daquele que deveria ser o primeiro a consternar-se com a perda, só no dia de ontem, de quase 1.200 brasileiros.
O Brasil tem o direito de conhecer o grau de alucinação e de monstruosidade do homem que ocupa o mais alto cargo da República.
E saber a que se submetem – ou pior, se associam – aqueles que o servem e o sustentam.
É sobre isso que deve decidir, possivelmente hoje, o ministro Celso de Mello: se o brasileiro tem o direito de saber como falam e agem os que os (supostamente, ao menos) os governam e qual é o seu grau de selvageria.
Não se trata de invadir e publicizar uma conversa privada de um presidente da República, como Sérgio Moro não hesitou em fazer com Lula e Dilma.
Era um ato oficial, com mais de três dezenas de presentes, sobre o qual não pode haver qualquer dúvida sobre tratar-se de uma atividade de governo, sobre a qual pesa o mandamento constitucional da publicidade.
É preciso que pese sobre o decano do STF a imensa questão de se os brasileiros são adultos o suficiente para saber quem são seus governantes.
Ou se deveremos continuar tomando, indefesos, a cloroquina da farsa ou a tubaína da morte.
Não é possível mais tratar Jair Bolsonaro como presidente da República, como deixou de ser possível tratar Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
O que ele fez ontem, em meio a risadas neuróticas com sua própria “piada” – quem é de direita, toma cloroquina; quem é de esquerda toma tubaína – é sinal mais que de um desequilíbrio mental, é revelador dos desejos mórbidos daquele que deveria ser o primeiro a consternar-se com a perda, só no dia de ontem, de quase 1.200 brasileiros.
O Brasil tem o direito de conhecer o grau de alucinação e de monstruosidade do homem que ocupa o mais alto cargo da República.
E saber a que se submetem – ou pior, se associam – aqueles que o servem e o sustentam.
É sobre isso que deve decidir, possivelmente hoje, o ministro Celso de Mello: se o brasileiro tem o direito de saber como falam e agem os que os (supostamente, ao menos) os governam e qual é o seu grau de selvageria.
Não se trata de invadir e publicizar uma conversa privada de um presidente da República, como Sérgio Moro não hesitou em fazer com Lula e Dilma.
Era um ato oficial, com mais de três dezenas de presentes, sobre o qual não pode haver qualquer dúvida sobre tratar-se de uma atividade de governo, sobre a qual pesa o mandamento constitucional da publicidade.
É preciso que pese sobre o decano do STF a imensa questão de se os brasileiros são adultos o suficiente para saber quem são seus governantes.
Ou se deveremos continuar tomando, indefesos, a cloroquina da farsa ou a tubaína da morte.
Nós sentimos falta da natureza, ansiamos por ela, sonhamos com passeios no campo ou na praia. Uma maneira de recuperar o ânimo e a saúde após várias semanas de confinamento será, sem dúvida, voltar a visitar esses cenários tão necessários para os seres humanos.
Ter contato com a natureza é quase uma necessidade vital quando passamos várias semanas confinados. Crianças, adultos e idosos se beneficiam dessa proximidade com o campo ou a montanha, com o vento, com o sol atravessando as folhas das árvores em um ambiente capaz de reavivar o ânimo e a esperança. Nossa saúde física e mental precisa desse cenário primitivo, agora mais do que nunca.
Sem dúvida, há quem já tenha esse privilégio. Viver no campo ou próximo à praia implica um descanso sensorial notável. No entanto, boa parte da população passa por esse confinamento obrigatório em espaços urbanos e, frequentemente, em apartamentos pequenos. O impacto psicológico dessas condições costuma ser muito desgastante, aumentando ainda mais o nível de estresse e ansiedade.
O mundo entre quatro paredes e com uma janela que nos conecta a uma rodovia, a um shopping center ou a qualquer outro cenário em nossas cidades gera o mesmo esgotamento que um recluso sofre. A mente que fica limitada a esses tons de cinza monótonos dia após dia acaba apresentando lapsos de memória e alterações de humor.
As pessoas não são feitas para esse tipo de confinamento contínuo. Nesse panorama, uma das coisas que mais fazem falta para o ser humano é sentir o abraço da natureza.
“Há momentos em que toda a ansiedade e o esforço acumulados se aquietam na infinita indolência e repouso da natureza”.
- Henry David Thoreau -
Ter contato com a natureza : mais que um desejo, uma necessidade
Nadine Nadkarni, psicóloga da Universidade de Utah, em Salt Lake City, conduziu um interessante experimento em 2010 no Centro de Detenção Snake River, em Oregon. Nesse centro, eram comuns entre a população carcerária agressões, violência e altos níveis de ansiedade e estresse. Portanto, os pesquisadores tiveram que criar uma estratégia para melhorar a convivência.
Este trabalho foi publicado na revista Nature e é uma referência no campo da psicologia prisional. O que a Drª. Nadkarni fez foi instalar imagens de ambientes naturais nas celas. Além disso, instalou na área de confinamento solitário telas que passavam vídeos de florestas, rios e mares.
Os resultados foram altamente positivos. O nível de ansiedade foi reduzido, levando à utilização de salas onde os reclusos podiam assistir a esses vídeos por 45 minutos e, assim, melhorar o seu humor. Tudo isso mostra como a natureza tem um impacto catártico sobre os humanos para moldar nosso bem-estar físico e mental.
No entanto, as pessoas não se beneficiam apenas ao ver fotos ou vídeos de uma floresta ou um rio. O que também precisamos fazer é ter contato com a natureza, especialmente se tivermos passado várias semanas confinados por causa da atual pandemia.
Nosso cérebro precisa da cor azul do céu e do verde do campo
Pablo Picasso costumava dizer que as cores são um reflexo das emoções impressas na natureza. De alguma forma, ele tinha razão. Quando estamos em um espaço fechado, os olhos e a mente precisam olhar pela janela para procurar a cor azul do céu. Ao vislumbrá-la, sentimos paz.
Os psicólogos Joanne K. Garrett e Mathew P. White, da Faculdade de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, realizaram uma pesquisa na qual descobriram algo interessante. As pessoas que vivem próximo ao mar ou ao campo, em média, gozam de uma melhor saúde física e psicológica.
A cor desses cenários e a luz solar reduz os transtornos de ansiedade e melhora inclusive a saúde das pessoas mais velhas. Além disso, Marc Berman, psicólogo da Universidade de Michigan e especialista no estudo da psicologia ecológica, indica que a cor verde do mundo natural tem um efeito positivo no cérebro. E esse efeito é quase imediato.
Como ter contato com a natureza se ainda estamos confinados ?
Nós precisamos dela. Ansiamos por ter contato com a natureza, sentimos falta do seu cheiro, da luz quente do seu amanhecer e entardecer. Queremos pisar seu chão com respeito, descobrir seus cantos, sentir o vento sussurrando entre os galhos, acariciando nossa pele e enchendo nossos pulmões de oxigênio.
No entanto, muitas partes de nossas comunidades ainda estão em confinamento. Muitas pessoas ainda não podem viajar para o campo e para o mar se moram em áreas urbanas. O que pode ser feito nesses casos? Existem estratégias simples que podemos usar:
Podemos ver vídeos relaxantes no YouTube mostrando cenários naturais maravilhosos.
O Google nos oferece recursos para viajar para lugares de todo o mundo através da tela. Podemos visitar reservas naturais, ilhas, florestas, montanhas e parques protegidos.
Pendurar fotos e pôsteres de ambientes naturais nas paredes de casa também é relaxante.
Também é possível relaxar ouvindo sons da natureza, como o ruído dos rios, o canto dos pássaros e o som do mar.
Por último, mas não menos importante, lembre-se de que é necessário tomar um banho de sol por cerca de 20 minutos por dia. Estar próximo a uma janela, passar um tempo na varanda ou no quintal é essencial para a nossa saúde física e psicológica. A cor azul do céu e a luz do sol nos reavivam e melhoram o nosso humor.
A natureza sempre nos espera de braços abertos. Voltaremos a ela em breve.
Nós sentimos falta da natureza, ansiamos por ela, sonhamos com passeios no campo ou na praia. Uma maneira de recuperar o ânimo e a saúde após várias semanas de confinamento será, sem dúvida, voltar a visitar esses cenários tão necessários para os seres humanos.
Ter contato com a natureza é quase uma necessidade vital quando passamos várias semanas confinados. Crianças, adultos e idosos se beneficiam dessa proximidade com o campo ou a montanha, com o vento, com o sol atravessando as folhas das árvores em um ambiente capaz de reavivar o ânimo e a esperança. Nossa saúde física e mental precisa desse cenário primitivo, agora mais do que nunca.
Sem dúvida, há quem já tenha esse privilégio. Viver no campo ou próximo à praia implica um descanso sensorial notável. No entanto, boa parte da população passa por esse confinamento obrigatório em espaços urbanos e, frequentemente, em apartamentos pequenos. O impacto psicológico dessas condições costuma ser muito desgastante, aumentando ainda mais o nível de estresse e ansiedade.
O mundo entre quatro paredes e com uma janela que nos conecta a uma rodovia, a um shopping center ou a qualquer outro cenário em nossas cidades gera o mesmo esgotamento que um recluso sofre. A mente que fica limitada a esses tons de cinza monótonos dia após dia acaba apresentando lapsos de memória e alterações de humor.
As pessoas não são feitas para esse tipo de confinamento contínuo. Nesse panorama, uma das coisas que mais fazem falta para o ser humano é sentir o abraço da natureza.
“Há momentos em que toda a ansiedade e o esforço acumulados se aquietam na infinita indolência e repouso da natureza”.
- Henry David Thoreau -
Ter contato com a natureza : mais que um desejo, uma necessidade
Nadine Nadkarni, psicóloga da Universidade de Utah, em Salt Lake City, conduziu um interessante experimento em 2010 no Centro de Detenção Snake River, em Oregon. Nesse centro, eram comuns entre a população carcerária agressões, violência e altos níveis de ansiedade e estresse. Portanto, os pesquisadores tiveram que criar uma estratégia para melhorar a convivência.
Este trabalho foi publicado na revista Nature e é uma referência no campo da psicologia prisional. O que a Drª. Nadkarni fez foi instalar imagens de ambientes naturais nas celas. Além disso, instalou na área de confinamento solitário telas que passavam vídeos de florestas, rios e mares.
Os resultados foram altamente positivos. O nível de ansiedade foi reduzido, levando à utilização de salas onde os reclusos podiam assistir a esses vídeos por 45 minutos e, assim, melhorar o seu humor. Tudo isso mostra como a natureza tem um impacto catártico sobre os humanos para moldar nosso bem-estar físico e mental.
No entanto, as pessoas não se beneficiam apenas ao ver fotos ou vídeos de uma floresta ou um rio. O que também precisamos fazer é ter contato com a natureza, especialmente se tivermos passado várias semanas confinados por causa da atual pandemia.
Nosso cérebro precisa da cor azul do céu e do verde do campo
Pablo Picasso costumava dizer que as cores são um reflexo das emoções impressas na natureza. De alguma forma, ele tinha razão. Quando estamos em um espaço fechado, os olhos e a mente precisam olhar pela janela para procurar a cor azul do céu. Ao vislumbrá-la, sentimos paz.
Os psicólogos Joanne K. Garrett e Mathew P. White, da Faculdade de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, realizaram uma pesquisa na qual descobriram algo interessante. As pessoas que vivem próximo ao mar ou ao campo, em média, gozam de uma melhor saúde física e psicológica.
A cor desses cenários e a luz solar reduz os transtornos de ansiedade e melhora inclusive a saúde das pessoas mais velhas. Além disso, Marc Berman, psicólogo da Universidade de Michigan e especialista no estudo da psicologia ecológica, indica que a cor verde do mundo natural tem um efeito positivo no cérebro. E esse efeito é quase imediato.
Como ter contato com a natureza se ainda estamos confinados ?
Nós precisamos dela. Ansiamos por ter contato com a natureza, sentimos falta do seu cheiro, da luz quente do seu amanhecer e entardecer. Queremos pisar seu chão com respeito, descobrir seus cantos, sentir o vento sussurrando entre os galhos, acariciando nossa pele e enchendo nossos pulmões de oxigênio.
No entanto, muitas partes de nossas comunidades ainda estão em confinamento. Muitas pessoas ainda não podem viajar para o campo e para o mar se moram em áreas urbanas. O que pode ser feito nesses casos? Existem estratégias simples que podemos usar:
Podemos ver vídeos relaxantes no YouTube mostrando cenários naturais maravilhosos.
O Google nos oferece recursos para viajar para lugares de todo o mundo através da tela. Podemos visitar reservas naturais, ilhas, florestas, montanhas e parques protegidos.
Pendurar fotos e pôsteres de ambientes naturais nas paredes de casa também é relaxante.
Também é possível relaxar ouvindo sons da natureza, como o ruído dos rios, o canto dos pássaros e o som do mar.
Por último, mas não menos importante, lembre-se de que é necessário tomar um banho de sol por cerca de 20 minutos por dia. Estar próximo a uma janela, passar um tempo na varanda ou no quintal é essencial para a nossa saúde física e psicológica. A cor azul do céu e a luz do sol nos reavivam e melhoram o nosso humor.
A natureza sempre nos espera de braços abertos. Voltaremos a ela em breve.