Holandeses avançam no cenário pós-pandemia e propõem um modelo econômico baseado no decrescimento


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Compartilhamos o curto e claro manifesto com o qual acadêmicos holandeses propõem uma mudança do paradigma econômico mundial depois da crise da pandemia.

A nota é publicada por El Clarín, Chile, 27-04-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Aparentemente a Holanda é o país que com mais força está tomando o desafio de reestruturar sua economia a partir do que nos vivemos no presente. Nesse contexto, 170 acadêmicos holandeses escreveram um manifesto em cinco pontos para a mudança econômica pós-crise da covid-19, baseado nos princípios do decrescimento:

1. Passar de uma economia focada no crescimento do PIB, a diferenciar entre setores que podem crescer e requerem investimentos (setores públicos críticos, energias limpas, educação, saúde) e setores que devem decrescer radicalmente (petróleo, gás, mineração, publicidade, etc.).

2. Construir uma estrutura econômica baseada na redistribuição. Que estabelece uma renda básica universal, um sistema universal de serviços públicos, um forte imposto sobre a renda, ao lucro e à riqueza, horários de trabalho reduzidos e trabalhos compartilhados, e que reconhece os trabalhos de cuidado.

3. Transformar a agricultura para uma regenerativa. Baseada na conservação da biodiversidade, sustentável e baseada em produção local e vegetariana, ademais de condições de emprego e salário justas.

4. Reduzir o consumo e as viagens. Com uma drástica mudança de viagens luxuosas e de consumo desenfreado, a um consumo e viagens básicas, necessárias, sustentáveis e satisfatórios.

5. Cancelamento da dívida. Especialmente de trabalhadores e donos de pequenos negócios, assim como de países do Sul Global (tanto a dívida a países como a instituições financeiras internacionais).


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O rei mau faz má a boa gente




Fernando Brito


Camões escreveu, falando de de Fernando I de Portugal, no século XIV, que um rei fraco faz fraca a forte gente.

Olhando para o que se passa no Brasil, hoje, talvez escrevesse que um rei mau faz má a boa gente.

De outra forma, como explicar que haja pessoas indiferentes indiferentes a um presidente que, diante de 5 mil brasileiros mortos diz: ‘E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?’

Como entender que generais vejam o morticínio do povo e, como os da Alemanha nazista, contentem-se em apenas aplacar e conviver com os humores do chefe psicopata, virando babás de um demente cruel?

Ou que profissionais da Medicina, em troca de cargos e posições, assumam o comando do Ministério da Saúde aceitando para isso a barganha de não dizer sequer o óbvio “fique em casa”?

Como entender que gente com dinheiro e comida, com carro e apartamento, donos de lojas, ainda que em compreensíveis dificuldades em manter seus negócios, façam seus funcionários – o que não têm nem dinheiro, nem casa, nem carro, só têm a vida – se ajoelharem nas calçadas suplicando por seu “direito” de morrer, contaminando-se nas ruas, nos transportes, nos balcões?

Sim, é assim que estão, num campo de concentração, postos de joelhos e avassalados em troca do pão de suas famílias.

Alguém explique como os autoproclamados homens de Deus tenha apagado o “não matarás” das tábuas de Moisés, que os eleitos cavem a cova dos eleitores, que os cultores da saúde vão expor a sua e a alheia, apenas porque não podem se privar, dias que sejam, de correr no calçadão e esticar os músculos enquanto se lhes atrofia o cérebro?

Jair Bolsonaro, como o maníaco belicista de quase 100 anos, não é apenas um indivíduo insano e mau, é o produto de mil insânias e maldades que se conservaram inertes enquanto este era um país que, finalmente, parecia crescer como é de seu destino e vocação e que incluía ou tentava incluir a todos, como nunca foi a sua história.

Perdeu-o a mesquinhez de elites que, como aos comerciários de Campina Grande da foto, queria de novo seu povo genuflexo e morrendo no altar de seus luxos.

Teremos deixado irem-se com o século 20 os valores da honra, da dignidade, da humanidade que animaram a época de progresso e abundância e, nas dificuldades, adotamos o canibalismo – pois é de alimentarmo-nos de carne humana que se trata – como nova cruz da salvação?

Se for assim, não há porque viver. Mas, para que não seja assim, valerão as mortes sufocadas de nossos irmãos que se vão todos os dias.

Como eles, ansiamos por ar, por ar que nos faça respirar liberdade, amor, solidariedade, fraternidade, não as emanações pestilentas e mórbidas que brotam de Bolsonaro e de suas legiões.

Conserva, então, tua vida como uma chama preciosa, não apenas por você, mas porque ela será necessária para iluminar os caminhos para deixarmos a treva inimaginável em que estamos metidos.

Não somos maus, estamos é sob o tacão da maldade.