Ladeira abaixo




Por Miguel Paiva para o Jornalistas pela Democracia 

Curioso o resultado da pesquisa Veja- FSB sobre as próximas eleições. Claro que o candidato eleito presidente continua com uma força considerável. Não é pra menos. Um movimento anormal de virada à direita que segue uma tendência e um impulso mundial veio para se solidificar e só não se perpetuará se continuarmos lutando. Este governo parece que existe só para atrapalhar o processo. Não está preocupado em fazer coisas boas para a população. Faz o que ele imagina que sejam coisas boas como liberar o uso de armas e cancelar os radares nas estradas. O buraco da população é bem mais embaixo. Começa no estômago e desce até os pés. 

Esquecendo todas as barbaridades ideológicas, autoritárias, culturais, (confesso que é difícil esquecer, mas vamos tentar) um país não vive só disso. O palanque tem que ser desmontado e o governo tem que trabalhar. A vaidade deste presidente e de quase todos os outros, acaba vindo em primeiro lugar. Bolsonaro, apesar das feições, é um vaidoso. Não, talvez, da sua beleza, mas dos atos arrogantes e impetuosos. Governar mesmo é chato. É preciso um espírito democrático forte e um desapego que nosso homem não tem. Percebo portanto, nas coisas do dia a dia uma ausência total do governo Bolsonaro. Vamos por partes:

- Como circulo muito pelas estradas percebo um abandono total e um risco de vida constante para os motoristas. A falta dos radares aumentou o número de acidentes graves. Eles não avisaram, as empresas retiraram os aparelhos e o pessoal agora começa a perceber e a acelerar. A pavimentação é precária e o risco com isso enorme. É geral, em todas as estradas, inclusive as que pagamos pedágio. As agências reguladoras simplesmente sumiram e as entradas nos hospitais aumentaram. A BR-040 que liga o Rio a Belo Horizonte e Brasília, no trecho da subida da serra de Petrópolis é uma loteria. Chegar ao destino na hora ou, até mesmo, chegar ao destino.

- Na Saúde o panorama só piorou, de uma realidade que já não era essas coisas ao caos total. O que havia de assistência pública, de programas como o Mais Médicos , o de combate ao vírus HIV, o de distribuição de medicamentos, o investimento em clínicas da família, as discussões sobre o direito das mulheres em relação ao aborto, a assistência aos deficientes e por aí vai, estão paralisados ou extintos. Não consigo elencar todos. É a infra- estrutura na saúde que está em ruínas.

- Na Educação, só rindo para não chorar. Com este ministro patético e perigoso viramos motivo de tristeza e de risos no mundo todo. Um ministro da educação não pode viver de números de stand-up de péssima qualidade e declarações lunáticas e desprovidas de qualquer embasamento. Se não sabe o que dizer, fique calado. Se não sabe o que fazer, vá para casa.

- No controle da economia o pior ainda está por vir. Esse povo que ainda apoia o presidente precisa sentir no bolso o que foi preparado para ele. A aposentadoria não virá do jeito esperado, os preços podem até continuar como estão, apesar de que o aumento da carne foi já o primeiro sinal de que as medidas do governo não se preocupam com a mesa da população. Os preços ficam, ou não, mas os salários não crescem, o que dá no mesmo e engana o pobre coitado. Parece que está tudo bem só que cada vez sobra mais mês no fim do salário. Os bancos sorriem, os empresários contam os lucros, o Guedes se acha e o povo se dana. Ainda vai ficar mais explícito. Tomara que antes de 2022.

- No meio ambiente, acho que nem meio mais resta. O ambiente na opinião deles é o local ideal para os investimentos predatórios do agronegócio, do garimpo e da especulação em geral. Meio ambiente, segundo eles, não se preserva, se explora, se vende, se destrói. Morreu ali, tem outro mais adiante. Só que o Brasil não cresce de tamanho. O que hoje existe, se não for cuidado, vai sumir.

- Em resumo, o país está desgovernado, não só sem governo. Estamos ladeira abaixo sem freios achando que o vento no rosto é uma dádiva. O abismo que se aproxima só não vai nos engolir se soubermos frear essa loucura com a ajuda de todos. Um só não segura. Todos juntos podemos não só parar esse coletivo à deriva como mudar o rumo da história.

Um país é uma coisa muito mais complexa e séria do que esses vândalos institucionais querem nos fazer crer. É coisa pra gente competente e democrática. Não é um churrasco de domingo no quintal do condomínio. 







A generosidade é uma das mais belas virtudes do ser humano


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Marcel Camargo

Hoje, há muita dificuldade em ver o outro como alguém confiável, uma vez que a competitividade adentrou todos os setores de nossas vidas. A concorrência estende-se do mercado de trabalho até as relações interpessoais, prejudicando as interações humanas e o afeto que deveria estar ali contido.

Numa sociedade que alimenta a supervalorização do status, atrelado ao que se compra e se tem, em detrimento do que se é, os sentimentos acabam ficando de lado, uma vez que não mais importam. Há um jogo de interesses em que o outro se torna interessante, à medida que é capaz de atender aos quesitos materiais que predominam na sociedade. A beleza virou cartão de visita, o poder de compra virou qualidade indispensável, a popularidade social e a virtual viraram sinônimos de sucesso.

Nesse contexto, importa mais o que se tem a oferecer em termos de conforto material do que o que se tem a oferecer em termos de afeto verdadeiro. Mentiras convenientes são mais valorizadas do que verdades desagradáveis. O eu é dominante na forma como se vive, ou seja, o que o outro sente parece pouco relevante e isso acaba prejudicando os relacionamentos entre as pessoas, tornando-nos cada vez mais frios e distantes uns dos outros, embora tão perto.

Eis um dos motivos de as pessoas terem medo de compartilhar conhecimento, de dividir o que sabem, de demonstrar sentimentos, uma vez que aquilo tudo pode vir a ser usado da pior forma possível por quem recebeu. O outro pode puxar o tapete, revelar segredos, roubar um namorado, difamar, distorcer, trair. O outro pode ser quem mente, quem usa, quem pouco se importa com os sentimentos alheios.

Ainda assim, apesar da necessidade de cautela, olhar o outro em suas necessidades e ajudá-lo, contribuindo para que ele cresça e melhore, nunca será em vão. O bem que fizermos sempre ficará na gente, ou seja, o que o outro resolver fazer com aquilo não será da nossa conta. Se o outro usar de nossa solicitude de uma forma improvável e traiçoeira, o erro será dele, ficará nele, não na gente.

Não é à toa que sou fã de pessoas que dividem o pão, o amor, o conhecimento. Que ajudam os colegas de trabalho, os amigos, os desconhecidos. Que transmitem o que sabem, sem medo da competitividade. A generosidade é uma das mais belas virtudes do ser humano.





" O estuprador é você " : protesto das mulheres chilenas replicado por centenas de mulheres no mundo contra a violência de gênero


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Clipe de Arnaldo Antunes sobre o bolsonarismo censurado na TV Brasil






O Real Resiste



Autoritarismo não existe
Sectarismo não existe
Xenofobia não existe
Fanatismo não existe
Bruxa fantasma bicho papão

O real resiste
É só pesadelo, depois passa
Na fumaça de um rojão
É só ilusão, não, não
Deve ser ilusão, não não
É só ilusão, não, não
Só pode ser ilusão

Miliciano não existe
Torturador não existe
Fundamentalista não existe
Terraplanista não existe
Monstro vampiro assombração
O real resiste
É só pesadelo, depois passa
Múmia zumbi medo depressão
Não, não, não, não
Não, não, não, não
Não, não, não, não

Trabalho escravo não existe
Desmatamento não existe
Homofobia não existe
Extermínio não existe
Mula sem cabeça demônio dragão
O real resiste
É só pesadelo, depois passa
Como o estrondo de um trovão
É só ilusão, não, não…




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Pode demorar algum tempo, mas o Amor vencerá o ódio !



Personagens do filme ET se reúnem em emocionante comercial de Natal. Assista !





Um comercial de TV resolveu reunir após 37 anos os inesquecíveis personagens do filme ‘ET: O Extraterrestre’. Teve adulto chorando como criança com esse reencontro !



Redação Conti Outra

É impossível pensar em cinema e infância sem lembrar do clássico oitentista ‘ET: O Extraterrestre’, do diretor Steven Spielberg. O filme marcou muitas gerações desde o seu lançamento, em 1982, e chega em 2019 mais aclamado do que nunca. Isso porque um comercial de TV trouxe os inesquecíveis personagens do filme de volta e com isso gerou imensa comoção entre crianças, jovens e adultos. Teve adulto se acabando de chorar!

Quem teve a ideia de promover o reencontro entre Elliot e seu melhor amigo do outro mundo foi a empresa de telecomunicações americana Xfinity, que queria causar impacto com o seu comercial de fim de ano. Nem precisa dizer que a empresa atingiu seu objetivo com êxito, não é mesmo?

No filme de 1982, os dois melhores amigos se separam no final quando o E.T. precisa retornar para seu planeta de origem. Já no comercial, eles se reúnem após 37 anos longe e E.T. conhece os filhos e esposa de Elliot, mais uma vez interpretado pelo ator Henry Thomas. Depois da emoção inicial, os humanos mostram para o alienígena todas as inovações tecnológicas da Terra desde sua última passagem por aqui.

O comercial ainda reproduz a recria a famosa cena da bicicleta do filme original, desta vez com os filhos de Elliot.

Diante disso tudo, só resta dizer te aconselhar a dar o play no vídeo e se emocionar!









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