“ O ódio ao índio ” : o belíssimo artigo do vice de Evo sobre as raízes do golpe na Bolívia


El odio al indio


Kiko Nogueira

O ex-vice presidente da Bolívia, Álvaro Linera, escreveu um belíssimo artigo sobre o golpe e as raízes racistas da sociedade boliviana. 

Chama-se “O ódio ao índio” e foi publicado no Celag.org.

Eis alguns trechos:

Como uma espessa neblina noturna, o ódio se espalha pelos bairros das tradicionais classes médias urbanas da Bolívia. Seus olhos transbordam de raiva. Eles não gritam, cospem; eles não reivindicam, eles impõem.

Suas canções não são de esperança ou fraternidade, são de desprezo e discriminação contra os índios. Eles andam de moto, andam de caminhão, se reúnem em universidades particulares e caçam índios que ousaram tirar seu poder.

No caso de Santa Cruz, eles organizam hordas motorizadas com veículos 4×4 com paus na mão para assustar os índios, que os chamam de collas [termo racista para identificar os indígenas] e que vivem em favelas e mercados.

Eles cantam slogans dizendo que você tem que matar collas, e se alguma mulher de pollera [o vestido típico] cruza seu território, eles a espancam, ameaçam e expulsam. Em Cochabamba, organizam comboios para impor a supremacia racial na zona sul, onde vivem as classes carentes, e avançam como se fossem um destacamento de cavalaria sobre milhares de camponesas indefesas.

Eles carregam tacos de beisebol, correntes, granadas de gás, algumas exibem armas de fogo. A mulher é sua vítima favorita, eles agarram uma prefeita camponesa, humilham-na, arrastam-na pela rua, batem nela, urinam quando ela cai no chão, cortam seus cabelos, ameaçam linchá-la e quando percebem que eles são filmados decidem jogar tinta vermelha, simbolizando o sangue.

Em La Paz, eles suspeitam de suas empregadas e não falam quando trazem a comida para a mesa, no fundo as temem, mas também as desprezam. Depois saem às ruas para gritar, insultam Evo e todos esses índios que ousaram construir a democracia intercultural com igualdade.

Quando são muitos, arrastam a wiphala, a bandeira indígena, cospem nela, pisam, cortam, queimam. É uma raiva visceral que é lançada sobre este símbolo de índios que gostariam de extinguir.

Tudo explodiu no domingo, 20, quando Evo Morales venceu as eleições com mais de 10 pontos de diferença no segundo turno, mas não mais com a imensa vantagem de antes ou 51% dos votos.

Foi o sinal de que as forças regressivas aguardavam, do candidato da oposição liberal, as forças políticas ultraconservadoras, a OEA e a classe média tradicional. Evo venceu novamente, mas ele não tinha mais 60% do eleitorado. O perdedor não reconheceu sua derrota. A OEA falou de eleições limpas, mas de uma vitória reduzida e pediu um segundo turno, aconselhando a ir contra a Constituição que afirma que se um candidato tiver mais de 40% dos votos e mais de 10 pontos de diferença em relação ao segundo é o eleito.

E a classe média foi à caça dos índios. A cidade de Santa Cruz decretou uma greve que articulou os habitantes das áreas centrais da cidade, ramificando a greve nas áreas residenciais de La Paz e Cochabamba. E então o terror eclodiu.

Bandas paramilitares começaram a sitiar instituições, a queimar sedes sindicais, a queimar as casas de candidatos e líderes políticos do partido do governo, até que a residência particular do presidente fosse saqueada. Em outros lugares, famílias, incluindo crianças, foram sequestradas e ameaçadas de serem flageladas e queimadas se o ministro ou o líder sindical não renunciassem à sua posição. Uma longa noite de facas longas foi desencadeada e o fascismo apareceu.

Quando as forças populares mobilizadas para resistir a esse golpe civil começaram a recuperar o controle territorial das cidades com a presença de trabalhadores, mineiros, camponeses, indígenas e colonos urbanos, e o equilíbrio da correlação de forças estava se inclinando para o lado das forças.

Os policiais haviam demonstrado durante semanas uma indolência e ineptidão para proteger as pessoas humildes quando elas eram espancadas e perseguidas por gangues fascistoides; mas a partir de sexta-feira, com a ignorância do comando civil, muitos deles mostrariam uma capacidade extraordinária de atacar, torturar e matar manifestantes populares. (…)

O mesmo aconteceu com as forças armadas. Em toda a nossa administração, nunca permitimos que as manifestações civis fossem reprimidas, mesmo durante o primeiro golpe civil de 2008. (…)

Não hesitaram em pedir ao presidente Evo que se demitisse, quebrando a ordem constitucional. Eles se esforçaram para tentar sequestrá-lo quando ele foi e estava no Chapare. E quando o golpe foi consumado, eles foram às ruas para disparar milhares de balas, militarizar as cidades, matar camponeses. Tudo sem decreto presidencial.


Alvaro Linera e Evo Morales


Obviamente, para proteger o índio, era necessário um decreto. Para reprimir e matar índios, bastava obedecer ao que o ódio racial e de classe ordenava. Em cinco dias já há mais de 18 mortos e 120 feridos a tiros. Claro, todos eles indígenas.

A questão que todos temos que responder é: como é que essa classe média tradicional foi capaz de incubar tanto ódio e ressentimento que a levou a abraçar um fascismo racializado centrado no indígena como inimigo? Como ele irradiou suas frustrações de classe para a polícia e as Forças Armadas?

Foi a rejeição da igualdade, isto é, a rejeição dos próprios fundamentos de uma democracia substancial.

Nos últimos 14 anos de governo, os movimentos sociais tiveram como principal característica o processo de equalização social, redução abrupta da pobreza extrema (de 38% para 15%), extensão de direitos para todos (acesso universal à saúde, educação e proteção social), indianização do Estado (mais de 50% dos funcionários da administração pública têm uma identidade indígena, nova narrativa nacional em torno do tronco indígena), redução das desigualdades econômicas (de 130% para 45%, a diferença de renda entre os mais ricos e os mais pobres), isto é, a democratização sistemática da riqueza, acesso a bens públicos, oportunidades e poder estatal. (…)

Mas isso levou ao fato de que em uma década a porcentagem de pessoas na chamada classe média, medida em renda, aumentou de 35% para 60%, principalmente de setores indígenas populares.

É um processo de democratização dos bens sociais através da construção da igualdade material, mas que inevitavelmente levou a uma rápida desvalorização das capitais econômicas, educacionais e políticas pertencentes às classes médias tradicionais. (…)

É, portanto, um colapso do que era característico da sociedade colonial, a etnia como capital, ou seja, o fundamento imaginado da superioridade histórica da classe média sobre as classes subalternas, porque aqui na Bolívia a classe social é apenas compreensível e visível sob a forma de hierarquias raciais.

O fato de os filhos desta classe média terem sido a tropa de choque da insurgência reacionária é o grito violento de uma nova geração que vê a herança do sobrenome e da pele desaparecerem diante da força da democratização dos bens.

Embora exibam bandeiras da democracia entendidas como voto, na verdade se rebelaram contra a democracia entendida como equalização e distribuição da riqueza. É por isso que o excesso de ódio, de violência, porque a supremacia racial é algo que não é racionalizado. É vivido como um impulso primário do corpo, como uma tatuagem da história colonial na pele.

Portanto, o fascismo não é apenas a expressão de uma revolução fracassada, mas, paradoxalmente, também nas sociedades pós-coloniais, o sucesso de uma democratização material alcançada.

Portanto, não surpreende que, enquanto os índios colham os corpos de cerca de 20 mortos a tiros, seus autores materiais e morais narrem que o fizeram para salvaguardar a democracia. Na realidade, eles sabem que o que fizeram foi proteger o privilégio da casta e do sobrenome.

Mas o ódio racial só pode destruir. Não é um horizonte, nada mais é do que uma vingança primitiva de uma classe histórica e moralmente decadente que demonstra que por trás de cada liberal medíocre se esconde um golpista contumaz.




Viver exige coragem



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Marcel Camargo

Rasteiras, decepções, doenças, desemprego, traição, morte, a vida tem dessas coisas. Existem momentos maravilhosos que marcam as vidas de cada um de nós. E há aqueles períodos em que a gente só quer sumir. Gangorra, instabilidade, imprevisibilidade, caos, beleza, amor, prazer, tudo junto e misturado nesse trem em que embarcamos assim que nascemos.

Talvez soframos por sermos esperançosos e sonhadores demais, porque o ser humano é cheio de planos e de projetos, desejos e afetos, mas nem tudo se realiza. A gente se frustra o tempo todo, com os momentos, com as pessoas, com o que vem na contramão e nos derruba. A gente enfrenta rejeição, gosta da pessoa errada, escolhe o que deveria ficar longe.

A gente acorda, na maioria das manhãs, com o propósito de vencer e de ser feliz. Mas a gente depende do que está lá fora e de quem caminha conosco, para que a felicidade resida completa na gente. E então o chefe acorda azedo e desconta na gente. E então o filho desiste da faculdade e volta para trás. E então um irmão adoece, o cachorro fica cego, um amigo se vai para sempre.

A gente planeja que as coisas durem, que as amizades sejam fiéis, que os amores sejam recíprocos, que nosso trabalho dê certo. A gente espera uma notícia boa, uma promoção no trabalho, o reconhecimento de alguém. E lá vem o contrário disso tudo, e lá vêm as colheitas amargas de nosso passado imaturo. E tudo de novo parece desandar, e nada mais parece ter sentido.

Daí a gente se agarra a alguma coisa que nos salve dessa escuridão que machuca: a gente ouve aquela música, lê aquele livro, dedilha uma peça de Bach esquecida, escreve, come sorvete, deita e dorme, ou vai andar na esteira. Daí a gente tem que se virar com o que sobra dentro do peito, com o que contorna a essência de nossa alma, dando as mãos a quem nos ama, abrindo-nos a quem nos escuta, orando no fervor de nossas crenças. Porque o tanto que a fé ajuda nessas horas é indescritível.

E então a gente se levanta e se reergue e se reencontra com tudo o que há de mais bonito em nossas vidas, com tudo aquilo que a gente teima em deixar de enxergar quando a vida dói. O colo dos pais, o abraço do amigo, o olhar de quem nos ama, uma lembrança que acalenta, um Salmo que conforta, uma oração que ilumina. Há tanta coisa boa também, há tanta gente especial, tantas memórias mágicas. Ah, como a vida é bonita!

É. Às vezes, a gente acha que não pode ficar pior, mas fica. Acha que algo não vai acontecer, mas acontece. A gente fica sem ar, sem chão, sem esperança. A gente se revolta e chora muito, mas a gente não desiste. Somos muito mais fortes do que pensamos. A gente sobrevive e volta a sorrir, porque somos corajosos. A vida exige que sejamos assim, como fortalezas. E a gente é. E a gente continua. E começa tudo de novo. Vivamos!









O amor não sobrevive de promessas


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Marcel Camargo

Diariamente, acabamos por fazer promessas de que mudaremos em algo, tanto para nós mesmos quanto para os outros. Prometemos não faltar à musculação, não dar ouvidos a gente chata, não exagerar nos doces ou na cerveja. Prometemos xingar menos, não fofocar, ajudar mais em casa, estudar bastante. E, como previsto, na maior parte das vezes não cumprimos nada daquilo.

Prometermos a nós mesmos alguma mudança de comportamento significa que estamos incomodados com a forma como vivemos, ou seja, temos consciência de que estamos agindo como não deveríamos em alguns aspectos de nossas vidas. Ter essa consciência daquilo que devemos mudar é bom, no entanto, apenas saber o que é preciso ser feito, sem fazê-lo, de nada adiantará. Continuaremos caminhando aos tropeços.

No caso das promessas feitas ao outro, então temos a consciência, da mesma forma, de que a maneira como estamos compartilhando nossas vidas precisa ser mudada, pois percebemos que poderíamos ser muito melhores do que somos, no sentido de alimentar um relacionamento mais forte e acolhedor. Concordamos com as cobranças alheias, ainda que sob protestos, na certeza de que caminhamos com meias verdades e, mesmo assim, permanecemos emocionalmente estacionados no mesmo lugar. Continuaremos respirando com dificuldades.

É preciso, pois, que passemos a praticar e a viver aquilo que teorizamos no plano das ideias e dos discursos, de modo a que tornemos nossos relacionamentos mais harmônicos e sinceros. Isso porque, muitas vezes, sabemos muito bem quais são as ações necessárias ao enriquecimento de nossos encontros diários, ao passo que teimamos em incorrer – seja por falta de coragem, seja por comodismo – nos mesmos vícios que somente emperram a vivência completa de uma entrega verdadeira.

É injusto iludir as carências alheias com promessas que sabidamente não se cumprirão, bem como é inútil prometermos a nós mesmos mudanças que não teremos coragem de assumir. Embora o outro muitas vezes se deixe iludir, agarrando-se às nossas juras, na esperança de que o amor dê certo, jamais nos isentaremos de nossa parcela de culpa, por nutrir sonhos vãos de quem poderia estar feliz longe de nós, distante dos terrenos arenosos das incertezas a que nos apegamos.

Não prometa que irá mudar. Mude! Não prometa que será mais atencioso. Seja! Não prometa amar para sempre. Ame! Palavras e promessas dissolvem-se ao sabor dos ventos, atitudes fincam raízes naquilo que se sustenta como amor verdadeiro. Qualquer um pode discursar e escrever com propriedade sobre as bases com que se constrói um relacionamento, mas poucos se lançam corajosamente aos encontros da vida, fazendo o que for, na lida diária, para que o amor sobreviva e se renove a cada ventania, mais forte, mais calmo, mais vivo, mais amor.

Ousemos, enfim, cumprir nossas promessas, porque ser um desses poucos corajosos equivale nada menos do que a ser e fazer gente feliz de verdade.







A música do Meu Primeiro Amor : My Girl - The Temptations






Sim, nesta semana chegamos com uma música maravilhosa que você com certeza já conhece. Provavelmente você já viu o filme " Meu Primeiro Amor " com Macaulay Culkin e Anna Chlumsky e se emocionou com a história do garotinho alérgico e da menina questionadora e voluntariosa. É dele a canção título " My Girl " do Grupo The Temptations que conquistou o mundo inteiro nas décadas de 60 e 70 e cujo sucesso repercute até os dias de hoje ! 😍

Filme Meu Primeiro Amor - Síntese da História

Meu Primeiro Amor é uma história de uma garota de personalidade forte, mas solitária e sua relação com seu único amigo Thomas e seus conflitos na entrada da adolescência. O seu pai, Harry Sultenfuss, é um viúvo que não consegue compreendê-la e, por isso, quase sempre a ignora. Vada não tem mãe, já que ela morreu por complicações no parto dois dias depois do seu nascimento. E ela se culpa muito por isso.

Vada Sultenfuss, mesmo com apenas 11 anos, é obcecada com a morte, pois sua mãe já morrera e seu pai, Harry Sultenfuss, é um agente funerário que não lhe dá muita atenção. Vada é apaixonada por Jake Bixler, seu professor de inglês, e é muito amiga de Thomas J. Sennett, um garoto que é alérgico a tudo. Quando Harry contrata Shelly DeVoto, uma maquiadora, para os funerais e se apaixona por ela, Vada se sente rejeitada e quer fazer qualquer coisa para separá-los e conta com a ajuda de Thomas para colocar seu plano em prática.💔


Vada e Thomas no filme Meu Primeiro Amor


O único e melhor amigo de Vada, Thomas J. Senett, é um menino impopular, e isso faz com que ele não tenha amigos e que encontre em Vada, uma companhia para seus momentos solitários. Suas aventuras do verão - do primeiro beijo ao último adeus - introduzem Vada ao mundo da adolescência. Linda a cena do primeiro beijo, ficou marcada na história do cinema para muitos adolescentes, pela pureza e inocência das crianças.




É um filme realmente adorável apesar do desenrolar triste da história... Mas a relação de amizade e amor dos dois personagens centrais cativa o coração...💕

O verão começou bem, com seu melhor amigo, Thomas, subindo em árvores e mergulhando no ribeirão... São muitas brincadeiras, relatos e histórias contadas juntos. Mas, apesar da alegria do verão, as coisas começam a piorar para Vada, quando ela descobre que seu pai está namorando Shelley Devoto, a atriz Jammie Lee Curtes.




E o clímax é muito triste, pois em uma das aventuras de Vada e Thomas, este acerta uma colmeia de abelha, sendo que Vada estava junto e, em uma das atiradas com pedras, deixou o seu anel cair. Mas, depois que isso acontecesse, Thomas volta para pegar o anel da sua melhor amiga, mesmo ela dizendo para ele não mexer com as abelhas. Nesse ato, ele dá um pequeno chute na colmeia, e começa a procurar o anel. Ele conseguiu achar o anel mas, depois disso, diversas abelhas começam a sair da colmeia, e começam o "atacá-lo". Os seus óculos caem no chão e, apesar de ser levado para o hospital, ele tem uma reação alérgica fortíssima, não sobrevivendo.😓 A cena do velório do garotinho é de cortar o coração...




O sofrimento de Vada, de perder seu único amigo, posteriormente é amenizado pela atenção que o pai volta a lhe oferecer. No fim do filme, Vada controla a dor da perda, e supera tudo que passou.

Há de se ressaltar que a beleza deste filme está em sua franqueza. Existem algumas cenas obrigatórias. Mas há também alguns muito originais e tocantes. Este é um filme que tem seu coração no lugar certo. Meu Primeiro Amor tem alguns momentos doces e engraçados (o elenco é excelente). A mistura de heroísmo e impassibilidade em Meu Primeiro Amor ( My Girl ) deve ser mais estranha e mais interessante do que é. Afinal, uma garota que sobrevive a uma casa onde corpos são embalsamados no porão é o tipo de heroína que os filmes sobre crianças não veem nos atuais filmes para crianças e até adultos. As duas crianças intérpretes estão perfeitas em todas as cenas... 🙍😉




“ Meu Primeiro Amor ” é essa cócega que vai se movendo em significado pelo prisma da amizade, sem a pressa. É uma pesquisa da infância das relações, e não apenas da infância, ou das relações. Nesse filme, a amizade colore com toques singelos tudo o que está para se transformar, uma cadeia de sentimentos silenciosa, que simplesmente acontece. Mas com o pano de fundo vagando pelo filme a todo tempo, algo ali sugere que a vida é um nascer e morrer diário, a decepção é um tipo de morte, assim como aquela flor, que acabou murchar...

Sobre a formação e carreira do The Temptation




Está aí um Grupo incrível! Eram 5 que cantavam, dançavam, interpretavam e conquistaram os papais, as mamães e os avós de hoje em dia... hehehe The Temptation - ou carinhosamente apelidado pela mídia de " The Temps " - era o grupo vocal mais adorado dos anos 60 e 70. Com um estilo muito original e refinado, e com uma carreira de cinco décadas, é uma das maiores influências da música soul e R&B contemporâneas, e detém algumas pérolas musicais como a inesquecível " My Girl ", esta última responsável por um dos maiores sucessos nas rádios de todos os tempos na história da música mundial.

Formados em 1960 em Detroit, The Temptations é um grupo vocal americano da Motown Records que canta até os dias atuais.

É o grupo que ficou mais tempo junto com a Motown, foi 40 anos junto com a gravadora, de 1961 até 1977 e de 1980 a 2004 ( de 1977 a 1980, estiveram com a Atlantic Records). Desde 2009, The Temptations continuam a se apresentar e gravar para a Universal Records com o único membro vivo da formação original, Otis Willians, que é o Co-Fundador.

The Temps está na famosa lista dos "100 Greatest Artists of All Time" e em 2013, recebeu o "Lifetime Achievement Grammy Award" pela admirável carreira.




Ao longo de sua carreira o Temptations lançou quatro singles que chegaram à primeira posição da Billboard Hot 100 e 14 singles que chegaram à primeira posição na categoria R&B. Sua obra também lhes rendeu três Prêmios Grammy, para o compositor e o produtor musical responsável pelo seu sucesso de 1972, "Papa Was a Rollin' Stone". O grupo foi o primeiro contratado da Motown a conquistar um Grammy. Seis dos Temptations (Dennis Edwards, Melvin Franklin, Eddie Kendricks, David Ruffin, Otis Williams e Paul Williams) foram indicados ao Rock and Roll Hall of Fame, em 1989, e quatro canções clássicas do grupo, "My Girl", "Ain't Too Proud to Beg" "Just my Imagination" e "Papa Was a Rollin' Stone", foram incluídas nas suas 500 Canções que formaram o Rock and Roll. Um sucesso retumbante!

Sobre a canção título do Filme: My Girl 

“ My Girl ” é uma composição da dupla Smokey Robinson e Ronald White, na época integrantes do The Miracles, outro importantíssimo grupo da época de ouro da Motown. Os versos românticos, escritos por Robinson (I’ve got sunshine on a cloudy day / When it’s cold outside / I’ve got the month of May), foram inspirados em sua esposa, Claudette Rogers Robinson, que também fez parte do Miracles entre 1957 e 1972. A produção do single ficou a cargo dos próprios autores, se tornando o primeiro Nº 1 dos Temptations e uma de suas faixas mais famosas até hoje.


O single foi relançado em 1992. " My Girl " foi classificada com número 88 na Rolling Stone's lista de "As 500 Maiores Músicas de Todos os Tempos".

Minha Edição de My Girl 

Agora a minha última edição da música inesquecível do Temptations - " My Girl ” que é uma das mais perfeitas orações sobre o amor em enamoramento com o cinema! É PURA POESIA! O Clipe tem cenas do filme Meu Primeiro Amor !💖💓

Falando sobre minha garota
Eu tenho o brilho do sol num dia nublado..






Imagens do Google Imagens e Gifs do Tumblr
Vídeo do Canal de Adriana Helena







↑ 1965



↑ 2018





“ A máscara em que você vive ”, um documentário necessário para homens e mulheres



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"A máscara em que você vive" é um documentário obrigatório para que revisitemos nosso entendimento sobre a masculinidade. Nada menos do que um dos melhores documentários que eu já vi.


Josie Conti 


Não há nada mais eficiente para incutir e enraizar um pensamento do que a sua repetição. Quanto mais repetimos uma informação, mais ela é entendida como verdadeira. Um mesmo conhecimento - ou comportamento - pode ser algo socialmente estipulado e não genético, mas que foi tido como natural após a sua cristalização ao longo de várias gerações. Pois é isso o que mais acontece na criação dos meninos quando, desde muito jovens, eles crescem ouvindo que devem rejeitar todo e qualquer comportamento e sentimento que demonstre sensibilidade ou remeta ao que pode ser entendido como “feminino”.


Se, na primeira infância, o choro e a sensibilidade dos meninos são tolerados, à medida que crescem frases como “Isso é coisa de menina”, “Homem não chora”, “Você joga como uma menininha”, “Vire homem”, “Quem gosta de boneca é viado” tornam-se cada vez mais comuns. E, embora essas frases possam parecer inofensivas, se prestarmos atenção, veremos que elas renegam a possibilidade do contato com emoções ou mesmo a demonstração de uma possível vulnerabilidade masculina. Ao mesmo tempo, colocam a sensibilidade ligada ao feminino como algo ruim e menor.

Em, “A máscara em que você vive” (The Mask You Live In), documentário disponível na Netflix, a diretora Jennifer Siebel Newsom faz uma leitura da criação dos meninos nos EUA e nos mostra como, entre eles, uma das coisas mais comuns é que eles escondam seus verdadeiros sentimentos para esquivar-se dos julgamentos discriminatórios. Essa anulação do sentir, entretanto, cria uma relação complexa com construção da personalidade de forma inversamente proporcional ao aumento da dor do existir dessas crianças. Ah, e nem preciso falar que podemos generalizar essa leitura americana para muito de nossa cultura, inclusive aqui no Brasil.

Há um medo constante de demonstrar fragilidade, de chorar ou de não ser suficientemente masculino para os esportes ou, depois, para chamar a atenção das meninas. Já na adolescência, os índices de tentativas de acabar com a própria vida sobem exponencialmente e, mesmo entre amigos, os jovens não encontram um espaço adequado para desabafar. Quanto mais “feminino” é um comportamento ou pessoa, maior o medo que ele causa em quem tenta a todo custo mostrar-se como homem. Disso temos, como exemplo, o ódio declarado aos gays ou mesmo as sequelas posteriores relacionadas aos abusos e humilhações contra as mulheres.

Para aliviar essa dor e repressão há um aumento do entorpecimento alavancado com o uso de álcool, desvios de comportamento, problemas com a justiça, uso de drogas ilícitas, entre outras. Somam-se a isso também os sentimentos depressivos e até a ideação suicida.

Através da fala de especialistas e do depoimento de jovens e até mesmo de detentos, o documentário explora a criação das pessoas relacionando-as com as suas posteriores condutas violentas.

O documentário está disponível no Netflix. Abaixo, temos a versão completa, também disponível pelo Youtube.








Linda canção " Moon River " com belas interpretações


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" Moon River " é uma canção composta por Henry Mancini com letras de Johnny Mercer. Foi originalmente interpretada por Audrey Hepburn no filme de 1961, Breakfast at Tiffany's, ganhando um Oscar de Melhor Canção Original. A canção também ganhou um Grammy Award em 1962 por Gravação do Ano e Canção do Ano.