O amor não sobrevive de promessas


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Marcel Camargo

Diariamente, acabamos por fazer promessas de que mudaremos em algo, tanto para nós mesmos quanto para os outros. Prometemos não faltar à musculação, não dar ouvidos a gente chata, não exagerar nos doces ou na cerveja. Prometemos xingar menos, não fofocar, ajudar mais em casa, estudar bastante. E, como previsto, na maior parte das vezes não cumprimos nada daquilo.

Prometermos a nós mesmos alguma mudança de comportamento significa que estamos incomodados com a forma como vivemos, ou seja, temos consciência de que estamos agindo como não deveríamos em alguns aspectos de nossas vidas. Ter essa consciência daquilo que devemos mudar é bom, no entanto, apenas saber o que é preciso ser feito, sem fazê-lo, de nada adiantará. Continuaremos caminhando aos tropeços.

No caso das promessas feitas ao outro, então temos a consciência, da mesma forma, de que a maneira como estamos compartilhando nossas vidas precisa ser mudada, pois percebemos que poderíamos ser muito melhores do que somos, no sentido de alimentar um relacionamento mais forte e acolhedor. Concordamos com as cobranças alheias, ainda que sob protestos, na certeza de que caminhamos com meias verdades e, mesmo assim, permanecemos emocionalmente estacionados no mesmo lugar. Continuaremos respirando com dificuldades.

É preciso, pois, que passemos a praticar e a viver aquilo que teorizamos no plano das ideias e dos discursos, de modo a que tornemos nossos relacionamentos mais harmônicos e sinceros. Isso porque, muitas vezes, sabemos muito bem quais são as ações necessárias ao enriquecimento de nossos encontros diários, ao passo que teimamos em incorrer – seja por falta de coragem, seja por comodismo – nos mesmos vícios que somente emperram a vivência completa de uma entrega verdadeira.

É injusto iludir as carências alheias com promessas que sabidamente não se cumprirão, bem como é inútil prometermos a nós mesmos mudanças que não teremos coragem de assumir. Embora o outro muitas vezes se deixe iludir, agarrando-se às nossas juras, na esperança de que o amor dê certo, jamais nos isentaremos de nossa parcela de culpa, por nutrir sonhos vãos de quem poderia estar feliz longe de nós, distante dos terrenos arenosos das incertezas a que nos apegamos.

Não prometa que irá mudar. Mude! Não prometa que será mais atencioso. Seja! Não prometa amar para sempre. Ame! Palavras e promessas dissolvem-se ao sabor dos ventos, atitudes fincam raízes naquilo que se sustenta como amor verdadeiro. Qualquer um pode discursar e escrever com propriedade sobre as bases com que se constrói um relacionamento, mas poucos se lançam corajosamente aos encontros da vida, fazendo o que for, na lida diária, para que o amor sobreviva e se renove a cada ventania, mais forte, mais calmo, mais vivo, mais amor.

Ousemos, enfim, cumprir nossas promessas, porque ser um desses poucos corajosos equivale nada menos do que a ser e fazer gente feliz de verdade.







A música do Meu Primeiro Amor : My Girl - The Temptations






Sim, nesta semana chegamos com uma música maravilhosa que você com certeza já conhece. Provavelmente você já viu o filme " Meu Primeiro Amor " com Macaulay Culkin e Anna Chlumsky e se emocionou com a história do garotinho alérgico e da menina questionadora e voluntariosa. É dele a canção título " My Girl " do Grupo The Temptations que conquistou o mundo inteiro nas décadas de 60 e 70 e cujo sucesso repercute até os dias de hoje ! 😍

Filme Meu Primeiro Amor - Síntese da História

Meu Primeiro Amor é uma história de uma garota de personalidade forte, mas solitária e sua relação com seu único amigo Thomas e seus conflitos na entrada da adolescência. O seu pai, Harry Sultenfuss, é um viúvo que não consegue compreendê-la e, por isso, quase sempre a ignora. Vada não tem mãe, já que ela morreu por complicações no parto dois dias depois do seu nascimento. E ela se culpa muito por isso.

Vada Sultenfuss, mesmo com apenas 11 anos, é obcecada com a morte, pois sua mãe já morrera e seu pai, Harry Sultenfuss, é um agente funerário que não lhe dá muita atenção. Vada é apaixonada por Jake Bixler, seu professor de inglês, e é muito amiga de Thomas J. Sennett, um garoto que é alérgico a tudo. Quando Harry contrata Shelly DeVoto, uma maquiadora, para os funerais e se apaixona por ela, Vada se sente rejeitada e quer fazer qualquer coisa para separá-los e conta com a ajuda de Thomas para colocar seu plano em prática.💔


Vada e Thomas no filme Meu Primeiro Amor


O único e melhor amigo de Vada, Thomas J. Senett, é um menino impopular, e isso faz com que ele não tenha amigos e que encontre em Vada, uma companhia para seus momentos solitários. Suas aventuras do verão - do primeiro beijo ao último adeus - introduzem Vada ao mundo da adolescência. Linda a cena do primeiro beijo, ficou marcada na história do cinema para muitos adolescentes, pela pureza e inocência das crianças.




É um filme realmente adorável apesar do desenrolar triste da história... Mas a relação de amizade e amor dos dois personagens centrais cativa o coração...💕

O verão começou bem, com seu melhor amigo, Thomas, subindo em árvores e mergulhando no ribeirão... São muitas brincadeiras, relatos e histórias contadas juntos. Mas, apesar da alegria do verão, as coisas começam a piorar para Vada, quando ela descobre que seu pai está namorando Shelley Devoto, a atriz Jammie Lee Curtes.




E o clímax é muito triste, pois em uma das aventuras de Vada e Thomas, este acerta uma colmeia de abelha, sendo que Vada estava junto e, em uma das atiradas com pedras, deixou o seu anel cair. Mas, depois que isso acontecesse, Thomas volta para pegar o anel da sua melhor amiga, mesmo ela dizendo para ele não mexer com as abelhas. Nesse ato, ele dá um pequeno chute na colmeia, e começa a procurar o anel. Ele conseguiu achar o anel mas, depois disso, diversas abelhas começam a sair da colmeia, e começam o "atacá-lo". Os seus óculos caem no chão e, apesar de ser levado para o hospital, ele tem uma reação alérgica fortíssima, não sobrevivendo.😓 A cena do velório do garotinho é de cortar o coração...




O sofrimento de Vada, de perder seu único amigo, posteriormente é amenizado pela atenção que o pai volta a lhe oferecer. No fim do filme, Vada controla a dor da perda, e supera tudo que passou.

Há de se ressaltar que a beleza deste filme está em sua franqueza. Existem algumas cenas obrigatórias. Mas há também alguns muito originais e tocantes. Este é um filme que tem seu coração no lugar certo. Meu Primeiro Amor tem alguns momentos doces e engraçados (o elenco é excelente). A mistura de heroísmo e impassibilidade em Meu Primeiro Amor ( My Girl ) deve ser mais estranha e mais interessante do que é. Afinal, uma garota que sobrevive a uma casa onde corpos são embalsamados no porão é o tipo de heroína que os filmes sobre crianças não veem nos atuais filmes para crianças e até adultos. As duas crianças intérpretes estão perfeitas em todas as cenas... 🙍😉




“ Meu Primeiro Amor ” é essa cócega que vai se movendo em significado pelo prisma da amizade, sem a pressa. É uma pesquisa da infância das relações, e não apenas da infância, ou das relações. Nesse filme, a amizade colore com toques singelos tudo o que está para se transformar, uma cadeia de sentimentos silenciosa, que simplesmente acontece. Mas com o pano de fundo vagando pelo filme a todo tempo, algo ali sugere que a vida é um nascer e morrer diário, a decepção é um tipo de morte, assim como aquela flor, que acabou murchar...

Sobre a formação e carreira do The Temptation




Está aí um Grupo incrível! Eram 5 que cantavam, dançavam, interpretavam e conquistaram os papais, as mamães e os avós de hoje em dia... hehehe The Temptation - ou carinhosamente apelidado pela mídia de " The Temps " - era o grupo vocal mais adorado dos anos 60 e 70. Com um estilo muito original e refinado, e com uma carreira de cinco décadas, é uma das maiores influências da música soul e R&B contemporâneas, e detém algumas pérolas musicais como a inesquecível " My Girl ", esta última responsável por um dos maiores sucessos nas rádios de todos os tempos na história da música mundial.

Formados em 1960 em Detroit, The Temptations é um grupo vocal americano da Motown Records que canta até os dias atuais.

É o grupo que ficou mais tempo junto com a Motown, foi 40 anos junto com a gravadora, de 1961 até 1977 e de 1980 a 2004 ( de 1977 a 1980, estiveram com a Atlantic Records). Desde 2009, The Temptations continuam a se apresentar e gravar para a Universal Records com o único membro vivo da formação original, Otis Willians, que é o Co-Fundador.

The Temps está na famosa lista dos "100 Greatest Artists of All Time" e em 2013, recebeu o "Lifetime Achievement Grammy Award" pela admirável carreira.




Ao longo de sua carreira o Temptations lançou quatro singles que chegaram à primeira posição da Billboard Hot 100 e 14 singles que chegaram à primeira posição na categoria R&B. Sua obra também lhes rendeu três Prêmios Grammy, para o compositor e o produtor musical responsável pelo seu sucesso de 1972, "Papa Was a Rollin' Stone". O grupo foi o primeiro contratado da Motown a conquistar um Grammy. Seis dos Temptations (Dennis Edwards, Melvin Franklin, Eddie Kendricks, David Ruffin, Otis Williams e Paul Williams) foram indicados ao Rock and Roll Hall of Fame, em 1989, e quatro canções clássicas do grupo, "My Girl", "Ain't Too Proud to Beg" "Just my Imagination" e "Papa Was a Rollin' Stone", foram incluídas nas suas 500 Canções que formaram o Rock and Roll. Um sucesso retumbante!

Sobre a canção título do Filme: My Girl 

“ My Girl ” é uma composição da dupla Smokey Robinson e Ronald White, na época integrantes do The Miracles, outro importantíssimo grupo da época de ouro da Motown. Os versos românticos, escritos por Robinson (I’ve got sunshine on a cloudy day / When it’s cold outside / I’ve got the month of May), foram inspirados em sua esposa, Claudette Rogers Robinson, que também fez parte do Miracles entre 1957 e 1972. A produção do single ficou a cargo dos próprios autores, se tornando o primeiro Nº 1 dos Temptations e uma de suas faixas mais famosas até hoje.


O single foi relançado em 1992. " My Girl " foi classificada com número 88 na Rolling Stone's lista de "As 500 Maiores Músicas de Todos os Tempos".

Minha Edição de My Girl 

Agora a minha última edição da música inesquecível do Temptations - " My Girl ” que é uma das mais perfeitas orações sobre o amor em enamoramento com o cinema! É PURA POESIA! O Clipe tem cenas do filme Meu Primeiro Amor !💖💓

Falando sobre minha garota
Eu tenho o brilho do sol num dia nublado..






Imagens do Google Imagens e Gifs do Tumblr
Vídeo do Canal de Adriana Helena







↑ 1965



↑ 2018





“ A máscara em que você vive ”, um documentário necessário para homens e mulheres



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"A máscara em que você vive" é um documentário obrigatório para que revisitemos nosso entendimento sobre a masculinidade. Nada menos do que um dos melhores documentários que eu já vi.


Josie Conti 


Não há nada mais eficiente para incutir e enraizar um pensamento do que a sua repetição. Quanto mais repetimos uma informação, mais ela é entendida como verdadeira. Um mesmo conhecimento - ou comportamento - pode ser algo socialmente estipulado e não genético, mas que foi tido como natural após a sua cristalização ao longo de várias gerações. Pois é isso o que mais acontece na criação dos meninos quando, desde muito jovens, eles crescem ouvindo que devem rejeitar todo e qualquer comportamento e sentimento que demonstre sensibilidade ou remeta ao que pode ser entendido como “feminino”.


Se, na primeira infância, o choro e a sensibilidade dos meninos são tolerados, à medida que crescem frases como “Isso é coisa de menina”, “Homem não chora”, “Você joga como uma menininha”, “Vire homem”, “Quem gosta de boneca é viado” tornam-se cada vez mais comuns. E, embora essas frases possam parecer inofensivas, se prestarmos atenção, veremos que elas renegam a possibilidade do contato com emoções ou mesmo a demonstração de uma possível vulnerabilidade masculina. Ao mesmo tempo, colocam a sensibilidade ligada ao feminino como algo ruim e menor.

Em, “A máscara em que você vive” (The Mask You Live In), documentário disponível na Netflix, a diretora Jennifer Siebel Newsom faz uma leitura da criação dos meninos nos EUA e nos mostra como, entre eles, uma das coisas mais comuns é que eles escondam seus verdadeiros sentimentos para esquivar-se dos julgamentos discriminatórios. Essa anulação do sentir, entretanto, cria uma relação complexa com construção da personalidade de forma inversamente proporcional ao aumento da dor do existir dessas crianças. Ah, e nem preciso falar que podemos generalizar essa leitura americana para muito de nossa cultura, inclusive aqui no Brasil.

Há um medo constante de demonstrar fragilidade, de chorar ou de não ser suficientemente masculino para os esportes ou, depois, para chamar a atenção das meninas. Já na adolescência, os índices de tentativas de acabar com a própria vida sobem exponencialmente e, mesmo entre amigos, os jovens não encontram um espaço adequado para desabafar. Quanto mais “feminino” é um comportamento ou pessoa, maior o medo que ele causa em quem tenta a todo custo mostrar-se como homem. Disso temos, como exemplo, o ódio declarado aos gays ou mesmo as sequelas posteriores relacionadas aos abusos e humilhações contra as mulheres.

Para aliviar essa dor e repressão há um aumento do entorpecimento alavancado com o uso de álcool, desvios de comportamento, problemas com a justiça, uso de drogas ilícitas, entre outras. Somam-se a isso também os sentimentos depressivos e até a ideação suicida.

Através da fala de especialistas e do depoimento de jovens e até mesmo de detentos, o documentário explora a criação das pessoas relacionando-as com as suas posteriores condutas violentas.

O documentário está disponível no Netflix. Abaixo, temos a versão completa, também disponível pelo Youtube.








Linda canção " Moon River " com belas interpretações


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" Moon River " é uma canção composta por Henry Mancini com letras de Johnny Mercer. Foi originalmente interpretada por Audrey Hepburn no filme de 1961, Breakfast at Tiffany's, ganhando um Oscar de Melhor Canção Original. A canção também ganhou um Grammy Award em 1962 por Gravação do Ano e Canção do Ano.













Vem aí uma nova chance . . .






Pamela Camocardi


Já percebeu que o ano está acabando? Pois é. Para alguns o ano foi maravilhoso. Para outros nem tanto assim. O que importa é que aprendemos muito e levamos para o ano novo uma bagagem de experiências únicas e consideráveis.

Não se frustre se a lista do começo do ano está engavetada, se os projetos não saíram do papel ou se você carrega aquela sensação de não ter feito nada esse ano. Embora tenhamos o poder de planejar as coisas, não temos o poder de mudar o curso da vida.

Algumas surpresas no caminho sempre acontecerão e alguns imprevistos surgirão para nos tornar mais fortes mesmo. Normal!

Agora vem aí uma nova chance. Não que você precise de um novo ano para mudar sua vida, visto que a cada minuto nossas forças se renovam e as possibilidades de mudanças acontecem. Mas, é bom saber que temos a possibilidade de nos renovarmos a cada novo ciclo da vida. Mudar por dentro, amadurecer intelectual e psicologicamente e ter a oportunidade de escrever uma nova história de vida é sempre fascinante.

A virada do ano é algo que sempre me encantou. Não pelas festividades, mas pelo sentimento de que vamos conseguir deixar para trás tudo aquilo que foi ruim e focar somente em coisas boas.

Sim, 2019 foi um ano intenso. Para muitos o pior ano da história. Mas, sinto dizer que 2020 não será diferente se as mudanças não partirem de dentro de você. O ano novo acontece quando acreditamos em dias melhores e renovamos nossas forças fazendo o impossível para que tudo dê certo.

Porém, para que isso aconteça é necessário cortar a raiz que o prende aos velhos costumes e permitir começar uma nova história. Sem medo, sem mágoas, sem rancor. O ano só será novo quando você for capaz de entender que a vida é mais sobre a forma como você enfrenta os seus problemas do que como você foge deles.

Portanto, esqueça as listas de promessas e de boas intenções. Sabemos muito bem que elas nunca são cumpridas. Poupe seu tempo, sua energia e suas forças e faça, como dizia Drummond, “um ano novo que mereça esse nome.” Pegue a coragem que te trouxe até aqui, as alegrias que te motivaram a continuar mesmo com muita dor e os amores que te fizeram feliz e faça uma nova história a partir de hoje.

Daqui do outro lado da tela, desejo que você alcance tudo o que deseja e faço das palavras de Drummond as minhas: (…) “Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que puder emocionar. Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente para repassar o que realmente desejo a você. Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.

Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, rumo à sua felicidade!”








8 de Novembro de 2019 : Lula livre após 580 dias de prisão injusta !


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