Lula é premiado pela maior central sindical dos EUA e Canadá


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O ex-presidente Lula recebeu nesta quinta-feira (14) o Prêmio de Direitos Humanos George Meany-Lane Kirkland 2019; homenagem foi concedida pela Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), a maior central de trabalhadores dos Estados Unidos e Canadá; "A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democracia brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo", diz a entidade; prêmio fortalece candidatura de Lula ao prêmio Nobel da Paz e reforça sua condição de preso político

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (14) o Prêmio de Direitos Humanos George Meany-Lane Kirkland 2019. A homenagem foi concedida pela Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), a maior central operária dos Estados Unidos e Canadá. O prêmio leva o nome de George Meany-Lane Kirkland, ex-presidente da central sindical, e começou a ser entregue no ano de seu falecimento, 1999.

"A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democracia brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo. As mulheres e homens da AFL-CIO concedem este prêmio a Lula e prometem continuar na nossa solidariedade com a luta por justiça e democracia no Brasil e no mundo."

No texto em que explica a escolha, a central denuncia a prisão injusta e sem provas de Lula, e recorda as conquistas que o Brasil e o povo brasileiro alcançaram durante seus mandatos.

Mantido como preso político desde abril de 2018, o ex-presidente Lula é candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Já são mais de 600 mil pessoas que assinaram o manifesto aberto pelo arquiteto e ativista de direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel para que o ex-presidente seja indicado a receber a premiação. Na primeira fase da campanha, o ex-presidente conseguiu apoio de todas as categorias, incluindo chefes de Estados e ganhadores do prêmio em outras edições. Esse tipo de apoio foi feito direto no site do Comitê Norueguês, organizador do Nobel (leia mais).

Leia, abaixo, a íntegra do texto da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais:

Como migrante, trabalhador, líder sindical e visionário político, Luiz Inácio Lula da Silva passou sua vida lutando por democracia e pelos direitos dos trabalhadores e comunidades excluídas no Brasil. Como presidente, de 2003 a 2010, Lula resgatou milhões de pessoas da pobreza e estendeu o acesso à educação superior e à habitação a milhares de cidadãos de baixa renda. Ele se tornou um líder respeitado em todo o mundo por aqueles que acreditam que uma economia global sustentável depende de uma melhor distribuição da prosperidade. Por isso, a AFL-CIO honra Luiz Inácio Lula da Silva com seu prêmio de direitos humanos George Meany-Lane Kirkland.

Em seu compromisso para ampliar o acesso a uma vida decente e a direitos básicos, Lula tem sido fiel às suas origens no carente Nordeste brasileiro, onde viveu antes de migrar para São Paulo com sua mãe e irmãos. Como líder de um importante sindicato metalúrgico no fim dos anos 70, ele conduziu trabalhadores que enfrentavam a ditadura no país para democratizar locais de trabalho e sindicatos. Lula foi um personagem crucial na ampla aliança de movimentos sociais de massa, artistas e intelectuais, mulheres e homens, e brasileiros de todas as raças, que restabeleceu a democracia no Brasil em 1985.

Naquela jovem democracia, Lula lutou sem descansar para colocar o maior número possível de pessoas numa situação de igualdade de direitos e de uma vida decente que um país tão grande quanto o Brasil poderia oferecer a seu povo. Durante sua Presidência, o Brasil apresentou progresso concreto e consistente em termos de inclusão social, e todos os brasileiros prosperaram. Mas desde 2015, opositores a tal progresso aproveitaram a retração econômica, o ressentimento da elite por ter perdido o controle do país e o preconceito contra muitos de seus cidadãos para levar o país para trás, congelando os investimentos em educação e saúde por vinte anos, minando direitos trabalhistas, revertendo avanços em igualdade racial e de gênero, ameaçando a floresta amazônica e povos indígenas e semeando o ódio e medo em seus discursos e ações.

Para avançar sua agenda, esta elite minou as frágeis instituições democráticas brasileiras, especialmente o Judiciário, e tomou medidas extraordinárias e ilegais para impedir que Lula concorresse à eleição presidencial em outubro de 2018, quando pesquisas apontavam sua vitória. Desde 7 de abril de 2018, Lula é um prisioneiro político, condenado por "atos oficiais não especificados" tendo como prova contra ele apenas informações originadas em delações premiadas sem documento. Contrariamente à Constituição brasileira, ele permanece preso enquanto recursos ainda estão sendo examinados e foi impedido de comparecer ao funeral de seu irmão, embora o Brasil permita tais saídas a milhares de prisioneiros todos os meses. Enquanto estava preso durante a ditadura nos anos 70, Lula teve mais acesso a seus direitos do que no Brasil de hoje.

O crime de Lula foi ter a audácia de tirar mais de 30 milhões de pessoas da pobreza e desafiar os privilégios da poderosa elite que há muito age como se fosse dona do Brasil. Durante este período difícil, a mensagem de Lula e do amplo movimento social que ele e seus aliados construíram permanece clara: a luta continua.

A AFL-CIO junta-se ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas no pedido para que os direitos políticos integrais de Lula sejam restaurados, e nos unimos com o movimento trabalhista global na demanda para que Lula seja absolvido imediatamente e liberado de uma perseguição política profundamente injusta.

Lula e os vibrantes movimentos sociais brasileiros continuam tanto como atores reais na luta diária por justiça social no Brasil, assim como símbolos da esperança que todos compartilhamos por um retorno da democracia em muitos países que atualmente passam por períodos sombrios de aumento da desigualdade e ódio contra migrantes, trabalhadores, e líderes e visionários comprometidos com justiça social.

A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democracia brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo. As mulheres e homens da AFL-CIO concedem este prêmio a Lula e prometem continuar na nossa solidariedade com a luta por justiça e democracia no Brasil e no mundo.

Leia aqui o texto original em inglês.


Postado em Brasil 247 em 14/03/2019



Nem precisa de muitas palavras . . .





Lula: o Brasil não precisa de mais armas, Bolsonaro!




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Aprenda a filtrar palavras, ações e pessoas


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Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos.

Marcel Camargo

Lá no século passado, Guimarães Rosa já escreveu que viver é perigoso, enquanto Vinícius de Moraes cantava que são demais os perigos dessa vida – imagine hoje. Perigoso porque temos que lidar tanto com o que ocorre lá fora quanto com o que acontece dentro de cada um de nós. Temos que equilibrar o caos da vida com o caos de nosso íntimo. Por isso, é preciso aprender a filtrar palavras, ações e pessoas.

Ouvimos muita coisa ao longo do dia, palavras que nos chegam com leveza ou com agressividade. Da mesma forma, nós mesmos dizemos as palavras com tranquilidade ou não. Por essa razão é que precisamos controlar o que entra em nossos ouvidos e o que sai pela nossa boca, tendo o cuidado de não segurar conosco o que vier como lixo e de não jogar o nosso lixo em quem não merece. O filtro que colocamos em nossa boca e em nossos ouvidos é providencial, em nossa jornada, para que ela fique mais limpa e feliz.

Enquanto vivermos, seremos, muitas vezes, pegos de surpresa, por atitudes e comportamentos que nos machucam, até mesmo por parte daqueles que mais amamos. As pessoas sempre nos surpreendem e, infelizmente, nem sempre no melhor sentido, ou seja, precisamos estar conscientes de que não conheceremos alguém completamente, ninguém é uma certeza. Nada é uma certeza nessa vida. Caso a decepção ocorra em relação a quem nem faz muita diferença, temos que tentar ignorar. Economizemos energias para as batalhas que importam. Com nossos queridos, por exemplo, teremos que resolver as pendências.

É preciso filtrar, também, pessoas. Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos. Nunca conseguiremos sorrir com verdade enquanto estivermos acompanhados das pessoas erradas. Seremos mais felizes longe de algumas pessoas e muitas delas serão melhores longe de nós. Amizade forçada é humilhante. Amor forçado é doloroso. Manter junto somente quem realmente torce por nós é o que nos tornará mais aptos a alcançar os nossos sonhos.

Como se vê, é preciso selecionar o que fica conosco e o que tem que ser deletado. A vida traz muita coisa, provoca muitas emoções, coloca muitos acontecimentos em volta da gente, de todo tipo, de todas as formas, nas mais variadas intensidades. Cabe a nós lidar com tudo isso da melhor maneira possível, a fim de nos preservarmos do que machuca, de quem faz mal. Não conseguiremos viver sem cair, sem sermos derrubados, porém, caso consigamos guardar o melhor de tudo e de todos dentro de nós, estaremos prontos para levantar, seguir, avançar, para buscar, sempre, incansavelmente, a felicidade. Porque, então, teremos amor verdadeiro alimentando o nosso coração.


Postado em Conti Outra



Ela criou camisinhas, tampões e lubrificantes naturais que não agridem a saúde




Por Redação Hypeness

“Trate sua vagina melhor do que seu rosto”. Esse é o lema da Sustain Natural, uma empresa que oferece absorventes, camisinhas, lenços umedecidos e lubrificantes totalmente naturais, sem testes em animais, químicas que não se intimida em dizer a que veio – como deixa claro Meika Hollender, criadora da empresa:

“Danem-se as grandes empresas que vêm enchendo nossos corpos com químicas e toxinas há tantas décadas”, ela diz.

Sua missão é muito mais ambiciosa do que o sucesso comercial: o desejo de Meika é realmente transformar o futuro, em um mundo em que mulheres possam abertamente falar sobre sua sexualidade, colocando sua saúde sexual em primeiro plano, e utilizando produtos que não façam mal a elas, nem a seus parceiros ou mesmo ao planeta.

A maioria das camisinhas, por exemplo, é fabricada utilizando produtos que podem provocar câncer, como a nitrosamina.

Já os produtos da Sustain Natural são feitos com ingredientes totalmente naturais – seus absorventes são fabricados somente com algodão.

Em três anos de existência a empresa já vende milhões de produtos, mas Meika quer muito mais. Aliada a organizações, ela luta hoje para mudar a lei, nos EUA, e obrigar as empresas de absorventes a ter que listar os componentes e ingredientes de seus produtos.



Meika Hollender, fundadora da Sustain Natural


Acima, os absorventes; abaixo, as camisinhas da Sustain Natural


Uma camisinha, acima, e um lubrificante da marca, abaixo






Sabonete corporal

Hoje simplesmente não é possível saber do que é feito algo tão íntimo e que passa tanto tempo literalmente dentro do corpo da mulher.

Meika conta que já foi agredida, ameaçada e que já perdeu investidores simplesmente por conta da natureza de seus produtos. Mas nada disso parece lhe abalar, pois fica claro que uma revolução no campo da sexualidade feminina é o mínimo que ela procura – a fim de que realmente se transforme a maneira com que as mulheres simplesmente não sabem do que são feitos os produtos que colocam em uma parte tão íntima e importante de seus corpos.




Absorventes e lenços umedecidos



Como diz outro lema da empresa: pense com a sua vagina.



Postado em Hypeness



Momento espírita ...