Aprenda a filtrar palavras, ações e pessoas


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Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos.

Marcel Camargo

Lá no século passado, Guimarães Rosa já escreveu que viver é perigoso, enquanto Vinícius de Moraes cantava que são demais os perigos dessa vida – imagine hoje. Perigoso porque temos que lidar tanto com o que ocorre lá fora quanto com o que acontece dentro de cada um de nós. Temos que equilibrar o caos da vida com o caos de nosso íntimo. Por isso, é preciso aprender a filtrar palavras, ações e pessoas.

Ouvimos muita coisa ao longo do dia, palavras que nos chegam com leveza ou com agressividade. Da mesma forma, nós mesmos dizemos as palavras com tranquilidade ou não. Por essa razão é que precisamos controlar o que entra em nossos ouvidos e o que sai pela nossa boca, tendo o cuidado de não segurar conosco o que vier como lixo e de não jogar o nosso lixo em quem não merece. O filtro que colocamos em nossa boca e em nossos ouvidos é providencial, em nossa jornada, para que ela fique mais limpa e feliz.

Enquanto vivermos, seremos, muitas vezes, pegos de surpresa, por atitudes e comportamentos que nos machucam, até mesmo por parte daqueles que mais amamos. As pessoas sempre nos surpreendem e, infelizmente, nem sempre no melhor sentido, ou seja, precisamos estar conscientes de que não conheceremos alguém completamente, ninguém é uma certeza. Nada é uma certeza nessa vida. Caso a decepção ocorra em relação a quem nem faz muita diferença, temos que tentar ignorar. Economizemos energias para as batalhas que importam. Com nossos queridos, por exemplo, teremos que resolver as pendências.

É preciso filtrar, também, pessoas. Nem todo mundo faz bem, nem todo mundo quer bem, nem todo mundo deve ficar. A qualidade de nossas vidas em muito dependerá do tipo de companhia que tivermos enquanto caminhamos. Nunca conseguiremos sorrir com verdade enquanto estivermos acompanhados das pessoas erradas. Seremos mais felizes longe de algumas pessoas e muitas delas serão melhores longe de nós. Amizade forçada é humilhante. Amor forçado é doloroso. Manter junto somente quem realmente torce por nós é o que nos tornará mais aptos a alcançar os nossos sonhos.

Como se vê, é preciso selecionar o que fica conosco e o que tem que ser deletado. A vida traz muita coisa, provoca muitas emoções, coloca muitos acontecimentos em volta da gente, de todo tipo, de todas as formas, nas mais variadas intensidades. Cabe a nós lidar com tudo isso da melhor maneira possível, a fim de nos preservarmos do que machuca, de quem faz mal. Não conseguiremos viver sem cair, sem sermos derrubados, porém, caso consigamos guardar o melhor de tudo e de todos dentro de nós, estaremos prontos para levantar, seguir, avançar, para buscar, sempre, incansavelmente, a felicidade. Porque, então, teremos amor verdadeiro alimentando o nosso coração.


Postado em Conti Outra



Ela criou camisinhas, tampões e lubrificantes naturais que não agridem a saúde




Por Redação Hypeness

“Trate sua vagina melhor do que seu rosto”. Esse é o lema da Sustain Natural, uma empresa que oferece absorventes, camisinhas, lenços umedecidos e lubrificantes totalmente naturais, sem testes em animais, químicas que não se intimida em dizer a que veio – como deixa claro Meika Hollender, criadora da empresa:

“Danem-se as grandes empresas que vêm enchendo nossos corpos com químicas e toxinas há tantas décadas”, ela diz.

Sua missão é muito mais ambiciosa do que o sucesso comercial: o desejo de Meika é realmente transformar o futuro, em um mundo em que mulheres possam abertamente falar sobre sua sexualidade, colocando sua saúde sexual em primeiro plano, e utilizando produtos que não façam mal a elas, nem a seus parceiros ou mesmo ao planeta.

A maioria das camisinhas, por exemplo, é fabricada utilizando produtos que podem provocar câncer, como a nitrosamina.

Já os produtos da Sustain Natural são feitos com ingredientes totalmente naturais – seus absorventes são fabricados somente com algodão.

Em três anos de existência a empresa já vende milhões de produtos, mas Meika quer muito mais. Aliada a organizações, ela luta hoje para mudar a lei, nos EUA, e obrigar as empresas de absorventes a ter que listar os componentes e ingredientes de seus produtos.



Meika Hollender, fundadora da Sustain Natural


Acima, os absorventes; abaixo, as camisinhas da Sustain Natural


Uma camisinha, acima, e um lubrificante da marca, abaixo






Sabonete corporal

Hoje simplesmente não é possível saber do que é feito algo tão íntimo e que passa tanto tempo literalmente dentro do corpo da mulher.

Meika conta que já foi agredida, ameaçada e que já perdeu investidores simplesmente por conta da natureza de seus produtos. Mas nada disso parece lhe abalar, pois fica claro que uma revolução no campo da sexualidade feminina é o mínimo que ela procura – a fim de que realmente se transforme a maneira com que as mulheres simplesmente não sabem do que são feitos os produtos que colocam em uma parte tão íntima e importante de seus corpos.




Absorventes e lenços umedecidos



Como diz outro lema da empresa: pense com a sua vagina.



Postado em Hypeness



Momento espírita ...














Stella Senra à juíza Carolina Lebbos : De mulher para mulher / Dia Internacional da Mulher



Stella Senra à juíza Carolina Lebbos: De mulher para mulher





Carta à juíza Carolina Lebbos


por Stella Senra*

Senhora juíza,

Nos últimos tempos temos visto um grande número de juízas, mulheres que, como a senhora, se tornaram conhecidas pelo rigor — ou melhor, pela dureza — de suas sentenças.

Se tomo a decisão de lhe escrever, é também nessa mesma condição: de mulher para mulher.

Essa curta afirmação — de mulher para mulher — parece óbvia, mas não é.

Colocando-me me aquém dos muitos estereótipos que tem definido o termo “mulher”, refiro-me ao sentido animal, o mais cru do termo: à carne, ao sangue, às entranhas que dão origem à vida.

Refiro-me, portanto, a seres capazes de um amor irrestrito.

Também esta expressão “amor irrestrito” exige maior precisão.

Se quiser saber o que pretendo dizer, deixe sua sala de juiza federal (responsável pela custódia do Presidente Lula), dê um pulo ao presídio e vá até a fila da visita aos prisioneiros.

Lá verá quase unicamente mulheres, em filas que dobram esquinas; dentre elas mães, uma maioria de mães, mas também esposas, namoradas, filhas…

Qualquer que seja o crime, lá estarão elas: para além do mal, cuidando; para além do mal, amando.

É nesse plano das entranhas que estou me colocando para me dirigir à senhora.

E o que me motivou foi a pungente fotografia de Ricardo Stuckert que circulou na internet, da família Lula da Silva no velório do menino Arthur, neto do presidente Lula.

Habituados a vermos a representação fotográfica do presidente sufocado pelos abraços de seus admiradores não nos espanta, à primeira vista, esse amontoado de braços e cabeças, num enlace tão estreito que mal conseguimos distinguir, ao centro, a cabeça de Lula.

Mas logo percebemos, recuada ao fundo do quadro, uma pequena figura solitária que chora; e de imediato ficamos sabendo que o motivo de tal enlace não é a alegria do encontro.

É uma grande dor, a mais profunda, a dor da perda, aquela que faz de todos os corpos um só corpo, um sólido bloco de dor.

Esta foto me fez pensar na senhora, que concedeu 1:30 hs ao presidente para estar com sua família na despedida do netinho.

E como tal medida temporal não foi extraída da letra da lei, posso me perguntar que aritmética lhe teria servido para chegar a esse número.

Que contabilidade lhe teria inspirado?

Seria a senhora conhecedora de alguma “medida” para o sofrimento humano?

De um número capaz de definir o rugir da dor de uma família?

A dor é selvagem. Não escolhe, não poupa. É devastadora.

Pode acontecer a todos e a qualquer um de nós. Por ela sofremos. Mas sofremos também quando ela atinge o outro.

Seja ao nosso lado, seja distante de nós — mas próximo pela mesma condição de seres humanos.

O sentido de humanidade infelizmente não é distribuído de forma equitativa pra todos; mas não é tampouco passível de ser medido, não é objeto de nenhuma matemática, de nenhuma contabilidade.

Por isto não pode ter sido ele que lhe ajudou a estabelecer tão precisamente a “cota” do presidente Lula.

Aqui se trata de amor irrestrito, (que, portanto, também não pode ser medido), de carne, de sangue, de entranhas — coisas concretas e também incomensuráveis que se objetivam, no entanto, de modo palpável no mundo das mulheres.

Mesmo dentre os animais, as fêmeas que dão a vida cuidam e defendem seus filhotes até a conquista de sua autonomia.

É o que me deixa perplexa, com uma pergunta que não sei responder: de que matéria serão feitas suas entranhas, juíza Lebbos?

Stella Senra

*Foi professora da PUC-SP. Mantém o site stellasenra.com.br.



Postado em Viomundo em 08/03/2019



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Minha homenagem às mulheres como Stella Senra, Marisa Letícia, Marielle Franco, Malala Yousafzai,  Gleisi Hoffmann, às vitimas de feminicídio, à minha mãe e minha irmã, às primas, às amigas maravilhosas e às leitoras deste blog, enfim a todas que unem sabedoria com coração e ternura em suas batalhas diárias.


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2019 - Tudo pode acontecer, inclusive Nibiru


Baleia jubarte encalhada em Soure, ilha de Marajó






Postado em Verdade Mundial