" Sigamos, esperançosos, lutando com amor", diz Monica Iozzi









A grandeza das boas pessoas está em seu coração






Pode ser difícil descrever a grandeza das boas pessoas. Elas colocam o coração em tudo que fazem. Expõem o brilho de seus olhos, a cor de seu sorriso e a intenção vestida de amor em cada um de seus atos.

São estas pessoas que sempre aparecem para aquecê-lo quando ninguém sequer percebeu que você tremia de frio, que oferecem trocar tristezas por risadas e que sempre estão dispostas a mudar a cor dos dias nublados.

Pessoas que são remédio, que são lar, pessoas mágicas. Pessoas que te abraçam para recompor suas partes quebradas, mas também para te lembrar de que estão ali e se alegram com todas as coisas bonitas que acontecem na vida.

São aquelas pessoas que percorrem o caminho da vida com você, que descobrem nuances preciosas nas emoções já conhecidas e mostram que existem muitos lugares incríveis para serem visitados e outras tantas formas de olhar.

Pessoas com as quais a conexão é mais do que compartilhar tempo: é criar magia. Especialistas em acariciar a alma sem sequer tocá-la e doutoras no incrível ato de dar de coração.

Vamos nos aprofundar na grandeza das boas pessoas, aquelas que são um presente para cada um de nós e, às vezes, nossas melhores coincidências.

“ Se você vê algo belo
em uma pessoa,
diga a ela.
Essa pessoa
pode estar em uma guerra
que a impede de ver sua beleza,
e você pode salvá-la ”

–  Zab G. Andrade -

A bondade como sinal de superioridade

A grandeza das pessoas está desenhada em seus corações, em sua capacidade de se dar aos demais através de atos de bondade, com a única intenção de fazer os outros mais felizes. Porque não há nada maior, nem que reconforte mais, do que ajudar.

Assim são as boas pessoas. É possível reconhecê-las por terem a bondade como sinal de superioridade e a paciência como estratégia para compreender os demais. Não pressionam, não gritam nem forçam, muito pelo contrário.

Sabem interpretar silêncios, respeitar tempos e oferecer apoio quando alguém precisa.

“ Acima de tudo está a bondade afetuosa. Assim como a luz da Lua ilumina sessenta vezes mais do que a luz das estrelas, a bondade afetuosa libera o coração de uma forma sessenta vezes mais efetiva do que todas as demais realizações religiosas juntas."    - Buda Gautama -

As boas pessoas exalam calma e uma sensação de bem-estar apenas com a sua presença. Além disso, têm um passatempo secreto que poucas vezes revelam: observam o brilho exalado pelos olhos daqueles que se conectaram com a felicidade.

Charles Darwin falou sobre a importância desse valor. De fato, ele o considerava como nosso instinto mais forte e valioso, que possibilita a sobrevivência não só da humanidade, mas também de todos os seres vivos.

O problema é que não é praticado com muita frequência, nem é valorizado o suficiente quando os demais o praticam. Isso porque a bondade é o único investimento que sempre nos enriquece e que nunca falha. Há tantos gestos cheios de amor e bondade que passam despercebidos !

“As ‘pessoas lar’ têm cheiro de amor e aceitação incondicional. Cheiro de carinho, abraços nos quais fecham-se os olhos e forma-se um sorriso. Essas pessoas têm cheiro de amizade, amor e família escolhida.
Dizem ‘estou ao seu lado, então precisamos apertar os dentes’ e confiam em você inclusive quando você mesmo deixou de fazê-lo. São aquelas pessoas que não evitam que você tenha vertigem ou caia, mas oferecem as palavras exatas, que só podem ser presenteadas por alguém que costurou feridas a aprendizados.”-Reparando Alas Rotas-
A força da compaixão e da grandeza das boas pessoas

A compaixão é outro sinal delator das pessoas de grande coração. São capazes de se colocar no lugar dos demais, de desejar que as pessoas fiquem livres de sofrimento, e são capazes de sentir a responsabilidade de fazer algo pelos outros.

São pessoas que se nutrem do amor, mas compreendem o amor a partir de seu conceito mais amplo, aquele amor dado de forma desinteressada. Sem esperar nada em troca e sentindo, por sua vez, o bem-estar mais absoluto. Trata-se de um genuíno desejo que nasce do mais profundo e que está, única e exclusivamente, dirigido a fazer o bem.

O professor tibetano Thinley Norbu Riponche descreve muito bem esta capacidade: “A essência do amor é a compaixão dos seres sublimes que sempre são energia“, enquanto Thich Naht Hanh se refere a ela como “amor verdadeiro”. E assim é.

“ Nenhuma ingratidão fecha um grande coração, nenhuma indiferença o cansa."     - Leon Tolstoi -

As boas pessoas estão repletas de compaixão, bondade e amor. São aquelas que, apesar da distância, são sentidas por perto, pois rompem os limites físicos para se conectar com o seu interior.

São pessoas que combinam com perfeição a empatia com a arte de compreender a dor, por isso decifram cada uma das nossas feridas. Porque são artesãs de harmonia e felicidade, capazes de voltar todos os seus sentidos e sentimentos para os demais, para transformar um dia comum em algo extraordinário.

Suas armas secretas são os gestos cheios de amor fruto da nobreza de seus corações. Graças a eles, inundam a alma dos demais de energia positiva, sem esperar nada em troca. Porque o que mais as preenche é presentear afeto, pelo simples fato de fazê-las se sentirem melhor.

Dessa forma, as boas pessoas são artífices do amor mais genuíno e sincero que podemos encontrar. Tesouros que devem ser apreciados e cuidados desde o mais profundo de cada um de nós. Seu valor é incalculável.

“ Eu aprendi que as pessoas se esquecerão do que você disse, também se esquecerão do que você fez, mas nunca se esquecerão de como você as fez se sentir."

- Maya Angelou -











Agora após a eleição ... Um recadinho ...








É ! A gente não tem jeito de babaca… É ! A gente quer viver todo respeito…



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 Jackson César Buonocore

O termo babaca está relacionado ao comportamento idiota de um homem ou mulher, que gosta de dizer babaquices e de estragar as coisas ao seu redor. E tudo indica que estamos cercados por eles. No entanto, o que precisamos é saber lidar e entender a mente dos babacas, que surgem em nosso cotidiano.

Para a psicanálise os indivíduos babacas são percebidos como perversos, pois têm orgulho extremado de si mesmos e de suas atitudes. Geralmente são paranoicos, apresentam delírios de grandeza e mentiras patológicas. Eles não têm senso de ridículo e bom senso. Aliás, lhes falta empatia, e por isso “azedam” e “minam” as relações humanas.

No sentido literal, os babacas são imbecis e desalmados que expõem sua fraqueza moral. É como bem disse o escritor irlandês, Oscar Wilde: “Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca.”

Os babacas mais populares sofrem de “egomania”, ou seja, uma preocupação obsessiva com si mesmos, e são irredutíveis aos comportamentos solidários e cooperativos. Adoram ser tratados com bajulação. Além disso, trazem uma visão distorcida dos seres humanos, uma vez acreditam que podem tudo, e que os demais que se “danem”.

O filósofo Platão arguiu que um tirano, por mais poderoso que seja, sofre no final por corromper sua própria alma. Hoje é possível utilizar esse parâmetro filosófico para perfilar os babacas, inclusive em proporções menores, já que transformam a vida das pessoas e das comunidades em um “inferno”.

Catalogamos dez tipos principais de babacas, que cometem imbecilidades em função da prática da desonestidade e da maldade: 1) babacas sádicos; 2) babacas violentos; 3) babacas psicopatas; 4) babacas sociopatas; 5) babacas narcisistas; 6) babacas bajuladores; 7) babacas preconceituosos; 8) babacas sexistas; 9) babacas elitistas; 10) babacas racistas. E tantos outros, que são escandalosamente visíveis, sobretudo, nas redes sociais.

Portanto, as palavras e ações dos babacas têm um efeito corrosivo sobre as pessoas, deixando-as exauridas e desenergizadas. O livro dos Provérbios bíblicos de Salomão já previa isso: “O caráter do perverso é maligno. Caminha de um lado para o outro murmurando atrocidades.”

Os babacas via de regra “se dão mal” por se acharem espertos. Porém, ao toparmos com babacas a melhor saída é ignorá-los, bloqueá-los nas redes sociais e se forem apresentadores de programas de televisão ou rádio é só trocar de canal, visto que os babacas necessitam de audiência ou público para dar os seus “shows” de manipulação e insultos.

As pessoas com autoestima, autocontrole emocional e conduta inteligente enchem a paciência dos babacas e por esses motivos eles acabam desistindo das artimanhas, que levam alguém ao engano, porque como diz os refrões da canção do nosso querido cantor e compositor Gonzaguinha:

É !
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca (…)

É !
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito (…)


Postado em Conti Outra







Samba da Utopia


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Votar em Fernando Haddad é preciso !






























Ponta da Praia

Marcos Rolim (*)

Entre janeiro de 1999 e janeiro de 2003, durante o mandato que exerci como deputado federal, tive, por dever de ofício, de me encontrar muitas vezes com Jair Bolsonaro. Integrei a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, tendo presidido essa última no ano de 2000. 

Bolsonaro participou muitas vezes das reuniões da Comissão de Direitos Humanos. Nunca apresentou uma única ideia ou projeto, nunca pretendeu sequer dialogar com os demais membros da Comissão. Sua presença, como agente provocador, se deu sempre para ofender pessoas, desprezar os relatos das vítimas e defender a ditadura e seus métodos.

Lembro de muitos episódios como, por exemplo, quando debatíamos iniciativas para a identificação de ossadas que poderiam ser de desaparecidos políticos, o que levou o deputado a dizer que “quem procura osso é cachorro”. Ele também fixou na porta de seu gabinete um cartaz com essa frase.

Lembro de quando aprovamos meu relatório sobre abusos sofridos por índias Yanomami, violadas sexualmente por soldados do Exército quase na fronteira com a Venezuela. Estive lá, com Davi Kopenawa Yanomami, uma das mais respeitadas lideranças indígenas do mundo, que foi o intérprete para a conversa que mantive com as índias. Ao saber que eu havia traduzido o relatório e remetido para ONGs em todo o mundo, Bolsonaro me chamou de “traidor da pátria” propondo o meu fuzilamento, em pronunciamento na tribuna. 

Muito antes, ele já havia proposto o fuzilamento de Fernando Henrique e recomendado a tortura de Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central. 

As pessoas mudam. Muitas têm mesmo a virtude de aprender com seus erros, de amadurecer, de se tornarem mais cultas e, por decorrência, mais conscientes de suas próprias limitações. Viver com sentido exige a coragem para deslocar-se, para ver com outros olhos, para ser mais crítico conosco mesmos. Pensar é esse deslocar-se, essa busca pelo não sabido, esse acerto de contas consigo mesmo. Bolsonaro já era um parlamentar experiente naquela época, mas poderia ter mudado. Não mudou um centímetro.

Em 2014, na cerimônia na Câmara que inaugurava o busto em homenagem ao Deputado Rubens Paiva, barbaramente torturado e morto pela ditadura, ele montou uma confusão em meio aos presentes, gritando: – “Rubens Paiva teve o que mereceu, comunista desgraçado, vagabundo!”. Depois disso, cuspiu no busto, para o horror dos familiares de Paiva e perplexidade geral das autoridades presentes (veja a história contada pelo neto de Rubens Paiva aqui: https://goo.gl/ZNYHK1).

No último domingo, Bolsonaro fez um discurso (vamos chamar assim) transmitido de sua casa para a Av. Paulista onde milhares de apoiadores o ouviram. O pronunciamento é assustador. Feito sem teleprompter para amaciar a vocação de capitão do mato, Bolsonaro foi 100% Bolsonaro. Na overdose fascista, lá pelas tantas ele disse:
Petralhada, vai tudo vocês (sic) pra ponta da praia. Vocês não terão mais vez em nossa pátria porque eu vou cortar todas as mordomias de vocês. Vocês não terão mais ONGs para saciar a fome de mortadela de vocês. Será uma limpeza nunca visto (sic) na história do Brasil.
A ideia de uma “faxina ideológica” já havia sido anunciada desde seu último comício no Acre, antes do atentado, quando o candidato disse que os petistas seriam metralhados. 

Fiquei intrigado, entretanto, com a expressão “Vai tudo vocês pra ponta da praia”. 

Talvez o capitão tenha se empolgado com o fato de estar sendo ouvido por tanta gente e tenha deixado escapar uma expressão muito reveladora, como nos ato falhos observados por Freud. 

“Ponta da praia” teria sido uma gíria usada por militares para o destino de presos políticos que seriam mortos sob tortura na base militar da Marinha na Restinga de Marambaia, em Pedra Guaratiba, no Rio de Janeiro. Faz sentido. Não por acaso, Bolsonaro se refere aos problemas do Brasil sempre fixando temporalmente o que ocorreu “nesses últimos 30 anos”.

Nesses últimos 30 anos, o Brasil viveu em uma democracia. Com todas as suas fragilidades e limites, mas, ainda assim, uma democracia. Foi esse regime que permitiu que um defensor da ditadura e da tortura fosse candidato a presidente.

Bolsonaro é um adversário da democracia, um inimigo dos direitos humanos e um proponente da violência. Seu programa, seus pronunciamentos e sua história não permitem a menor dúvida a respeito disso. 

Se ele vencer as eleições, o que poderá construir em favor da democracia, das garantias fundamentais e da paz?


(*) Doutor e mestre em Sociologia e jornalista. Presidente do Instituto Cidade Segura. Autor, entre outros, de “A Formação de Jovens Violentos: estudo sobre a etiologia da violência extrema” (Appris, 2016)

Postado em Sul21 em 26/10/2018








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