Essa história, que domina os sites de fake news (notícias falsas), é bem mal contada. E aqui vamos explicar de uma vez por todas:
Não existe o tal kit gay, atribuído ao Haddad, que alguns candidatos insistem em afirmar. A expressão preconceituosa vem sendo utilizada com intenções políticas nefastas, inclusive distribuindo imagens falsas do material e citando livros fora de contexto.
Trata-se, na verdade, de um documento direcionado aos gestores com o intuito acertado de combater a homofobia dentro das escolas.
Chamado de Escola Sem Homofobia, o material foi encomendado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Após aprovação do Ministério Público, o MEC solicitou a produção do material a uma ONG especializada.
A proposta ainda estava em avaliação quando a truculência e mentiras de alguns políticos fizeram eclodir a crise do “kit gay”.
O projeto foi suspenso e o material nunca distribuído, causando um dano irreparável para a sociedade e colaborando para colocar o Brasil no ranking de países que mais matam homossexuais no mundo. 2017 foi recorde, com quase 300 LGBTI+ assassinados.