Postado em ClaraMente em 19/07/2017
Lula : Um homem de visão
No livro "Comentários a uma sentença anunciada - o processo Lula", 122 juristas apontam que houve arbitrariedades e equívocos jurídicos na condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão determinada por Sergio Moro no ultimo dia 12 de julho.
A professora da PUC do Rio de Janeiro, Gisele Cittadino, uma das organizadoras do livro, explica que a ideia surgiu depois que os juristas tiveram acesso à sentença e começaram espontaneamente a detalhar pontos que revelam o caráter político do texto e a parcialidade do juiz Sérgio Moro.
"Essa é a perseguição mais intolerável que uma sociedade democrática pode suportar. É quando o aparelho de estado recai sobre um ser único, um cidadão civil. O direito, a norma, a lei, a jurisprudência, a doutrina são inteiramente manipulados com o objetivo de dar um fundamento ou um verniz de legalidade a uma decisão judicial", aponta.
O bilionário que adora filosofia, encerra o expediente 17h30 e paga os funcionários acima da média
Quais os segredos por trás de uma empresa milionária de sucesso? Não é de hoje que aspirantes a empreendedores tentam decifrar as fórmulas para transformar ideias em grandes negócios – se é que elas existem. Ainda que seja difícil de acreditar em receitas prontas, fontes de inspiração são sempre bem-vindas, e o italiano Brunello Cucinelli é uma das mais interessantes que há por aí.
Sua grife de moda pode não ser tão conhecida do grande público como suas conterrâneas Gucci, Armani, Prada ou Versace, entre tantas outras, mas ele não tem do que reclamar: em 2016, faturou 450 milhões de euros e vem crescendo cerca de 10% ao ano, principalmente graças a delicados pulôveres de cashmere feitos a mão e que valem milhares de euros.
“Quando criança, testemunhou seu pai trabalhando em um ambiente pouco agradável e se tornou um observador atento do mundo, desenvolvendo o sonho de promover um conceito de trabalho que garantisse o respeito à dignidade moral e econômica do ser humano”, diz o site do empresário.
Na década de 70, ele se graduou como topógrafo e entrou na faculdade de engenharia, mas desistiu do curso. Em 1978, fundou a empresa na vila medieval de Solomeo, e contava com apenas dois funcionários para levar adiante a ideia de vender pulôveres de cashmere tingidos. Hoje, são mais de mil empregados, várias empresas parceiras e 122 boutiques espalhadas pelo mundo (a unidade brasileira fica no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo).
Fazer os funcionários trabalharem até a exaustão não é uma estratégia que agrade a Brunello. O expediente acaba às 17h30 todos os dias e para todos os empregados, não há marcação de ponto na entrada. Horas extras, e-mails e telefonemas fora do horário de trabalho não são sequer cogitados. E os salários superam a média do setor em 20%.
Valorizando sempre a criatividade, ele criou um programa de reembolso para atividades culturais: o dinheiro investido por funcionários em livros, ingressos para cinemas, teatros e museus é devolvido: até 500 euros para os solteiros, e 1000 para quem precisa bancar esse tipo de diversão para a família.
Ele se diz fã da filosofia de Aristóteles, valorizando a dignidade e a moral. Seu objetivo é “um lucro que não danifique o território, que não prejudique a humanidade, que permita pensar ao longo prazo. Esta é uma empresa que deve ter uma visão secular”, contou à Exame.
A preocupação com o território se dá também na prática. Ele se comprometeu a revitalizar a vila de Solomeo, onde nasceu e fundou a empresa. Reformou palácios medievais históricos, fundou uma escola, reformou estradas, melhorou a iluminação pública e até cuidou de casas de outros moradores.
Seu estilo de negócios, batizado por alguns de “Capitalismo Neohumanista”, surpreende e chama atenção em todo o mundo. Há um número considerável de bons artigos sobre Brunello em vários idiomas.
Joao Rabay Gosta de ler boas histórias para aliviar a mente no meio de tantas notícias ruins. Ainda acredita que elas podem inspirar boas mudanças e fica feliz quando pode contá-las.
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