Carol Proner fala ao Cafezinho sobre livro que questionará sentença de Moro



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Miguel do Rosário



O nosso correspondente na Suécia, Wellington Calasans, está no Brasil fazendo uma série de entrevistas para o Cafezinho. 

Assista abaixo o vídeo que ele fez com Carol Proner, professora de Direito da UFRJ, e uma das coordenadoras do livro coletivo, com participação de uma centena de juristas, que discute a sentença de Sergio Moro que condenou Lula.







Postado em O Cafezinho em 26/07/2017



Condenação de Lula por Moro não resiste à inteligência artificial



Lula Marques/Agência PT | Paulo Pinto/Agência PT


Utilizando algoritmos de inteligência artificial (deep learning), o advogado, Mestre e Doutor em Direito, Professor Titular de Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito José Francisco Siqueira Neto, mostra que a sentença proferida pelo juiz federal Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula não consegue estabelecer vínculo algum entre Lula que não seja com com o delator, ainda “em que pese o disfarce das páginas excessivas"; tecnologia empregada é um algoritmo de inteligência artificial (deep learning) para interpretação de textos com propriedade intelectual exclusiva, registrada em 60 países, sendo facilmente auditada.



José Francisco Siqueira Neto, na Revista Fórum


DELAÇÃO, NOTÍCIA DE JORNAL, CONDENAÇÃO : elementar, 
meu caro Watson !


A Sentença da Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR, em trâmite na 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, proferida em 12 de julho de 2017, encerra uma importante fase da mais longa novela com enredo jurídico da maior rede de televisão do Brasil.

A partir de delação de um doleiro já conhecido de outras passagens da autoridade judiciária que proferiu a sentença em comento, foi desenvolvida uma trama ardilosa, indutora de comportamentos sociais de arredios a agressivos, escandalosamente destinada à desestabilização política do País, com claro protagonismo dos “inquisidores do bem” de Curitiba, por meio de uma unidade de ação entre polícia federal, ministério público e magistratura nunca antes ocorrida na história dos países civilizados e verdadeiramente democráticos.

Mesmo sem dizer ou assumir claramente, olhando em retrospectiva, não resta dúvida que muito antes do oferecimento da denúncia específica, o alvo sempre foi LULA. Não foram poucos – do início da operação até a denúncia – os comentários laterais no rádio e na televisão, enxurradas de mensagens nas redes sociais enviadas por robôs virtuais e humanos alimentando a expectativa de chegar a LULA com frases referência como “ir a fundo”, “passar o país a limpo”, “atingir os poderosos”.

Esse clima de laboratório foi meticulosamente montado, executado e monitorado pelo noticiário impresso, radiofônico e televisivo, com suporte substancial das redes sociais.

Tudo foi encaminhado de modo a “naturalizar” o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, anunciada em coletiva de imprensa em luxuoso Hotel, cujo ápice foi a apresentação do inesquecível power point com sinalizadores de todas as laterais em direção ao centro com a identificação de LULA.

Esse peculiar documento, contudo, é um infográfico sintetizador das informações decorrentes de papéis e gravações organizadas para conferir uma visão estruturada desse acúmulo. O resultado é a aparência, a sensação de muita evidência e prova de comportamento anormal. É o resultado máximo esperado pelos condutores das investigações e denúncias, porque causa evidente impacto.

O cenário e o ambiente estava montado para finalmente “o personagem mocinho-acadêmico- palestrante-ativista social- juiz” atuar.

A partir da denúncia começou a ser estudada a possibilidade de gerar a tecnologia de interpretação apresentada neste artigo com aplicação na Sentença da Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR.

Dentre as inúmeras situações e circunstâncias desse episódio que coloca em xeque a consciência jurídica do país ao desprezar os mais elementares fundamentos do Estado Democrático e Social de Direito, um aspecto – inicialmente – lateral em relação a essas agressões substanciais ao ordenamento jurídico me intrigava: a quantidade de papéis, depoimentos, gravações de voz e imagens geradas pelas apurações, vazadas ou fornecidas com precisão cirúrgica de narrativa, de maneira a manter a coerência do enredo do começo ao fim.

Observando com maior concentração esse movimento, constatei que a acusação trabalha com suporte considerável de um computador muito poderoso[2] no tratamento de muitos documentos para conferir a eles certa racionalidade discursiva.

Estava explicado como os protagonistas judiciários com intensa vida social conseguiam exibir tão eloquente produtividade.

Com esse referencial, comecei um percurso de conversas com físicos e matemáticos ligados a tecnologia sobre a possibilidade de responder ao robô da acusação, no intuito de checar a consistência da convicção do Ministério Público com os fatos.

Após uma longa rodada de nivelamento de informações, checagem de linguagem e experimentos, a ferramenta ficou pronta, testada e aprovada, um mês antes da prolação da Sentença do caso LULA.

Essa tecnologia (legal reading) é um algoritmo de inteligência artificial (deep learning) para interpretação de textos com propriedade intelectual exclusiva, registrada em 60 países. Por isso, fácil de ser auditada.

A tecnologia extrai de grandes volumes de textos, relações de causas e efeitos dos temas, conexões entre fatos, pessoas e entes que necessitariam grandes equipes, dispêndio de tempo —muitas vezes incompatíveis com os prazos processuais— e análise sujeitas a equívocos naturais de interpretação.

Essa tecnologia permite ler em segundos milhares de textos e criar uma estrutura hierárquica entre assuntos e sub assuntos, organizando todas as suas partes. Além de organizar textos, permite encontrar a relação causal entre pessoas, entes e fatos, suas conexões diretas ou indiretas, assim como o respectivo peso dado a cada uma das partes. Ao final, ela cria um mapa visual interativo (organograma) que permite em segundos a compreensão geral do conteúdo. Permite, portanto, analisar a tese lógica formulada pela parte, MP ou Juiz, para validar se o racional de suas conclusões está ancorado em fatos, hipótese ou ilações. O organograma feito pelo robô, similar ao power point, ajuda a conduzir a linha de pensamento e a tese na interpretação do magistrado.

Aplicando essa tecnologia na longa – 238 páginas, 29.567 palavras – Sentença da Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR, encontramos o seguinte quadro de relações diretas e indiretas:




Como se vê, em que pese o disfarce das páginas excessivas, a sentença não consegue estabelecer vínculo direto de LULA com nada, senão com o Delator. A relação direta com o Acervo Presidencial e seu Armazenamento foi descartada pelo próprio juiz por falta de provas.

Outro aspecto que merece destaque, diz respeito a Volumetria da Sentença, isto é, a proporção de citações. A Petrobrás foi citada 252 vezes, o Condomínio Solaris 75, Lula 395, Leo Pinheiro 156 e o Grupo OAS 367. Ou seja, Grupo OAS e Leo Pinheiro correspondem a 523 citações, 132% acima de Lula.

No que se refere a correlações de grupos, a Sentença enfatiza que a conexão com a Petrobras, no menor caminho se dá em nível terciário, predominando o nível quaternário, o que evidencia a incompetência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba para julgamento do caso.




Com a relação da Petrobrás caracterizada preponderantemente de forma quaternária, a identificação de única imputação direta com a Delação -cuja legislação de regência impede sua admissão como única prova -, restou à autoridade judicial a busca de prova para afastar-se deste óbice. A saída encontrada no cipoal de floreios foi fundamentar a condenação em matéria jornalística mencionada 8 (oito) vezes na decisão. Ou seja, em prova nenhuma. Eis a representação geral:




E a específica por relevância de evidência:




A Sentença é tecnicamente frágil, em que pese a ostentação. Algumas particularidades, entretanto, devem ser destacadas. A decisão, como frisado, tem 238 páginas. O relatório vai da página 2 a 10, a fundamentação – lastreada na matéria de jornal – da página 10 a 225, o dispositivo, as demais páginas.

O curioso e verdadeiramente inacreditável é a autoridade judicial consumir aproximadamente 20% da Sentença (da página 10 à 55) para ataques políticos e ideológicos ao Réu e seus advogados de defesa, em evidente demonstração de perda completa e absoluta da imprescindível imparcialidade do julgador, sabidamente indispensável requisito do julgamento justo nos moldes preconizados pelas mais expressivas manifestações de Direito Internacional.[3]

As nulidades e defeitos processuais no caso em referência são evidentes, mas o que sustenta o movimento frequente do moinho que dá curso permanente ao noticiário para abafar as transgressões jurídicas estruturais do Estado Democrático e Social de Direito é a manipulação de matrizes tecnológicas de inteligência artificial que asseguram ao final de cada dia a vitória sobre a narrativa do processo. Assim, com fundamento em matéria de jornal condena-se LULA.



Postado em Brasil 247 em 26/07/2017





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Boulos : A revolta é subterrânea, num barril de pólvora !



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12 coisas que você percebe quando amadurece emocionalmente ( convite para checagem pessoal )



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Josie Conti

A imaturidade faz parte do percurso quando buscamos a maturidade. Dificilmente perceberemos algumas coisas fundamentais da vida sem que erremos antes.

Todos erram muito, mas a maturidade costuma estar associada com os tópicos listados abaixo.

Também é importante lembrar que nem sempre a maturidade está relacionada a idade. Nem todas pessoas com mais idade são maduras, assim como existem pessoas muito jovens, mas que são bastante amadurecidas.

Será que você já se reconhece em alguns deles?

1 - Você percebe que não é tão inteligente quando pensava que era

A arrogância daquele que muito conhece de um tema costuma ser inversamente proporcional à ignorância que ele tem de si em relação às potencialidades do outro.

2 - Você percebe que ser assertivo e estabelecer limites não é sinônimo de egoísmo

Antes de ajudar ao outro ou de doar-se em demasia por bondade, submissão, ou mesmo por amor, é necessária atenção aos próprios valores e crenças pessoais. Ser excessivamente servil para com outro pode implicar um aniquilamento de si. Encontrar os momentos para dizer “não” e “sim” são dos mais preciosos momentos da vida.

3 - Você percebe a pouca relevância do que considerou grandes problemas em sua vida

Sofremos por muito pouco, mas não temos o direito de diminuir o sofrimento de ninguém, uma vez que ele vem associado ao que a pessoa é capaz de vivenciar naquele momento- seja por fruto da pouca idade ou mesmo da imaturidade para lidar com o assunto ou sentimento associado à dor. Com o tempo, entretanto, aprendemos a dar mais valor e direcionar mais energia ao que realmente merece maior atenção.

4 - Você percebe que mudar para agradar aos outros é ser falso consigo mesmo e com sua própria essência

Quanto maior a estima, menos atenção a pessoa dá a julgamentos alheios.

5 - Você percebe que pegar atalhos costuma ser improdutivo

Tendemos a comparar o nosso início de jornada ao final da caminhada do outro. Dificilmente herdeiros são capazes de manter um patrimônio construído por outra pessoa assim como teóricos não são bons na prática profissional antes de por ela também construírem sua história. Conhecer e praticar nunca serão pontos excludentes.

6 - Você descobre que para muitas injustiças existe um tipo de “lei do retorno” que a própria pessoa que nos fez mal constrói para si

Quem fez mal para nós costuma também errar com outras pessoas e, muitas vezes, aquele que foi nosso algoz, com o tempo, cairá em uma cova cavada por si mesmo e que será resultado de sua falta de ética, civilidade e justiça.

7 - Você percebe que nem todas as batalhas são válidas

Temos que escolher nossas lutas com muito cuidado para direcionar nossas energias de maneira correta e produtiva. Pode parecer um contra senso, mas não vale a pena lutar por algo se aquela luta trouxer mais males do que bens. Às vezes é melhor calar para manter a paz. Às vezes é melhor ter algum prejuízo do que entrar em uma disputa judicial. Às vezes é mais seguro esperar do que colocar em risco a nossa integridade física. Nunca haverá a escolha absolutamente certa para isso e sim a escolha certa para cada um. E a maturidade nos ajuda muito com isso.

8 - Você percebe que as pessoas e o mundo não lhe devem nada

Ah liçãozinha danada de difícil! É sempre mais fácil atribuir a culpa ao outro, a falta de dinheiro, a falta de sorte, a falta de oportunidades, aos pais que foram ausentes ou opressores. Tudo isso explica muitas coisas, mas não justifica a permanência em um estado de inércia pessoal frente a continuidade da vida.

9 - Você admite que, por mais maduro que possa ser em algumas áreas, sempre será um jovem aprendiz em outras

Mais uma vez a maturidade passa pela humildade do reconhecimento de nossa pequenez frente ao todo. Ninguém é bom em tudo e a maturidade para pelo reconhecimento e gratidão àqueles que fazem o que nós nunca seremos capazes de fazer.

10 -  Você percebe o real valor e funcionalidade do dinheiro

Dinheiro é bom. Dinheiro é bom demais. Dinheiro é realmente muito bom. Entretanto, dinheiro é um meio e nunca um fim em si. É bom ter dinheiro para cuidar da saúde, mas pouco ajuda ter dinheiro sem saúde. É bom ter dinheiro para sanar o básico, mas é ruim ter dinheiro se o custo for a escravidão de não ter tempo para si, não ter tempo para ver os filhos crescerem.

11 - Você finalmente percebe que o tempo é limitado, que a vida passa muito rápido e que a finitude abraça a todos

Essa percepção é muito complexa para um jovem que nunca viu ninguém, além de, talvez, seus avós bem mais velhos, morrer. Com o tempo, entretanto, vemos nossos tios, pais e amigos próximos deixarem esse mundo. Com o tempo percebemos que um único suspiro separa a vida da morte, que somos só mais um nesse mundão. Percebemos que mesmo os maiores homens da história nasceram, viveram e morreram: os museus estão repletos deles. Aliás, em 100 anos, nesse mesmo local em que estamos, todas pessoas serão diferentes e também únicas, mas não seremos nós.

12 - Você percebe que os momentos de felicidade estão na jornada e junto daqueles que nos dão as mãos durante o caminho

“ Pessoas éticas têm amigos, os outros só têm cúmplices ”. Essa ideia vem sendo transmitida pelo filósofo Leandro Karnal. Já a realidade que ela traduz é de todos. Quem levaremos conosco nos maiores e melhores momentos de nossa vida? A maturidade responde.

Uma boa jornada para todos nós !


Postado em Conti Outra



As palestras de Lula



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