Minimalismo: um texto sobre as coisas importantes da vida



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Matheus de Souza

No último final de semana a Netflix disponibilizou um documentário que eu queria assistir há algum tempo: “Minimalism: A Documentary About the Important Things“.

Eu sou um grande fã de documentários. Assim como os livros biográficos, eles são uma grande fonte de inspiração. Como o título adequadamente afirma, “Minimalism” é sobre as coisas importantes na vida. Joshua Millburn e Ryan Nicodemus, Os Minimalistas — não confunda com Os Tribalistas —, cresceram perseguindo o Sonho Americano. Dinheiro, prestígio e coisas. E eles conseguiram. Se tornaram executivos bem-sucedidos. Pelo menos, no sentido tradicional e aplaudido pela sociedade.



Mas, quem são os Minimalistas e o que é o minimalismo?

Dois caras que viveram no mundo corporativo presos na mentalidade de acumular dinheiro, posses e prestígio. No entanto, apesar de ambos serem bem-sucedidos no que faziam, nenhum deles era verdadeiramente feliz. Eles tinham os gadgets do momento, casas enormes e carros luxuosos, mas trabalhavam de forma insana e se sentiam constantemente estressados.

Quando sua mãe faleceu e seu casamento terminou em divórcio, ambos no mesmo mês, Joshua teve uma epifania. Percebeu que a maioria de suas posses materiais não estavam agregando valor à sua vida ou ajudando-o a se tornar mais feliz. Foi então que se livrou de boa parte dos seus pertences a fim de se concentrar nas coisas que realmente importavam para ele.

Ryan, que estava se sentindo mal por ter treinado sua equipe para vender celulares a crianças de 5 anos, percebeu que o semblante de Joshua havia mudado. Ele estava sereno, parecia feliz. Ao descobrir que o motivo era a mudança radical em seu estilo de vida, fez o mesmo que o amigo: encaixotou suas coisas e se livrou de 80% do que tinha. Sentiu um peso sair de suas costas.

Os amigos criaram um blog sobre sua nova filosofia de vida. Logo veio um podcast, palestras e, mais recentemente, o documentário. O minimalismo é um estilo de vida onde você reduz suas posses de tal forma que tenha apenas itens que realmente tragam valor à sua vida. Trata-se de remover o excesso de sua vida, de modo que você seja capaz de se concentrar no que é mais importante. Não há limite de itens ou restrições específicas. E, eles não estão dizendo que todo o tipo de consumo é prejudicial. É apenas uma maneira mais simples de viver para reduzir o estresse e ter mais liberdade.

“Imagine uma vida com menos: menos coisas, menos desordem, menos estresse e descontentamento… Agora imagine uma vida com mais: mais tempo, mais relações significativas, mais crescimento, contribuição e contentamento “.


Joshua Millburn e Ryan Nicodemus. Foto: Divulgação.


Isso é útil? Me traz alegria?

Dan Harris, autor do ótimo “10% Mais Feliz“, é um dos entrevistados do documentário. Ele compartilha sua experiência sobre estresse e ansiedade. Em 2004, Harris teve um ataque de pânico em rede nacional enquanto apresentava o “Good Morning America” da rede ABC.

Durante a entrevista, menciona que o melhor conselho que recebeu até hoje, no contexto da ansiedade, foi sobre perguntar a si mesmo se “Isso é útil?”. A pergunta lembra o conceito de “Isso me traz alegria?” da autora japonesa Marie Kondo.

Desde que li pela primeira vez a frase “menos é mais”, num artigo sobre a obsessão de Steve Jobs com designs minimalistas, resolvi seguir essa filosofia. Eu recém tinha completado 20 anos, era um jovem comum que adorava comprar roupas de marcas famosas e sonhava em ter um carro importado. Afinal, pra mim isso era sinônimo de status pessoal.

O que percebi, com o tempo, é que nenhuma daquelas coisas me traria alegria. Quem segue um estilo de vida consumista, geralmente, compra itens apenas para seguir modismos e fazer parte de um grupo. Me dei conta de que as pessoas com as quais eu me importava de verdade não estavam nem aí se eu andava de Corolla ou Fusca. Se vestia uma camisa da Tommy Hilfiger ou da Renner.

Quando deixei de ter um comportamento consumista, passei a ser menos ansioso. Ao invés de juntar dinheiro para ter coisas, percebi que seria mais feliz utilizando minhas economias para viajar, por exemplo. Troquei o carro por uma bicicleta e logo me sobrou grana para um mochilão pela Europa. Enquanto alguns conhecidos me mostravam seus novos iPhones ou Galaxys, eu e meu velho BlackBerry embarcávamos para Nova York.

E veja que não existe certo ou errado nessa história. São escolhas. Mas, nunca estive tão bem comigo mesmo. E sereno, como Joshua.


Steve Jobs em sua casa em 1982. “Isso era típico da época. Eu era solteiro. Tudo o que você precisava era de uma xícara de chá, uma luz, você sabe, e era tudo o que eu tinha”. Foto: Diana Walker


Ame as pessoas e use as coisas — porque o oposto nunca funciona

Se eu sou minimalista? Não no nível de Joshua ou Ryan. Eu continuo comprando coisas. E eles também, na verdade. O objetivo do documentário não é fazer com que as pessoas joguem fora todas as suas posses e se mudem para um bangalô. O ponto central é simplesmente perguntar-se por que você possui as coisas que possui, o que elas acrescentam à sua vida e se você pode viver tranquilamente sem elas.

Essa ideia de desapego material me lembrou dois fatos recentes.

O primeiro é sobre o Serafín (70) e a Shirley (69), um casal de idosos casados há 40 anos. Em maio eles partem para uma viagem de volta ao mundo. De moto! Numa Honda CG 160 Titan — o único bem material dos dois.

Eles entenderam qual o verdadeiro patrimônio em nossa passagem por esta vida e o porquê ela vale a pena ser vivida. Quando escrevi aquele artigo, o Serafín me contou que eles finalmente compreenderam que o que realmente vale é o ser — e não o ter. E que, por sinal, isso é a única coisa que levamos para o outro lado junto com as nossas escolhas. Todo o resto fica aqui. Por mais que, na teoria, saibamos disso desde muito jovens, é apenas “quando a água bate na bunda” que entendemos o sentido real por trás de frases clichês que circulam por aí.

Já o segundo fato tem a ver com algo que comprei. Recentemente adquiri um Kindle, o leitor digital da Amazon. O interessante nisso é que uma compra feita por impulso (sou um ser humano, afinal de contas), fez com que eu deixasse de amar meus livros físicos — ou 90% deles. Ao olhar minha estante repleta de volumes empoeirados, pensei comigo mesmo: “isso é útil?“. Não. Eu não preciso mais deles. Já posso me desapegar. Percebem como a compra de um item gerou o desapego de uma centena de outros?

Coisas, coisas, coisas

Na Natureza Selvagem“, filme que conta a história real de Christopher McCandless, um viajante que deixou de lado o sonho da carreira bem sucedida e as convenções sociais, tem um diálogo bastante marcante pra mim.

Walt, pai de Christopher, diz que quer presenteá-lo com um carro novo. Presente de formatura. A resposta do filho é um discurso parecido com o dos Minimalistas.

“Um carro novo? Por que eu iria querer um carro novo? O Datsun (seu carro, modelo B210 de 1982) é ótimo. Vocês acham que eu quero um carro chique? Vocês estão preocupados com o que os vizinhos pensam?”.

Seu velho Datsun era útil para o seu dia a dia. Ele não precisava de um carro melhor.

A cena, em inglês — não encontrei a versão legendada —, pode ser assistida abaixo.



A mensagem

Em linhas gerais, a principal mensagem dos Minimalistas é que devemos ser mais conscientes em relação ao que estamos consumindo. É um lembrete útil e eu recomendo fortemente que você assista o documentário.

Podemos não ter o controle sobre todas as áreas das nossas vida, mas temos controle sobre o quanto gastamos e o quanto precisamos para sermos felizes.

Publicado originalmente em matheusdesouza.com, publicado na CONTI Outra com a autorização do autor.



As manipulações da mídia e da Operação Lava Jato













Tornando o feio em bonito


Lisboa



Helena Cecília de Fraga Verhagen



Uma das coisas mais incríveis que aprendi em Lisboa foi ver coisas que eu considerava feias ou bregas ou “nada a ver” e passar a respeita-las, aceita-las como são e até, em alguns casos, ver poesia e considera-las interessantes e bonitas.

Um dia eu estava saindo de uma reunião de trabalho e comentei com a colega que estava comigo:

– Nossa, essa ruela estreita é bonita, antiga, colorida, mas esses fios intermináveis dos postes de luz e dos elétricos (bondes) detonam o visual. Sabe, lá em São Paulo, na Oscar Freire, a rua mais chique da cidade, os fios agora são subterrâneos e é incrível como ficou muito mais bonito.

Aí, como diriam os gaúchos, ela me deu nos dedos dizendo:

– Nossa Helena! Esses fios fazem parte do cenário e são característicos da cidade. Existem até fotógrafos que se dedicam a fazer fotos dos fios de Lisboa.

– Ok! Obrigada. Tentarei enxergar com este olhar poético ao invés de condena-los como poluentes visuais. – Respondi me sentindo a escritora mais insensível do mundo.

De fato, desde essa observação comecei a ver de forma diferente os bondes e seus inúmeros fios de Lisboa. Até ouvi uma pessoa dizer que deveria haver mais bondes porque eles são amigos do meio ambiente. Ok! Já os considero simpáticos.

Mas esta história toda me lembrou de uma amiga que operou de um apêndice e ficou com uma cicatriz horrível na barriga. Após passar anos sofrendo com aquela marca desagradável decidiu fazer uma bela (e grande) tatuagem em cima para apreciar mais sua barriga. Eu mesma, sempre morri de vergonha do meu pé. Quando tinha 19 anos decidi fazer minha segunda tatuagem em um dos pés para passar a aprecia-lo. Funcionou!

Se abrir para um novo olhar é se abrir para uma transformação muito maior do que pode imaginar. Encarar o mesmo de forma diferente nos liberta, faz bem para a cabeça e para a alma.

Nós podemos fazer isso com qualquer coisa na nossa vida. Escolher uma coisa que não gostamos, uma comida, uma música, um lugar, uma cor, até uma pessoa… e tentar enxergar com um novo olhar. Ter outra opinião. Se abrir para provar de uma forma diferente até então, tentando gostar. Muito mais do que passar a gostar, o que vale é se abrir para interpretar de outra forma.

Este movimento interno é um exercício de aceitação que nos ajuda a viver com muito mais passividade e aceitação com tudo que nos rodeia. Nos tornamos mais fluidos e menos relutantes, encrenqueiros, ranzinzas. Vivemos com mais leveza.

A vida é muito mais bonita quando escolhemos ver a beleza. Nem sempre é possível, mas só de não ver feiura já é um grande e importante passo.




Postado em Conti Outra



Até 12 de Maio de 2016, tínhamos Democracia plena, Direitos e Escolhas !






Vídeo de Propaganda Política para a TV que foi ao ar em 11/04/2017





LISTA DE FACHIN CONFIRMA GOLPE DOS CORRUPTOS CONTRA PRESIDENTE HONESTA 



A lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, confirma que houve no Brasil um golpe dos corruptos que tirou do poder uma presidente honesta, Dilma Rousseff.

Campeões de pedidos de investigação, com cinco inquéritos cada um, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR) tiveram papel crucial no processo de impeachment de Dilma.

Articulador do golpe que feriu a democracia e destruiu a economia brasileira, Aécio não se conformou com o resultado das eleições presidenciais em 2014 e pediu não só a recontagem dos votos, mas a cassação da chapa vitoriosa, e se aliando para isso com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso.

Ao lado dele, Romero Jucá teve sua voz interceptada em uma gravação da Polícia Federal defendendo, ao ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, a saída de Dilma para "estancar a sangria" da Lava Jato.

Juntos, os dois instalaram no poder um governo, comandado por Michel Temer, com nada menos que nove ministros investigados: Eliseu Padilha, Moreira Franco, Gilberto Kassab, Helder Barbalho, Aloysio Nunes, Blairo Maggi, Bruno Araújo, Roberto Freire e Marcos Pereira.

Marchas contra a corrupção derrubaram Dilma, contra quem não pesa uma acusação de desvios de recursos, e instalaram no poder o governo mais enlameado da história.



Postado em Brasil247 em 11/04/2017 



PREVISÕES DE DILMA SOBRE O GOLPE SE CONFIRMARAM



No dia 12 de maio de 2016, quando a presidente eleita Dilma Rousseff foi deposta pelo golpe parlamentar de 2016, ela fez um discurso histórico, em que antecipou várias medidas que seriam tomadas por Michel Temer, empossado um dia depois, numa sexta-feira 13.

Dilma afirmou que o golpe seria contra o povo brasileiro, antecipando ataques às aposentadorias, aos direitos trabalhistas, a programas sociais de saúde, como a Farmácia Popular, e de educação, como o Ciência sem Fronteiras.

Tudo o que Dilma previu se confirmou e um vídeo, elaborado pela equipe do deputado Marco Maia (PT-RS), com reportagens da Globo e de outras emissoras de TV, como a TVT, confirma: o golpe foi contra você.

Confira acima.


Postado em Brasil247 em 08/04/2017




Trem Bala ou poderia ser " a rapidez da vida "



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