Manchete de 1985 !
Leia e apoie MANIFESTO PRÓ LULA PRESIDENTE 2018
O Blog da Cidadania tem a honra de divulgar, em primeira mão, Manifesto da Sociedade Civil ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exortando-o, mais uma vez, a se doar ao povo que ele mesmo escolheu resgatar do abismo das históricas injustiças sociais que, tragicamente, ainda se abatem de forma tão inclemente sobre o nosso país.
A iniciativa em tela foi organizada pelas professoras Gisele Cittadino (PUC-Rio) e Carol Proner (UFRJ), pelo professor João Ricardo Dornelles (PUC-Rio), pelo teólogo Leonardo Boff e pelo escritor Eric Nepomuceno, os quais compilaram a adesão ao Manifesto de centenas de expoentes das mais diversas áreas.
O texto apresenta um pleito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
“É o compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse País, que nos faz, através desse documento, solicitar ao ex-Presidente Luiz Inácio LULA da Silva que considere a possibilidade de, desde já, lançar a sua candidatura à Presidência da República no próximo ano, como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perdeu”
Só os nomes dos organizadores já confeririam credibilidade e importância à iniciativa, mas o documento ainda recebe apoio de expoentes como o cantor e compositor Chico Buarque, o escritor Raduan Nassar, ganhador do Prêmio Camões, o professor Roberto Romano, titular de Ética e Filosofia da UNICAMP, o escritor e jornalista Fernando de Morais, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, entre tantos outros artistas, intelectuais e ativistas de todo o Brasil.
A partir de agora, na internet, está aberta petição para adesão de qualquer cidadão ou cidadã brasileiros ao pleito ao ex-presidente Lula; paralelamente, serão promovidos fóruns de debate para os quais ele será convidado a participar, até para que lhe sejam apresentadas as razões pelas quais o Brasil precisa de si agora como jamais precisara antes.
Para assinar a petição pública para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceite assumir pré-candidatura a presidente da República na eleição de 2018, clique no link ao fim do Manifesto. Leia, a seguir, o Manifesto pró Lula Presidente 2018.
CARTA DAS BRASILEIRAS E DOS BRASILEIROS
Por que Lula?
É o compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse País, que nos faz, através desse documento, solicitar ao ex-Presidente Luiz Inácio LULA da Silva que considere a possibilidade de, desde já, lançar a sua candidatura à Presidência da República no próximo ano, como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perdeu.
Foi um trabalhador, filho da pobreza nordestina, que assumiu, alguns anos atrás, a Presidência da República e deu significado substantivo e autêntico à democracia brasileira. Descobrimos, então, que não há democracia na fome, na ausência de participação política efetiva, sem educação e saúde de qualidade, sem habitação digna, enfim, sem inclusão social. Aprendemos que não é democrática a sociedade que separa seus cidadãos em diferentes categorias.
Por que Lula? Porque ainda é preciso incluir muita gente e reincluir aqueles que foram banidos outra vez; porque é fundamental para o futuro do Brasil assegurar a soberania sobre o pré-sal, suas terras, sua água, suas riquezas; porque o País deve voltar a ter um papel ativo no cenário internacional; porque é importante distribuir com todos os brasileiros aquilo que os brasileiros produzem. O Brasil precisa de Lula!
PARA ASSINAR PETIÇÃO PRÓ LULA 2018 CLIQUE NO QUADRO ABAIXO
ASSINATURAS DOS INTELECTUAIS, ARTISTAS E ATIVISTAS
Flávio Alves Martins – Diretor da Faculdade Nacional de Direito/UFRJSaturnino Braga, escritor, ex-prefeito do Rio de Janeiro, ex-senador e presidente do Centro Internacional Celso Furtado.
Maria Luiz Franco Busse, jornalista e doutora em semiologia pela UFRJ.
Marcelo Barbosa, advogado e diretor coordenador do Instituto Casa Grande – RJ.
Daniel Samam, músico, editor do “Blog de Canhota” e coordenador do Núcleo Celso Furtado
Kadu Machado, jornalista e editor do jornal de cultura e política “Algo a Dizer”.
Flavia Vinhaes, economista do IBGE e professora da UCAM.
Juliana Moreira, economista
Sergio Batalha, advogado e diretor do Sindicato dos Advogados-RJ, BJ
Paulo Moreira Leite – Jornalista e Escritor.
Malu Valle – Atriz
Tata Amaral – Cineasta, SP
Luciana Paolozzi – Diretora de TV
André Diniz – Compositor e Sambista da Vila Isabel
Eliane Costa – Produtora Cultural
Veríssimo Júnior – Diretor de Teatro
Jose Luiz Fiori – Professor
José Carlos Moreira da Silva Filho – Professor da Escola de Direito da PUCRS / Ex-Vice-Presidente da Comissão de Anistia
Magda Biavaschi – Desembargadora aposentada do TRT 4, pesquisadora CESIT/IE/UNICAMP
Caique Botkay – Compositor e Gestor Cultural
Ivan Sugahara – Diretor de Teatro
Ivan Consenza de Souza – Programador Visual
Monica Biel – Atriz
Moacir Chaves – Diretor de Teatro
Marta Moreira Lima – Atriz e Cantora
Patrícia Melo – Produtora Cultural
Gabriela Carneiro da Cunha – Atriz
Ângela Rebello – Atriz
Jitman Vibranovski – Ator
Carlos Alberto Mattos – Crítico de Cinema
Eryk Rocha – Cineasta
Flora Sussekind – Ensaísta
Marcus Caffé – Cantor e Compositor
Vinicius Reis- Cineasta
Janaína Diniz – Atriz
Ricardo Resende – Professor Universitário e Padre
Rioco Kayano – Artista plástico
Otávio Bezerra – Cineasta
Eloi Ferreira de Araujo – ex-Ministro da Igualdade Racial
Márcio Pochmann – Professor do Instituto de Economia da Unicamp, SP
Luiz Edmundo Aguiar – ex-Reitor do IFRJ, membro do CTC-EB Capes
João das Neves – Diretor teatral.
Jair Antonio Alves – Artista de Teatro, fundador da Cooperativa Paulista de Teatro e Dramaturgo.
Maria Luiza Franco Busse – Jornalista e Doutora em Semiologia
Giovana Hallack Dacordo (Jô Hallack) – Escritora e Jornalista
Antonina Jorge Lemos (Nina Lemos) – Escritora e Jornalista
Juliana Neuenschwander Magalhães – professora da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ
Cristina Chacel – Jornalista
Sonia Montenegro – Analista de Sistema, RJ
Ricardo Kruschewsky – Publicitário, Bahia
Ariadne Jacques – Jornalista; Professora universitária da FACHA/Rio
Maria Luiza Quaresma Tonelli – Professora e Advogada
Jefferson Martins de Oliveira, advogado sindical.
Manoel Moraes – Cientista político e Professor universitário, Pernambuco
Anivaldo Padilha – Ativista Social
Cláudio Gravina – Sociólogo e Empresário.
Lívia Sampaio – Economista – UFBA
Gustavo Ferreira Santos, Professor da UNICAP e da UFPE
Stella Bruna Santo – Advogada
Petra Oliveira Duarte – Professora UFPE.
Daniel Torres de Cerqueira, Brasília
Márcio Tenenbaum – Advogado
Jean-François Deluchey – Professor da UFPA
Bárbara Dias, Professora da UFPA
Marcos Rocha – Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana; Professor de Direitos Humanos
Marcio Augusto Paixão – Advogado
Bárbara Proner Ramos – Estudante Secundarista, membro da AMES
Francisco Proner Ramos – Fotógrafo, Estudante Secundarista
Lina Moschkovich – Estudante Secundarista, militante na AMES
Lucas Fernandes Mattos Machado – Movimento Estudantil da União da Juventude Socialista
Raisa Carvalho Nobre Saraiva – Designer, ex-aluna do Senac-Rio de Janeiro
Gabriel Olinto – Estudante de História na UFRJ
Maria Eduarda Magalhães Feijó de Moura – Ocupante do Colégio Pedro II / Campus Tijuca II, Rio de Janeiro
Vanda Davi Fernandes de Oliveira – Advogada e Professora Universitária.
Tarso Cabral Violin – Advogado, escritor e professor de Direito Administrativo
Gisele Ricobom – Professora de Direito da UNILA
Alexandre Hermes Dias de Andrade Santos, Advogado, Salvador, Bahia
Ricardo Henrique Salles – Professor da Escola de História da UniRio.
Nasser Ahmad Allan – Doutor em Direito pela UFPR; Advogado em Curitiba, PR
Nuredin Ahmad Allan – Advogado trabalhista, Curitiba, PR
Cheiro de mato : odores emitidos pela natureza podem evitar estresse e câncer
Redação Hypeness
Basta uma boa caminhada por uma mata fechada ou no meio de uma floresta para ter certeza do bem estar e da tranquilidade que os ares e odores do verde nos trazem. Cientistas da escola de medicina Nippon, em Tóquio, confirmaram objetivamente o que nosso corpo nos diz: sentir o cheiro da natureza pode diminuir dramaticamente a pressão do corpo humano e ainda estimular moléculas que combatem doenças diversas como o câncer.
Segundo o estudo, assim que os odores da floresta adentram o nosso organismo, os níveis de estresse e irritação diminuem-se imediatamente. A exposição mais prolongada e intensa ao cheiro do verde pode reduzir portanto a pressão arterial e fortalecer a imunidade dos corpos.
O cientista Qing Li criou dentro da escola o centro de pesquisa International Society of Nature and Forest Medicine, que visa aplicar a aromaterapia baseada no odor das florestas como tratamentos alternativos. Efeito similar ocorre quando simplesmente olhamos às florestas – mesmo que em fotografias – mas o estudo de Li aponta efeito especialmente eficiente quando utilizados os odores.
Se muitas vezes a ciência é fundamental para descobrir e inventar melhorias para nossas vidas, outras vezes sua tarefa é somente confirmar aquilo que a sabedoria popular e ancestral já sabe: dar uma volta em meio ao verde e respirar fundo faz um enorme bem para nossos corpos. Torna-se mais evidente que salvar a natureza é uma questão imediata de saúde pública.
Postado em Hypeness
As pessoas emocionalmente fortes choram com os filmes
Raquel Etérea
Existem pessoas de lágrimas fáceis que choram com filmes ou com situações emotivas. Uma expressividade emocional que tradicionalmente tem sido considerada “de mulheres” e que é apontada como sinal de fraqueza e sentimentalismo. Contudo, isto é totalmente equivocado: chorar é próprio de pessoas emocionalmente fortes.
Nada há nada de vergonhoso em soluçar. É uma reação natural diante de um estímulo que nos provoca essas lágrimas, que às vezes tanto procuramos esconder. Tudo isto acontece porque associamos a ação de chorar com o negativo, mas por acaso também não choramos de alegria?
Aprenda com todas e cada uma das lágrimas que você derramar na sua vida.
Chorar com os filmes indica empatia
Os filmes nos mostram uma ficção que nos faz sentir emoções reais. Por isso, chorar com eles é sinal de que sabemos sentir empatia pelos personagens que participam da ação. Nos colocamos na sua pele, vemos a realidade através dos seus olhos, deixamos nossas circunstâncias para nos transportarmos às deles… Tudo isso nos permite compreender a sua situação.
Mas, existe alguma explicação racional para isto? O fato é que quanto maior a carga emocional do filme, mais o cérebro libera oxitocina. Uma pesquisa realizada pela Claremont Graduate School descobriu que a secreção deste hormônio nos ajuda a nos conectar com outras pessoas, fazendo com que sejamos mais amáveis, mais empáticos, mais compreensivos.
Portanto, chorar não é sinal de fraqueza, mas sim de empatia, de que sabemos nos conectar com os outros, de que podemos sentir na pele as emoções alheias, e isto nos torna pessoas emocionalmente fortes, não o contrário.
A empatia está vinculada aos neurônios-espelho, os grandes encarregados que tornam possível que nos coloquemos na pele dos outros.
Além disso, as pessoas que carecem de empatia têm uma grande desvantagem nos seus relacionamentos interpessoais. Não sabem se conectar, nem entender o que a pessoa que está à sua frente pode sentir. Isto lhes causa sérios problemas e conflitos. Conectar-se com os outros é muito importante para estabelecer relacionamentos saudáveis e que ofereçam apoio.
Nesta hora, fica claro que chorar não nos faz mais fracos, isto é um mito! Cada vez que você se deparar com uma pessoa que chora por qualquer coisa, você já não a verá como alguém fraco, mas saberá que é mais forte do que você pensa. Você também chora com os filmes?
Chorar melhora o nosso estado de ânimo
Pensamos que o contrário de chorar é sorrir. O riso é o que melhora o nosso estado de humor, o que nos faz sentir felizes e afortunados. Inclusive, nos momentos ruins, os especialistas dizem que forçar o riso pode nos fazer superar uma situação difícil, aumentando a confiança tanto em si mesmo como no fato de que as expressões fáceis também provocam bons estados de ânimo.
Mas, e se chorar também melhorar o nosso estado de ânimo? Esta foi a conclusão à qual chegaram os especialistas de uma pesquisa realizada pela Universidade de Tilburg. Nesta pesquisa, os psicólogos perceberam que os filmes mais tristes podiam melhorar o estado de ânimo de quem os assistia.
Talvez você seja contra tudo isto ou não se sinta nem um pouco identificado. Então você precisa responder a esta pergunta: Você procura reprimir as lágrimas quando chora com os filmes? A pesquisa concluiu que para que o choro tivesse o efeito desejado, era importante deixá-lo fluir livremente.
Durante a pesquisa descobriu-se que no início as pessoas se sentiam terrivelmente tristes. Sentiam muita empatia com os protagonistas e liberavam totalmente as suas lágrimas. Mas, à medida que os minutos passavam, iam se sentindo melhor. Somente os que não reprimiam seu choro conseguiam sentir este bem-estar, o restante das pessoas piorava o seu estado.
Respiro fundo, fecho os olhos, engulo as lágrimas e sorrio. Não poderia ter cometido um erro pior.
Portanto, não é ruim que uma situação ou um filme faça você chorar. Isto é um sintoma das pessoas emocionalmente fortes, mas para tirar o melhor partido disto, é preciso deixar que as lágrimas fluam. De alguma forma, elas agem como um desabafo, e mesmo que você se sinta muito mal em um primeiro momento, logo tudo vai melhorar.
As pessoas emocionalmente fortes sabem que chorar é positivo para elas. Graças às lágrimas podem desabafar, empatizar com os outros e se conectar com o resto das pessoas. As pessoas emocionalmente fortes não são frágeis, ainda que você pense o contrário. Talvez agora você seja consciente de que não era tão forte quanto você achava que era. Reprimir suas emoções é o maior sinal de fraqueza.
Postado em A Mente é Maravilhosa
Juliana Goes : esfumado de raiz nos olhos
MAQUIAGEM NOITE | ESFUMADO DE RAIZ
Você quer um esfumado neutro, fácil, que funcione até em olhos pequenos? Vem aprender esse esfumado de raiz dos cílios e todo o passo a passo de make noite que preparei com carinho pra vocês!!!
Cheguei com tutorial de maquiagem que vocês tanto pediram! O esfumado de raiz é ótimo para quem tem olhos pequenos ou pouca pálpebra e quer um resultado mais marcante. O passo a passo é simples e possível de fazer com poucos produtos, separei muitas dicas para vocês! Vem comigo!
De vez em quando a gente sente aquela vontade de caprichar na produção, né? Essa inspiração de maquiagem é bem fácil de fazer, usei alguns produtos que eu adoro e podem ser multifuncionais no dia a dia. Eu repliquei nessa inspiração uma maquiagem que recentemente usei para um festival de música, esse esfumado garante mais destaque ao olhar e para os dias em que você quer sair do básico, pode ser uma ótima pedida!
Cheguei com tutorial de maquiagem que vocês tanto pediram! O esfumado de raiz é ótimo para quem tem olhos pequenos ou pouca pálpebra e quer um resultado mais marcante. O passo a passo é simples e possível de fazer com poucos produtos, separei muitas dicas para vocês! Vem comigo!
De vez em quando a gente sente aquela vontade de caprichar na produção, né? Essa inspiração de maquiagem é bem fácil de fazer, usei alguns produtos que eu adoro e podem ser multifuncionais no dia a dia. Eu repliquei nessa inspiração uma maquiagem que recentemente usei para um festival de música, esse esfumado garante mais destaque ao olhar e para os dias em que você quer sair do básico, pode ser uma ótima pedida!
Sempre que eu faço um olho mais marcante eu aposto nos cílios postiços, eles destacam bem e combinam com essa maquiagem mais esfumada, em tons mais escuros. Eu sempre gostei dos batons mais cor de boca, especialmente os marrom clarinhos, mas se você quiser pode colocar um batom mais escuro, vai ficar lindo também. Lembra que a maquiagem mais linda é aquela que não tá lá pra te esconder e sim para valorizar ainda mais o que você já tem de lindo, feita com sua personalidade!
Aproveita e já coloca um mantra, uma oração ou um padrão positivo de pensamento enquanto se embeleza. Agradeça por ser quem é e vibre auto amor em cada ritual! Te garanto que isso vai te transformando de dentro pra fora!
VEJA O PASSO A PASSO NO VÍDEO
PRODUTOS USADOS
Pó Compacto Vult – Translúcido
Lápis de olho ShopBela – Jumbo Preto
Blush Up Mosaico Dailus – cor 04 e 08
Quarteto de Sombras Planet Bronze Make B
Cola para cílios i-envy
Corretivo Naked Urban Decay – Yellow
Mascara de Cílios Chubby Lashes Clinique – Jumbo Jet
Batom Pausa para Feminices – Sarabi Matte
Gostaram? Vocês sempre me pedem um tutorial mais elaborado e esse é bem fácil de fazer, apesar de usar o preto os olhos não ficam fechados, esse esfumado abre mais o olhar.
Postado em Juliana Goes em 28/02/2017
Telas de celulares caros quebram facilmente. Relações edificadas em afeto, não
Larissa Bittar
Há seis meses, em uma manhã gelada, conheci Moisés e Corazón de Piedra. Uma dupla formada por um rapaz e seu cavalo que ficou marcada em minha memória. Corazón de Piedra era o cavalo (forte e imponente). Moisés, um homem gentil que a todo momento perguntava como eu me sentia, não combinaria com esse apelido. Ambos me conduziram por montanhas peruanas em uma trilha inóspita que me tirou o fôlego por conta da altitude e do frio. O trajeto, apesar de penoso, tinha algo de mágico. Era um daqueles lugares nos quais os que creem sentem Deus mais perto e os que não creem sentem ao menos a vida pulsar diferente.
Durante boa parte do percurso segui calada. Estava ofegante e meio anestesiada pelo cenário enfeitado com morros coloridos. O lugar parecia deserto. Ao avançar no caminho, porém, me deparei com algumas casas simples e crianças com gorros de lã, mulheres com saias compridas e senhores com sorrisos no rosto. Imediatamente me questionei como era possível viverem ali, distantes de tudo, privados do elementar. Mas uma alegria espontânea parecia dominar o coração daquelas pessoas… e inquietar o meu.
A certa altura, com o corpo ainda sob os efeitos do ar rarefeito, minha curiosidade falou mais alto que o silêncio imposto pelo mal-estar físico. Em um espanhol improvisado perguntei a Moisés se ele era feliz. Ele parou o cavalo e disse, surpreso: “Existiria algum motivo para não ser?” Aleguei, atrevida, do alto da minha arrogância: “Talvez a ausência de coisas básicas”. Eu era, naquele momento, a típica turista que se encanta com a beleza do lugar visitado, mas insiste em enxergar o modo de vida local, livre de TVs de LED e comida instantânea, como excêntrico e inviável. Moisés respondeu em tom sereno e sincero. “Eu tenho tudo.”
Não era uma das respostas-clichê com as quais estamos acostumados em noites de Natal ou entrevistas de emprego. Não era a frase feita que tenta dourar uma vida gasta. Era ele, em sua verdade, sendo simples e reto nas palavras e na forma de ver o mundo. Descreveu que era feliz porque o filho estava na escola, onde aprendia o que importa: “matemática, cuidados com o meio ambiente e história de seu povo”. Relatou que raramente adoecia porque produzia a própria comida, que não se sentia sozinho pois tinha família e amigos na comunidade, com cerca de 80 pessoas, e se divertia nas festas regionais. Como se informa? “Pelo rádio.” Qual energia? “A solar.” Falta algo? Ele se limitou a apontar a paisagem à nossa volta… impecável, deslumbrante.
A mim falta muito. A boa parte das pessoas com quem convivo também. Na sociedade em que vivo falta o iPhone mais moderno, que vai quebrar a tela no primeiro tropeço e arruinar o dia de alguém. Daqui a um ano faltará a nova versão. Não que seja pecado querer. E não que haja um jeito certo de viver ou que ali onde estão Moisés e Corazón de Piedra a vida seja sempre boa. Mas me parece que o “sou feliz” dele tinha algo de mais franco e duradouro que o meu e o da maioria dos que conheço. Parecia mais lúcido o apreço pela natureza e o respeito às relações humanas que a idolatria pelo consumismo de euforia imediata e volátil. Parecia mais provável encontrar satisfação genuína quando não existe a angústia de precisar ter um milhão de coisas para preencher sabe-se lá o quê.
Sei que o afeto que vi em Moisés ao falar do filho também existe em famílias instaladas em metrópoles. Sei que as mais variadas formas de felicidade se manifestam pelos quatro cantos do planeta, sem muitas regras, e que não dá para apontar a maneira certa de construir uma trajetória. Mas percebi que pelas bandas de cá, subestimamos o essencial na ilusão de que o supérfluo suprirá os vazios. Negligenciamos tempo para conseguir status. Perdemos a noção.
A gente tem o direito de ter quatro tênis da Nike e ir a baladas nas quais é normal jogar champanhe caro para cima. Mas não foi no shopping nem nessas festas que encontrei o verdadeiro sentido de paz de espírito. Foi no meio do nada e, ao mesmo tempo de tudo, em uma comunidade com cavalos e lhamas, energia renovável, famílias em trajes artesanais e homens com orgulho e gratidão pelo que possuem e por serem quem são.
Postado em Revista Bula
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