Libertador
Nota
Assisti o filme venezuelano Libertador (2013), no Netflix e amei ! Muito bem feito, sensível, esclarecedor e emocionante. Traz detalhes da vida, ideias e ideais de Simon Bolívar.
Só não posso dizer que é lindo, pois traz cenas de batalhas que fizeram parte da sua vida e da sua luta pela Liberdade do povo da América do Sul acabando com o domínio espanhol. Super recomendo !
Abaixo postei um texto do Professor Gilberto Maringoni com maiores detalhes de quem é Simon Bolívar.
Rosa Maria - Editora deste Blog
Publicado no site da Carta Capital. O autor, Gilberto Maringoni, é professor de Relações Internacionais da UFABC, autor de A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez (Editora Fundação Perseu Abramo)
Detalhe do retrato de Símon Bolívar pintado por Arturo Michelena
Gilberto Maringoni
Pronto, inventaram um novo xingamento.
Depois de comunista e terrorista de um lado e de coxinha de outro, epítetos que já entediavam a todos, a tendência do verão é chamar os desafetos de “bolivariano”.
– O que quer dizer?
– Não sei muito bem, mas tá bombando.
– Estão querendo transformar o Brasil num País bolivariano.
– Bolivariano? Transformar o Brasil na Bolívia?
– Não. Bolivariano, aquele troço do Chávez.
Aquele troço do Chávez precisa ser mais bem definido, antes que se encha a boca para berrar “bolivariano!” a plenos pulmões.
O que é ser “bolivariano”, termo que tanta repulsa causa a Gilmar Mendes, ao infatigável deputado Eduardo Cunha e aos soberbos editoriais do Estadão, que dia sim, dia não, botam o qualificativo para ralar?
O presidente venezuelano Hugo Chávez não se cansava de repetir: o ideário que movia seu governo era o legado político e histórico de Simón Bolívar (1783-1830). O próprio nome do país foi alterado, a partir da Constituição de 1999, para República Bolivariana da Venezuela.
Chávez não foi o único a reivindicar o personagem. O nome de Bolívar foi apropriado por um sem número de lideranças e movimentos políticos na América Latina nos quase 200 anos que nos separam de sua morte. Seus seguidores estão espalhados pelas mais diversas vertentes do espectro ideológico.
Até que ponto as apropriações de tal legado são fiéis ao pensamento original do chamado Libertador?
É difícil dizer. A “ideologia bolivariana” tem contornos vagos e imprecisos. Bolívar é possivelmente o personagem histórico mais complexo e de maior influência no imaginário político continental. Sua obra é colossal. Além de liderar guerras de independência e de exercer influência direta em pelo menos cinco dos atuais países da região – Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia -, ele deixou vastíssima obra escrita, constituída por artigos, cartas e discursos.
Culto, refinado e viajado, Bolívar era sobretudo um intelectual de ação. Estava longe de ser um líder oriundo das classes populares. Era destacado membro da elite criolla, brancos e mestiços de posses que, entre os séculos XVI e XIX, se opunham ao domínio espanhol em diversos países do continente.
Bolívar teve sua vida política marcada pela luta contra o colonialismo, pela república, pelo fim da escravidão e pela defesa de um sistema de educação pública, entre diversas outras iniciativas. Tendo visitado a França por três vezes na primeira década do século XIX, foi fortemente influenciado por correntes iluministas e antiabsolutistas.
O historiador venezuelano Germán Carrera Damas escreveu um livro fundamental para se entender não apenas o personagem histórico, mas o Bolívar simbólico, que segue existindo. O título é preciso: El culto a Bolívar, nunca lançado no Brasil. Carrera Damas destaca que a admiração despertada por Bolívar em seu tempo e após sua morte não é fruto apenas de laboriosa pregação. Os feitos que liderou repercutiram concretamente na vida de milhões de pessoas. Não sem razão, Bolívar tornou-se objeto de culto, realizado, ao longo dos anos, com os mais diversos propósitos políticos.
Segundo outro historiador, Domingo Felipe Maza Zavala, já no governo de Eleazar López Contreras (1936-1941), na Venezuela, “o culto a Bolívar foi elevado à significação de um fundamento político”.
Através de variadas interpretações, a figura do Libertador foi reivindicada por todas as classes sociais do país como uma espécie de fator de unidade nacional ou até como símbolo da manutenção de determinada ordem. Assim, existe um bolivarianismo conservador, traduzido na profusão das estátuas equestres disseminadas nas praças de praticamente todos os municípios venezuelanos, bem como na sacralização estática de lugares e feitos do pai da Pátria. Essa vertente tenta esvaziar a figura de Bolívar de seu conteúdo transformador e anticolonialista, destinando-a à veneração estéril.
E há um bolivarianismo de esquerda, que busca nas lutas contra o domínio espanhol a inspiração para ações tidas como anti imperialistas.
As duas visões envolvem um sem-número de nuances. O ideário bolivariano sempre foi elástico e flexível o bastante para permitir leituras de um lado e de outro.
O culto a Bolívar não é uma criação ficcional, fruto de um patriotismo exacerbado em alguns países. É mais do que isso. Ele se constitui em uma necessidade histórica e em um recurso destinado a compensar o desalento causado pela frustração de uma emancipação nacional que não se completaria.
Bolívar seria o elo histórico com um ideal de soberania, liberdade e justiça. Daí sua força, tanto política, quanto como veneração quase religiosa.
A acusação de bolivariano feita por Gilmar Mendes e outras figuras do mesmo nível parte de quem conta com a ignorância alheia.
E é bradado especialmente por aqueles que omitem um pequeno detalhe dessa história: na Venezuela, o contrário de bolivariano é uma oposição que não vacilou em patrocinar um destrambelhado golpe de Estado, em 2002, que retirou Chávez do poder por três dias e, de quebra, todas as referências a Simón Bolívar dos símbolos nacionais. A intentona foi um fracasso e, como se sabe, desmoralizou a oposição por vários anos.
A omissão é mais do que interessada.
Jornalistas Luis Nassif e Paulo Henrique Amorim comentam que Serra não sabe o que significa a sigla BRICS. E esta criatura queria e ainda quer ser Presidente do Brasil
Cerra inclui Argentina nos BRICS! São os Bracs!
Depois de agendar reunião com si mesmo...
Não deixe de ver a agenda de trabalho do jênio!
E não se esqueça: segundo a Odebrecht, ele prefere receber "lá fora".
Por isso, o Tinhoso vai anistiar os ladrões.
PHA
Em tempo: se o amigo navegante perguntar onde estão os R$ 23 milhões que recebeu da Odebrecht, aí ele sabe na ponta da língua (e responderá depois de ultrapassar as extensas gengivas).
Postado em Conversa Afiada em 17/09/2016
Por Luis Nassif, no GGN
Quando José Serra assumiu o Ministério das Relações Exteriores se sabia que era jejuno em política externa.
Quando demonstrou desconhecer o que era NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) deu-se algum desconto, devido ao fato de ser uma agência cujos protagonismo só se tornou visível mais recentemente. Mas já era falta grave.
Quando passou a afrontar a Venezuela, o Uruguai, a externar misoginia no México, julgou-se que fosse apenas a assimilação do jornalismo de esgoto que ele ajudou a criar e estimular.
Quando levou Fernando Henrique Cardoso como assessor especial, para o confronto com a Venezuela na reunião do Mercosul, julgou-se que fosse apenas o medo de enfrentar situações complexas, que o acompanha desde os tempos de governador do Estado.
Mas a divulgação do vídeo com um Serra tatibitate, sem saber os países que compõem os BRICS, incluindo a Argentina e não sabendo sequer o país representado por cada letra da sigla, acende um sinal amarelo.
É possível que a Junta Governativa do país tenha colocado como chanceler uma pessoa com sinais avançados de decrepitude.
É possível que a Junta Governativa do país tenha colocado como chanceler uma pessoa com sinais avançados de decrepitude.
Maravilhosas imagens captadas pelo fotógrafo cego nas Paralimpíadas Rio 2016
Não é preciso ver para sentir quando uma boa imagem se aproxima. Prova disso é o fotógrafo cego que já virou sensação nestas Paralimpíadas. João Maia nasceu em Bom Jesus, no Piauí, mas vive em São Paulo há 20 anos. Ele viu na capital paulista uma oportunidade de mudar de vida e foi lá que concluiu o curso técnico em agropecuária e a faculdade de história.
Quando chegou a São Paulo, João ainda enxergava. Foi aos 28 anos que ele se tornou deficiente visual como consequência de um caso grave de uveíte bilateral.
Hoje, aos 41, ele é capaz de enxergar apenas vultos coloridos a uma distância de até um metro. É justamente o contraste de cores e a audição que guiam suas fotografias. Por isso, ele teria dito ao jornal indiano FirstPost que seus olhos estavam no coração.
Fotografar as Paralimpíadas é certamente o ponto alto da carreira do fotógrafo, que estava acostumado a registrar eventos esportivos e se tornou o primeiro deficiente visual a participar da cobertura do evento.
Fotos de João Maia nas Paralimpíadas Rio 2016
Quem é verdadeiramente feliz não precisa de plateia
Marcel Camargo
Ninguém precisa saber o quanto somos felizes além daqueles a quem devemos ser gratos por nos oferecerem um amor verdadeiro, que sempre nos curará e nos provocará sorrisos espontâneos, aqueles que sempre estarão de mãos dadas conosco, faça chuva ou faça sol.
Em tempos de felicidade estampada nas vitrines e de selfies espalhadas pelas redes sociais, a impressão que temos é de uma sociedade feliz e alegre, positiva, apaixonada e apaixonante. Somos todos bem resolvidos, bem amados. As amizades são verdadeiras, os filhos são perfeitos, a comida é maravilhosa, vinte e quatro horas por dia – pelo menos nos perfis virtuais.
Logicamente, as redes sociais não devem servir a lamentações e queixas, nem a indiretas desagradáveis, pois lá estamos para nos divertir e higienizar nossa mente, fugindo um pouco à estafa de nosso cotidiano apressado e atribulado. Muitos confundem a rede virtual com um diário íntimo, postando aquilo que deveria ser resolvido junto a um terapeuta, aquilo que não interessa a ninguém.
Por outro lado, há quem exagere na felicidade estampada nas fotos e nos posts, expondo-se em demasia, como se a própria vida fosse um filme do interesse de todos. Embora cada um use seus perfis da forma como bem entender, há que se tomar cuidado para que não exagerar no compartilhamento de tudo o que acontece, de todo passo dado, inclusive se resguardando de gente que fuça os perfis à procura de casas sem ninguém para assaltarem ou de alvos de sequestros.
Como tudo na vida, há que se ter cautela e equilíbrio na forma como lidamos com o mundo à nossa volta, na maneira como nos relacionamos com as pessoas que convivem conosco. Não conhecemos ninguém tão a fundo que possamos nos abrir totalmente, inclusive nos expondo em nossas fraquezas, uma vez que muitos não perderão a oportunidade de usar isso contra nós quando lhes for interessante.
Da mesma forma, bradar aos quatro ventos uma vida cor de rosa, maravilhosa e perfeita, como se tudo desse certo na sua vida, muito provavelmente atrairá a inveja alheia. Embora o mal não nos atinja quando temos o bem em nossos corações, existem pessoas que usam meios que jamais imaginaríamos para nos prejudicar, portanto, quanto menos souberem de nossas vidas, melhor será.
A melhor maneira de ser feliz
No final das contas, a melhor forma de ser feliz é compartilhando o que sentimos com as pessoas que nos amam com sinceridade, com aqueles que sempre estarão de mãos dadas conosco, faça chuva ou faça sol. Porque a felicidade não se alimenta de plateia, mas de amor que vai e volta cada vez mais forte, cada vez mais amor.
Postado em A Mente é Maravilhosa
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