Os deuses do olimpo chegaram na nossa cidade e caíram na roda de samba pic.twitter.com/ffEjV4kgDh— Eduardo Paes (@eduardopaes_) 3 de agosto de 2016
Olimpíadas Rio 2016 : Os deuses do Olimpo chegaram !
Dilma Rousseff concede entrevista para a Revista Fórum
Revista lista principais declarações de Dilma em entrevista:
“Vamos caminhar sempre mais fortes e mais livres”
Em entrevista para a Revista Fórum, a presidenta Dilma Rousseff falou, nesta terça (2), entre outras coisas, sobre sua representação na mídia tradicional, criticou o governo interino, os cortes na saúde, bem como editorial do jornal O Globo que pede privatização do ensino superior.
O inverso do amor, mais que o ódio, é a indiferença
Marcel Camargo
Muito se alerta, hoje, para a necessidade de se combater o ódio, no sentido de que o mundo carece de mais amor, de solidariedade, de olhares compreensivos em relação aos excluídos, aos miseráveis, às minorias. Atos terroristas e, numa proporção menor, atitudes preconceituosas e excludentes no cotidiano das sociedades acabam culminando em violência e tristeza.
No entanto, há que se atentar, da mesma forma, para os danos que a indiferença também traz, tanto no aspecto das relações humanas, quanto no âmbito da convivência como um todo. Embora silenciosamente, o “tanto faz” acaba por se tronar conivente com a ruína das relações interpessoais, com a propagação do ódio e das injustiças que permeiam o tecido social em todos os níveis.
O ódio enfrenta muitas frentes de combate, seja através de preceitos religiosos, de artigos, de campanhas solidárias, seja na escola, em casa, na rua. Frequentemente nos deparamos com filmes, reportagens e músicas, por exemplo, que pregam a necessidade de se prevalecer o amor sobre o ódio. A maioria de nós, inclusive, já extinguiu a expressão “eu odeio” de nosso vocabulário.
Por outro lado, a indiferença raramente é lembrada, mesmo que seja uma das piores atitudes que poderemos ter em relação ao que de ruim nos circunda. Obviamente, sermos indiferentes a quem nos queira atazanar, a quem fofoca, a quem tenta nos maldizer é extremamente benéfico à nossa saúde física e mental. Porém, sermos indiferentes às mazelas que assolam o meio em que vivemos é tão nocivo quanto o ódio.
Da mesma forma, tornarmos invisíveis as pessoas que caminham ao nosso lado, que sempre acreditaram em nós, com devoção sincera e amor de verdade, é por demais cruel, pois a ingratidão afasta de nós exatamente quem deveria caminhar junto, sempre, todos os dias de nossas vidas. Assim, o “tanto faz” nos esvaziará de amor, tanto daquele que brota aqui dentro, quanto daquele que colhemos junto a quem nos quer bem.
O perigo da indiferença, portanto, é fazer com que aquilo que deveria causar revolta, indignação e atitude combativa se torne banal, normal. Além disso, deixar de retornar afetividade a quem nos ama fará com que expulsemos de nossa convivência aqueles capazes de tornar nossa vida melhor e mais digna. A indiferença nos torna imunes à indignação frente ao que deve ser mudado e às trocas de afetividade, à partilha amorosa que tranquiliza a nossa alma.
O ódio pode até ser combatido, alcançado e neutralizado pelo amor, mas a indiferença é por demais vazia, inócua e sem peso, ou seja, nunca chegará a ser tocada pela magnitude curativa de qualquer sentimento amoroso. O amor não chegará perto desse vazio. E isso é o mais perigoso, porque o “tanto faz” é silencioso e silencia as nossas maiores qualidades, dentre elas, a nossa capacidade de compartilhar amor verdadeiro.
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Coisas a gente compra de novo, pessoas a gente perde para sempre
Marcel Camargo
Como é difícil balancearmos com equilíbrio nossas prioridades, dando a devida atenção tanto ao que precisamos obter quanto ao que precisamos manter junto de nós. Embora a vida nos obrigue a despendermos a maior parte de nosso tempo trabalhando para conquistar qualidade e conforto, essa rotina pesada ao mesmo tempo nos distancia mais e mais dos contatos e interações com as pessoas.
Nessa toada, acabamos muitas vezes nos apegando demasiadamente aos bens que acumulamos, valorizando a materialidade que nos rodeia acima de qualquer coisa. E assim relegamos ao segundo plano nossas necessidades afetivas, nossos desejos sentimentais, tudo aquilo que não possui preço, o que não se compra nem se vende, apenas se vive.
Por mais que sejamos alertados para o perigo que reside nessa busca maçante pelos bens, pela riqueza, pelo status social, acabamos sendo atraídos quase que mecanicamente pelos apelos disso tudo. Vamos nos enchendo de objetos e nos esvaziando de sustância emocional, pois acabamos apenas enxergando o que os olhos veem, esquecendo-nos das carências de nossa essência humana.
Por isso é que muita gente se preocupa com os riscos da calota do carro sem nunca perguntar como a esposa se sente. Por isso é que muitos pais olham o boletim escolar, mas se esquecem de olhar nos olhos dos filhos. Por isso é que muitos de nós percebemos quando o amigo engordou, porém jamais percebemos o quanto ele está precisando de nossa ajuda. Por isso é que muitas vezes temos tudo o que queremos, mas não temos ninguém de quem precisamos.
É necessário, pois, mantermos o foco nas escolhas que vimos fazendo, nas atitudes que tomamos, na importância que estamos dando àquilo que colocamos como prioridade em nossas vidas. Não podemos nos desconcentrar em relação ao que temos de mais precioso em termos de parceria, amizade, amor verdadeiro, ou acabaremos lotados de tralhas que não preencherão o nosso vazio existencial.
No mais, perca coisas e não pessoas. Coisas a gente compra de novo, pessoas a gente perde para sempre.
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Artista transforma fachadas de prédios em obras de arte cheias de vida
Eduardo Ruano
O artista francês Patrick Commecy realiza um tipo de arte vibrante: ele transforma fachadas de prédios monótonos em cenários hiper-realistas coloridos, dando um toque de vivacidade nas comunidades onde atua.
Patrick e sua equipe de designers e pintores preenchem paredes de prédios cinzas com desenhos que reanimam esses estabelecimentos, fazendo com que as pessoas tenham um bom motivo para observá-los.
O francês trabalha com essa técnica de muralismo desde 1978, sendo um dos artistas da França mais referenciados quando a demanda é pintar muros e paredes para fins de arte. Seu trabalho é irresistivelmente atrativo.
As obras de Patrick são feitas a contrato de prefeituras, residências ou estabelecimentos comerciais. O projeto é intitulado a-fresco: um trocadilho que faz referência à técnica de artistas renascentistas que pintavam interiores de igrejas, fortalezas e castelos.
Nos bairros onde Patrick opera, o artista imagina como espaços de concreto aparentemente vazios e inúteis podem servir de objetos artísticos potenciais para as cenas que reproduz, usando apenas tinta e criatividade.
Quem mora em locais repletos de prédios demais sabe como é sem graça andar na rua e olhar para cima, sabendo que a perspectiva não inspira. Mas, para quem mora nesses bairros onde a arte de Patrick se faz presente, uma simples observação despretensiosa se torna uma experiência visual encantadora.
Esses murais hiper-realistas chamam a atenção de qualquer transeunte, por mais distraído que esteja.
Os personagens presentes nas pinturas de Patrick são baseados em pessoas reais; todas elas desempenham um papel significativo nas comunidades onde os murais são produzidos. Ao ter sua imagem desenhada nessas paredes artísticas, essas pessoas nas quais Patrick se baseia podem ter a certeza absoluta de que contribuem para a sociedade, e ainda servem de inspiração criativa.
Além da essência dessas obras de arte em si, também é interessante o fato de que, até hoje, nenhum pichador estragou os desenhos com rabiscos, talvez por esses vândalos (ou artistas, segundo eles mesmos) compreenderem que rabiscar paredes como essas seria uma espécie de pecado.
Todos os prédios artisticamente modificados por Patrick e sua equipe ficam na França. Essa ideia é tão suscetível de ser utilizada em tantos outros países, que não seria uma surpresa se Patrick fosse contatado por autoridades governamentais para executar seu projeto no exterior. Com certeza, muitas cidades cinzas – como São Paulo, por exemplo – poderiam ser melhor revitalizadas por intervenções artísticas desse tipo, além, é claro, das que já foram feitas.
É importante frisar que as imagens não são reais, mas apenas representações do imaginário de Patrick e sua equipe, que simplesmente sentiram a necessidade de mudar o ambiente onde vivem.
Esses desenhos gráficos, embora sejam ilusões de uma realidade mais bela e lúdica, são excelentes protótipos de ideias que poderiam ser aplicadas, de fato, em tantos prédios chatos esteticamente e sem vida.
Munidos de ambição e sensibilidade, Patrick e sua equipe transformaram para melhor o aspecto de construções esteticamente futilizadas, valorizando certas regiões francesas bucólicas.
Como se vê, esses prédios, antes apenas prédios, receberam uma idiossincrasia interessante que os torna caracterizados de uma forma bem-humorada. Veja:
1. Renaissance
2. Au fil de Loire
3. Les Dolto
4. Aquarium
5. Café de l’Aqueduc
6. Le Café des Acteurs
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