O uso do palete na decoração de sua casa pode resultar em um ambiente agradável e aconchegante. Esse item está cada vez mais utilizado. Esses suportes são utilizados por empresas para transportar materiais e podem sim ser reaproveitados para dar um toque despojado na sua decoração.
Como são peças rústicas devem fazer parte de uma decoração com esta linguagem e o uso de estampas alegres ou florais cai bem.
É essencial que o palete possua a madeira tratada para evitar os cupins. Por isso tenha um bom marceneiro para te ajudar nessa área de manutenção e montagem. Outro item importante é verificar a altura para que as pessoas possam sentar-se confortavelmente.
Eles ficam muito bonitos e diferentes, além de serem muito mais baratos.
Victoria Guimarães, de 17 anos, só está viva hoje porque, em um período crucial de sua vida, o Brasil não era governado por Michel Temer e, assim, o ministro da Saúde não era Ricardo Barros, deputado federal pelo PP paranaense, eleito graças a financiamento de campanha por empresas operadoras de planos de saúde.
Para entender o caso.
Em 2009, Victoria, portadora de Síndrome de Rett, necessitava de um procedimento clínico chamado “botox salivar” para impedir que se afogasse na própria salivação. Após 3 meses na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Santa Catarina (São Paulo), tendo passado por retirada das glândulas salivares, injetar botox dentro da cavidade bucal era a única esperança de interromper pneumonias sucessivas causadas pela broncoaspiração da própria saliva – ia parar nos pulmões e causava pneumonia.
Os médicos solicitaram à operadora de planos de saúde Sul América que liberasse o procedimento, que, aliás, se aprovado permitiria que a menina deixasse a UTI, cujo custo, por dia, era muitas vezes mais caro do que a aplicação de botox na cavidade bucal.
Surpreendentemente, o plano não aprovou o pedido dos médicos. Argumento: na bula do medicamento botox não constava a aplicação que os médicos do hospital supracitado queriam lhe dar. Quem deu essa explicação obviamente que não era médico, pois os médicos que fizeram o pedido fundamentaram muito bem o pedido.
Os médicos de Victoria pediram 5 vezes à Sul América que liberasse o procedimento; foram cinco negativas do plano de saúde. A empresa estava inflexível. Não se abalou mesmo diante do argumento de que a menina não sobreviveria sem aquele procedimento.
Só restou à família de Victoria recorrer à Justiça, argumentando que, se a Sul América continuasse a negar aquele procedimento, Victoria não sobreviveria àquela internação, pois não havia como impedir que salivasse, a não ser colocando botox em sua cavidade bucal.
A liminar foi concedida rapidamente. Além disso, o juiz determinou atendimento via home care para que a menina tivesse todas as terapias que seus pais tinham que pagar à parte do que pagavam para o plano de saúde e que já não estavam mais suportando pagar devido a terem que arcar com o custo do próprio plano, que não oferecia nada a uma criança naquelas condições.
Para sorte de Victoria, sete anos atrás Michel Temer e seu “machistério” recheado de bandidos estavam longe de tomar o poder.
Desse modo, o Brasil não tinha um ministro da Saúde com as ideias que recente reportagem do jornal O Estado de São Paulo denunciou.
Se você ficou revoltado com a notícia anterior, aí vai outra muito pior.
O ministro Ricardo Barros, há algumas semanas, propôs reduzir o tamanho do SUS e, agora, quer tirar dos brasileiros o único recurso para obrigarmos os planos de saúde a cumprirem suas obrigações, que foi o recurso usado pela família de Victoria Guimarães para impedir que ela se afogasse na própria saliva enquanto a Sul América contava suas pilhas de dinheiro.
A temática da aceitação do diferente e da inclusão do deficiente sempre é uma constante entre educadores e psicólogos, entretanto, a realidade mostra que a teoria só tem resultados efetivos quando é aplicada de forma multifatorial. Não basta estimular, é preciso amar. Não basta amar, é preciso acreditar. Não basta acreditar, é preciso realmente aceitar e, só então, os progressos virão no tempo possível.
Assim aconteceu com a peixinha Dory que na animação “Procurando Dory”- (Finding Dory, 2016-Disney•Pixar), dirigida por Andrew Stanton e Angus MacLane, mostra um percurso de reencontro com sua família, consigo mesma, e com o seu valor e potencialidades.
Treze anos após o estrondoso sucesso de “Procurando Nemo” e um ano depois de Marlin encontrar Nemo na lógica da animação anterior, Dory começa a ter pequenos “flashbacks” sobre sua família de origem. A vivência dessas memórias a impede de continuar como está e uma busca por eles é inevitável: ela sente saudades, muitas saudades.
Desta vez, Nemo e Marlin entram como coadjuvantes da história, mas nunca como figuras menos importantes uma vez que eles, apesar das dificuldades, amam e acreditam em Dory.
Então surgem as perguntas, contidas na sinopse original do filme, e que serão respondidas pela nova história: O que ela consegue se lembrar? Quem são seus pais? E onde ela aprendeu a falar Baleiês?
Mas, para além disso, ficam as lições que Dory nos deixa através de suas jornada:
1- Se a limitação é real é preciso entendê-la e falar sobre ela para que as outras pessoas também entendam e possam ajudar
Dory entende que não consegue guardar informações por muito tempo e que, poucos segundos após ouvir algo, já se esquece. A memória recente é responsável pela capacidade de reter, por alguns segundos, um número limitado de informações. São aquelas informações que nós guardamos por alguns segundos apenas para fazer escolhas ou tomar decisões. Para Dory, não conseguir guardar essas informações fazia com que ela se perdesse em caminhos e no fluxo de seus pensamentos o tempo todo.
2- A aceitação é necessária para que se possam encontrar alternativas e se adaptar ao meio
Uma vez que Dory, sua família e amigos, sabem exatamente quais são suas dificuldades, é possível elaborar estratégias para que ela possa ser “ajudada” a se lembrar. A animação deixa claro o quanto o emocional está envolvido na retenção de memórias que não se perdem (memórias de longo prazo) e como alguns estímulos podem desencadear as lembranças.
“Minha mãe gosta de conchas roxas”
“Siga as conchas e chegará em casa”
Em ambas as frases há associação emocional: a figura amada da mãe é associada às conchas assim como conchas são associadas a “voltar para casa”, caso tenha se perdido.
3 - Valorizar as habilidades que são mais desenvolvidas em quem sofre de alguma deficiência
Assim como cegos possuem o tato e a audição mais apurado, a animação mostra que Dory desenvolveu uma capacidade de se adaptar às situações de dificuldade. Ela é simpática, ela fala com todos, ela procura ajuda, e, em um momento em que Marlin (pai de Nemo) reflete, depois de ter sido injusto com ela, percebe que ela é ousada e valente, pois ela é capaz de achar formas criativas e loucas de continuar.
Dentro de Dory existe a estrutura de ter sido amada e estimulada em seus potenciais quando pequena. Ela sabe que deve continuar e não desistir nunca.
“Tenho certeza de que você vai se lembrar”
“Você nunca vai se esquecer de nós”
4 - Saber que nossa família é quem amamos
Dory está com Marlin e Nemo, mas descobre que falta algo e que precisa encontrar sua família. Quando encontra sua família, percebe que não pode viver sem Marlin e Nemo e imediatamente se lembra deles. A família está onde nosso coração está e Dory sabe bem disso. Família é quem amamos e quem nos ama, é quem cuida de nós e com quem nos preocupamos e cuidamos. Família são aqueles que nos ajudam a superar nossas dificuldades e enfrentar o mundo e, com um olhar diferente, seguir.
Nota importantes para quem ainda vai assistir:
Prestem muita atenção no curta de alguns minutos que passa antes do filme começar. Ele também fala de superação de dificuldades de um filhote chamado Piper que inicia sua jornada de independência: é belíssimo.
E não saiam do cinema antes de ver os créditos… tem um extra no final com o “Geraldo”!