Postado em Sul21
52 anos depois, as semelhanças não são meras coincidências
Castelo e Temer, 52 anos depois
Equipe apresentada por Temer mostra semelhança com a imagem da posse do Marechal Castelo Branco, que tomou o poder com o golpe militar de 1964.
Não há qualquer mulher ou negro no novo grupo; apenas homens brancos e ricos.
Após a posse do presidente interino Michel Temer, realizada ontem (12), a internet foi palco de inúmeros protestos contra o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff do cargo.
O internauta Weber Sutti foi um dos que manifestaram sua indignação. Ele publicou uma foto do momento em que Temer apresentava seus ministros e a comparou com a posse do Marechal Castelo Branco, que, em 1964, se tornou o primeiro presidente do regime militar, com a derrubada de João Goulart.
A falta de diversidade na equipe do peemedebista foi bastante comentada nas redes. Não há sequer uma mulher entre os ministros, diferentemente do mandato de Dilma. O novo grupo também excluiu qualquer representante negro.
O fim do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, do Ministério da Cultura e da Controladoria-Geral da União (CGU) foram outras atitudes polêmicas.
Postado em Fórum em 13/05/2016
Copia : Aplicativo conecta comida que sobrou a pessoas que passam fome
Redação Hypeness
O desperdício de comida é um problema mundial. Um terço dos alimentos produzidos é jogado fora em plenas condições de consumo. Nos Estados Unidos, o país mais rico do mundo, não é diferente, mas um aplicativo quer ajudar a melhorar esse quadro.
O Copia funciona de um jeito simples: os usuários se cadastram e avisam quando têm comida sobrando. Um motorista vai até o local e retira os alimentos, depois os leva até um dos locais disponíveis para recebê-los.
A ideia surgiu durante um almoço quando a fundadora, Komal Ahmad, ainda estava na faculdade, em Berkeley. Um sem-teto chegou até ela para pedir dinheiro para comer. Ela o convidou para almoçar e eles conversaram. Saber que a universidade jogava comida fora todos os dias a fez pensar, e em alguns meses Komal criou um programa de doação de alimentos do refeitório.
Até hoje, o Copia diz ter recuperado mais de 360 toneladas de comida que iria para o lixo, alimentando 691 mil pessoas. Por enquanto, o serviço funciona em oito cidades da Califórnia, mas pretende se expandir em breve. Será que a ideia pode ser reproduzida no Brasil?
Fotos: Reprodução/Copia
Infográfico: Super Interessante
Postado no Hypeness
Feliz Sexta-Feira 13
Feliz Sexta-Feira 13, Michel Temer. É o que desejariam nomes notáveis que, tempos atrás, nas urnas e no parlamento, ajudaram a forjar o velho MDB para enfrentar um regime parido por um golpe. É o que deve lhe augurar, esteja onde estiver, a ala dos Autênticos da sigla. Entre eles, Chico Pinto que, por denunciar um governo espúrio, o do chileno Augusto Pinochet, foi jogado numa cadeia. E mais Alencar Furtado, Lysâneas Maciel, Freitas Diniz, Getúlio Dias, Fernando Lyra e outros 17 deputados. Que defendiam a democracia e não sua ruptura para acomodar os próprios interesses. Nenhum deles carrega a pecha de traidor. Nenhum transformou a antiga sigla de Ulysses Guimarães num valhacouto de velhacos. Nenhum jamais perfilou com o golpismo.
Feliz Sexta-Feira 13, senhores donatários das capitanias hereditárias da mídia. São os votos de meio milhão de brasileiros investigados sob o arbítrio, dos 50 mil que foram presos, dos 11 mil acusados, dos 10 mil torturados, dos cinco mil condenados, dos 10 mil exilados, dos 4.862 cassados, dos presidentes de 1200 sindicatos afastados, dos 475 mortos e desaparecidos, daqueles que escreveram milhões de palavras censuradas, dos autores de milhares de livros, filmes, peças, programas de TV, jornais, revistas e outras publicações mutiladas ou aniquiladas. Vocês, de novo, venceram. Agora sem tanques. Mas, de novo, sem voto.
Feliz Sexta-Feira 13, bravo Judiciário e particularmente bravíssimos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tratem imediatamente de abrir as portas da corte para receber o Ungido. Sigam o exemplo sadio de 1964, quando o seu então presidente, Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa, correu a organizar uma recepção nos salões do STF para o marechal Castello Branco. Na ocasião – como agora — aquele colegiado de luminares considerou o golpe legal, a democracia intocada e, sobretudo, o rito preservado. Ah, o rito, onde estaríamos sem ele? Poderíamos até cair num governo ilegítimo! Parabéns!
Feliz Sexta-Feira 13, indômita Ordem dos Advogados do Brasil. Talvez o lendário Heráclito Fontoura Sobral Pinto que, católico e anticomunista, defendeu o ateu e comunista Luiz Carlos Prestes em 1936, discordasse da conduta da OAB em 2016. Talvez. Seria difícil para um anticomunista defensor de comunistas entender o respaldo da Ordem à deposição da presidente, atendendo mais à postura de classe do que qualquer outra coisa. Porém, o presidente do Conselho Federal da OAB em 1964, aplaudiria o destemor da atual gestão. Na época, Carlos Cavalcanti saudou “os homens responsáveis desta terra” que aboliram “o mal das conjuras comuno-sindicalistas”. Por certo, louvaria a reprise do feito memorável de 1964 como mais uma façanha a ser introduzida nos anais da OAB. Palmas!
Feliz Sexta-Feira 13, valoroso Congresso Nacional. Embora sem o brilho, o charme, a malícia e o algo mais da pedagógica e inolvidável votação da Câmara naquele 17 de abril mágico — que já ingressou na História do Brasil como uma das noites mais esplêndidas do firmamento nacional — o Senado também prestou seu tributo à arte do entretenimento pátrio. Que mensagem enviaria a um parlamento que enalteceu a tortura e os torturadores – além da mamãe, do papai, da vovó, da cunhada, do cachorro e do periquito da família – um ex-integrante daquele mesmo parlamento, o deputado Rubens Paiva? Aquele Rubens Paiva que, num feriado do verão carioca de 1971, foi arrancado da sua família por seis homens e arrastado para o DOI-Codi para nunca mais ser visto? Que foi chacinado e morto e teve seus restos mortais jogados ao mar?
Feliz Sexta-Feira 13, intrépidos colunistas, comentaristas, articulistas, comunicadores e demais valentes serviçais do patronato midiático. Foi uma tarefa e tanto nos últimos 14 anos, principalmente nos dois mais recentes.
Para alguns, deve ter valido a pena ceder todos os orifícios da alma à concupiscência do sinhôzinho e do seu modo de perceber o país, o mundo e a vida. Um jornalista mais brilhante e menos sabujo, embora também golpista, como Carlos Lacerda, reconheceria relevância artística na obra de seus pupilos: a edificação do golpe, tijolo por tijolo num desenho lógico. Menos pela formosura da frase, mais pela sua malignidade. Menos pela veracidade, mais pela fábula. Menos pela concisão, mais pela avalanche.
Mas descansem um pouco, rapazes e raparigas, velhotes e velhotas. Há trabalho pesado à espera. Agora, a pauta de vocês é converter Michel Temer em estadista. Boa sorte. Vão precisar.
Feliz Sexta-Feira 13, senhores donatários das capitanias hereditárias da mídia. São os votos de meio milhão de brasileiros investigados sob o arbítrio, dos 50 mil que foram presos, dos 11 mil acusados, dos 10 mil torturados, dos cinco mil condenados, dos 10 mil exilados, dos 4.862 cassados, dos presidentes de 1200 sindicatos afastados, dos 475 mortos e desaparecidos, daqueles que escreveram milhões de palavras censuradas, dos autores de milhares de livros, filmes, peças, programas de TV, jornais, revistas e outras publicações mutiladas ou aniquiladas. Vocês, de novo, venceram. Agora sem tanques. Mas, de novo, sem voto.
Feliz Sexta-Feira 13, bravo Judiciário e particularmente bravíssimos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tratem imediatamente de abrir as portas da corte para receber o Ungido. Sigam o exemplo sadio de 1964, quando o seu então presidente, Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa, correu a organizar uma recepção nos salões do STF para o marechal Castello Branco. Na ocasião – como agora — aquele colegiado de luminares considerou o golpe legal, a democracia intocada e, sobretudo, o rito preservado. Ah, o rito, onde estaríamos sem ele? Poderíamos até cair num governo ilegítimo! Parabéns!
Feliz Sexta-Feira 13, indômita Ordem dos Advogados do Brasil. Talvez o lendário Heráclito Fontoura Sobral Pinto que, católico e anticomunista, defendeu o ateu e comunista Luiz Carlos Prestes em 1936, discordasse da conduta da OAB em 2016. Talvez. Seria difícil para um anticomunista defensor de comunistas entender o respaldo da Ordem à deposição da presidente, atendendo mais à postura de classe do que qualquer outra coisa. Porém, o presidente do Conselho Federal da OAB em 1964, aplaudiria o destemor da atual gestão. Na época, Carlos Cavalcanti saudou “os homens responsáveis desta terra” que aboliram “o mal das conjuras comuno-sindicalistas”. Por certo, louvaria a reprise do feito memorável de 1964 como mais uma façanha a ser introduzida nos anais da OAB. Palmas!
Feliz Sexta-Feira 13, valoroso Congresso Nacional. Embora sem o brilho, o charme, a malícia e o algo mais da pedagógica e inolvidável votação da Câmara naquele 17 de abril mágico — que já ingressou na História do Brasil como uma das noites mais esplêndidas do firmamento nacional — o Senado também prestou seu tributo à arte do entretenimento pátrio. Que mensagem enviaria a um parlamento que enalteceu a tortura e os torturadores – além da mamãe, do papai, da vovó, da cunhada, do cachorro e do periquito da família – um ex-integrante daquele mesmo parlamento, o deputado Rubens Paiva? Aquele Rubens Paiva que, num feriado do verão carioca de 1971, foi arrancado da sua família por seis homens e arrastado para o DOI-Codi para nunca mais ser visto? Que foi chacinado e morto e teve seus restos mortais jogados ao mar?
Feliz Sexta-Feira 13, intrépidos colunistas, comentaristas, articulistas, comunicadores e demais valentes serviçais do patronato midiático. Foi uma tarefa e tanto nos últimos 14 anos, principalmente nos dois mais recentes.
Para alguns, deve ter valido a pena ceder todos os orifícios da alma à concupiscência do sinhôzinho e do seu modo de perceber o país, o mundo e a vida. Um jornalista mais brilhante e menos sabujo, embora também golpista, como Carlos Lacerda, reconheceria relevância artística na obra de seus pupilos: a edificação do golpe, tijolo por tijolo num desenho lógico. Menos pela formosura da frase, mais pela sua malignidade. Menos pela veracidade, mais pela fábula. Menos pela concisão, mais pela avalanche.
Mas descansem um pouco, rapazes e raparigas, velhotes e velhotas. Há trabalho pesado à espera. Agora, a pauta de vocês é converter Michel Temer em estadista. Boa sorte. Vão precisar.
Postado em RSUrgente em 13/05/2016
O texto está em letras na cor preta para marcar minha tristeza, meu inconformismo, minha rebeldia com este Golpe de Estado que nosso amado
Brasil e nossa Democracia acabam de sofrer em 12 de Maio de 2016.
Vídeos de alguns Senadores que lutaram pela Democracia na madrugada de 12 de Maio e imagens do povo apoiando a Presidente Dilma em sua saída após o Golpe de Estado
Povo em frente ao Palácio do Planalto, apoiando a Presidenta Dilma em sua saída após o Golpe de Estado, às 11 horas da manhã de 12/05/2016
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Em defesa das putas : não as comparem com certos políticos !
Salão na Rue des Moulins (1894) de Henri de Toulouse-Lautrec
Washington Luiz de Araújo*
Nestes tempos conturbados, em que golpe é a palavra do momento, muitos comparam os golpistas, os traidores da democracia, os usurpadores com prostitutas. Alto lá! Mais respeito com aquelas que vivem dignamente exercendo seu trabalho e que também são conhecidas como "mulheres de vida fácil", embora saibamos que nada há de fácil na vida dessas mulheres. Ao contrário de políticos como Eduardo Cunha, Michel Temer, Renan Calheiros e seus seguidores, as prostitutas são, na maioria, pessoas honestas.
Não se ouve falar de meretriz que mande dinheiro público para a Suíça, por exemplo. Não se sabe de prostituta que viva de vazar, com a própria voz ou com a própria grafia, os segredos que ouve na cama. Não é rotina as "mulheres de vida fácil" saírem por aí chantageando maridos, ameaçando-os de entregá-los às esposas, mesmo depois de terem recebido pelo exercício de seu ofício.
Além disso, "puta" é adjetivo usado para definir coisas boas: "Caramba, você fez um puta trabalho!"; "Que puta bolo gostoso você fez!"; "Meu amigo, você é um puta cara!". Que coisa boa podemos falar dos políticos corruptos que se acumpliciaram com outros do mesmo tipo para derrubarem uma presidenta honesta? Que um dia estavam do lado da presidenta e no outro a estavam apunhalando pelas costas. Sinceramente, não dá para comparar isso com o trabalho de uma prostituta, que cumpre com o tratado.
Na esteira dessa injustiça, fala-se que o Congresso virou um puteiro. Alto lá, novamente! Um prostíbulo é uma casa organizada, onde a prática do sexo é devidamente regrada. Há respeito entre as prostitutas, a dona ou o dono da casa e os clientes. Já no Congresso...
Jorge Amado, useiro e vezeiro em utilizar prostitutas em seus belos romances, dizia que passou a frequentar o bordel ainda criancinha, quando um tio o levava. Enquanto o tio se divertia, ele ficava sentado no colo de uma das moças e recebia agrados como doces e bolos. Amado sabia das coisas e nunca retratou mal uma prostituta em seus romances. Já os políticos...
Gabriela Leite, que do estudo de Sociologia na USP partiu para a profissão de prostituta e se transformou numa grande ativista, líder, lutadora pelos direitos da prostituição, autora do livro "Filha, mãe, avó e puta", afirmou em sua obra: "O maior preconceito é porque trabalhamos com sexo. Sexo é o grande problema, é o grande interdito das pessoas. E nós trabalhamos, fundamentalmente, com fantasia sexual, esse é o verdadeiro motivo da existência da prostituição. É um campo imenso. É uma babaquice dizer que só puta vende o corpo! E vender sua cabeça, quanto custa? O operário vender seu braço, quanto custa? Todo mundo vende sua força de trabalho, que está com seu corpo".
Gabriela, falecida em 2013, lembrou em entrevista para a revista "TPM": "Certa vez, um deputado chamou o outro de filho da puta, e nos defenderam, falando que a prostituta deve ser tratada com mais respeito." Na mesma entrevista, Gabriela afirmou que existe "filho da puta do bem e do mal", depende da forma com que a expressão é utilizada. Sobre o filho da puta do mal, a ativista não titubeou em exemplificar: "Renan Calheiros". E olha que a entrevista se deu em 2007...
Fico aqui matutando: o que pensaria Gabriela Leite sobre o momento atual de golpe à democracia, de traições, de grave ameaça aos direitos civis? Certamente estaria bradando: "Mais respeito com as putas. Não nos comparem com estes políticos golpistas".
* Jornalista
Postado em Brasil 247 em 11/05/2016
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