Felicidade e a arte do bem-viver






Dalai Lama dá 20 dicas para alcançar a felicidade e a arte do bem-viver



Confira a lista das 20 reflexões relacionadas à conquista da felicidade que foram oferecidas ao mundo pelo Dalai Lama
Vale tomar conhecimento delas, e meditar a respeito.



Redação Pragmatismo

Embora seja possível atingir a felicidade, ela não é uma coisa simples. Existem muitos níveis de felicidade. O budismo, por exemplo, refere-se a quatro fatores de contentamento ou felicidade: os bens materiais, a satisfação mundana, a espiritualidade e a iluminação. O conjunto desses fatores abarca a totalidade da busca pessoal de felicidade.

Deixemos de lado, por ora, as aspirações últimas a nível religioso ou espiritual, como a perfeição e a iluminação, e concentremo-nos unicamente sobre a alegria e a felicidade, tal como as concebemos a nível mundano. A este nível, existem certos elementos-chave que nós reconhecemos convencionalmente como contribuindo para o bem-estar e a felicidade. 

A saúde, por exemplo, é considerada como um fator necessário para o bem-estar. Um outro fator são as condições materiais ou os bens que possuímos. Ter amigos e companheiros, é outro. Todos nós concordamos que para termos uma vida feliz precisamos de um círculo de amigos com quem nos possamos relacionar emocionalmente e em quem possamos confiar.

Portanto, todos estes fatores são causas de felicidade. Mas para que um indivíduo possa utilizá-los plenamente e gozar de uma vida feliz e preenchida, a chave é o estado de espírito. É crucial. Se utilizarmos as condições favoráveis que possuímos, tais como a saúde ou a riqueza, com fins positivos, para ajudar os outros, esses fatores contribuem para uma vida mais feliz.

Claro que, pessoalmente, também tiramos partido dessas coisas – facilidades materiais, sucesso, etc -, mas se não tivermos a atitude mental correta, se não cuidarmos do fator mental, essas coisas acabam por ter pouca incidência sobre o sentimento geral de felicidade. 

Por exemplo, se guardarmos ódio ou rancor no fundo de nós mesmos, isso acabará por destruir a nossa saúde, destruindo assim um dos fatores. Por outro lado, se nos sentirmos infelizes ou frustrados, o conforto material não chegará para nos compensar. Mas se mantivermos um estado de espírito calmo e sereno, poderemos sentir-nos felizes mesmo se a nossa saúde não for das melhores. Em contrapartida, mesmo se possuirmos objetos raros ou preciosos, podemos querer jogá-los fora ou destruí-los num momento de grande cólera ou ódio. Nesse momento, os bens não significam nada para nós.

Existem atualmente sociedades com um grande grau de desenvolvimento material e no seio das quais muitos indivíduos não se sentem felizes. A nível superficial, essa abundância é muito atraente, mas por trás existe um desassossego mental que leva à frustração, a discórdias desnecessárias, à dependência das drogas ou do álcool e, no pior dos casos, ao suicídio.

Não existe portanto nenhuma garantia de que a riqueza por si só possa trazer-nos a alegria ou a satisfação que procuramos. O mesmo se pode dizer dos amigos. Quando estamos muito zangados, mesmo um amigo muito próximo pode parecer-nos glacial, frio, distante e muito irritante.

Tudo isto indica a enorme influência que o estado de espírito, o fator mental, pode ter na nossa vivência de todos os dias. Portanto, temos de ter esse fator seriamente em linha de conta. Independentemente de uma prática espiritual, mesmo em termos mundanos, a nossa capacidade de desfrutar de uma vida agradável e feliz depende da nossa serenidade mental.

Talvez devesse acrescentar que quando falamos de um estado de espírito calmo ou de paz de espírito não devemos confundir isso com um estado de insensibilidade ou de apatia. 

Possuir um estado de espírito calmo não significa estar completamente alheado ou amorfo. A paz de espírito, esse estado de serenidade, tem de estar enraizado na afeição e na compaixão, o que implica um grande nível de sensibilidade e de sentimento.

Enquanto nos faltar a disciplina interior que conduz à serenidade, sejam quais forem as facilidades ou as condições exteriores que nos rodeiam, elas nunca nos trarão esse sentimento de alegria e de felicidade que procuramos. 

Por outro lado, se possuirmos as qualidades interiores de serenidade e de estabilidade, mesmo que os fatores exteriores de conforto normalmente considerados como indispensáveis à felicidade não estejam em nossa posse, podemos ter uma vida alegre e feliz.

20 dicas do Dalai Lama para o bem viver

Tenzin Gyatso, o atual Dalai Lama, é o 14º de uma linhagem de líderes religiosos da escola Gelugpa do budismo tibetano. 

Ele é, ao mesmo tempo, um monge reconhecido por todas as escolas do budismo tibetano, e o líder político oficial no exílio desde que seu país, o Tibete, foi invadido pela China no ano de 1959.

Dalai significa “oceano” em mongol e “lama” é a palavra tibetana para mestre de sabedoria, ou guru. Por essa razão os tibetanos referem-se a ele como “Oceano de Sabedoria”. 

Como todos os seus antecessores, desde o século 14 os dalai lamas são mostrados como sendo a manifestação de Avalokiteshvara (em sânscrito), o Bodhisattva da Compaixão, cujo nome é Chenrezig em tibetano.

Na virada do milênio, o Dalai Lama ofereceu ao mundo uma lista de 20 reflexões, todas elas relacionadas à conquista da felicidade.

Vale a pena tomar conhecimento delas, e meditar a respeito. Aqui estão:

1 – Leve em consideração que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos.

2 – Quando você perder, não deixe de tirar uma lição da experiência.

3 – Siga os três Rs : respeito por si próprio, respeito pelos outros, responsabilidade por todas as suas ações.

4 – Lembre-se que não conseguir o que você quer é algumas vezes um lance de sorte.

5 – Aprenda as regras para que você saiba como infringi-las corretamente.

6 – Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.

7 – Quando você perceber que cometeu um erro, tome providências imediatas para corrigi-lo.

8 – Passe algum tempo sozinho todos os dias.

9 – Abra seus braços para mudanças, mas não abra mão de seus valores.

10 – Lembre-se que o silêncio às vezes é a melhor resposta.

11 – Viva uma vida honrada. Então, quando você ficar mais velho e pensar no passado, você vai ser capaz de apreciá-lo uma segunda vez.

12 – Uma atmosfera de amor em sua casa é o fundamento para sua vida.

13 – Em discordâncias com entes queridos, trate apenas da situação atual. Não fale do passado.

14 – Compartilhe o seu conhecimento. É uma maneira de alcançar a imortalidade.

15 – Seja gentil com a Terra.

16 – Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.

17 – Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor um pelo outro excede a sua necessidade pelo outro.

18 – Julgue seu sucesso pelo que você teve que renunciar para consegui-lo.

19 – Aproxime-se do amor e cultive-o despreocupadamente.

20 – Se você quer ver a si mesmo e o outro feliz, pratique a compaixão.



Postado no Pragmatismo Político em 07/02/2016



Já escolheu o estilo para este Verão 2016 ? Birken, Rasteira, Espadrille, ou Sapatilha





A Birken se encaixa no estilo Normcore. Este estilo prioriza o conforto, por isto pode ser combinada com tudo que te deixe confortável: short, saias, vestidos e calça jeans.














Rasteira, um calçado confortável e prático. Elas combinam com todas as peças do guarda roupa. 






















Usando uma Espadrille, você não estará esportiva demais e nem despojada demais. São feitas com rafia, palha ou cordas tranças no salto. Podem ser sem salto, com salto estilo anabela, abertas, trançadas na perna ou com fivela.






















Cada dia mais as Sapatilhas vêm inovando com novos modelos. 

















O desafio de conversar com um fascista




Rubens Casara 


Em Adorno, a ignorância, a ausência de reflexão, a identificação de inimigos imaginários, a transformação dos acusadores em julgadores (e vice-versa) e a manipulação do discurso religioso são, dentre outros sintomas, apontados como típicos do pensamento autoritário.

Pensem, agora, na naturalização com que direitos fundamentais são afastados e violados no Brasil, na crença no uso da força (e do sistema penal) para resolver os mais variados problemas sociais, na demonização de um partido político (que, apesar de vários erros, e ao contrário de outros partidos apontados como “democráticos”, não aderiu aos projetos a seguir descritos), no prestígio novamente atribuído aos “juízes-inquisidores”, nos recentes linchamentos (inclusive virtuais), no número tanto de pessoas mortas por ação da polícia quanto de policiais mortos e nos projetos legislativos que:

a) relativizam a presunção de inocência; 

b) ampliam as hipóteses de “prisão em flagrante” em evidente violação aos limites semânticos da palavra “flagrante” inscrita no texto Constitucional como limite ao exercício do poder; 

c) criminalizam os movimentos sociais com a desculpa de prevenir “atos de terrorismo”; 

d) impedem o fornecimento de “pílulas do dia seguinte” para profilaxia de gravidez decorrente de violência sexual e criminalizam médicos que dão informações para mulheres vítimas de violência sexual;

e) eliminam o princípio constitucional da gratuidade na educação pública, dentre outras aberrações jurídicas.

Conclusão? Avança-se na escala do fascismo.

O fascismo recebeu seu nome na Itália, mas Mussolini nunca esteve sozinho. Diversos movimentos semelhantes surgiram no pós-guerra com a mesma receita que unia voluntarismo, pouca reflexão e violência contra seus inimigos. 

Hoje, parece que há consenso de que existe(m) fascismo(s) para além do fenômeno italiano ou, ainda, que o fascismo é um amálgama de significantes, um “patrimônio” de teorias, valores, princípios, estratégias e práticas à disposição dos governantes ou de lideranças de ocasião (que podem, por exemplo, ser fabricadas pelos detentores do poder político ou econômico, em especial através dos meios de comunicação de massa), que disseminam o ódio contra o que existe para conquistar o poder e/ou impor suas concepções de mundo.

O fascismo possui inegavelmente uma ideologia: uma ideologia de negação. Nega-se tudo (as diferenças, as qualidades dos opositores, as conquistas históricas, a luta de classes, etc.), principalmente, o conhecimento e, em consequência, o diálogo capaz de superar a ausência de saber.

Os fascistas, como já foi dito, talvez não saibam o que querem, mas sabem bem o que não suportam. Não suportam a democracia, entendida como concretização dos direitos fundamentais de todos, como processo de educação para a liberdade e de limites ao exercício do poder.

Essa mistura de pouca reflexão (o fascismo, nesse particular, aproxima-se dos fundamentalismos, ambos marcados pela ode à ignorância) e recurso à força (como resposta preferencial para os mais variados problemas sociais) produz reflexos em toda a sociedade.

As práticas fascistas revelam uma desconfiança. O fascista desconfia do conhecimento, tem ódio de quem demonstra saber algo que afronte ou se revele capaz de abalar suas crenças.

Ignorância e confusão pautam sua postura na sociedade. O recurso a crenças irracionais ou anti-racionais, a criação de inimigos imaginários (a transformação do “diferente” em inimigo), a confusão entre acusação e julgamento (o acusador – aquele indivíduo que aponta o dedo e atribui responsabilidade – que se transforma em juiz e o juiz que se torna acusador – o inquisidor pós-moderno) são sintomas do fascismo que poderiam ser superados se o sujeito estivesse aberto ao saber, ao diálogo que revela diversos saberes.

Diante dos riscos do fascismo, o desafio é confrontar o fascista com aquilo que para ele é insuportável: o outro. O instrumento? O diálogo, na melhor tradição filosófica atribuída a Sócrates.

Talvez esse seja o objetivo do diálogo proposto pela filósofa Marcia Tiburi em seu novo livro, que tive o prazer de apresentar (o prefácio é do sempre excelente Jean Wyllys).

Em “Como conversar com um fascista: reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro” (Rio de janeiro: Record, 2015), a autora resgata a política como experiência de linguagem, sempre presente na vida em comum, e investe nessa operação, que exige o encontro entre o “eu” e o “tu”, apresentada como fundamental à construção democrática.

De fato, a qualidade e a própria existência da forma democrática dependem da abertura ao diálogo, da construção de diálogos genuínos – que não se confundem com monólogos travestidos de diálogos – em que a individualidade e os interesses de cada pessoa não inviabilizam a construção de um projeto comum, de uma comunidade fundada na reciprocidade e no respeito à alteridade.

Ao tratar da personalidade autoritária, dos micro-fascismos do dia-a-dia, do consumismo da linguagem, da transformação de pessoas em objetos, da plastificação das relações, da idiotização de parcela da população, dentre outros fenômenos perceptíveis na sociedade brasileira, Marcia Tiburi sugere uma mudança de atitude do um-para-com-o-outro.

Nos diversos ensaios deste livro, a autora conduz o leitor para um processo de reflexão e descoberta dos valores democráticos, bem como desvela as contradições, os preconceitos e as práticas que caracterizam os movimentos autoritários em plena democracia formal.

Mas, não é só.

Ao propor que a experiência dialógica alcance também os fascistas, aqueles que se recusam a perceber e aceitar o outro em sua totalidade, Marcia Tiburi exerce a arte de resistir.

Dialogar com um fascista, e sobre o fascismo, forçar uma relação com um sujeito incapaz de suportar a diferença inerente ao diálogo, é um ato de resistência. Confrontar o fascista, desvelar sua ignorância, fornecer informação/conhecimento, levar esse interlocutor à contradição, desconstruindo suas certezas, forçando-o a admitir que seu conhecimento é limitado, fazem parte do empreendimento ético-político da autora, que faz neste livro uma aposta na potência do diálogo e na difusão do conhecimento como antídoto à tradição autoritária que condiciona o pensamento e a ação em terra brasilis.

O leitor, ao final, perceberá que não só o objetivo foi alcançado como também que a autora nos brindou com um texto delicioso, original, profundo sem ser pretensioso. Mais do que recomendada a leitura.


Rubens Casara é Doutor em Direito, Mestre em Ciências Penais, Juiz de Direito do TJ/RJ, Coordenador de Processo Penal da EMERJ e escreve a Coluna ContraCorrentes, aos sábados, com Giane Alvares, Marcelo Semer, Marcio Sotelo Felippe e Patrick Mariano.



Postado no Pragmatismo Político em 05/02/2016


Lula é só mais um líder popular massacrado pela direita de sempre




Eduardo Guimarães 

É ocioso lembrar quantos grandes líderes políticos já foram massacrados por essa mesma direita que está aí hoje a bombardear Lula de forma mecânica, metódica, planejada e executada com o timing e a sincronia de um balé bizarro.

Getúlio, Juscelino e Jango que o digam.

Todas essas investidas de grandes grupos corporativos de imprensa, de setores do Judiciário, das polícias militarizadas ou não contra líderes populares marcaram o século XX no Brasil e, agora, preparam-se para marcar, pela primeira vez, o século XXI.

Não passou da segunda década deste século a volta de um golpismo no país cujos efeitos foram sentidos por aqui durante mais da metade do século passado, inclusive no seu estertor.

Este, pois, é um país de tradição golpista – o que não chega a ser uma grande novidade, não é mesmo?

Enfim, Brasil, és um país que, de repente, tropeçaste, endoidaste e perdeste o rumo. E, nesse processo de hipnose coletiva que lembra um daqueles filmes de zumbis em que hordas de seres furiosos saem pelas ruas extravasando seus piores demônios por atos e palavras, irás marcar a segunda década do século XXI com o estigma do retrocesso político, social, cultural, econômico, democrático e institucional.

A história da humanidade é escrita sob a confrontação entre versões e fatos, ainda que alguns tentem dar conotações a esses fatos que não se amparam em razões concretas, passíveis de demonstração.

Todavia, é possível registrar a história com clareza neste tempos de inclusão digital, de um quase apogeu da comunicação e dos meios de armazenamento de todo e qualquer tipo de detalhe sobre qualquer período e qualquer episódio.

Ao longo das últimas duas décadas, cada capítulo da história humana pôde ser registrado de uma forma que jamais fora possível em mais de cinco mil anos de história da civilização. Somos uma sociedade que, no futuro, poderá ser visitada em detalhes ao clicar de um botão.

Não existe nenhuma dúvida de que será possível comprovar como o que fizeram contra Luiz Inácio Lula da Silva nada mais foi do que o mesmo que fizeram contra outros grandes líderes políticos que conseguiram resgatar por algum tempo o orgulho de ser brasileiro, um sentimento que jamais interessou à burguesia local, que sabe como a falta de um espírito coletivo fragiliza comunidades exploradas por interesses isolados.

Você pode olhar o linchamento público de Lula como mais uma derrota da eterna e injusta luta pela igualdade entre os brasileiros, em que uma maioria imensa, esfacelada e desmoralizada praticamente se entrega nas mãos de uma microscópica minoria determinada e abastada. Ou pode olhar o surgimento de Lula como mais um passo nessa luta.

Sim, conseguiram combalir Lula politicamente, ao menos por enquanto. Mas nunca outro líder popular conseguiu aumentar tanto os direitos e as expectativas dos brasileiros.

Ou será que a direita acha que, após voltar ao poder, este povo se conformará em ter menos do que teve durante os melhores anos da era Lula?

Esqueça, baby. As expectativas se inflacionaram. O brasileiro, após Lula, quer mais. E exigirá mais. Podem vir com todo papo neoliberal sobre ser inevitável todo mundo se f… que não adiantará nada. A população vai explodir, se tentarem obrigá-la a aceitar retrocessos.

E na Justiça? E no império da Lei? A era Lula (que compreende Dilma) deixará um marco. Muitos podem achar que a história não registrará que gente graúda só começou a responder por seus atos após Lula chegar ao poder, mas é uma expectativa vã.

Esse será um importante capítulo da história brasileira.

Enfim, homens passam, mas a história fica. É eterna, e ensinará que a impunidade diminuiu de forma inédita neste período histórico enquanto tantos alcançaram um nível muito melhor de desenvolvimento humano.

Lula poderá ser, ou não, mais um martirizado pela direita, que talvez, como outros, só venha a ser reconhecido no futuro, como JK, Getúlio e, em boa medida, como o próprio Jango. Mas pode ser que não aconteça.

Lula pode se recuperar do golpe. Não é porque outros líderes como ele não se recuperaram do massacre conservador que isso nunca ocorrerá.

Mas é o de menos. Após os golpes anteriores da elite para retardar o progresso social da nação, a sociedade acabou recobrando o juízo e levando líderes progressistas ao poder por períodos cada vez mais longos, quando obtiveram progressos cada vez mais intensos.

O Brasil achará seu rumo. E tudo que está acontecendo servirá para ensinar lições às gerações futuras. Lições que poderão surpreender a todos os que hoje acham que ganharam ou perderam, pois ninguém nunca ganha ou perde nada definitivamente, haja vista que a história certamente não tem um fim possível de ser previsto.

A história começa a ser escrita hoje, neste minuto em que você lê estas palavras. Todo o resto virou passado. Até a frase que você acaba de ler.


Postado no Brasil 247 em 05/02/2016


Ex-presidente da Associação de Delegados da PF diz que há “ guerra ao PT ”





Fernando Brito

Eu não acho que exista um combate à corrupção, existe uma guerra declarada ao Partido dos Trabalhadores”
Quem diz a frase, dita com a ressalva de que “não sou PT” e “não gosto de muita coisa no PT” é o delegado aposentado Armando Coelho Neto, ex-presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal.

A entrevista, ao veterano colega Humberto Mesquita (ex-Realidade, Tupi e SBT), é impressionante, porque é dada por quem não apenas conhece a corporação como porque historia fatos. E que evita, por consciência do que deve ser o comportamento de uma autoridade policial, evita qualquer afirmação leviana contra qualquer pessoa.

Um deles é a descrição de como se tomou o depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: com absoluta discrição e sem qualquer tipo de constrangimento, como deve ser a colaboração com a apuração de crimes.

Outro, a denúncia sobre o desvirtuamento da Operação Zelotes, que apura sonegação – e, portanto, desvio de dinheiro público – em volume maior do que a Lava Jato e foi transformada em “Operação Filho do Lula”, por uma suspeita que, além de frágil, é absolutamente lateral ao cerne do que se fez: formar-se um esquema de quadrilha dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

O delegado Armando já havia sido mencionado aqui, por conta de um dos ótimos posts de Marcelo Auler, repórter que conhece a área e que é testemunha do comportamento deste policial.

Que parece mesmo alguém mais preocupado em ser equilibrado do que um leviano e exibido.






Postado no Tijolaço em 04/02/2016

Este curta o ajudará a pensar se você é feliz com o que faz


Você é feliz com o que faz?

Gema Coelho

Você é feliz com o que está fazendo neste momento? Pense. Pode ser que você esteja se dedicando a um trabalho do qual não goste, que esteja acompanhado da pessoa errada, ou mesmo que não esteja aproveitando todas aquelas coisas que você tanto gosta de fazer, colocando como desculpa o fato de que não tem tempo.

Estamos acostumados a viver no automático, carregados de obrigações e responsabilidades sem levarmos em conta nosso bem-estar pessoal, como o protagonista do nosso curta. 

A única coisa que sabemos fazer é nos esquecer de nós mesmos. Nos tornamos invisíveis e nem sequer nos questionamos se estamos onde queremos estar, se estamos fazendo o que queremos fazer, ou se estamos acompanhados da pessoa que desejamos que esteja ao nosso lado.


Pode ser que você tenha se acostumado tanto com sua rotina, o seu dia a dia, que nem sequer pense na possibilidade de mudança. Já tinha pensado nisso? 

O costume pode ser um bom companheiro pela sua tranquilidade, mas também tem a capacidade de nos limitar e impedir nosso crescimento, tanto no trabalho, como no âmbito social ou pessoal.

A diferença entre hábito e paixão

Não é o mesmo se dedicar a alguma coisa pela qual se sente verdadeira vocação e paixão e se dedicar a um trabalho imposto, pelo qual não se sente o menor interesse. 

Não é o mesmo estar com a pessoa que o faz feliz e estar com alguém a quem você se acostumou e com quem a indiferença se instalou. Também não dá na mesma fazer as coisas por fazer e realizá-las porque contribuem com um toque de sabor e de cor na sua vida.

Há uma diferença entre fazer as coisas por hábito e fazê-las por paixão. O hábito está ligado ao automatismo e à inércia; fazemos as coisas sem nos darmos conta. A paixão apóia a vida, vontades, ilusão e cor.

A emoção está na paixão e não no hábito. A felicidade é criar a sua atitude, sua vida e suas oportunidades.

O mundo precisa, urgentemente, de gente que ama o que faz, mas, sobretudo, você precisa fazer coisas que você adora, estar com pessoas que você ama e se dedicar a aquilo que o apaixona. Ser feliz também requer esforços.

Precisamos amar o que fazemos

Você precisa voltar a reluzir esse brilho intenso nos seus olhos, precisa que a emoção e a intensidade voltem para a sua vida. Que a esperança apareça e a ilusão seja sua companhia. Precisa amar seu dia a dia e tudo o que isso envolve. Precisa ser o motor da sua vida e poder dirigi-la para onde você quiser, com as pessoas que gosta e da maneira que achar melhor.


Arriscando-me a parecer utópica, posso dizer que isso é possível. É necessário muita vontade, muita coragem e valentia, e uma grande quantidade de paixão, curiosidade e ilusões. 

As oportunidades não chegam do nada; você deve sair à procura delas, e não me ocorre outra maneira que não seja com muita vontade de mudar e com esforço para lutar pelos seus sonhos.


Os resultados vão chegar, mas com o tempo. Você só tem que decidir querer tomar as rédeas da sua vida e começar a plantar sementes para que pouco a pouco elas deem seus frutos. 

Não digo que será uma tarefa simples, não digo que será uma tarefa sem obstáculos, mas posso afirmar que será uma das coisas mais bonitas e prazerosas que você já realizou na sua vida. O valor de lutar pelo que queremos não tem preço.

Faça o que ama e você será feliz

Pode ser que nestes momentos aconteça com você o mesmo que acontece com o protagonista no início deste curta-metragem, que você esteja cansado e envolvido em uma atmosfera de falta de cuidado e inércia, sendo infeliz e que tenha um sonho na lista de espera, aguardando o momento perfeito para ser cumprido. 

Mas não existe o momento perfeito, você cria o momento perfeito para tornar seus sonhos realidade.

Seja você quem cria a oportunidade na sua vida


Por que não faz como o protagonista deste curta, que cansado de sua situação decide lutar por seu sonho pouco a pouco e consegue no final ser feliz? 

Cansado de trabalhar para uma fábrica de alimentos enlatados, ele decidiu dar uma guinada na sua vida, começando a cozinhar alimentos naturais com o objetivo de cultivar um mundo melhor.

Você também pode fazê-lo, é só procurar aquilo que você ama e sair em busca disso. Com paciência, com esforço, com coragem e valentia, mas, sobretudo, deixando amor em cada passo. 

As pessoas mais felizes com as quais me encontrei foram aquelas que descobriram o que queriam fazer e decidiram sair para procurá-lo.