O Brasil que deu certo vs o Brasil que deu errado






Emir Sader

Na contraposição imposta pela mídia entre ela e Lula, são dois Brasis que se enfrentam. Lula representa o Brasil que deu certo e a velha mídia é o mais expressivo retrato do Brasil que deu errado.

A trajetória da elite brasileira e da construção do Brasil como o pais mais desigual do continente mais desigual pode ser acompanhada diretamente pela própria trajetória da mídia brasileira, que sempre esteve do lado dessa elite, comprometida pelo lado pior da historia do Brasil. 

A mídia esteve contra as transformações econômicas e sociais conduzida pelo Getúlio, como o maior estadista brasileiro do século XX, esteve com todas as tentativas de derrota-lo eleitoralmente, em 1945 e em 1950, esteve a favor de todas as tentativas de golpe contra o Getúlio e a democracia. Não por acaso, assim que o povo do Rio de Janeiro soube da morte do Getúlio, saiu em milhões às ruas da cidade, atacando as sedes dos jornais, centro das campanhas contra o maior líder popular da época.

A mídia seguiu as tentativas golpistas durante o governo de JK e apoiou o golpe que se tramou contra a posse Jango, em 1961. Foi brecada pela reação popular e pela resistência dirigida pelo Brizola. A mídia esteve pela manutenção do parlamentarismo, como forma de diminuir a capacidade de governo do Jango e mais uma vez foi derrotada.

Em um momento significativo da sua historia, a mídia promoveu ativamente o movimento de desestabilização politica que levou ao golpe e saudou o golpe que terminava com a democracia no Brasil, como um movimento que, ao contrario, salvaria a democracia. Apoiou a ditadura na sua selvagem repressão contra a oposição. A Folha de São Paulo chegou a emprestar seus carros para que, disfarçados de jornalistas, policiais da sangrenta Operação Bandeirantes prendessem, matassem, levassem à tortura a milhares de opositores à ditadura.

A mídia apoiou o modelo econômico da ditadura, centrado no arrocho salarial, na intervenção em todos os sindicatos e no fim das campanhas salariais. Elogiou permanentemente o "milagre econômico", que super explorou os trabalhadores e mais concentrou renda na nossa historia. A mídia estava, mais uma vez, do lado oposto ao povo e à democracia.

Diante da possibilidade de que um candidato do campo popular – Lula ou Brizola – fosse eleito, em 1989, a mídia apoiou e promoveu a imagem do Collor, como seu novo preferido. Deu cobertura às operações de marketing midiático que acobertavam um governo com medidas duramente antipopulares e antinacionais.

A mídia apoiou com todas suas forças a candidatura de FHC, como meio de impedir a vitória do Lula. Cantaram, em prosa e em verso, o governo do FHC como a redenção maior do Brasil, o avanço para um pais do futuro. A Folha chegou a criar um caderno chamado A Era FHC, para saudar os novos tempos, que foi desaparecendo melancolicamente aos poucos e teve fim. 

A mídia escondeu os processos de desigualdade social que o Plano Real promovia, enquanto apoiavam o maior escândalo de corrupção da historia do pais, com as privatizações a preços irrisórios do patrimônio publico de empresas estatais. Mais uma vez a mídia estava contra o povo e contra o Brasil.

O governo Lula resgatou a economia brasileira da profunda e prolongada crise recessiva a que o governo FHC havia a havia jogado, com inflação de 12,%, com desemprego de 18%. 

Lula conduziu o Brasil ao período de maior auge econômico e social da sua historia, elevando como nunca a imagem do pais diante dos próprios brasileiros e projetando a imagem mais positiva do Brasil no mundo.

A mídia fez oposição feroz ao melhor governo que o Brasil ja teve. Lula terminou seu mandato com mais 80% de referencias negativas na mídia, mas com mais de 80% de apoio popular. Lula representava o Brasil que dava certo e a mídia estava contra.

Quando ataca Lula com a mesma ferocidade com que fazia contra o Getúlio e contra o governo Lula, a mídia dá continuidade à sua trajetória que se identifica com o Brasil que não deu certo: o Brasil golpista, o Brasil da concentração de renda, o Brasil da subserviência aos EUA, o Brasil dos monopólios antidemocráticos dos meios de comunicação, o Brasil da ditadura, o Brasil da repressão, o Brasil da calunia, da impunidade, da submissão da mídia aos grandes grupos econômicos que a financiam, o Brasil do ódio ao povo e à democracia.

São dois Brasis que se enfrentam hoje: o Brasil do Lula, que deu certo, para o seu povo, para a democracia, para sua auto estima, e o Brasil que deu errado, que só favoreceu suas elites conservadoras e hoje quer impedir que o Brasil que deu certo volte a se impor. 

Lula representa o Brasil que dá certo, a mídia representa o Brasil que sempre deu errado. E que quer impedir que seja o povo que decida, pelo voto democrático, que Brasil os brasileiros preferem: o que deu certo ou o que sempre deu errado para o povo e para a democracia.


Postado no Brasil 247 em 02/02/2016


























Os 9 passos do detox emocional : tornando a mente leve e livre de impurezas




Soraya Rodrigues de Aragão

Muitas vezes, o corpo pede um tempo de tranquilidade para desintoxicar emoções negativas para realizarmos uma verdadeira limpeza na “alma”. 

O detox emocional é a higienização de nossas emoções que, tal como a higiene corporal que realizamos todos os dias, necessitamos limpar nossa mente de tudo o que não nos proporciona bem estar e paz de espirito

A vida contemporânea é um desafio constante, principalmente quando o assunto é equilíbrio emocional. Estamos submersos em um sistema individualista, competitivo, consumista, descartável, egoísta e portanto gerador de estresse, onde tal como autômatos condicionados e estereotipados, nos entravamos em “jogos de egos” , que não nos proporcionam um avanço significativo em aspectos cruciais do desenvolvimento humano em que possam abranger a satisfação de nossas carências e necessidades existenciais mais profundas.

Faz-se necessário sobretudo um olhar critico, avaliador e validativo da consciência entre a vida que levamos e a vida que realmente precisamos usufruir.

Sendo assim, há momentos em que necessitamos parar e avaliar a qualidade da nossa vida. Muitas vezes, o corpo pede um tempo de tranquilidade para desintoxicar emoções negativas, para realizarmos uma verdadeira limpeza na “alma” e nos abastecer de “energias curativas” . Deste modo, é imprescindível priorizar nossa paz e tranquilidade, sobretudo. 

Para este fim, precisamos aprender a harmonizar nossa mente. Uma boa dica para estarmos em forma emocionalmente é fazer um detox emocional.

O que é o detox emocional e como fazê-lo?

Do mesmo modo que não escolhemos qualquer alimento para consumir, isto vale também para a qualidade das emoções que ingerimos diariamente. O detox emocional é a higienização de nossas emoções que, tal como a higiene corporal que realizamos todos os dias, é necessário limpar nossa mente de tudo o que não nos proporciona bem estar e paz de espirito. 

Este tipo de desintoxicação não objetiva controlar conteúdos tóxicos e emoções negativas, muito pelo contrário. A proposta é reconhece-las, acolhe-las e ressignificá-las em nosso campo emocional, promovendo luz à sombra. 

De vez em quando, sentimos necessidade de retirar as toxinas do corpo para energizá-lo, para nos sentirmos mais dispostos e leves. Sendo assim, porque não fazemos o mesmo com as nossas emoções negativas? Afinal de contas, a cura não acontece só de fora para dentro, mas sobretudo de dentro para fora.

Neste artigo, apresento algumas dicas de detox emocional:

1- Não aceite se envolver com “energias” e situações negativas

Refiro-me a “energia negativa”, toda e qualquer circunstancia ou acontecimento veiculado por pessoas que querem nos tirar do foco do nosso bem estar, da felicidade e da paz de espirito, quer consciente ou inconscientemente. 

Não existe ser humano perfeito, todos estamos em processo de aprendizado e sendo assim, nunca poderemos intitular que pessoas são “difíceis”, “negativas” ou “positivas” e sim que elas estão em construção continua. Elas procuram acertar e fazem o melhor que podem com os recursos de que dispõem. 

No entanto, algumas pessoas estão reiteradamente alimentando e fortificando sentimentos nocivos de raiva, mágoa e até mesmo ódio, sendo o instinto de ataque e defesa as regras preponderantes de sua conduta. Seria contraproducente segregá-las, pois todos temos nossas deficiências e dificuldades. 

Mas até que ponto isto nos custaria o próprio equilíbrio psíquico e emocional é uma decisão personalizada, visto que somos os únicos responsáveis por nosso próprio bem estar. A dica é não tornar-se refém de negatividades.

2 - Os benefícios curativos da meditação

Em meio à agitação da vida cotidiana, a meditação e o silencio tem poder curativo, pois proporcionam o encontro com a nossa essência e o contato com as nossas reais necessidades. 

Infelizmente, os constantes apelos externos nos distanciam cada vez mais de nós mesmos, pois nos focamos mais no ter do que no ser. A meditação “desacelera” o cérebro, reduzindo o estresse e consequentemente melhorando a qualidade do sono. Com a meditação, aprendemos também a respeitar nosso próprio ritmo e ciclos.

3 - A respiração abdominal é um ansiolítico natural

Quando nascemos, respiramos corretamente. Com o tempo, “desaprendemos” a respiração abdominal e respiramos superficialmente.

Uma respiração correta é preditiva de saúde, visto que a respiração profunda e rítmica equilibra o sistema nervoso autônomo. Nosso organismo tem a capacidade de produzir quase todas as substancias de que precisamos. Uma destas substancias são as endorfinas, hormônio que proporciona sensação de prazer e bem estar. Estas são fabricadas em situações especificas, como em uma caminhada ao ar livre por exemplo. 

A respiração abdominal (ou do bebe) é muito importante no detox emocional, pois tem poder ansiolítico, sendo muito eficaz em casos de transtornos de ansiedade como por exemplo nos ataques de panico.

4 - Estabeleça crenças edificantes

Seus padrões de crenças não só comandam seus comportamentos, mas sua relação consigo e sua percepção de si e do mundo. Esteja muito atento as suas crenças, pois somos o que acreditamos ser e fazemos o que acreditamos ser capazes de fazer, dentro do sentido de realidade.

Muitas vezes o conjunto de crenças limitantes que nos norteiam na vida sequer são nossas e tampouco racionalizadas. Muitas vezes não sabemos exatamente como, porque e de onde vieram essas crenças, mas elas contribuem significativamente em nossas vidas. 

Em nosso processo de desenvolvimento, estas crenças foram internalizadas na relação com nossos pais e família, bem como no contexto cultural em que fomos inseridos. Portanto, avalie suas crenças e ressignifique aquelas que não possibilitam seu progresso como pessoa.

5 - Desenvolva uma filosofia de vida que promova paz interior

A nossa sociedade apresenta interesses que muitas vezes não se coadunam com a nossa proposta de paz interior. 

A vida frenética, o querer possuir a todo custo, colocando como sacrifício o próprio equilíbrio psicofísico, é o preço que pagamos pela “civilização”, que constantemente apresenta sintomas de mal estar. 

O nosso sistema educacional por exemplo, nos ensina a servir aos interesses sociopolíticos e econômicos, mas é insuficiente no ensino de como lidar com nossas dificuldades existenciais. 

Sendo assim, precisamos buscar desenvolver o nosso patrimônio de “valores do equiibrio” por conta própria e um dos mais valiosos é a filosofia de paz. Podemos cultivá-la através de atitudes simples geradoras de bem estar, como a já mencionada meditação e alguns hábitos saudáveis como uma caminhada ao ar livre, uma pausa para o silencio, a contemplação do por do sol, ouvir uma boa música, ler um bom livro ou mesmo cultivar um jardim.

6 - Invista em relacionamentos interpessoais saudáveis

Somos seres sociais, gregários, e sendo assim, somos constituídos a partir da validação do olhar do outro. Para termos dinâmicas relacionais positivas vale sempre a regra de ouro ensinada pelo mestre Jesus: “Faça aos outros o que você gostaria que eles fizessem a você”. 

Agindo desta forma, indubitavelmente construiremos competências individuais e relacionais saudáveis e empáticas, pois respeitando a alteridade e tendo responsabilidade com nossas ações perante o outro, tudo se modifica para melhor. O resultado disto serão relacionamentos duradouros e de qualidade.

7 - Tire o foco dos problemas e coloque em primeiro plano os recursos disponíveis para superar desafios

Tire o foco das dificuldades. Caso você se foque no problema, você verá só o problema e a solução se torna mascarada ou passa para um segundo plano dificultando assim a visualização da solução. 

Para sair do foco do problema exercite antecipar mentalmente os resultados que deseja para si. Esta atitude traz insights poderosos. A partir desta perspectiva desenvolve-se a proatividade que facilitará a organização de estratégias e recursos mentais para solucionar qualquer desafio.

Parece uma dica simples, mas muito esquecida, pois o que acontece na prática com a maioria das pessoas é que elas estão condicionadas a pensar “como irão resolver o problema” ao invés de “como vão encontrar a solução” e existe uma grande diferença. Saia desta perspectiva e embora a dica seja muito simples, se dê a chance de experimentá-la e visualizar os resultados positivos.

8 - Invista em seu autoconhecimento

Não existe auto transformação nem aprimoramento pessoal sem autoconhecimento. Ele é importante para respondermos de forma equilibrada e consciente diante da vida e dos desafios que esta apresenta e que não são poucos.

Isto porque teremos conhecimento dos nossos conflitos e resistências, bem como de nossos recursos e potencialidades, o que gera auto confiança, autoestima e autorrealização. 

A partir do conhecimento de nossas emoções conflituosas e negativas, poderemos desintoxicá-las e dá-las um novo sentido, o que proporcionará mais bem estar, equilíbrio e paz interior.

9 - Descarregue as tensões diárias

A decisão de uma vida leve e livre de conflitos, sejam eles internos ou externos parte necessariamente de cada um de nós. 

Até mesmo porque os conflitos que temos no mundo externo sempre são uma extensão do nosso mundo interno. Tendo conhecimento deste fato, é necessário aprender a descarregar conteúdos conflitivos através de um trabalho profundo, aquele que vai na raiz do problema e que são geradores de tensão e desequilíbrio. 

Para este fim, podemos fazer mentalizações positivas e relaxamento mental antes de dormir, massagens relaxantes, alongamentos da musculatura e principalmente aprender a se conectar com a natureza. A psicoterapia é recomendável.

Para refletir

Espero que estas dicas possam contribuir de alguma forma para trazer-lhes paz, harmonia e qualidade de vida. Escolha a paz pra sua vida. Uma vida de qualidade começa sobretudo com o equilíbrio e a paz de espirito. 

Desapegue-se do seu passado, de suas referencias e de seus condicionamentos. Desejo-lhes sinceramente muita prosperidade e abundancia e que superem todos os seus desafios.

Alimente sempre hábitos positivos, crie novos paradigmas, cultive sempre a alegria de viver nas pequenas coisas do dia-a-dia, dando sentido e significado a tudo o que fizer com otimismo e gratidão. Estes sentimentos deixam a alma livre e leve. 

Desejo-lhes ainda que não sejam apenas realizados, mas sobretudo satisfeitos no cumprimento do seu propósito de vida e em seus projetos de felicidade.


Postado no Conti Outra


Decoração : cimento queimado


Fonte: Dwell

Lareira e piso de cimento queimado



Com um estilo bastante discreto, o cimento queimado deixa um aspecto bastante robusto no ambiente e é ótimo para quem busca uma decoração moderna e que combine muito bem com colorido (cores em geral) e madeira.






Fonte: Trendland





Fonte: Interior Ator





aqui








cimento-queimado-5


Nesse banheiro, o porcelanato tipo cimento queimado foi usado no piso e na parede











cimento-queimado-13


cimento-queimado-6


aec303-vizinho-70_16_mini





Fachada de casa com piso de cimento queimado







O vexame terminal de uma imprensa decadente e golpista



Miguel do Rosário

I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL!



A gente fica pensando até onde chegará o provincianismo golpista e sabotador da mídia e de seus aliados em setores autoritários do Estado.

No dia seguinte à realização do primeiro encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, após mais de dois anos sem se reunir, e que contou com a presença dos principais empresários, dirigentes políticos e intelectuais do país, a manchete da Folha é sobre um sítio que Lula "frequentou", e que teria sido reformado pela Odebrecht.

A informação é dada por uma ex-dona de uma loja de material de construção, que não se lembra de nada exatamente, nem dos valores exatos (não deu nota), nem das empresas fornecedoras (diz que achava que eram todas da Odebrecht), nem do que foi comprado. 

Qual a tese em questão? 

Ora, é muito claro.

O objetivo é sabotar o país.

Não vai ter impeachment, tudo bem. Os golpistas já aceitaram isso. Também parecem ter aceitado que não haverá tapetão no TSE.

Mas o clima de instabilidade não pode ser debelado.

Nesta manhã, a manchete dos portais é que Lula e dona Marisa terão que dar depoimento como "investigados" ao Ministério Público de São Paulo.

A Lava Jato agiu rápido. Alguns dias depois do promotor passar por um aperto ao anunciar para mídia, antes que o ex-presidente pudesse se defender, antes mesmo de abrir o inquérito (o que é ilegal), quais eram as suas intenções, a República do Paraná lhe prestou um socorro à jato.

Desviando o foco de todas as suas investigações anteriores, dirige suas atenções para o mesmo prédio onde Lula havia tentado comprar um apartamento.

As manchetes sobre o apartamento são originais, quase engraçadas.

"Apartamento que seria de Lula"...

E agora, com a história do sítio de Atibaia, temos uma nova figura no código penal: o sítio "usado".

Sítio usado por Lula...

Ou seja, Lula esteve lá, bebeu cerveja, comeu churrasco e foi embora.

É um sítio, é bom repetir, "usado" por Lula!

A gente fica especulando o que historiadores e analistas de mídia, quando as paixões políticas amainarem, pensarão disso tudo.

A mídia está apostando alto dessa vez.

A queda brutal na circulação de jornais, seja no meio impresso, seja no meio digital, o despenhadeiro que a Globo enfrenta em matéria de audiência, não deixam dúvidas que é preciso agir rápido.

No site da Folha ao celular, simplesmente não há menção à reunião do Conselho, um assunto de interesse de todo o país, e que reuniu a nata do PIB, a cúpula sindical, governo, movimentos sociais e artistas.

Não interessa.

O que interessa é "pegar" Lula e gerar crise, independentemente do sofrimento social que isso possa provocar.

Esse é o jornal no qual Dilma decidiu publicar o seu primeiro artigo do ano...

A agenda política na grande mídia, que sempre foi estreita, estreitou-se ainda mais. Não se pode falar de outra coisa. Todas as baterias estão voltadas contra Lula.

Por que o ódio contra Lula?

O Brasil não cresceu em seu governo? Os bancos não ganharam dinheiro? A dívida pública não caiu?

O Brasil não conseguiu se tornar, mais que em nenhum momento de sua história, um respeitado "player" global?

Não foram iniciadas obras de infra-estrutura necessárias ao desenvolvimento econômico?

Não há consenso de que, em seu governo, houve um inédito processo de libertação social, convertido em modelo para o mundo inteiro?

Depois de décadas de vida pública, depois de ter sua vida devassada, seus sigilos quebrados, o máximo que encontram contra Lula é que a Odebrecht reformou um sítio que ele frequentou?

O que isso significa? Que Lula se vendeu, maliciosamente, pensando em "usar" o sítio reformado pela Odebrecht?

A história do apartamento é igualmente ridícula.

Ambas as histórias são prenhes de intrigas e fofocas, histórias de vizinhos.

A mesma imprensa que esquece Eduardo Cunha, que tem contas comprovadas e não declaradas no exterior, de milhões de dólares, persegue Lula porque ele "usou" um sítio?

Francamente!

O campo progressista não pode se deixar intimidar por esse tipo de perseguição. O desespero da mídia e de seus tentáculos no Estado é sinal de derrota!

Ainda temos o caso de José Dirceu, em que um delator delata, deslata, e delata de novo. E o Ministério Público, oportunamente, diz que não há gravação do depoimento que poderia ajudar em sua defesa. Que esculhambação!

A conspiração midiática-judicial se embaralha, ganha ares mafiosos. Impulsionada pela ansiedade em cumprir logo seus objetivos, envereda cada vez mais abertamente para a perseguição política.

Todos parecem ter mordido a isca lançada por Lula. Querem me perseguir, parece ter dito o ex-presidente. Então o façam logo! Vamos para o pau agora!

As pessoas se perguntam: Lula será preso? Por que razão? Por ter "usado" um sítio? Por NÃO ter comprado um apartamento num prédio chinfrim de Guarujá?

Em outros países, ex-presidentes corruptos adquirem imóveis em Nova York, Miami, Paris. Compram fazendas. Juntam milhões no exterior.

No caso de Lula, ele adquire, a prestação, uma cota num condomínio, e a revende mais tarde, sem comprar o apartamento.

E "usa" um sítio...

A conspiração entrou numa espiral sem saída, e arrasta a mídia para um abismo sem fim. Afinal, o que esperam?

Das duas, uma.

Ou prenderão Lula sem provas, desmoralizando-se, criando um enorme desconforto político que se refletirá obviamente no exterior, provocando uma onda de denúncias contra a emergência de um Estado policial delinquente, uma ditadura instalada, uma doença, um absesso cheio de pus, dentro do Estado democrático.

Ou então não prenderão Lula e lhe darão o maior atestado de idoneidade que um político jamais teve.

Sim, porque quebrar o sigilo de Lula não podem mais, porque já o fizeram.

Fazer uma devassa em sua vida e na de seus familiares também não podem mais, porque já o fizeram.

Claro que são criativos.

Venceram, até certo ponto, a batalha da opinião pública. Um parte expressiva do povo, inclusive pessoas simples, querem ver a caveira do Lula.

Essa é uma opinião volátil, manipulada, que pode virar pelo avesso em alguns anos, transformando o vilão em herói - é o que vai acontecer.

Mas e a opinião dos intelectuais, dos sindicalistas, dos movimentos sociais, de toda a vanguarda progressista da sociedade?

Assim como ocorreu quando tentaram aplicar o impeachment em Dilma, a perseguição a Lula amplia a sua popularidade em setores essenciais da luta política.

Lula já foi o herói do povo. Voltará a sê-lo, em seu devido tempo.

No momento, Lula volta a ser o herói dos intelectuais e dos sindicalistas, e de todos que entenderam o jogo sujo da mídia, e desconfiam que investigações policiais foram transformadas em conspirações políticas.

É angustiante e emocionante.

A mídia aposta na virada conservadora, só que vai com sede demais ao pote, com risco de entornar o caldo.

Conservadores e progressistas assistem, tensos, a bolinha rodar e rodar no cassino da história, sem saber onde ela vai cair: no vermelho ou no preto?

Lula será visto como bandido ou heroi?

Os conservadores têm, é claro, um problema sério: eles precisam de crise para ganhar. Por isso a aposta no caos econômico e político. Nenhuma iniciativa de recuperação econômica lhes interessa.

Os progressistas também tem um problema: é muito difícil se posicionar contra o judiciário. É extremamente difícil mostrar à opinião pública que, por trás da toga, se desvelam interesses nocivos, partidários, obscuros.

Entretanto, podemos afirmar, desde já: o povo brasileiro vencerá, cedo ou tarde, porque não se pode enganá-lo por muito tempo.

O que Lula proporcionou ao povo brasileiro não pode mais ser apagado da história. 

Ao tentar pintá-lo como bandido, a mídia completa a sua lenda, conferindo-lhe um ar de mito político, visto que todas as grandes lideranças populares da história passaram por essa etapa, sempre foram perseguidas pelos poderes dominantes de sua época.

Os grupos de mídia, por sua vez, não podem apagar o rastro sujo que deixaram na história política do país: a sua hostilidade constante à democracia, apoiando golpes, ontem, hoje e sempre.

A história, moça irônica, trabalha secretamente, rindo no escuro.

Os perseguidores de Lula serão apagados da história, ou tratados como tristes vilões num país ainda vítima do racismo, do preconceito político, do mais profundo egoísmo social.

Num país sem herois, envergonhado de si mesmo, com um problema grave de baixa autoestima coletiva, o histerismo, o ódio, o preconceito, que permeiam toda essa perseguição a Lula, são o esterco com que a história cultiva o florescimento de uma coisa nova, grande, algo que poderá exercer poderosa influência em nosso futuro, que poderá derrubar, por fim, séculos de intolerância, viralatismo e manipulação.

A história, como sempre, transformará lixo em ouro, e fará nascer algo que nunca tivemos: um símbolo.

Dessa vez, porém, não será um símbolo enforcado, esquartejado, humilhado, como Tiradentes, um símbolo que nunca obteve, em sua vida, uma mísera vitória.

Não, agora teremos o símbolo de um homem que venceu, que governou o país, que lutou pelo povo.

Em sua campanha de ódio, a mídia e seus cúmplices estão esculpindo, sem o saber, o símbolo que os irá destruir.



Postado no Contraponto em 29/01/2016































































Por que tanto ódio?




Roberto Amaral


É preciso tentar entender os motivos da unanimidade conservadora contra o PT apesar de seus governos nem reformistas serem.

A direita latino-americana aceita quase-tudo, até desenvolvimento e democracia, conquanto não venham acompanhados, seja da emergência das classes populares, como pretendeu o Brasil de João Goulart e Lula, seja da defesa das soberanias nacionais dos países da região, como lá atrás intentou o segundo governo Vargas.

A história não se repete, sabemos à saciedade, mas em 1954, como em 1964, em comum com os dias de hoje, organizou-se um concerto entre forças políticas derrotadas nas urnas, mais setores dominantes do grande capital e a unanimidade da grande imprensa, unificadas pelo projeto golpista gritado em nome de uma democracia que em seguida seria posta em frangalhos.

Naqueles episódios, com o ingrediente perverso da insubordinação militar, o momento culminante de uma razzia anti-progresso e pró-atraso, alimentada de longa data por setores majoritários da grande imprensa, um monopólio ideológico administrado por cartéis empresariais intocáveis.

Essa unanimidade ideológico-política dos meios de comunicação de massas é, assim, a mesma dos anos do pretérito. O diferencial, agravando sua periculosidade, é a concentração de meios facilitando o monopólio anulando qualquer possibilidade de concorrência, blindando o sistema de eventuais contradições e 'furos'.

Que fizeram os governos democráticos – que fez a sociedade, que fez o Congresso, que fez o Judiciário – para enfrentar esse monstro antidemocrático que age sem peias, a despeito da ordem constitucional?

As razões para a crise remontam à concepção de nação, sociedade e Estado que as forças conservadoras – ao fim e ao cabo nossos efetivos governantes – estabeleceram como seu projeto de Brasil.

O desenvolvimento de nossos países pode mesmo ser admitido por esses setores – sempre que o malsinado Estado financie seus investimentos –, conquanto que respeitados determinados limites (não os possa tributar, por exemplo), ou comprometê-los com objetivos nacionais estratégicos, como respeitosos com essa gente foram os anos de ouro do juscelinismo.

Jamais um desenvolvimento buscadamente autônomo, como pretenderam o Chile de Allende, com as consequências sabidas, e a Venezuela, acuada e acossada desde os primeiros vagidos do bolivarianismo, o qual, seja lá o que de fato for para além de discurso, perseguiu um caminho próprio de desenvolvimento econômico-social, à margem dos interesses do Departamento de Estado, do Pentágono, e do FMI.

Democracia até que é admissível, conquanto não se faça acompanhar da ascensão das grandes massas, pelo que João Goulart se arriscou e perdeu o poder. A propósito, F. Engels (introdução ao clássico Luta de classes na França, de Marx) observa que "... a burguesia não admitirá a democracia, sendo mesmo capaz de golpeá-la, se houver alguma possibilidade de as massas trabalhadoras chegarem ao poder".

Ora, na América Latina basta a simples emergência das massas ao cenário político, sem mesmo qualquer ameaça de ascensão a fatias mínimas de poder, para justificar os golpes de Estado e as ditaduras.

Além de promover essa emergência do popular no político, trazendo massas deserdadas para o consumo e a vida civil, Lula intentou uma política externa independente, como independente poderia ser, nos termos da globalização de nossas limitações econômicas e militares. Desvela-se, assim, o 'segredo' da esfinge: não basta respeitar as regras do capitalismo – como respeitaram Getúlio, Jango, Lula, e Dilma respeita – posto que fundamental é, mantendo intocada a estrutura de classes, preservar a dependência ao modelo econômico-político-ideológico ditado pelas grandes potências, EUA à frente.

O Não contém o Sim. O que não é possível diz o que é desejado, identificar o adversário é meio caminho andado para a nomeação dos aliados e servidores. Assim se justifica, por exemplo, tanto a unanimidade da opinião publicada em favor de Mauricio Macri, a mesma que acompanhou os últimos governos colombianos, quanto a unanimidade dos grandes meios contra os Kirchner, até ontem, e ainda hoje contra Rafael Correa e Evo Morales, bem como o ódio visceral ao 'bolivarianismo', na contramão dos interesses das empresas brasileiras instaladas e operando na Venezuela.

São os fabricantes de opinião contrariando nossos interesses econômicos e erodindo nosso natural peso regional – onde alimentamos justas expectativas de exercício de poder – mas, como sempre, fazendo o jogo dos interesses de Wall Street e da City.

Essa lógica da dependência – ou de comunhão de interesses entre nossa burguesia e o poder central, acima dos interesses nacionais – explica também a unanimidade contra Dilma e contra o que ideologicamente é chamado de 'lulismo' ou 'lulopetismo', nada obstante suas (suponho que hoje desvanecidas) ilusões relativamente à 'conciliação de classes'.

Conciliação que não deu certo com Vargas e não está dando certo com Dilma, não obstante suas concessões ao capital financeiro, malgrado o alto, muito alto preço representado pelo desapontamento das forças populares que a elegeram no final do segundo turno.

Esse movimento – que representa dar dois passos atrás contra só um à frente, detectado a partir de dezembro de 2014, valeu-lhe a ainda não superada crise de popularidade, sem a compensação do arrefecimento da fúria oposicionista ditada a partir da Avenida Paulista.

Atribui-se a Lula a afirmação de que os banqueiros jamais teriam obtido tantos lucros quanto lograram em seu governo. Anedota ou não, o fato objetivo é que segundo o bem informado Valor, o lucro dos bancos foi de 34,4 bilhões de reais na era FHC, e de 279,0 bilhões de reais no período Lula, ou seja, oito vezes maior, já descontada a inflação.

Por que então essa oposição à Dilma se seu governo, como os dois anteriores de Lula, não ameaçou nem ameaça qualquer postulado do capitalismo, não ameaça a propriedade privada, não promoveu a reforma agrária, não ameaça o sistema financeiro, não promoveu a reforma tributária?

Por que esse ódio vítreo da imprensa se sequer ousaram os governos Lula-Dilma – ao contrário do que fizeram todos os países democráticos e desenvolvidos – regulamentar os meios de comunicação dependentes de concessões, como o rádio e a tevê?

Por que essa unanimidade, se os governos do PT (e a estranha coabitação com o PMDB) não tocaram nas raízes do poder, não ameaçaram as relações de produção fundadas na preeminência do capital (muitas vezes improdutivo) sobre o trabalho?

Por que tanto ódio, se os governos do PT sequer são reformistas, como tentou ser o trabalhismo janguista com seu pleito pelas 'reformas de base'? Ora, o Estado brasileiro de 2016 é o mesmo herdado em 2003, e 'os donos do poder são os mesmos: o sistema financeiro, os meios de comunicação de massas vocalizando os interesses do grande capital, o agronegócio e as fiespes da vida.

Ocorre que, e eis uma tentativa de resposta, se foram tão complacentes com o grande capital, ousaram os governos Lula, e Dilma ainda ousa, promover a inclusão social da maioria da população e buscar ações de desenvolvimento autônomo, nos marcos da globalização e do capitalismo, evidentemente, mas autônomo em face do imperialismo.

Assim, negando o comando do FMI, negando a Alca e concorrendo para o fortalecimento do Mercosul, esvaziando a OEA e promovendo a Comunidade de Países da América Latina e Caribe (Celac), e, audácia das audácias, tentando constituir-se em bloco de poder estratégico no Hemisfério Sul, com sua influência na América Latina e a aproximação com a África.

Nada de novo no castelo de Abranches, nem mesmo a miopia dos que não vêem, ou, que, por comodismo ou pulsão suicida, preferem não ver o que está na linha do horizonte. Supor que a presidente está à salvo da onda golpista é tão insensato quanto supor que o projeto da direita se esgotaria no impeachment.

Há ainda muito caminho a percorrer.

O projeto da direita é de cerco e de aniquilamento das esquerdas brasileiras. Nesses termos, o assalto ao mandato da presidente é só um movimento, relevantíssimo mas só um movimento num cenário de grandes movimentações, a porta pela qual avançarão todas as tropas.

O projeto da direita é mais audacioso, pois visa à construção de uma sociedade socialmente regressiva e politicamente reacionária, com a tomada de todos os espaços do Estado. Boaventura de Sousa Santos chama a isso – as ditaduras modernas do século XXI — de 'democracias' de baixa intensidade.

O primeiro passo é a demonização da política. Já foi atingido.



Postado no Brasil 247 em 28/01/2016














Ame-me quando eu menos merecer, pois será quando eu mais precisarei




Está na nossa natureza pedir aos outros que nos amem.

Precisamos nos sentir aceitos e compreendidos em todos os momentos da nossa vida. Por isso é muito importante ter alguém ao nosso lado nos momentos difíceis, embora nem todos compreendam essa necessidade.

Se acreditamos que uma pessoa não merece ser amada pelo seu comportamento inadequado, precisamos refletir um pouco. Talvez ela esteja “pedindo socorro”, porque não consegue viver sozinha.

As pessoas precisam da nossa ajuda nos maus momentos e é muito gratificante ajudar alguém a levantar a cabeça e voltar a viver com entusiasmo.
“Ame até que lhe doa. Se dói é um bom sinal”.
Madre Teresa de Calcutá
Como disse Madre Teresa de Calcutá, o exercício do amor nem sempre traz compreensão e alegria.

Às vezes, envolve dor e tristeza, mas tenha certeza de que todo o amor e carinho que damos aos outros, volta para nós quando menos esperamos.

Ame-me nos meus piores momentos

Talvez seja injusto pedir amor, mas uma pessoa precisa muito mais de amor e carinho quando passa por momentos difíceis.

A depressão, a tristeza e a dor podem transformar um ser humano em uma pessoa triste e sem rumo. Essa perda da realidade o impede de ver o mundo de uma forma objetiva. A escuridão envolve a sua vida e pedir ajuda é muito importante.

Quando uma pessoa está mergulhada na mais profunda escuridão, quanto mais equivocado é o seu comportamento, quando se sente perdida, é quando ela mais precisa de ajuda. Não podemos esquecer disso nunca, pois só assim seremos capazes de ajudar um ente querido que passa por maus momentos.

Ame-me sem pedir nada em troca

Pode parecer injusto pedir para alguém nos amar incondicionalmente, no entanto é um comportamento que não precisa de resposta.

Dê todo o seu amor sem esperar algo em troca; o amor é algo que se oferece de forma sincera, natural e espontânea.

“Eu lhe amo para amar e não para ser amado; 
nada me agrada mais do que vê-lo feliz”.
George Sand

Por isso, as pessoas que menos merecem, são aquelas que mais precisam de amor. Como podemos esperar sermos correspondidos por alguém que nunca amou? É impossível, pois é um sentimento que nunca viveu. No entanto, podemos mostrar-lhes o caminho.

Como podemos esperar sermos correspondidos por alguém que não ama a si próprio? É difícil para uma pessoa que não se ama, amar o outro. Tente ensiná-lo a sentir-se útil, mostrando seus sentimentos sinceros e o seu carinho.

Será um ótimo exercício para aprenderem a se valorizar. Não espere nada em troca, apenas ame-os mesmo que não mereçam. Eles se perderam ao longo do caminho e não sabem demonstrar o seu amor.

A pureza do amor

O amor é o sentimento mais puro; vem direto do coração e da alma, sem dor, sem rancor, sem condições e sem descanso.

Não se pode brincar com o amor para receber algo em troca. Simplesmente deixe-o fluir para os outros, mesmo para aqueles que você não considera dignos dele.

Às vezes, um simples sorriso, um gesto simpático e um pouco de amor podem provocar grandes transformações nas pessoas tristes, que se sentem perdidas ou são tóxicas.

Um gesto simples e sincero vindo do coração é capaz de mudar o mundo.

O amor é o maior gesto de generosidade que existe. Portanto, ame aquelas pessoas que pedem amor, mesmo que você acredite que elas não mereçam. Na realidade, elas precisam de amor porque é algo que pode lhes devolver a vida.

Essa pessoa que se sente perdida só precisa da ajuda das pessoas que se preocupam com ela. Por isso, mesmo que não mereçam, devem ser amadas.

Elas precisam da sua companhia, da sua sinceridade, compreensão e carinho, nos momentos de maior escuridão e tristeza. Não se esqueça: dê-lhes o seu amor sempre que digam “ama-me”.


Postado no A Mente é Maravilhosa