Jardim da Saudade, uma valsa de Lupicínio Rodrigues
Jardim da Saudade
Ver carreteiro na estrada passar
E o gaiteiro sua gaita tocar
Ver campos verdes cobertos de azul
Isto só indo ao Rio Grande do Sul!
Ver gauchinha seu pingo montar
E amar com sinceridade
Ah! O Rio Grande do Sul é pra mim
O jardim da saudade
Ó que bom seria
Se Deus um dia de mim se lembrasse!
E lá para o céu
O meu Rio Grande comigo levasse!
Mostraria este meu paraíso
Para os anjos verem a verdade
Que o Rio Grande do Sul é pra mim
O jardim da saudade
Lupicínio Rodrigues
Luiz Gonzaga fez a primeira gravação em 1952
Luely Figueiró: Gravação Continental, 1959
Postado no Luis Nassif Online
PT cansa de tantas mentiras e lança Cartilha muito esclarecedora ! Leia a Cartilha vale a pena !
PT sai das cordas e dá nome aos golpistas
Carlos Motta
O PT finalmente cansou de apanhar da imprensa, do Ministério Público e do Judiciário, e lançou um documento, intitulado "Em defesa do PT, da verdade e da democracia", uma espécie de "cartilha" para que filiados e simpatizantes rechacem a onda de mentiras e boatos que se espalhou pelo país, patrocinada pelos setores que foram derrotados quatro vezes nas eleições presidenciais.
A campanha de ódio contra o partido, qualquer um que tem cérebro sabe, objetiva eliminar o partido da vida política nacional - como foi feito com o PCB em 1947.
O documento é fortíssimo.
Se havia muitas críticas sobre a inação do PT em relação aos ataques que vinha - e vem - sofrendo, elas agora não têm mais nenhum sentido.
O texto é recheado de números e informações para mostrar, de um lado, a importância do partido para a melhoria de vida dos brasileiros, e, de outro, como vem se processando a tentativa de criminalização da agremiação.
A transcrição de dois parágrafos é suficiente como exemplo do tom do documento:
"O ponto central dessa campanha é a tentativa de criminalizar o partido, nossos dirigentes e nosso maior líder, o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva. Em torno desse objetivo movem--se os chefes da oposição, em cumplicidade com os grandes meios de comunicação e em conluio com agentes do Estado despudoradamente facciosos. Na sanha obstinada de imputar crimes ao PT e aos petistas, estes elementos tecem uma conspiração de mentiras.
Mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica da Nação em rede nacional de TV. Mentem sob a proteção da imunidade parlamentar, disseminando o ódio nas redes sociais. Mentem sob a proteção da autonomia funcional, forjando procedimentos investigatórios sem base alguma, apenas para produzir manchetes. Mentem sob a proteção do anonimato covarde, contrabandeando para a mídia dados parciais e manipulados por meio de vazamentos criminosos."
Espera-se agora a reação daqueles que vestirem a carapuça de golpistas e conspiradores contra a democracia.
Para acessar a íntegra da "cartilha" clique aqui.
Postado no Crônicas do Motta em 12/11/2015
Boicote a Israel não é discurso contra judeus
Carlos Latuff
Falta com a verdade a Confederação Israelita do Brasil – CONIB quando diz em nota que a campanha contra o apartheid israelense é obra de “grupos de ódio que pregam o boicote cego a Israel”, que Caetano Veloso “sucumbiu” a uma suposta “onda antissemita” e que “se fez cego diante da incitação ao terrorismo e ao ódio contra os judeus”.
A nota também fala de “negociações de paz” e “causa da paz”, como se paz fosse o que o governo israelense na figura do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו buscasse.
A CONIB omite o fato de que Netanyahu a cada dia constrói mais colônias israelenses em território palestino, e que tem em seu gabinete figuras como a secretária de justiça Ayelet Shaked, que no Facebook fez clamores abertos ao genocídio de palestinos e chamou os filhos de mães palestinas de “pequenas cobras”.
A CONIB também ignora que em 2012, durante a “Operação Pilar de Defesa”, onde bombardeios israelenses à Faixa de Gaza vitimaram civis palestinos, o então ministro do interior Eli Yishai disse que as forças de Israel deveriam “mandar Gaza de volta a Idade Média”.
Curioso que a CONIB faça menção a “incitação ao terrorismo” nessa nota, mas que também tenha “esquecido” de que o estado de Israel foi imposto aos árabes através de ações violentas de organizações terroristas judaicas como Haganah, Stern Gang e Irgun, esta inclusive responsável por um caminhão bomba que atingiu o hotel King David em Jerusalém em 1946.
A nota da CONIB ainda afirma que Caetano quis “ver apenas um lado da questão”. Se esse lado é o dos palestinos, então Caetano fez muito bem, porque é o lado mais fraco, é o lado que tem suas casas demolidas para a construção de assentamentos israelenses, o lado de quem tem seu direito de ir e vir cerceado por incontáveis checkpoints, o lado de quem tem suas crianças e jovens fuzilados nas ruas ou presos pela máquina de repressão israelense.
Israel tem a seu lado os Estados Unidos, que na ONU impede que qualquer sanção seja tomada contra as inúmeras violações de direitos humanos, fartamente documentadas inclusive por ONGs israelenses.
Israel tem força aérea, naval, terrestre, armas nucleares, bilhões de dólares de Washington. E os palestinos, o que tem? Quem os apoia nesse conflito desigual?
Portanto, a campanha BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) é mais que justa. Deu certo contra o apartheid sul-africano, tem dado certo contra o apartheid israelense, tanto assim que organizações como a CONIB, que são correias de transmissão das políticas israelenses no Brasil, acusam a campanha de boicote de “antissemitismo”, numa tentativa de criminalizar a iniciativa.
Caetano Veloso e Gilberto Gil não deveriam, em primeiro lugar, participar desse show em Israel. Foram inúmeros os apelos, inclusive os meus.
Mas de todo modo, se a viagem aos territórios ocupados da Cisjordânia fez com que Caetano abrisse os olhos para as atrocidades do regime israelense, menos mal, antes tarde do que nunca, e que mais artistas engrossem o coro dos que defendem a auto-determinação do povo palestino.
* Carlos Latuff é Cartunista.
Postado no Sul21 em 10/11/2015
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