Ilustrador invade fotos de desconhecidos com sua arte divertida


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O jovem ilustrador e designer brasileiro Lucas Levitan, natural de Porto Alegre, começou a fazer em 2014 uma união entre fotografia e ilustrações. 

Ele teve a ideia de criar o projeto Photo Invasion – Invasão de fotos – onde coloca suas ilustrações em fotos de desconhecidos. 

Primeiro, ele começou invadindo suas próprias fotos e depois começou a procurar no Instagram novas “vítimas” para invadir as fotos.


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Postado no Tudo Interessante


Não há tempo para tantas dúvidas. É preciso aprender a hora de partir.



Rebeca Bedone

Todo mundo conhece a história do Pequeno Príncipe. E quase todo mundo já partiu alguma vez para correr atrás de seus sonhos. Mesmo que para isso fosse necessário deixar uma vida, alguém, ou uma rosa para trás. 

Partidas e despedidas moldam o nosso amadurecimento, pois são as nossas escolhas mais difíceis que nos transformam em quem somos de verdade.

Quando alguém parte, outro alguém fica. Ao olhar para aquele que está te deixando, você sente um buraco sendo aberto no peito.

“No fundo do coração doía-lhe o amor ao fugitivo, feito ferida”, sentiu Sidarta quando seu filho o deixou. Mas foi nesse momento de reflexão que o personagem de Hermann Hesse compreendeu que a sensação de ter sido abandonado trouxera a dimensão do seu sentimento pelo filho. Ao aceitar que o menino precisava partir, uma flor magnífica brotou no buraco do seu coração.

Sabe aquela história da “pessoa certa na hora errada”? Mesmo que alguns digam que não existe hora errada para o amor, estou começando a desconfiar que tem gente que passa por nossas vidas para que a saudade delas nos fortaleça. Para que a fantasia do que poderia ter sido e não foi nos encha de esperança. 

A rosa não pediu para o Pequeno Príncipe ficar. Era o que ela queria ter feito, mas ela também sabia que ele precisava ser livre e explorar o mundo. Talvez, eles eram jovens demais para saber amar.

Na jornada pela vida nos decepcionamos o tempo todo. Lidamos com pessoas egoístas, superficiais e arrogantes, como o ‘contador’ que só pensava em ser rico e o ‘rei’ que não tinha amigos porque mandava em todo mundo; como o ‘vaidoso’ que dava importância demais às aparências e a ‘serpente’ que foi uma amiga traiçoeira.

Se a sua vida não estiver fazendo mais sentido, talvez seja a hora de partir. Partir para um novo emprego e novos desafios, ou descansar porque já chegou a aposentadoria. Partir da metrópole para uma casa no campo, ou deixar o interior para desbravar a capital. Partir de um relacionamento ‘mais ou menos’ para a vida de solteiro, ou despedir-se das ‘ficadas’ para viver um grande amor.

Partir para dentro de você mesmo, à procura daquela criança que nunca deixou de acreditar. Lembre-se: “Os olhos são cegos. É preciso ver com o coração”. Se você não vê o que é essencial, não consegue suportar a ganância, a competitividade e a miséria lá de fora. Quando temos fé tudo é possível, e continuamos procurando pela verdadeira amizade em meio a tantas almas desertas.

Vá… Quebre a redoma de medo que protege suas dúvidas. Deixe o pessimismo de lado e jogue-se ao novo. Não importa se os outros não possuem os olhos de enxergar o elefante dentro da jiboia. Não importa se os homens se esqueceram do significado de cativar. Não importa se os sérios demais perderam a ingenuidade dos mistérios da infância.

Vá… Pode ser que depois você volte, mas também pode ser que não. Tudo que tem existência e presença está guardado dentro de você, e é isso que importa. Sobre o amargor do passado e as incertezas do futuro, esqueça. Faça o seu agora.


Postado no Bula


Maquiagem noite : turquesa iluminado


Maquiagem Juliana Goes


Juliana Goes




Postado no Juliana Goes


Ciro Gomes : FHC vendeu o país e a alma









Que tem a ver o MP com o fechamento da Paulista? : Os riscos da judicialização da administração e da política




Percival Maricato

Não faltam problemas que o Ministério Público de São Paulo deveria estar cuidando. Ai estão a cracolândia, corrupção, violência policial, black blocs voltando a agir à vontade, e etc.

No entanto, alguns de seus membros se equivocam ao se imiscuir em assunto administrativo, evidente alteração das finalidades e limites legais de ação da instituição. 

Os jornais noticiaram intervenções de promotores em decisões sobre faixas de ônibus, uso ou não dessas faixas por taxistas, determinação da prefeitura para que faça 700 creches (equivale a dizer ao prefeito eleito o que deve ser prioritário no uso de ser orçamento) e agora ameaçam a municipalidade com multa (ou seja, o contribuinte) por esta decidir liberar a Av Paulista a pedestres e bicicletas aos domingos. A se admitir isto, simples questão de mobilidade e lazer dentro da cidade, poderiam também discutir que ruas devem ser mão ou contra mão.

O prefeito de São Paulo (tanto como outros pelo país) deve sim fechar, não só a av Paulista, mas algumas dezenas de ruas entre as mais de 20 mil existentes, especialmente na periferia. 

Deve pelo menos um dia da semana, o domingo, por enquanto, preservar o esses espaços para pedestres, para que aprendamos a retomar a vida comunitária, a conversa com vizinhos e demais moradores do bairro, privilegiemos crianças, idosos, deficientes, famílias. 

Deve em cada via da cidade, reduzir o espaço dos veículos e aumentar calçadas (onde devem ser instalados equipamentos comunitários, bancos, árvores, condições para as pessoas se sentirem estimuladas a circular, descansar, ler jornais e etc) e faixas para transportes públicos, mudando de vez o tipo de mobilidade e convivência na urbe. 

Isso é política de administração: o cidadão e ser humano, antes da máquina. Se os moradores de São Paulo querem manter a cidade no rumo anterior ao atual prefeito, com prioridade para o automóvel, poderá dizer isso nas urnas, nas próximas eleições, não porém o MP.

Em nosso sistema político temos os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Quem administra cidades, estados ou a União, é o Executivo. No Judiciário podemos incluir o Ministério Público, fiscal da lei. Atualmente assistimos a um fenômeno denominado ativismo judicial, que alguns chamam de judicialização, ou seja, a intervenção de instituições do Judiciário na atividade administrativa ou política. A polêmica da av Paulista pode ser vista desse ângulo.

Às vezes o órgão judicial é provocado pela sociedade, como no caso do casamento gay, tema polêmico que os parlamentares preferiram não mexer, temendo perder votos. O STF, certo ou errado, fez o que devia ser feito, decidiu. 

Outras vezes, esses órgãos extrapolam, como foi o caso do mesmo STF ao decidir sobre a prioridade na construção de presídios pelo Poder Público. Têm sido comum juízes obrigarem governos a comprarem determinados remédios caríssimos para atender doentes ou equiparem hospitais.

Também recentemente noticiam os jornais que os MPs, Estadual e Federal estariam formando força tarefa para estudar se o governo estadual (SP) pode ser culpado penalmente por não prever e tomar providências quanto a crise hídrica. 

O fenômeno parece chegar até a esfera policial: delegados da polícia federal se acham no direito de abrir um inquérito contra ex presidente da República a partir de um fulano disse ou da teoria do fato (deveria saber). Não bastasse as suposições diárias da mídia, que já temos que suportar.

O fenômeno tem pois aspectos positivos e negativos. Às vezes o positivo para uns é negativo para outros, dependendo de sua opção política. E aqui há um equívoco. Ao defender o administrador eleito, goste ou não, tenha ou não votado nele, o cidadão está defendendo seu mais sagrado direito, o poder de seu voto. 

O risco institucional está sempre presente em excessos de judicialização (ou ativismo, não temos espaço para distinguir conceitos). Ocorre uma politização das decisões, possível desgaste das instituições dos três poderes e notória redução dos direitos dos cidadãos. A democracia se torna vítima.

É o povo quem escolhe membros do executivo e legislativo e quando o faz, leva em conta programas de governo, que por sua vez, contém propostas de prioridades, consequentemente, também onde deverá ser gasto o orçamento, sempre limitado quando se leva em conta tudo que há por fazer (saúde, educação, segurança, mobilidade, cultural, lazer...). Quando estes erram, pode mudá-los nas eleições que se seguem.

Ora, se promotores dizem que a prioridade, ou mais ainda, que creches devem estar acima das opções possíveis, devem ser feitas tantas delas, ou se decidem até o que se deve fazer com uma avenida em determinada cidade, estão governando. 

Assim ocorre se juízes dizem que produtos farmacêuticos devem ser adquiridos e distribuídos com os recursos arrecadados, que presídios devem ser construídos de imediato, sem terem suas prioridades ou decisões submetidas ao crivo de eleições; governam sem voto, sem correrem riscos de perder o cargo.

Pode ser justo, pois, que haja intervenção do Judiciário em áreas do Executivo, até do Legislativo em situações extremas, seguramente previstas nos limites da lei, em pleitos expressos pela sociedade, com decisões que, sendo possíveis, devem ser provisórias. 

Sem ser assim, as instituições democráticas começam a correr riscos. Inclusive as do Judiciário, do MP, cujo prestígio deve ser mantido. 

Tanto como foi com militares no passado, não queremos ser administrados por juízes, promotores, delegados ou qualquer outra instituição. 

Na prática, não deixa de ser um governo de elites (funcionais), opção e tentação que já foi rejeitada na Grécia antiga, apesar de sugerida por Platão.


Postado no Luis Nassif Online em 19/10/2015



Marilena Chauí - " É insuportável que os que lutaram contra o golpe sejam os golpistas hoje "