Veja, Época e IstoÉ vão para o lixo


Fernando Morais e as capas infames

Jornalista Fernando Morais e as capas desta semana das 3 revistas semanais


Altamiro Borges

Numa sociedade menos envenenada pela mídia privada e com maior consciência crítica, milhares de exemplares das revistas Veja, Época e IstoÉ desta semana seriam jogados em latas de lixo. 

Com suas capas repulsivas, estas publicações do esgoto simplesmente omitiram o escândalo das contas secretas do lobista Eduardo Cunha na Suíça. 

Sem vacilar, elas insistiram na tática golpista de "sangrar" Dilma e "matar" Lula, evitando desgastar o presidente da Câmara Federal, que hoje é o principal jagunço da oposição direitista na cruzada falsamente moralista pelo impeachment da presidenta.

As três revistas confirmam a tese de que a mídia "privada" – nos dois sentidos da palavra – se tornou o principal partido da direita no Brasil.

Neste esforço, a Veja já cometeu inúmeros atos criminosos, que em qualquer outra nação civilizada resultariam em multas bilionárias e na suspensão da publicidade. 

A revista da decadente famiglia Civita – que no passado recente elegeu como "mosqueteiro da ética" do ex-senador Demóstenes Torres, o demo que prestava serviços ao mafioso Carlinhos Cachoeira – hoje faz de tudo para proteger Eduardo Cunha. Ele é encarado como peça decisiva na marcha golpista contra o governo reeleito democraticamente em outubro passado. 

Já a revista Época, da bilionária famiglia Marinho, está virando uma Veja de segunda categoria. 

Teve muita gente, inclusive no Palácio do Planalto, que acreditou na conversa fiada de que o Grupo Globo recuaria no seu tom oposicionista. A promessa foi feita na véspera da última marcha organizada pelos grupelhos fascistas em agosto. 

A famiglia Marinho, com o seu DNA golpista, temia a radicalização política e seus efeitos na economia - inclusive no faturamento publicitário. Mas ela nunca abandonou o seu ódio ao "lulopetismo". 

Nas emissoras de rádio e tevê do império global, o tiroteio segue pesado, porém cauteloso. Já no jornal O Globo e na revista Época, o golpismo é mais descarado. 

Quanto à IstoÉ, não vale gastar muito tempo. Nos meios jornalísticos, ela é ironicamente chamada de "QuantoÉ", em função das práticas mercenárias dos seus proprietários.

Nas eleições do ano passado, a revista – inclusive com suas pesquisas fajutas – virou um panfleto rastaquera do cambaleante Aécio Neves – sabe-se lá a que preço.

Num país com regras mais democráticas sobre a mídia, os donos desta publicação possivelmente seriam chamados para depor numa Delegacia de Polícia.

Lula e Dilma alimentaram cobras

O que mais revolta ao ver as capas espalhafatosas de Veja, Época e IstoÉ espalhadas em mais de 40 mil bancas no país é chegar a conclusão de que os governos Lula e Dilma são os grandes culpados por alimentar estas cobras venenosas – com todo o respeito a estes répteis. 

Nos últimos anos, milhões de reais foram retirados dos cofres públicos para financiar estas revistas do esgoto. De 2003 a 2013, por exemplo, a Veja garfou quase R$ 300 milhões em publicidade oficial; já a Época recebeu cerca de R$ 120 milhões; e a insignificante IstoÉ abocanhou R$ 100 milhões. É muito sadomasoquismo dos governos petistas. No seu ilusório republicanismo, ele paga para apanhar!

O jornalista e escritor Fernando Morais explicitou bem esta revolta numa mensagem em sua página no Facebook neste sábado (3):
"O presidente da Câmara dos Deputados é acusado pelo governo da Suíça de manter várias contas secretas no país, para lavagem de dinheiro – fato que ele havia negado diante de uma CPI. E o que é o assunto de capa das três maiores revistas nacionais? O ex-presidente Lula. É a merecida paga que o PT recebe por ter, durante doze anos, chocado o ovo dessa serpente com verbas publicitárias do estado". Não precisa falar mais nada diante de mais este episódio trágico do "jornalismo brasileiro". 

Em tempo: Como nada foi feito nestes últimos doze anos para garantir uma mídia mais democrática e plural, só tem restado ao ex-presidente Lula rechaçar as mentiras diárias disparadas contra ele pela imprensa privada. Neste sábado, o Instituto Lula informou que interpelará judicialmente os jornalistas da Veja e da Época. Menos mau. Mas é pouco.


Postado no Blog do Miro em 03/10/2015


A morte das revistas semanais brasileiras


Fernando Morais e as capas infames

Jornalista Fernando Morais e as capas desta semana das 3 revistas semanais



Paulo Nogueira

É a morte do jornalismo semanal. E uma morte infame, desonrosa, suja.

Tantas revelações em torno de Eduardo Cunha com suas contas na Suíça, e nenhuma revista semanal o deu na capa.

Que ele precisaria fazer para ir para a capa da Veja, da Época e da IstoÉ?

A mídia fala tanto em corrupção, e quando aparece um caso espetacular destes finge que não viu.

É uma amostra do que a imprensa sempre faz quando se trata de político amigo: joga a corrupção para baixo no tapete.

Isto se chama manipulação.

O brasileiro ingênuo é, simplesmente, ludibriado. Depois, corre para as redes sociais para vomitar as besteiras que leu na imprensa.

Durante a semana a mesma coisa ocorrera com os jornais. Eles esconderam o caso Cunha.

Fernando Morais comentou as capas logo na manhã de sábado. Notou, com razão, que parte disso é culpa do próprio PT por ter enchido de dinheiro público empresas de mídia que desinformam e não hesitam em sabotar a democracia quando sentem que seus inumeráveis privilégios correm risco.

As capas das revistas semanais e as primeiras páginas dos jornais nestes dias demonstram que, na prática, existe um monopólio na mídia brasileira.

São quatro ou cinco famílias, e na verdade uma só voz.

Não fosse a mão invisível do mercado, para usar a grande expressão de Adam Smith, e o poder das grandes corporações jornalísticas seria um obstáculo formidável ao avanço social brasileiro.

Mas a mão invisível trouxe a internet, e com ela um jornalismo que se contrapõe ao gangsterismo editorial das grandes corporações.

Fazer jornais e revistas de papel é coisa para grandes empresas, pelo tamanho dos investimentos necessários.

Mas montar um site é barato. Você não tem que imprimir sua publicação em gráficas, pagar uma distribuidora, comprar papel em fábricas finlandesas e coisas do gênero.

Seu custo é infinitamente mais baixo.

Paralelamente, a voz única das grandes corporações abre um espaço enorme para visões de mundo diferentes.

Foi assim que surgiu e floresceu, na internet, um jornalismo dissidente vital para a democracia nacional.

Considere: sob Getúlio e Jango, vítimas da imprensa, não houve contraponto à narrativa golpista da imprensa.

(Getúlio, um homem de visão, tentou resistir aos barões da imprensa com a criação de um jornal, a Última Hora, mas era quase nada diante da avalanche dos grandes jornais.)

Avalie como seriam as coisas sem o contraponto dos sites independentes.

O caso Eduardo Cunha mostra muitas coisas, e não apenas sobre a mídia. Estampa a parcialidade da Justiça e da Polícia Federal, também.

Cunha tinha que estar dedicando todo o seu tempo a se defender das acusações terríveis que pairam sobre ele.

Em vez disso, trama a derrubada de Dilma como se não tivesse nada além do impeachment em sua agenda.

Ele só faz isso porque sabe que goza de ampla proteção.

Essa proteção ficou grotescamente evidente neste final de semana, nas bancas brasileiras, com as capas das revistas semanais.


Postado no Diário do Centro do Mundo em 03/10/2015


Artista transforma sucata de metal em fantásticas esculturas em miniatura





Susan Beatrice é uma artista que recicla peças de relógio antigo que para alguns podem ser consideradas “sucata”. 

O que ela faz com elas? Ela as transforma em fantásticas esculturas em miniaturas que lá fora são conhecidas como steampunk. 

Beatrice descreve que suas esculturas recicladas são “Obras de arte ‘amigas do meio ambiente’, sensíveis aos limites de nossos recursos naturais.”

Nós reunimos a seguir algumas de suas obras, mas existem muitas outras em sua página no Facebook. Se você curtir, certifique-se de verificar a página dela também! Veja as imagens a seguir:




























Postado no Conti Outra


É seguro tirar os pedaços mofados da comida e comer o resto?



Ione Aguiar

Você está morrendo de fome. Corre para a cozinha, pega um pacote de pão e descobre que... Está mofado. O que você faz?

a) Joga tudo fora e passa fome
b) Corta as partes verdinhas e manda pra dentro

Se você escolheu a segunda alternativa, saiba que aquele belo sanduba continua sendo, por dentro, um pão bolorento.

Isso porque, apesar de a técnica de recortar a comida eliminar os esporos do fungo -- responsáveis pela cor do mofo --, suas "raízes", chamadas hifas, vão se enterrando profundamente no alimento. E é lá que as micotoxinas -- coisas que podem te fazer mal -- são produzidas.

“Quando conseguimos ver estes microrganismos a olho nu, isto significa que há uma imensa quantidade deles nos alimentos”, disse o biólogo Marco Antonio Marques em um informativo da Fiocruz

A maior parte dos fungos é inofensiva, e inclusive vários deles são usados na cozinha -- cerveja, queijo, pães de fermentação natural são algumas das delícias que dependem de leveduras e bolores.

Acontece que no dia-a-dia, não há como ter controle de qual tipo exato de fungo você está comendo. Para se ter uma ideia: existem fortes indícios de que a aflatoxina, substância produzida por fungos em amendoins e outras oleaginosas, é altamente cancerígena.

A recomendação unânime, portanto, é descartar a comida mofada para evitar possíveis reações alérgicas, diarreia e vômitos. E deixar o pacote de pão em um lugar seco, refrigerado e, de preferência, embalado com o mínimo de ar possível.


Postado no Brasil Post 


Reforma íntima e as pequenas boas ações




Morel Felipe Wilkon


A reforma íntima pode começar com ações pequenas. Você dá valor às pequenas ações? Acha que pequenas boas ações têm algum mérito? Faço a pergunta porque ouço pessoas dizerem que não fazem caridade porque não têm condições ideais. O que poderiam fazer é muito pouco, na visão delas. 

Eu acredito no valor das pequenas ações. Não espere que eu lhe ensine como praticar a caridade, ou que lhe dê dicas de como praticar pequenas boas ações todos os dias. Não tenho moral pra isso. O que eu mesmo pratico, no cotidiano, é quase nada; muito longe do razoável.

Ainda não sou um homem caridoso. Mas sei analisar e reconhecer a dimensão que uma pequena ação pode alcançar. Quando se planta uma semente, o fruto nos devolve muitas sementes. Estas sementes, uma por uma, produzirão outros frutos que devolverão muitas outras sementes. E assim sucessivamente. As sementes se multiplicam

Tudo na Vida é multiplicação. Observe seus pensamentos. Cada novo aprendizado produz mais pensamentos em sua mente. Estes pensamentos, por sua vez, produzirão muitos outros. Para que você aprenda coisas novas seus pensamentos precisam crescer. E eles crescem e se multiplicam. “Crescei e multiplicai-vos”, lembra? Está lá no comecinho da bíblia, quando ainda só havia Adão e Eva. Não estou dizendo que eles existiram de fato, mas o simbolismo é verdadeiro…

Você já passou por algum momento de grande preocupação e dúvida? Então você sabe que cada dúvida dá origem a outras dúvidas; e estas outras provocam outras, e assim por diante. Não é verdade? Você já notou que grande parte dos artistas desenvolve mais de uma arte? É que seus dons se multiplicam, um dando origem a outros. Com o dinheiro na poupança ocorre o mesmo. O capital rende juros, e esses juros renderão mais juros, e estes mais juros, e por aí vai.

Quando um leitor gosta muito de um artigo que escrevo, indica a seus amigos. Estes, quando também gostam, mandam para seus amigos. Tudo se multiplica. É exatamente isso que acontece com as suas boas ações, por menores que sejam. Uma boa atitude sua para com alguém, no início do dia, pode melhorar o dia dessa pessoa, que vai transmitir essa atitude positiva para outras, gerando uma reação em cadeia.

Se você é capaz de grandes ações em benefício do próximo, ótimo. Mas se ainda não chegou nesse ponto, não deixe de fazer pequenas boas ações pensando que elas não têm grande valor. Não se esqueça de que a reforma íntima, para ser sólida, precisa ser pautada em mudanças de padrão de pensamento, palavra e ação.

Seja mais cuidadoso com seus pensamentos, tudo começa com eles. Você deve lembrar isso todos os dias da sua vida. Assim como alguém que pratica musculação deve treinar sempre para manter seus músculos fortes, nós devemos ser lembrados constantemente de que devemos vigiar nossos pensamentos.

E transforme pelo menos alguns dos seus bons pensamentos em boas palavras e boas ações. É natural que eles se multipliquem. Tanto em você mesmo quanto nos outros. Tudo na Vida segue as mesmas leis, os mesmos princípios. Valorize suas pequenas boas ações. Elas carregam em si o mesmo potencial das ações mais meritórias que você conhece.


Postado no Espírito Imortal


Sobre almas em extinção




Clara Baccarin

Se alcancei alguma glória nessa vida é a de sempre encontrar encantos, motivos que me despertam e instigam, acho que nunca soube o que é sentir tédio ou monotonia. Não me falta vontade, paixão, coragem. 

Com pesar, sinto que o que me falta é tempo. Por isso filtro sentimentos, gerencio importâncias, presto atenção nas levezas e esqueço os pesos. Por isso desenho a vida do meu jeito, do jeito que acho significativo. Por isso me demoro mais nos sorrisos e me entrego aos abraços apertados. 

Sei escolher com quem vou passar a tarde toda ao lado. Por isso, falo mais de poesia do que de política, tenho sempre ouvidos para amigos, sede para um bom vinho, coração para um amor bonito. 

Tenho sempre imaginação para me perder nos livros e lágrimas para me derramar nos filmes. Sempre tenho espaço para um bom papo, e um caminho longo de aprendizado e a noção de que o tempo é tão curto, porque das coisas que me interessam nesse mundo eu estou apenas engatinhando e talvez eu morra antes de começar a dar os primeiros passos.

Mas sigo tendo sempre um olhar que se perde nas esquinas esquecidas do mundo. E muita curiosidade e vontade de empatia pelas pessoas que não têm voz e vez. E uma alma que aprendeu a se inspirar como respirar.

Que a vida em essência é mais importante que todos os medos, que a vontade de vive-la genuinamente é mais forte que as preocupações com o futuro, que o respeito com as pessoas e com o nosso resistente planeja é maior do que a vontade de comprar, ganhar, consumir. 

Sinto que as almas que sabem viver e amar com sutileza estão em extinção, que pessoas de verdade não se encontram em qualquer bar, escritório, ponto de ônibus ou rede social. E que as forças sutis que movem meu coração se escondem (ou se revelam) num poema, numa flor, num olhar, num violão. 

E enquanto a força bruta, as diferenças, o consumismo, a ganância estiverem gritando nos meios de comunicação, as sutilezas continuarão a ocupar os lugares que só as almas atentas notam.

Sutilezas não batem à nossa porta, insistentemente, querendo entrar, elas pousam e voam.

Mas as sutilezas enchem a vida de encantos e estão em cada canto. As sutilezas são tantas e me protegem do tédio. Tornam a vida uma maravilha.

E pelos dias, eu ando tentando não esquecer que da vida o mais importante é viver, do sonho o mais importante é sonhar, do amor o mais importante é amar. 

E por perseguir sutilezas e ignorar importâncias talvez eu envelheça pobre e esquecida, mas sei que nunca morrerei de solidão ou monotonia. Pois meus olhos sofrem de excesso de graça e a vida é muito rara e vasta para perder o sentido.


Postado no Conti Outra