Como lidar com pessoas negativas




Sthephanie Gomes

Você pode até dizer que não se importa com as pessoas à sua volta, que gosta mesmo é de ficar sozinho e que os outros não afetam em nada a sua vida, mas a verdade é que a qualidade dos nossos relacionamentos tem relação direta com a nossa qualidade de vida.

Sim, as pessoas com quem você convive afetam quem você é, como se sente e como vive. Elas não têm o poder de te controlar e fazer suas escolhas, mas muito do que você aprende no dia a dia, as habilidades e características que desenvolve, as atividades que faz, as emoções que sente, as conversas que participa e o seu jeito de agir sofrem influência das pessoas com quem você passa mais tempo.

É por isso que viver rodeado de pessoas positivas nos faz tão bem, e também por isso que algumas pessoas nos deixam estressados e sem energia apenas por estarem presentes.

Todo mundo já conviveu, convive ou um dia vai ter que conviver com alguém que não transmite tantas coisas boas, ou que é “de lua” e difícil de lidar. Um chefe, alguém da família, um vizinho, um colega de trabalho ou até um amigo próximo de quem você gosta muito.

Nem sempre são pessoas ruins ou pessoas que querem fazer mal aos outros. Em alguns casos são apenas pessoas que se sentem desorientadas e agem de forma negativa para se protegerem. Talvez elas não saibam que existe outro caminho.

De forma consciente ou não, boa parte das pessoas negativas lutam insistentemente para incluir os outros em sua negatividade. Por isso não é fácil lidar com elas e não se deixar ser afetado.

Seria fácil resolver essa questão se não tivéssemos compromissos, obrigações e sentimentos que nos ligam a essas pessoas, era só mandá-las embora da nossa vida e pronto. 

Mas nem sempre podemos (ou queremos) simplesmente nos afastar delas. Nestes casos, a solução é ter consciência do que realmente significa essa negatividade, se proteger emocionalmente e agir da melhor forma possível para que elas não estraguem seus dias ou atrapalhem sua vida.

Quero compartilhar com vocês algumas formas de agir que aprendi convivendo com pessoas complicadas:

Antes de mais nada, veja se você mesmo não tem sido uma pessoa negativa e difícil de lidar. É fácil apontar o erro dos outros, mas resistimos em perceber o mesmo erro em nós mesmos. Talvez você não seja uma pessoa difícil ou extremamente negativa, mas tenha algumas atitudes que pode mudar para melhor. Comece por aí.

Lembre-se: as pessoas oferecem aos outros aquilo que têm dentro de si. O que elas demonstram e a forma como tratam os outros é exatamente a forma como se sentem e tratam a si mesmas. Não se culpe pelo mau humor e negatividade alheia, porque na maioria das vezes o problema está no interior da pessoa, não no exterior ou em você. Muitas vezes não há nada que você possa fazer para resolver esse problema, mas pode ajudar a pessoa a despertar coisas boas.

Então, incentive o outro a ver a vida por outro lado. Pode ser que essa pessoa tenha criado o hábito de reclamar, se irritar facilmente e falar sobre coisas ruins, e nunca imaginou que poderia ser diferente. Tente dar pequenos “toques” para ajudá-la a mudar de energia. Introduza assuntos positivos e compartilhe coisas que você aprendeu para ser uma pessoa mais calma e positiva. Retribua o mal com o bem. Nem sempre funciona, mas principalmente se é alguém que você gosta, vale a pena tentar.

Se a pessoa negativa for alguém da sua família ou uma pessoa de quem você não quer se afastar, o importante então é você ter consciência de que aquela pessoa é assim, entender que não é com você e aceitar isso sem absorver aquela energia. Lembre-se que você sabe que ela tem esse problema com ela mesma e tente não se sentir atacado ou provocado. Esse entendimento sobre o outro é fundamental para você lidar bem com uma pessoa que tem um comportamento negativo.

Imagine-se dentro de uma camada de proteção. Imagine uma luz branca, uma redoma ou uma bolha em volta de si que não deixa a negatividade entrar. Esse exercício de visualização vai ajudar você a se sentir protegido da energia negativa quando ela estiver sendo lançada a você.

Não entre no jogo. Algumas pessoas infelizmente vêem prazer em brigar, acham que a única forma de resolver problemas é na base da grosseria e querem colocar você dentro do jogo delas. Não reaja da mesma forma. Seja positivo, ou ao menos neutro. Não dê corda, porque muitas vezes tudo o que o outro quer é não ter que se enfocar sozinho, então faz tudo o que pode para te convencer a se enforcar junto dele.

Encontre formas de responder sem usar a mesma atitude da pessoa. Minha estratégia é nunca discutir. Eu evito muitas discussões deixando de lado a minha vontade de provar que estou certa, concordando de forma indiferente. Percebo que, quando faço isso, as pessoas briguentas geralmente não gostam, por isso acabam desistindo de me colocar no jogo delas.

Ignore o que pessoas negativas falam sobre você. Pode até não ser por maldade, mas pessoas negativas querem sempre colocar o outro no mesmo estado em que estão e para isso usam comentários depreciativos e críticas. Tenha consciência disso quando ouvir algum comentário ruim sobre você vindo dessas pessoas e saiba que eles são muito mais baseados na vontade da pessoa de te diminuir do que na forma como elas te vêem de verdade. 

Pessoas com baixa autoestima tentam diminuir a sua autoestima porque acham que isso vai aumentar a delas. Pessoas que não acreditam em seus sonhos vão querer fazer você não acreditar nos seus. Se quiser pedir a opinião de alguém, peça para pessoas que te incentivam a ir para frente.
“Pagar na mesma moeda significa se colocar no nível da crítica humilhante e tornar-se uno com a atmosfera negativa do outro.” – Livro O Poder do Subconsciente
Inclua mais pessoas positivas em seu círculo de relacionamentos. Se a maioria das pessoas com quem convive é negativa, talvez exista algo que você mesmo precisa mudar. Será que você está atraindo esse tipo de pessoa através de atitudes, pensamentos ou jeito de agir? 

Seja a pessoa que você quer ter por perto e busque por amizades e relacionamentos com quem te faz bem. Quando encontrar pessoas assim, mantenha-as por perto. Aproveite seu tempo livre com pessoas alegres, animadas e motivadas.

Se uma pessoa complicada já fez parte da sua vida algum dia, não guarde rancor dela. Por mais difícil que seja, pessoas difíceis nos ensinam muitas coisas e nos ajudam a crescer e nos tornar pessoas mais fortes.

Se tal pessoa não tivesse passado por sua vida e te atormentado por algum tempo, talvez você não saberia muitas coisas que sabe hoje, ou não teria desenvolvido habilidades que desenvolveu graças à insistência dela. Agradeça pelo aprendizado que elas te proporcionaram e deixe o que passou no passado.


Postado no Desassossegada


O que mais Eduardo Cunha tem que fazer para ser detido ?


Intocável


Paulo Nogueira

O que mais Eduardo Cunha tem que fazer para que o detenham?

Assaltar um banco à luz do sol? Bater na sogra no Dia das Sogras?

Um, dois, três, quatro, cinco depoimentos coincidem em acusá-lo de coisas pesadíssimas no terreno da corrupção.

Daqui a pouco não haverá mais dedos para fazer essa contagem macabra.

E o que se vê é Eduardo Cunha conspirando como se estivesse livre de qualquer suspeita.

Sabe-se que ele quer agora derrubar uma decisão, a um só tempo, do STF e de Dilma, a que vetou dinheiro de empresas nas campanhas.

Cunha tenta achar uma gambiarra que permita a manutenção dessa que é a fonte primária de corrupção no país.

Em qualquer situação, seria um acinte. Nas presentes circunstâncias, é um crime de lesa pátria.

Como sempre, ele legisla em causa própria. Cunha simplesmente não existiria sem os milhões que as empresas investem nele para que, no Congresso, defenda os interesses delas.

Ele se elege com este dinheiro e, como sua capacidade arrecadadora é enorme, ajuda a eleger outros políticos que comerão depois em sua mão.

Foi assim que virou presidente da Câmara.

Tantas evidências se acumulam contra ele e Cunha age como um Napoleão do Congresso, para vergonha do país.

Por que essa impunidade não termina?

Cunha simplesmente desmoraliza a tese de que o Brasil trava um combate épico contra a corrupção.

Ao contrário, ele reforça a suspeita de muitos de que este combate épico é seletivo, cínico e demagógico. É fácil engaiolar Dirceu, Genoíno, Vaccari. E virtualmente impossível dar o mesmo destino ao outro lado, mesmo com a folha corrida de um Eduardo Cunha

Fiz a pergunta que abre este artigo no Facebook: o que Cunha tem que fazer para responder por suas delinquências?

Uma resposta foi aplaudida por muitos internautas: filiar-se ao PT.

Parece que esta é uma condição na Lava Jato de Moro e da PF: ser do PT.
Rir ou chorar?

Os filósofos sempre recomendaram rir da miséria humana em vez de chorar.

Riamos, então, da miséria da Justiça brasileira.


Postado no Diário do Centro do Mundo em 30/09/2015


Human : O que nos torna humanos ?



O que nos torna humanos?
 Será por que amamos, por que brigamos? Por que rimos? Choramos? 
Nossa curiosidade? A busca pela descoberta?


O cineasta Yann Arthus-Bertrand passou três anos viajando o mundo 
e conversando com pessoas para entender qual é a essência e o significado 
da vida humana. 

Esses anos foram transformados em um documentário emocionante chamado “HUMAN”.

Yann percorreu 60 países diferentes e conseguiu registrar
 histórias de vida de 2 mil mulheres e homens.

As pessoas me falaram de tudo; das dificuldades de crescer, do amor e da felicidade. Toda essa riqueza é o centro do filme HUMAN.

Esse filme representa todos os homens e mulheres que me confiaram suas historias. O filme se tornou um mensageiro de todos eles“, afirma Arthus-Bertrand.

O filme traz, também, imagens lindas. Veja em tela grande ! 









Vídeo lindo : Rodrigo Faro canta com a Mãe


Rodrigo Faro no programa Xuxa Meneghel




Toda marca vem para nos transformar


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Marcela Alice Bianco

Quem nunca sentiu o ardido de um joelho ralado? Ou soprou um machucado pra sarar? No meu caso, se ainda hoje toco o queixo, sinto a cicatriz dos pontos que levei após uma queda brusca no corredor de casa porque sai correndo de meias. Motivo bobo, mas com consequências um pouco dolorosas, mesmo que momentaneamente e, que deixou uma pequena marca que já dura mais de 20 anos.

Dessas marcas tenho outras…ralados nos joelhos, arranhões da gata que me acompanhou durante a infância até a juventude, marca de vacina no braço, e por aí vai. Mas, para além dessas visíveis, carrego outras que ao longo da vida tem me transformado no que sou. 

Essas cicatrizes visíveis e invisíveis que carregamos no corpo e na alma fazem parte da história de todo ser humano. Como em um livro, elas contam sobre nossa biografia e sobre como nos esfolamos e nos calejamos na trajetória da vida. Também falam das alegrias que ficaram gravadas na memória e que nos edificaram e transformaram nos diversos momentos de metamorfoses que passamos. 

Como diz sabiamente o Psiquiatra Carlos Byington, “qualquer criança sadia logo descobre que o preço de aprender a caminhar é pago com quedas, dores e lágrimas.” E assim, desde os primeiros passos, vamos ganhando nossas marcas, mas também exploramos o mundo, adquirimos experiência e maturidade. 

É verdade que, às vezes, preferiríamos ter corpo e alma imaculados! Mas, se assim fosse permaneceríamos como verdadeiras lagartas rastejantes na busca devoradora pelo alimento, impedidos da liberdade do voo e da possibilidade de realizarmos nossa vocação e chamado de vida. 

Em uma linda passagem do livro A Virgem Grávida, Marion Woodman nos conta sobre o processo de metamorfose das lagartas em borboletas. Em um dos trechos ela diz:“…descobri que a borboleta é símbolo da alma humana. Também descobri que, em seus primeiros momentos do lado de fora da crisálida, a borboleta excreta uma gota de um fluido que se acumulou durante a fase de pupa. Essa gota é geralmente vermelha e às vezes pinga em seu primeiro voo. Simbolicamente, para que libertemos a nossa própria borboleta, também precisaremos sacrificar uma gota de sangue…” Nunca mais seremos os mesmos depois de uma marca! 

Tudo aquilo que fica registrado no corpo e na alma, de maneira consciente ou inconsciente nos molda, nos transforma, nos influencia e nos guia para a individuação.

Algumas marcas são comuns a todos nós. Elas fazem parte dos ritos de passagem que envolvem cada fase da vida. Afinal, não há quem não tenha acordado um dia com uma espinha no rosto ou quem envelheça sem rugas, não é mesmo?

Outras cicatrizes remetem momentos de profunda alegria e transformação, como a marca da cesárea que retrata a passagem da “filha/menina” para a “mãe/mulher”. Outras são como tatuagens, frutos de uma escolha pessoal, que revelam em sua imagem o símbolo de uma ideia, de um sentimento, de uma fase da vida, de um desejo, uma dor, um amor, uma amizade, uma conquista, ou algo com significado pessoal. 

Mas, existem às que são adquiridas brutalmente. Feridas visíveis e invisíveis provenientes dos traumas, dos abusos, das violências, das perdas, dos lutos e das mais diversas experiências dolorosas que podem inundar a alma humana. Elas podem se tornar verdadeiros cancros abertos que mutilam a personalidade verdadeira e nos transformam em pessoas desconfiadas, negativas, destrutivas, depressivas e desesperançadas. 

Há também àquelas que são vistas como verdadeiras deformidades, das quais preferimos nos esconder e ocultar do outro. Marcas que nos envergonham e limitam a entrega em relacionamentos e na intimidade. Essas, nos desafiam a superar as aparências e as projeções para que possa ocorrer uma entrega verdadeira. E assim, recebermos, através do amor e do afeto, o alento, o conforto e a aceitação tão necessária em nossa frágil existência humana. 

Mas, não podemos nos esquecer das marcas que nos protegem e que, assim como as vacinas, nos imunizam e nos fortalecem. Elas são deixadas pelo apego seguro dos nossos cuidadores, pelas boas lembranças, pelos momentos felizes, pelo amor, pelas cicatrizes cirúrgicas que salvam a vida e pelos obstáculos ultrapassados. Algumas podem até doer, mas nos transformam em pessoas melhores, mais resilientes e resistentes aos baques da vida. 

Feridos, marcados e cicatrizados, todos nós seguimos adiante com nosso processo de metamorfose. Morte e renascimento, este é o chamado da vida! Se o negarmos ou resistirmos a ele, a consequência será a fixação da personalidade, o adoecimento e a estagnação. Se seguirmos adiante, em algum momento encontraremos a cura e conseguiremos então libertar nossas asas e alçarmos voos rumo à realização. 



Marcela


Marcela Alice Bianco – Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Junguiana formada pela UFSCar. Especialista em Psicoterapia de Abordagem Junguiana associada à Técnicas de Trabalho Corporal pelo Sedes Sapientiae. CRP: 06/77338




Refletindo . . .