Dalai Lama : Guia para a Felicidade








O mundo seria maravilhoso se houvesse mais empatia e amor . . .


Osama Abdul Mohsen, Zaid


Refugiado que foi agredido por jornalista recebe oferta de emprego na Espanha


No passado recente, o sírio Osama Abdul Mohsen – o refugiado que fugia da polícia húngara com o filho nos braços quando a jornalista o agrediu, fazendo com que caísse no chão com a criança.


A imagem, de triste lembrança, foi filmada por outros jornalistas e chegou até a Escola Nacional de Treinadores, que lhe ofereceu um trabalho em Getafe, Madri, e a oportunidade de residir na Espanha.

Na Síria, Osama trabalhou como técnico de futebol, chegando a treinar um time da elite do país. 

No presente – a foto do mesmo homem sorrindo para o mundo, acompanhado do seu filho menor, de 7 anos, quando ontem chegou à estação de Atocha. 

Abdul está muito feliz e agradecido ao país que o acolheu, onde pode começar uma nova vida. A mulher e o filho mais velho estão na Turquia e devem juntar-se em breve ao resto da família. 

Postado no Blue Bus





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Pais que mimam filhos estão criando geração de adultos deslocados e incapazes de lidar com frustração



Marcella Franco

À mesa do restaurante, João faz manha exigindo o celular da mãe para se divertir durante o almoço. Maria se joga no chão da loja de brinquedos porque quer que o pai compre aquela boneca agora. E, sentado no sofá de casa, Pedro se irrita com os pais porque quer uma resposta urgente sobre poder ou não ir à festa dos amigos no sábado à noite. Todos eles, não importa a idade, têm algo em comum: vão se tornar adultos mimados, incapazes de lidar com as frustrações do mundo.

A culpa do destino dos três, João, Maria e Pedro, é do imediatismo que rege as relações atualmente. Temos, como pais, dito muitos “sim” para os filhos, quando, na verdade, o ideal seria dizer mais “não sei” ou “vou pensar”. Como explica a psicóloga e educadora Rosely Sayão, essa atitude traz como maior prejuízo uma alienação em relação à realidade.

— O adulto que tem o imediatismo cultivado, ao invés de controlado, tem dificuldade de compreender e se inserir no mundo.

Pressionados a responder às demandas dos filhos imediatamente, os pais acabam soltando respostas impensadas, e a consequência, na visão da coach de vida e carreira Ana Raia, é a criação de jovens pouco preparados para lidar com a vida.

Segundo ela, os pais, atualmente, não aguentam não ser imediatistas. Se no passado eles se permitiam deixar os filhos insatisfeitos por mais tempo, hoje atitudes como essa se transformaram em um dos maiores desafios na educação das crianças e jovens.

Ana acredita que a tecnologia colabore para o imediatismo a partir do momento em que, ao toque de um dedo na tela do celular, a resposta para qualquer pergunta ou busca de informação podem ser obtidas em pouquíssimos segundos.

— Não conseguimos sustentar uma dúvida por muito tempo, um incômodo. Não sabemos lidar com um mal-estar neste mundo onde a felicidade é imperativa.

E a dúvida, explica Rosely Sayão, é preciosa, assim como a espera e o pensamento, porque eles ajudam a criança a crescer e a amadurecer. Crianças que não têm momentos de “mente vazia”, por exemplo, poderão sofrer graves consequências na vida adulta.

Alguém que está sempre entretido terá para sempre a necessidade de entretenimento constante, alerta o médico Daniel Becker, criador do projeto Pediatria Integral. Segundo ele, para ser criativo, o cérebro humano precisa da criatividade.

— São necessários momentos em que ele está engajado com algo externo, e também momentos em que está ocioso, em estado de contemplação. Quando uma criança tem seu tempo completamente tomado com atividades como escola, inglês, natação, Facebook, Instagram, WhatsApp, ela fica incapacitada de ter importantes processos interiores.

Becker acrescenta que crianças que não interagem com seus pares ou com os adultos, porque passam o dia com eletrônicos na mão, terão menos inteligência emocional, menos empatia e menos capacidade de se comunicar com os outros quando crescerem.

Se este já não fosse um bom argumento, ainda haveria a opinião de outros especialistas, que enxergam o hábito dos pais de entregar celulares e tablets às crianças como algo benéfico apenas para os adultos.

Na opinião de Rosely Sayão, oferecer um eletrônico em momentos em que se espera que os filhos se socializem com a família e amigos não é um carinho, mas, sim, um comodismo.

— O celular e o tablet nestas situações têm a função do “cala a boca”, nada além disso.

Mas, então, o que fazer quando a conversa no restaurante está boa, mas os pequenos não param de dar chilique e pedir para ir embora? O pediatra Daniel Becker dá uma boa dica.

— As pessoas se esquecem que as crianças sabem conversar e que podem fazer pequenos contratos. Mesmo as menorzinhas têm essa capacidade de compreensão. Basta dizer ao filho que, nos momentos em que estiverem conversando em família, ele não terá o tablet, mas que, quando a mamãe e o papai estiverem falando só com seus amigos, ele poderá pegar o tablet emprestado por 15 minutos. Assim, se alcança um equilíbrio.

Soluções como esta são recursos para que os pais lidem não só com o imediatismo das crianças, como também o deles próprios, que pode, mesmo que de maneira não intencional, servir como exemplo negativo aos filhos, que acabam copiando as atitudes da família.

Para o pediatra presidente do Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas, Hany Simon, a ansiedade e a angústia na adolescência e na vida adulta podem ser resultados do imediatismo paterno presenciado na infância. E, como reforça Rosely Sayão, viver de maneira urgente só traz impactos emocionais negativos nas crianças.

— Somos imediatistas desde que nascemos. Choramos para manifestar desconforto, somos atendidos e temos nossas necessidades básicas saciadas. Com isso, vem também uma sensação de prazer, que vamos desejar para sempre. No entanto, precisamos entender que não é o princípio do prazer que vai reger a nossa vida, e, sim, o princípio da realidade. O papel dos pais é, aos poucos, mostrar aos filhos a realidade do mundo. 


Postado no R7 em 17/09/2015


Prosperar : O que será necessário ? Fantástico filme revela toda a conexão do sistema que estamos inseridos e propõe mudança





O filme Thrive é realmente revolucionário.

Começa exibindo e explicando sobre energia livre, que existe em abundância no universo.

Depois explica a harmonia universal de manter a vida sempre em equilíbrio.

Depois mostra como a manipulação impera desde nosso alimentos, remédios, combustíveis, nosso modo de viver e como estamos sendo manipulados por grandes corporações constantemente de maneira sútil e constante.

Depois mostra porque os governos são coniventes com tudo isso.

Exemplifica de maneira brilhante como os grandes bancos mundiais dominam e manipulam constantemente a economia aos interesses de um pequeno grupo de uma elite mundial. Como são criadas as crises econômicas propositalmente.

Conecta muito bem todos esses assuntos e sugere como podemos fazer nossa parte para abrirmos os olhos, destapar a carapuça mental e buscar novos caminhos e alternativas.

O documentário dura 2 horas, sim, mas quando terminou ficou aquele rostinho de quero mais.

Desperte-se!






Postado no Yogui.co


Maria não queria casar nem ter filhos. Não tinha nada de errado com Maria. Ela só era diferente, mas ninguém entendia.



Karen Curi

Ser diferente é normal. É o que todo mundo diz. As pessoas abraçam causas, protestam contra a discriminação, lutam pela inclusão social. Dizem que as diferenças fazem parte da normalidade. Até que alguém abre a boca para expor uma opinião contrária à esperada. Então, essas mesmas pessoas olham com estranheza e repulsa, como se todos tivessem que ser iguais, pensar de um só jeito, agir de uma só maneira, seguir um único padrão.

Mudar a ordem das prioridades ou ter prioridades que divergem da maioria faz de você uma pessoa incomum. Só que neste caso, ser diferente não é normal, nem aceitável, e tampouco bem visto. Você é incompreendido, fica descontente em seguir os caminhos dos outros, por isso segue o seu próprio fluxo fora dos trilhos.

Dia desses eu li a melhor das definições para quem não se enquadra. Colin Wilson, um escritor inglês, explica em “The Outsiders” como é se sentir fora dos padrões num mundo padronizado. Essas pessoas são naturalmente “desviantes”, forasteiros, não por querer, mas simplesmente porque são assim. Elas até tentam se encaixar numa normalidade, mas a singularidade fala mais alto.

Pense bem. Não é normal você ser feliz sem buscar um relacionamento. Não é normal você abandonar o emprego fixo porque quis se dedicar à arte. Não é normal você vender tudo e mudar de cidade, de trabalho, de vida. Não é normal você desistir de um casamento porque acabou o amor, a alegria, a vontade, a paz. Não é normal você não desejar um emprego público. Não é normal se esquivar de uma vida de comercial de margarina. Não é normal correr atrás da qualidade de vida, ao invés de se preocupar em fazer fortuna.

Eu queria saber quem estipulou tantas regras para ser aceito e para ser feliz. Eu queria saber por quê, na altura do campeonato, as pessoas ainda precisam de referências para se sentirem realizadas. Aceitam os estereótipos mais diversos, mas não podem aceitar àquele que pensa diferente, que age de acordo com as suas ordens e não com as regras dos outros.

O que há de errado em querer viver sem se parecer à ninguém, sem pertencer à ninguém, sem seguir nenhum roteiro, sem fazer o que esperam? Porque todo mundo tem que ser padrão, ter um padrão de vida, de status, de beleza?

Não almejar a instituição do casamento não significa que você não acredita no amor. Quem não quer se casar, por acaso não tem o direito de ser feliz? Aquele que opta por não ter filhos não necessariamente está se eximindo das responsabilidades.

Você já parou para pensar que pode ser, exatamente, excesso de sensatez? Trocar o escritório pela praia, a repartição pela música, não permite o sucesso? Deixar para trás uma vida segura e monótona, para sair pelo mundo com uma mochila nas costas, muita coragem e disposição. Isso faz de você uma pessoa fraca? Sair da zona de conforto te torna um ser humano inferior? Ou justamente ao contrário?

Quem disse que os padrões da sociedade estão certos e, outra coisa, que eles funcionam igualmente para todos? Somos únicos. Cada um tem uma história, um ímpeto, faz parte de um meio.

O que Joana quer, não funciona para a Maria. Maria não queria casar nem ter filhos. Não tinha nada de errado com Maria. Ela só era diferente, mas ninguém entendia.


Postado no Bula


Eu envelheci




Um dia desses, uma jovem me perguntou como eu me sentia sobre ser velha. Levei um susto, porque eu não me vejo como uma velha. Ao notar minha reação, a garota ficou embaraçada, mas eu expliquei que era uma pergunta interessante, que pensaria a respeito e depois voltaria a falar com ela. Pensei e concluí: a velhice é um presente. Eu sou agora, provavelmente pela primeira vez na vida, a pessoa que sempre quis ser.

Oh, não meu corpo! Fico incrédula muitas vezes ao me examinar, ver as rugas, a flacidez da pele, os pneus rodeando o meu abdome, através das grossas lentes dos meus óculos, o traseiro rotundo e os seios já caídos. E constantemente examino essa pessoa velha que vive em meu espelho (e que se parece demais com minha mãe), mas não sofro muito com isso. 

Não trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, e o carinho de minha família por menos cabelo branco , uma barriga mais lisa ou um bumbum mais durinho. 

Enquanto fui envelhecendo tornei-me mais condescendente comigo mesma, menos crítica das minhas atitudes. Tornei-me amiga de mim mesma. Não fico me censurando se quero comer um bolinho-de-chuva a mais, ou se tenho preguiça de arrumar minha cama, ou se compro um anãozinho de cimento que não necessito, mas que ficou tão lindo no meu jardim. Conquistei o direito de matar minhas vontades, de ser bagunceira, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar paciência no computador até às 4 da manhã e depois só acordar ao meio-dia?

Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70 e se, de repente, chorar lembrando de alguma paixão daquela época, posso chorar mesmo! 

Andarei pela praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulharei nas ondas e darei pulinhos se quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros. Eles também, se conseguirem, envelhecerão. 

Sei que ando esquecendo muita coisa, o que é bom para se poder perdoar. Mas, pensando bem, há muitos fatos na vida que merecem ser esquecidos. E das coisas importantes, eu me recordo frequentemente. Ao longo dos anos meu coração sofreu muito. 

Como não sofrer se você perde um grande amor, ou quando uma criança sofre, ou quando um animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão a força, a compreensão e nos ensinam a compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser forte, apesar de imperfeito. 

Sou abençoada por ter vivido o suficiente para ver meu cabelo embranquecer e ainda querer tingi-los a meu bel prazer, e por ter os risos da juventude e da maturidade gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes que seus cabelos pudessem ficar prateados. 

Conforme envelhecemos fica mais fácil ser positivo. E ligar menos para o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Conquistei o direito de estar errada e não ter que dar explicações. Assim, respondendo à pergunta daquela jovem graciosa, posso afirmar: “Eu gosto de ser velha”. Libertei-me! 


Texto de autora desconhecida


Postado no Conti Outra