Recrie sua vida construtivamente



Maria Lúcia Pellizzaro Gregori

Estamos tão acostumados a correr no dia a dia que acreditamos ser essa a forma mais eficaz de superar nossos próprios limites. Achamos que, na velocidade, já estamos à frente de muitos maratonistas da existência.

As coisas não são tão simples assim ou talvez sejam tão simples que acabamos não conseguindo observá-las com atenção. Enquanto nos perdemos, numa busca intensa de não ficar para trás, emparelhados com uma multidão de velozes, pensamos que somos criaturas avançadas nesse presente desenfreado.

Ninguém espera ninguém, as pessoas não ouvem o que o outro tem a dizer, os olhos não têm mais como contemplar a beleza da natureza, a rapidez tomou conta da humanidade e esse é o desafio que pensamos ter a cada dia, correr... correr... correr...

O presente fica aí... embrulhado... porque a força do futuro nos puxa para um tempo que nem sabemos se virá.

Nossos passos precisam deixar marcas, senão não identificaremos nossos trajetos anteriores que são a nossa experiência.

E para criar algo novo nesse emaranhado existencial devemos também fazer diferente, mesmo que os tombos aconteçam. Cair é um desafio enriquecedor para quem quer ficar de pé.

O ser humano tem missão, aqui, agora, nesse mundo que ele escolheu viver por uns tempos.

Seguir hábitos enraizados, repetir comportamentos viciados em nome da modernidade, fazer planos a partir de uma mente confinada numa viseira estreita e desgastada, definitivamente não nos ajudará a recriar a vida em semelhança com nossa essência Divina.

Superar limites é exatamente não ficar na repetição. É sair do óbvio e ousar o desconhecido.

Nossa natureza não é limitada, uma vez que somos seres espirituais. A infinitude de possibilidades está dentro de nós e atuar a partir dessa realidade já é romper com uma linha que demarcava um ponto de chegada confortável demais para nosso potencial de evolução.

Ultrapasse o ponto em que você está.

Comece seu novo dia com um desjejum mais nutritivo, lembrando que a energia do “comer” é diferente da energia do “ alimentar”, do “nutrir”.

Se possível, antes desse passo, lembre-se dos seus pulmões e faça algumas respirações profundas e vigorosas, com a coluna ereta e bons pensamentos.

Se isso é novo para você e consegue fazê-lo, já superou um limite importante.

Pare de reclamar e tente resolver de forma prática o que o incomoda.

Você trabalha ou rala? “Trabalhar” é diferente de “ralar”. Trabalhar edifica, ralar destrói!

Muitas coisas ainda não poderão ser mudadas, mas você pode mudar sua relação com elas, agora. Isso é precioso. Não aceite viver dias xerocados do passado.

Faça seu planejamento diário pela manhã e procure nessa seleção, identificar o que o atropela e mude suas estratégias.

Faça uma retrospectiva à noite e anote o que deseja sinceramente fazer diferente.

Use seus talentos, você os tem. 

Nossos dons são nossas portas abertas, são nosso poder de transpor as dificuldades com menor esforço. Identificá-los é ter metade do caminho percorrido e conseguir fluir com maior prazer e eficiência.

Supere-se! 


Postado no Somos Todos Um



Pequenas criaturas marítimas que farão você acreditar em aliens


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Nathalia Henderson 

No fundo do mar existem diversas espécies que despertam nossa curiosidade a medida em que as conhecemos. 

Um exemplo disso são as lesmas do mar (Nudibrânquios), com mais de 3000 espécies diferentes. A maioria dessas lesmas são caracóis que perderam suas conchas e ganharam novas características através da evolução.

As lesmas do mar chamam atenção principalmente por causa de sua variedade de cores, sendo uma mais colorida do que a outra, deixando o fundo do mar ainda mais interessante.


1 – Ovelha do mar (Costasiella Kuroshimae)

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2 – Dragão azul (Glaucus Atlanticus)

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3 – Janolus Fuscus

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4 – Phyllodesmium Poindimiei

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5 – Dirona Albolineata

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6 – Hypselodoris Kanga

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7 – Cadlinella Ornatissima

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8 – Lesma folha (Elysia Chlorotica)

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9 – Coelho do mar (Acanthodoris Pilosa)

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10 – Cyerce Nigricans

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11 – Janolus Barbarensis

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12 – Chromodoris Alius

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13 – Flabellina Iodinea

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14 –  Lettuce Sea Slug (Elysia Crispata)

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15 – Acanthodoris Lutea

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16 – Onchidoris Bilamellata

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17 – Hypselodoris Apolegma

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18 – Donut Nudibranch

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19 – Phyllidiella Pustulosa

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20 – Okenia Hopkinsia Rosacea

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Os amigos e o Zodíaco




Ruth Manus

Gostar de astrologia é algo que nos torna alvo fácil de uma porrada de críticas. “Que bobagem”; “não é científico”; “você jura que acredita nessas coisas?”. Blá blá blá. 

Gente, me deixa acreditar no que eu quero. Tem gente que acredita em ET, em casamento, em promessas políticas, em gel anticelulite, em previsão do tempo. Cada um acredita no que quer, não nos atormentemos, vai, por favor.

E eu gosto mesmo, tenho bons livros. Não sou de ler horóscopo, sou de ler astrologia, de fato. 

Uma amiga astróloga uma vez me disse “é ingenuidade demais das pessoas saber que a posição dos planetas mexe com as marés, mas não mexeria conosco, que somos feitos de quase 80% de água”.

Essas leituras me fazem lidar melhor com as pessoas e compreender a sutil diferença entre características e defeitos. E me fazem aceitar melhor as bizarrices dos amigos, que, no fundo, são sempre coisas boas. É só saber enxergar.

Amigo de peixes é aquele que se emociona em mesa de restaurante. Conta uma história e começa a chorar no meio dela, ainda que vocês estejam pendurados num metrô lotado e você fique morrendo de vergonha. São os donos dos sentimentos confusos e das crises existenciais. Mas são também os donos dos abraços mais verdadeiros, que parecem nos engolir e nos sentir amados como nunca.

Amigo ariano não tem paciência. Não faça drama, que eles vão te dar uma chibatada na cara com um simples “pára coéssaporra”. Sutileza zero. Mas são eles os amigos que te incentivam a ir fundo quando aparece um desafio, os que te proporcionam as aventuras que sozinho você jamais teria, os que te encorajam a tentar e que vão estar lá caso dê tudo errado.

Touro é aquele para quem não adianta você dar conselhos por 3 horas. Ele sempre vai fazer o que quer, tá nem aí pra você. Teimosia é pouco. Amigo taurino é ciumento, possessivo, é bravo e é forte. Um taurino vai te ouvir, mas não vai passar a mão na sua cabeça. Ele vai te puxar pela mão e te mostrar como segurar os problemas pelo chifre. São leais como poucos, distância nenhuma os impede de aparecer quando você precisa.

Gêmeos (aí sou suspeita). Gêmeos fala, fala, fala. Gesticula, conhece todo mundo, tem histórias intermináveis sobre parafusos e libélulas. Um geminiano sabe como cansar nossa paciência (às vezes eles cansam até a si mesmos). Mas geminianos sabem alegrar uma mesa de bar, transformar um encontro em uma festa, fazer o povo rir com a simples combinação de bom astral e boas palavras.

O amigo de câncer é aquele ser estranho que nega convite pra festa open bar sob a justificativa de ter um aniversário de tia avó. Não adianta competir. Sua maravilhosa proposta nunca será mais atrativa para ele do que sua família e seu lar. Em compensação, ter uma amigo de câncer é ter a certeza de nunca passar um natal sozinho. Ou de ficar sem almoço numa 3ª feira. Debaixo da asa dele, você está sempre seguro.

Já o leonino precisa de holofotes. Precisa brilhar, reinar, chamar atenção de alguma forma, seja pela roupa inesperada ou por suas estranhas performances. E nunca ouse criticar seus cabelos. Mas no dia em que alguém falar uma única palavra contra você, tenha um leonino. São eles que te defendem com unhas e dentes. São fiéis escudeiros. Se tiver um no seu bando, você não corre riscos.

Amigo virginiano: o que tira os guardanapos usados e amassados da mesa do bar, faz uma limpeza rápida na mesa, seca os celulares respingados de cerveja. Ele vai criticar sua combinação de estampas, a bagunça do seu quarto, a sujeira do seu carro. Mas vai te impedir de comprar uma roupa que não combina com nada, vai te ajudar a planejar sua viagem e vai, sem que você nem perceba, te esclarecer os seus próprios pensamentos.

Amigos librianos: demoram horas para confirmar se vão ou não sair com você e quando finalmente chegam ao restaurante (e sempre chegam lindos), não sabem qual prato pedir. Librianos são os mais ponderados, nos fazem ver os vários lados da história, nos ensinam a ser mais diplomáticos e nos impedem de sair dando cabeçada por aí.

Escorpião é o amigo que nunca esquece. Não esquece que você não devolveu aquela camisa azul dele, não esquece que você não foi ao aniversário dele de 1999. Rancor? Bobagem. Mas, todo caso, é bom morrer amigo deles. Mas são eles que vão te ensinar a ser menos ingênuo. A desconfiar, a investigar antes de sair acreditando. E se mesmo assim você continuar sendo meio tonto, ele estará lá para evitar que alguém te passe a perna.

Sagitário é o amigo livre. Até demais. Sagitário é do tipo que diz “não te falei? tô mudando de país amanhã”. Tudo na boa, tudo sem traumas (para ele, pelo menos, porque você pode surtar, que ele vai achar exagero). Mas sagitário vai te dar vida, não vai te deixar ficar em casa num dia de sol, vai te chamar para viajar com ele (“te pego daqui meia hora”) e te mostrar que a vida é mesmo linda.

Capricórnio te dá um tapa na orelha quando você brinca de sonhar demais. Eles medem consequências, planejam, analisam o risco e decidem. E ficam loucos da vida se você achar isso bobagem. Mas são os que vão até o fim, que nos ensinam a planejar e lutar. Que nos impedem de desperdiçar dinheiro, de ficar em empregos meia boca, de viver uma vida sem metas.

Amigo de aquário nunca regula muito bem das ideias. São meio destrambelhados, excêntricos, parecem distantes, compram coisas que ninguém nunca viu, usam coisas que ninguém tem, ouvem bandas que talvez nem existam. Mas são os que nos incentivam a não ter medo do novo. São os que te contam a moda da próxima estação e os que nunca vão te deixar viver uma vida quadrada.

A emoção sincera de Peixes, as aventuras de Áries, a força de Touro, as palavras de Gêmeos, a acolhida de Câncer, a proteção de Leão, o cuidado de Virgem, a ponderação de Libra, a malícia de Escorpião, a leveza de Sagitário, o bom senso de Capricórnio, a ousadia de Aquário.

É o que basta pra vida. 


Postado no Sábias Palavras


Ninguém chega na nossa Vida por acaso




Roy Lacerda

Ninguém chega até nós… E ninguém permanece em nossa vida por um simples acaso.

Pessoas nos encontram ou nós as encontramos meio sem querer não há programação da hora em que as encontraremos.

Assim, tudo o que podemos pensar é que existe um destino, em que cada um encontra aquilo que é importante para si.

As pessoas que entram em nossa vida, sempre entram por alguma razão, algum propósito.

Ainda que a pessoa que entrou em nossa vida, aparentemente, não nos ofereça nada, mas ela não entrou por acaso, não está passando por nós apenas por passar.

O universo inteiro conspira para que as pessoas se encontrem e resgatem algo com as outras.

Discutir o que cada um nos trará, não nos mostrará nada, e ainda nos fará perder tempo demais desperdiçando a oportunidade de conhecer a alma dessas pessoas.

Conhecer a alma significa conhecer o que as pessoas sentem, o que elas realmente desejam de nós, ou o que elas buscam no mundo, pois só assim é que poderemos tê-las por inteiro em nossa vida.

A amizade é algo que importa muito na vida do ser humano, sem esse vínculo nós não teremos harmonia e nem paz.

Precisamos de amigos para nos ensinar, compartilhar, nos conduzir, nos alegrar e também para cumprirmos nossa maior missão na terra: “Amar ao próximo como a si mesmo”.

E para que isso aconteça, é preciso que nos aceitemos em primeiro lugar, e depois olhemos para o próximo e enxerguemos o nosso reflexo.

Essas pessoas entram na nossa vida, às vezes de maneira tão estranha, que nos intrigam até.

Mas cada uma delas é especial, mesmo que o momento seja breve, com certeza elas nos deixarão alguma coisa.

Observe a sua vida, comece a recordar todas as pessoas que já passaram por você, e o que cada uma deixou.

Você estará buscando a sua própria identidade, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram na sua vida, e que até hoje interferem em seu caminho.

Passamos por vários momentos em nossa vida. Momentos estes que nos marcam de uma forma surpreendente, nos transformam, nos comovem, nos ensinam e muitas vezes, nos machucam profundamente.

Quando sentir que alguém não lhe agrada, dê uma segunda chance de conhecê-lo melhor, você poderá ter muitas surpresas cedendo mais uma oportunidade.

Quando sentir que alguém é especial para você, diga a ele o que sente, e terá feito um momento de felicidade na vida de alguém.

Não deixe para fazer as coisas amanhã, poderá ser tarde demais. Faça hoje tudo o que tiver vontade.

Abrace o seu amigo, os seus irmãos, os seus filhos.

Dê um sorriso para todos, até ao seu inimigo.

Se estiver amando, ame pra valer, viva cada minuto deste amor, sem medir esforços.

Seja alegre todas as manhãs, mesmo que o dia não prometa nada de novo.

Preste bastante atenção em todas as pessoas, elas poderão estar trazendo

a sua tão esperada FELICIDADE!


Postado no Sábias Palavras


“Só por hoje” não serei analfabeto político










Celso Vicenzi

“Só por hoje” é um princípio seguido à risca por alcoólicos anônimos, com resultados comprovados. Mas pode ser um mantra, também, contra qualquer tipo de vício. A ideia, simples, é dar um passo de cada vez. A cada 24 horas, uma batalha vencida. Os movimentos conhecidos por AAA – Associação dos Alcoólicos Anônimos –, surgidos na década de 30, nos Estados Unidos, e que se espalharam pelo mundo, praticam o lema ainda nos dias atuais, com bons resultados.

Sem abdicar dos antigos, novos vícios têm sido incorporados à sociedade, como a compulsão pelo uso de aparelhos celulares. Há outros igualmente perniciosos: o vício por consumir informação de péssima qualidade, inclusive nas redes sociais, e o vício de entreter-se com programas de rádio e tevê que atrofiam a inteligência e a capacidade de análise. Incluem-se nesse rol comentaristas famosos de diferentes mídias.

Talvez, justamente por isso, as redes sociais estejam entulhadas de diálogos e debates de baixíssimo nível, em que os xingamentos e a desinformação sejam moeda corrente. E que, não raro, descambam para um superávit de ódio e um déficit de solidariedade. Graças às redes sociais, descobrimos que aquele cidadão que parece tão fino e educado, cheio de gentilezas e que aparenta ser adepto de causas nobres, na verdade esconde um troglodita, machista, reacionário, egoísta, homofóbico, desinformado e mal-educado. Não necessariamente nessa ordem.

Por isso, para pôr um pouco de água na fervura e, quem sabe, serenar os ânimos, pensei em resgatar o lema que tem mantido longe do vício tantas pessoas que, no passado, estiveram às portas do inferno. Se não nos levar ao céu, pelo menos poderemos viver e dialogar mais civilizadamente.

Então…

Só por hoje não chamarei de petralha ou de coxinha nenhum de meus adversários políticos e ideológicos. Categorizar conceitos pejorativos e reducionistas em nada colabora para a tentativa de manter um diálogo com respeito. Para aqueles casos em que a recíproca não for verdadeira, mantenha-se afastado. Não perca seu tempo.

Só por hoje não xingarei, não usarei palavrões, nem tentarei ganhar no grito um debate que só tem sentido quando houver argumentos e informações fidedignas e sensatas sobre aquilo que se procura demonstrar. Ou seja, vale a pena fazer um esforço para diversificar as fontes e informar-se melhor sobre o que acontece no país e no mundo.

Só por hoje não direi que “é tudo culpa da Dilma”, seja lá o que aconteça no país. Afinal, vivemos numa República Federativa e as principais instâncias de poder são o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, que, por sua vez, operam nas esferas federal, estadual e municipal. Farei um esforço para lembrar que a responsabilidade precisa ser dividida no mínimo com mais 27 governadores, 5.570 prefeitos, 81 senadores, 513 deputados federais, 1.059 deputados estaduais, cerca de 60 mil vereadores e 20 mil juízes espalhados por todo o país. Sem falar em milhares de importantes entidades representativas dos mais diversos setores da sociedade.

A guerra primitiva dos paulistanos contra a bicicleta e contra o progresso


Copenhague (Dinamarca)

Amsterdã (Holanda)

Nova York (Estado de New York)

Paulo Nogueira


Você mede hoje o avanço social de uma grande cidade pelas bicicletas.

Quanto mais ciclistas, mais avançada.

Copenhague e Amsterdã são modelos mundiais.

Londres, Nova York e Paris se empenham tenazmente para aumentar o número de bicicletas nas ruas e reduzir o de carros.

São Paulo, miseravelmente, ficou para trás, por conta de administrações ineptas.

E quando aparece enfim um prefeito disposto a corrigir um atraso humilhante ele é recebido não com aplausos – mas com uma camada selvagem de resistência.

Um dia vamos tentar entender como São Paulo se tornou uma cidade tão infestada de pessoas que abominam inovações e mudanças.

O túmulo do samba se converteu no túmulo das novidades.

Haddad não inventou a roda. Estava na cara, quando ele assumiu a prefeitura, que o maior drama da cidade era a mobilidade.

Se antecessores como Serra e Kassab não viram isso é porque a incompetência deles é desumana.

Haddad viu, portanto, o óbvio.

E agiu.

Sob o estímulo de uma mídia cujo cérebro estacionou no século passado, os donos de carros começaram a criar problemas sobre problemas.