" Refrescando a memória " ! Bloqueio de contas é regra do acordo da dívida firmado pelo governo Britto


Acordo da dívida foi assinado em 1996 pelo então governador Antônio Britto com a União, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Na época, Sartori era líder do PMDB na Assembleia  Legislativa. (Foto: Arquivo AL/RS)

Acordo da dívida foi assinado em 1996 pelo então governador Antônio Britto com a União, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso

Na época, Sartori era líder do PMDB na Assembleia Legislativa.
(Foto: Arquivo AL/RS)

Marco Weissheimer
O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), afirmou nesta quarta-feira (12), em Brasília, que não passou calote na União, mas só descumpriu uma parte do contrato de refinanciamento da dívida do Estado com a União. Sartori voltou a pedir ao governo federal “compreensão e solidariedade ativa em relação às contas do Rio Grande do Sul”.


O contrato ao qual Sartori fez menção foi assinado em 1996 pelo então governador Antônio Britto (PMDB) com a União, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, Sartori era líder do PMDB na Assembleia Legislativa.


Em nota oficial, divulgada terça-feira (11) à noite, o governo do Estado reclamou que o bloqueio “implica em severas restrições à governabilidade do Estado”, que perderia completamente, assim, “a capacidade de gerência sobre os seus próprios recursos”.


No acordo firmado pelo governo Britto com a União não há possibilidade contratual de moratória, não pagamento ou calote de pagamento da dívida. O contrato permite que a União saque recursos da conta do Estado a fim de cumprir o pagamento da parcela da dívida vencida.

Segundo o mesmo contrato, se o Estado atrasar em mais de 10 dias o pagamento da parcela da dívida, o índice de correção do saldo da dívida pode ser alterado.
Além disso, existe a possibilidade de alteração do percentual de comprometimento da Receita Líquida Real do Estado, que passaria de 13% para 17% durante o período em que permitisse o descumprimento do contrato.


Na edição do dia 21 de setembro de 1996, a manchete do jornal ZH afirmava: “Rio Grande liquida a dívida”.

(Reprodução; Arquivo do Museu de Comunicação Hipólito da Costa)




Acordo foi apontado como “solução para o Rio Grande”


O acordo da dívida firmado por Britto chegou a ser apontado na época como a solução para o problema da dívida do Rio Grande do Sul.

Na edição do dia 21 de setembro de 1996, a manchete do jornal Zero Hora afirmava: “Rio Grande liquida a dívida”. 

A principal foto da capa mostrava Britto e o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, sorridentes, comemorando o acordo que, segundo ZH, estaria “limpando a ficha dos gaúchos”

Mas o acordo feito por Britto não só não resolveu como acabou agravando a situação financeira do Estado. No final de 2014, depois de pagar mais de R$ 15 bilhões para a União, o Estado ainda devia cerca de R$ 47 bilhões.



Em outro editorial publicado em 22 de setembro de 1996, no dia seguinte à assinatura do acordo da dívida, ZH afirmava:

" O refinanciamento da dívida do governo do Rio Grande do Sul, cujo total chega a R$ 8 bilhões, mereceu consideração especial (do governo FHC) por conta dos esforços do governo gaúcho para reduzir os gastos de rotina na administração, em particular aqueles de pessoal. O Rio Grande foi pioneiro na implantação de um programa de demissões voluntárias.
Ademais, o governador Antonio Britto vem extinguindo, na medida do possível, cargos em comissão e cargos vagos com o objetivo de enxugar uma folha que tem consumido em torno de 80% da receita líquida.
Outro fator importante, incluído nas exigências válidas para todas as unidades federativas, é a disposição de privatizar empresas estatais “.

Com essas medidas e a renegociação da dívida feita por Britto, o Rio Grande do Sul estaria, segundo ZH, “liberado para novos empréstimos e investimentos”. 

O jornal comemorava nas manchetes da época: “Os gaúchos limpam a ficha”, “Negociação acaba com o pesadelo dos juros altos.

José Barrionuveno, principal colunista político do jornal na época, escreveu (na edição de 22 de setembro de 1996):


“A renegociação da dívida obtida pelo governo Britto liberta o Estado do maior obstáculo ao seu desenvolvimento (…) 
É uma obra que restabelece o crédito e a credibilidade do Rio Grande, com reflexos nas próximas administrações. 
Graças à reforma do Estado, considerada modelo pela imprensa nacional, o RS é o primeiro a renegociar a dívida.
Não poderia haver data mais oportuna para o anúncio do que o dia em que se comemora a Revolução Farroupilha”.


Postado no Sul21 em 12/08/2015 



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Ju Umbelino


Todo mundo tem seus medos. E não são poucos. Quem disser o contrário está mentindo – provavelmente para si mesmo. Temos receios, dias de medo e fracasso, de pouco sucesso, do que quer que seja.

O medo é natural, inerente ao ser humano. E é benéfico até certo ponto. Se fôssemos dotados apenas de coragem, seríamos totalmente inconsequentes, magoaríamos mais quem nos ama, arriscaríamos sem pensar e provavelmente teríamos uma vida curta.

O que não é normal é ficar paralisado em meio ao caos por causa de todo e qualquer medo que sentimos. Há pessoas com medo constante de viver e de morrer. De agir e de ficar parado. E isso não é nada saudável.

Sem sofrimento, sem ganhos. E para ganhar, na maioria das vezes, é necessário arriscar. Abrir mão do sofrimento proveniente do medo para conquistar algo. Talvez maior, talvez melhor. Mas, com certeza, diferente.

Uma mudança de cidade, um novo relacionamento, um emprego totalmente diferente do que você possui. É preciso perder um pouco, dar um passo atrás para conseguir dar o salto e retornar, ainda que não vitorioso, de cabeça erguida.

A gente precisa aprender a se importar menos com o que os outros pensam, com a impressão que causamos. Porque isso não passa de uma avaliação subjetiva alheia. Precisamos aprender que todo mundo erra, perde, ganha, esperneia, levanta e tenta mais uma vez, até dar certo.

Ninguém nasce ensaiado, pronto pra seguir arrasando na vida. Todo mundo se lasca, se dá por vencido, esquece de pedir perdão, questiona se vale mesmo a pena. Basta olhar pro lado e ver quanta gente está no mesmo barco que você.

Vivemos em uma sociedade que julga, da forma mais impiedosa possível, o fracasso. Temos que ser super-homens e super-mulheres. Precisamos ter cargos altos preenchidos no cadastro do Linkedin. Viajar muito, postar fotos sorrindo sempre (e nos melhores lugares do mundo). 

Porque afirmar que não se é escandalosamente feliz cem por cento do tempo já é motivo pra que engraçadinhos te chamem de gótico, depressivo, emo, mal agradecido ou tudo isso junto – experimenta pra ver. 

A pressão social por ser uma pessoa bem sucedida (segundo o conceito de um mundo capitalista até os ossos) é muito grande, ainda mais com a exposição que o mundo virtual possibilita. Todo mundo quer mostrar que está bem. Todo mundo quer ser melhor que o outro em algum sentido, ainda que de forma inconsciente. 

Daí nos deparamos com as consequências: o medo de ser uma farsa, uma pessoa fracassada e não estar no mesmo “nível” que os outros estão. E esse sentimento pesa mais do que deveria, mesmo sendo totalmente desnecessário, porém muito presente na vida de quem se compara e se sente infeliz.

Sentimento é sentimento. Dor é dor. Pesar nada mais é que pesar. Não existe um sentimento pior ou melhor que o do outro e tentar mensurar isso não passa de bobagem. E de tentar relativizar o sofrimento dos outros.

Uns temem o passado, outros ficam aterrorizados sofrendo antecipadamente pelo futuro. O medo do que aconteceu e do que pode acontecer deixa um número absurdo de pessoas paralisadas, temendo dar o próximo passo, ainda que ele seja curto. 

Se permitirmos, essa fobia de viver vai tomando conta e quando se percebe, os danos já estão feitos. A situação é quase irreversível.

Somos todos aprendizes na Terra vivendo um dia de cada vez por tentativa-e-erro. 

O que nos une é a diversidade, é essa pluralidade imensa que nos torna interessantes aos olhos do próximo, assim como vemos pontos positivos nas outras pessoas. Aquela pessoa sabe fazer como ninguém tranças maravilhosas que eu não faria nem com um curso intensivo. Ou aquele outro que sabe tudo sobre automóveis. Mas se formos parar pra pensar, somos todos perdidos, e tudo bem.

Em doses não tão homeopáticas assim, pequenas frustrações são menos dolorosas do que a tristeza pelo eterno postergar. Deixe o medo chegar, entenda os riscos que ele quer te mostrar, planeje e aja. 

A vida é muito rápida para passar em branco. E enquanto eu escrevo isso e você lê, ela já está passando. Tá esperando o quê pra dar o salto?



Postado no Sábias Palavras














Sorrir faz bem ! Capa sobre realidade virtual da Time gera memes



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Capa Original






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O que há por trás da “nova postura” da Globo?



O que aconteceu com a Globo?

Por que o maior conglomerado midiático do Brasil utilizou os seus dois principais canais de comunicação para cravar posição política contra o impeachment de Dilma e a favor da governabilidade? 
Destacamos, a seguir, algumas hipóteses que ajudam a entender essa mudança de postura.


Antes mesmo do fechamento da edição do Jornal Nacional desta sexta-feira, noticiávamos em Pragmatismo Político que o telejornal global exibira uma edição pouco habitual.

Na pauta política, chamou atenção a publicação de uma longa sonora da presidente Dilma Rousseff rebatendo críticas e recebendo aplausos decorrentes de sua fala. 

Horas antes, em editorial, o jornal O Globo tinha ido ainda mais longe: destacou a importância dos esforços pela manutenção da governabilidade do atual governo e chamou o PSDB de ‘inconsequente’. 

Frases como “clássica marcha da insensatez” e questionamentos como “vale mais o destino de políticos proeminentes ou a estabilidade institucional do país?” foram usados no editorial com o objetivo de rechaçar a irresponsabilidade de figuras — Eduardo Cunha incluso — que pretendem ver o caos institucional e político no país, sem se preocupar com as consequências econômicas de tais manobras.

A repercussão da suposta nova inclinação da Globo foi enorme. No Facebook, a postagem de Pragmatismo Político sobre a questão, até a publicação deste texto, acumula mais de 20 mil curtidas, 12 mil compartilhamentos e 2500 comentários.

Desconfiados, lúcidos, surpresos, sensatos, agressivos, céticos e bem humorados. A heterogeneidade das observações postadas estimula a reflexão sobre o que pode estar por trás da “nova atitude” política das Organizações Globo, publicizadas através dos seus dois maiores canais de comunicação jornalísticos: o Jornal Nacional, na TV, e o editorial de O Globo, na mídia impressa. 

Confira, a seguir, algumas das reações publicadas pelos leitores de Pragmatismo Político que merecem destaque e ajudam a entender o posicionamento da Globo: 

1. “Resposta provável: Fiesp e Firjan. (Estas entidades se posicionaram pela governabilidade do País através de nota oficial

2. “Lá vem pedrada. A Globo é a maior Falsiane do Brasil.” (antes da tempestade, a calmaria) 

3. “Não vejo nada surpreendente. A Globo não muda de opinião: tem sempre a opinião do grande capital. E o grande capital mandou parar com a palhaçada. Uma crise política dessa monta vai levar a uma profunda crise econômica. Tirem a Dilma. Acham que vamos ficar quietos? O pau vai comer e isso não interessa ao grande capital.” (sem surpresas) 

4. “De tanta porrada o dia que falam a verdade a gente até estranha. Mas acho que decidiram esperar 2018. O povo não ia engolir essa história de impeachment” (medo do povo?) 

5. “Com a crise aprofundando teremos uma fuga de capitais do país, como consequência a quebradeira será generalizada, antes de tudo os Marinho são capitalistas.” (é o capitalismo, estúpido) 

6. “Bom, a partir desse momento começo a perceber que o mandato da Dilma está mesmo no fim. Ou seja, a Globo já está tirando o corpo fora e começando a vender a ideia de que ela não teve nada a ver com isso, ao contrário, até tentou ajudar a salvar” (não somos golpistas!) 

7. “Eles raciocinaram, em reunião com os demais parceiros da Casa Grande, e chegaram à conclusão de que a Presidência do Brasil, poderia cair, de bandeja, nas mãos do incomparável Eduardo Cunha, passando, assim, a situação de crise para desastre nacional, atingindo a todos os brasileiros” (Eduardo Cunha?) 

8. “Num tempo em que o golpe não era segredo, o presidente general de plantão João Figueiredo, dizia abertamente:quem tem cu tem medo. A grande maioria do povo hoje identifica o DNA do golpe compatível com o da Globo que tem diversas afiliadas pelo pais. O que ocorreria com os negócios globais numa ruptura democrática, se os exemplos foram dados pelos apoios à Dilma e ao PT? Atire a primeira pedra, que a vidraça da Globo a ignorância cega não blindou.. 

9. “Estou preocupado com o Merval e o Reinaldo Azevedo. Vão surtar!” 

10. Será que vão dar férias para o Merval Pereira e a Míriam Leitão ? 

11. “Pra mim, é “Cu na mão”, mesmo; vendo a Veja sendo processada, e diante da realidade em que não há elementos para tirar Dilma, os Marinho lembraram que ainda há três anos de mandato, verbas para propaganda (só é esse ano perderam 3 bilhões) e um processo de sonegação fiscal em curso.” 

12. Já cumpriram o “dever de casa”, já espalharam a desconfiança, o descrédito, a merda toda, como é de costume. Agora é hora de bancarem os bonzinhos, dizerem que não foram eles que fizeram o país ficar do jeito que está. A gente já viu esse filme tantas vezes. 

13. Mas ainda tenho minhas suspeitas. Não seria uma tática pra não passar por golpista? Só acredito depois de 16/08. Quero ver como irão se comportar durante os protestos, e se não vão ficar fazendo cobertura minuto a minuto, incentivando o comparecimento. 

14. O objetivo não é a Dilma, é o Lula… A Dilma sai no fim do governo o Lula vai ser o alvo… Apostam em crise econômica prolongada para que o PT deixe de ser uma alternativa viável no futuro. Não se iludam… 

15. Pois eu não fico nada surpreso. A Rede Globo está vendo sua audiência em queda livre, e tem conhecimento disso pelos comentários em redes sociais. Sabe que o povo não é tão manipulável como pensava. Normal que ela se comporte como folha de bananeira. Vai para onde o vento a leva. 

Onde estamos ? E que dia é hoje ?



Wikipedia

Antonio Lassance 


O Brasil está em polvorosa. Os ânimos estão extremamente exaltados e as acusações contra o governo são cada vez mais graves. 

Para piorar o quadro, na economia só se vê e se ouve notícia ruim. Com o intuito de conter a inflação e garantir a confiança de investidores externos, o governo lançou um duro programa de arrocho com o objetivo de reverter expectativas negativas. Passado um tempo, mudou de ideia e desapertou o torniquete, pois as expectativas, ao invés de melhorarem, pioraram.

No entanto, essa presidência, desde o início, já dava sinais de que não acabaria bem. Seria fustigada por tentativas de golpe. Um dia, acabaria sucedida por uma oposição raivosa sustentada na crista de uma onda pretensamente moralizadora. 

A ânsia de limpeza ética do país vinha todos os dias embrulhada para presente em manchetes que denunciavam fatos muito graves; alguns completamente verdadeiros, outros absolutamente falsos - uma diferença que, no final das contas, se tornou mero detalhe sem importância.

O cúmulo da decepção ainda estaria por vir. Começaram a surgir boatos de que um presidente outrora tão popular havia enganado a todos, em proveito próprio. Tinha presumivelmente montado uma camarilha, um bando que se organizava para assaltar os cofres públicos, durante o período em que ele esteve à frente do poder. 

Muitos brasileiros haveriam de pensar: se ele era o presidente, e se as falcatruas de fato aconteceram, como poderia ele simplesmente não saber? Como, sendo o chefe do poder, não seria o próprio chefe da quadrilha? Enquanto acenava com proselitismo, com uma mão, o presidente roubava com a outra.

Uma certa imprensa autointitulada "livre" e "isenta" - faltou dizer "modesta"? Ou "presunçosa" e "hipócrita" seriam adjetivos mais apropriados? - chegou a afirmar que o presidente havia amealhado dinheiro suficiente para figurar como a sétima maior fortuna do mundo. Haja dinheiro para se chegar a tal patamar! 

Diante do malfeito, porém, não restaria pedra sobre pedra. Em uma república, ninguém está livre de acusações. Anos depois de terminado seu mandato, esse presidente, candidatíssimo a alguma eleição seguinte, tratado por “corrupto” e “ladrão”, como se fossem parte de seu sobrenome, foi finalmente indiciado e chamado a depor para responder por seus "crimes".

Intimado e intimidado, o ex-presidente apareceu e depôs. Ficou sentado em uma cadeira no centro da sala, sendo inquirido por trogloditas. Crispado, ali estava quem um dia foi muito poderoso. Agora, não mais. 

Devidamente enquadrado, quem antes era um líder, dessa vez, produzia a imagem ideal para que fosse lembrado, na posteridade, como um criminoso. Os mais ávidos por destruí-lo cotidianamente poderiam guardar no bolso essa fotografia recortada e esfregá-la nas fuças de admiradores. Um artefato que pode ser sacado para provocar a vergonha no rosto de quem o encare, isso vale ouro.

Mas, afinal, onde estamos? Que dia é hoje? De quem estamos falando? Estamos no Brasil, nos anos de 1956, 1958 e 1965. Esse presidente que foi xingado, odiado, constrangido e humilhado se chamava Juscelino Kubitschek. Pensou que se tratasse de quem? 

A maior façanha do povo brasileiro diante dessa História foi ter garantido que a memória de JK pudesse sobreviver ao cerco que contra ele montaram os grandes veículos de imprensa e o aparelho repressivo do Estado.