“ Encher de comida . . . é o panelaço que gostamos de fazer "




Com a apresentação de José de Abreu – excelente –  o programa que o PT exibe nessa quinta 06/08 tira um sarro excelente dos paneleiros que levam a sério








Postado no Conversa Afiada em 06/08/2015


Nos momentos de crise, a dor da exclusão social



Adriana Vitória



Um dia você acorda e é bastante popular. Muitos “amigos”, trabalho, projetos, vida social, liberdade de ir e vir e paz na terra, pelo menos na sua.

De repente, centenas de dias depois, você se levanta numa manhã e um furacão de problemas sérios estão a sua espera. Esfrega os olhos tentando entender o que está acontecendo, arruma os cabelos que ainda estão emaranhados, mas não dá, sua vida está de pernas pro ar.

Você fica tenso, perdido, sem saber pra onde vai ou o que fazer. Como se tivessem retirado seu chão.

Tenta ir resolvendo tudo, mas se enrola ainda mais.

Começa um período de declínio nunca antes vivenciado. Nada em comum com os altos e baixos da vida encarados antes. O trabalho já não rende, não consegue mais produzir como antes, tudo é um peso a ser carregado.

A grana vai ficando curta e as dívidas, antes nunca feitas, brotam como plantação. Começa a se desfazer dos poucos bens, ainda pouco usufruídos, que levaram anos pra serem adquiridos. Tudo pra conseguir colocar a cabeça no travesseiro e poder dormir.

Mas o pior ainda esta por vir, a exclusão social.

Aquelas pessoas, antes tão animadas pra te ver, começam a desaparecer. O telefone quase não toca mais, e quando dá sinal de vida, é uma empresa de cobrança. Você não vale mais a pena. Como se teus talentos, graça, generosidade, companheirismo e inteligência tivessem virado pó junto com seu dinheiro.

A delicadeza da verdadeira espiritualidade





Isha


No mundo espiritual, há tantas distrações, na parafernália, nas tradições e costumes, que com frequência a espiritualidade parece complexa e confusa quando, na realidade, é o oposto.

Desde a análise astrológica até o estudo de diferentes dimensões, preocupar-se com a cor da roupa que se está usando, com o ponto cardial no qual está sua casa, complicamos tudo. 

Inclusive empreendemos viagens à "Terra Sagrada", como se algo externo fosse mais importante que nossa experiência interna.

Ao terminar de cumprir com todos estes requisitos, percebemos que nos esquecemos da alegria e da beleza da vida.

A simplicidade é o selo distintivo da autêntica espiritualidade. A vida é simples, o amor é simples e a complexidade não faz mais que alimentar o intelecto.

Nunca me deixo de surpreender quanta importância colocamos na tradição. Pensamos que como as gerações anteriores faziam algo de certa maneira, esse comportamento é mais valioso, mais sagrado, mais justo. 

No entanto, só temos que olhar nossa vida pessoal para ver que os comportamentos repetitivos não são necessariamente benéficos. Teríamos que defender os benefícios de fumar um cigarro só porque o fizemos durante muitos anos? É tradicional! 

Este seguimento cego da tradição é particularmente fascinante para mim com respeito à espiritualidade. 


Site mostra que filme e música faziam sucesso no ano em que você nasceu





Quer saber que filme fazia sucesso no ano 

em que você nasceu? 

O site playback.fm/birthday-movie tem a resposta.


Para a minha data de nascimento deu o filme

" O tenente era ela "







E a música é " Que sera, sera " 

do filme " O homem que sabia demais "




Rosa Maria ( editora do blog )


Um agosto decisivo para a democracia





Editorial do site Vermelho:

Já se esperava por um agosto de confrontos e fortes tensões e logo no início do mês as previsões se confirmam.

O fim de julho foi marcado pelo atentado com uma bomba incendiária contra o Instituto Lula, fato que a mídia empresarial tentou escamotear e relevar, o que é até compreensível já que as digitais desta mídia estão claramente presentes na cena do crime, tal o grau de manipulação e mentiras que cotidianamente ela despeja tendo como alvos o governo e o PT, repetindo a mesma tática golpista usada contra Getúlio Vargas e Jango. 


A prisão do ex-ministro José Dirceu, uma figura emblemática do PT, logo no primeiro dia útil do novo mês, mostra o que representará este período em termos de luta política. 

Revela também (mais uma vez) o quanto é viciada e parcial a condução da chamada Operação Lava Jato.

O preceito, aliás, óbvio, lembrado insistentemente por diversos juristas, e inclusive por membros do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), de que as “delações premiadas” por si só não servem de base para nenhuma condenação é hoje tratado como mera e dispensável formalidade, mas apenas quando o delator aponta pessoas ligadas ao PT e ao governo. 

As delações premiadas que citam membros importantes da oposição, principalmente quando fazem referência ao PSDB, são ignoradas e tornadas “invisíveis” pela “operação abafa” da mídia. 


Salvador Allende, presidente chileno assassinado em um brutal golpe militar, dizia que “não basta que todos sejam iguais perante a lei. É preciso que a lei seja igual perante todos”.

O aparelhamento da máquina estatal por juízes, delegados e procuradores que desejam ardentemente notoriedade midiática e que conduzem investigações - que deveriam ser imparciais e impessoais - de forma a servir aos seus objetivos políticos, ficou ainda mais indisfarçável quando o procurador da República Deltan Dallagnol, membro destacado da Operação Lava Jato, no último dia 27 convocou publicamente, de forma indireta, mas inequívoca, para o ato golpista do dia 16.

Desta forma, menos do que combater a corrupção, a Operação Lava Jato busca incessantemente alimentar e fortalecer uma agenda política conservadora e antidemocrática.

A tirania dos salvadores da pátria




Saul Leblon

A lógica que produz um ambiente fascista nem sempre é feita de inciativas coordenadas por um diretório central, mas de arranques impunes, que amaciam a rota para esse segundo momento.


Ordenadas pela dinâmica cega de interesses graúdos, ações aparentemente dispersas conduzirão a avalanche pulverizada até o seu arremate totalitário.

O contrapiso do caminho consiste, entre outras coisas, em raspar do imaginário social suas referências reais e simbólicas, numa espiral erosiva de desamparo que desidrata o futuro, desqualifica o passado e leva à exasperação do presente.

Sedimenta-se aí o território dos salvadores da pátria.

O surgimento de candidaturas municipais atreladas ao bordão da ‘segurança’ nas eleições de 2016, caso da do apresentador Datena, cogitada em São Paulo, prefigura o ovo que choca nessa incubadora de boas e más intenções.

Na história de uma sociedade, as intenções são soterradas pela articulação objetiva dos fatos que as precedem e as sucedem.

Quem não entende isso presta-se ao papel de um joguete de suas próprias ações.

Nunca esquecer: a ‘Operação Mãos Limpas’, em 1992, figurava como o golpe definitivo no combate à endogamia entre o dinheiro privado e a podridão da política italiana.

Lá como cá o núcleo dos ilícitos começava nas distorções de financiamento do sistema eleitoral.

E terminava sabe-se onde.

A devassa ocupou dois anos e expediu 2.993 mandados de prisão; 6.059 figurões tiveram as contas e patrimônios dissecados -- entre eles, 872 empresários , 438 parlamentares, quatro ex-primeiros-ministros.

Não terminou em pizza.

Cerca de 1.300 réus foram condenados; apenas 150 absolvidos.

Suicídios, assassinatos, fugas e humilhações pontuaram a faxina.

O furacão jurídico destruiu a Primeira República Italiana.

Cinco grandes partidos, incluindo-se a Democracia Cristã, o Partido Socialista e o Partido Comunista, o maior e mais estruturado do ocidente, viraram poeira da história.

Na Itália não se viu a seletividade partidária, quase obscena, que goteja nas ações dos promotores do Paraná.

O espaço que se abriu, porém, não encontrou forças mobilizadas, tampouco projetos organizados, nem propostas críveis para catalisar a revolta e a desilusão da sociedade.

Vale repetir o que já se observou nesse espaço: tragicamente, o que se pretendia combater, ganhou impulso avassalador.

A independência entre o poder político e o poder econômico derreteu completamente.

Um país desprovido de partidos fortes, desiludido de suas lideranças, virou refém direto do dinheiro grosso, na figura de um de seus detentores caricaturais, Il Cavaliere.

Silvio Berlusconi, um produto despudoramente representativo do vazio chocado em uma sociedade atomizada, feita em estilhaços políticos, emergiu solitariamente como il capo, ancorado em um sistema de comunicação pautado por valores sabidos.

O desfecho da Mãos Limpas foi o horror na forma de uma liderança bufa, que substituiu a hegemonia de Gramsci pela indigência ubíqua de sua própria rede de televisão.

Não, não foi uma ressaca passageira.

Foi o desdobramento de uma sangria estrutural da política sacrificada na unidimensional lógica da faxina policial.

Silvio Berlusconi e sua fortuna de US$ 6 bilhões ficaram nove anos no poder.

A Itália de apequenou em todas as frentes; hoje patina à beira de um poliprecipício, candidata a se tornar a próxima Grécia.

O enredo brasileiro agrega novidades a esse horizonte.

As características rebaixadas e despudoradamente contaminadas de partidarismo dos condutores da ‘faxina’ local, amplificam os riscos e os seus desdobramentos.