Altamiro Borges
Agosto, "o mês do cachorro louco", começou com ferocidade. A midiática prisão do ex-ministro José Dirceu, na manhã desta segunda-feira (3), mostra que o período será de intensa turbulência política.
O Tribunal de Contas da União (TCU), apesar de estar mais sujo do que pau de galinheiro, deverá se pronunciar sobre as contas do governo Dilma em 2014.
Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará o seu veredito sobre os gastos de campanha pela reeleição da petista.
E a Operação Lava-Jato, que une suspeitos agentes da Polícia Federal e do Ministério Público, seguirá produzindo seus factoides.
Toda esta orquestração ajuda a incendiar o clima para as marchas golpistas convocadas para 16 de agosto.
Como festejou o jornalista-corvo da Folha, Igor Gielow, "a prisão de José Dirceu recoloca o PT na mira da Operação Lava Jato".
Em julho, os holofotes do show judicial-midiático tinham sido desviados para Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal e um dos principais inimigos do governo federal e do PT. O envolvimento do lobista no escândalo de corrupção da Petrobras deixou desnorteado até os líderes dos protestos golpistas, que contavam com Eduardo Cunha para acelerar o processo de impeachment contra Dilma.
A prisão de José Dirceu reanima os fascistas mirins e os setores da mídia envolvidos na onda de desestabilização do governo.