Você abandonou seu filho na internet ? Crianças de 12 anos compartilham fotos nuas !






“A maioria das crianças, na faixa de 12 anos, ou já compartilhou uma foto própria nua ou recebeu de algum amigo como prova de amizade, de confiança e até de amor dentro da geração digital. É como se o ato de enviar a foto fosse um ato de coragem. Isso pode provocar bulling, situações desagradáveis”.

É o que afirma Patrícia Peck Pinheiro, especialista em Direito Digital, nessa segunda parte da entrevista concedida a Paulo Henrique Amorim, na terça-feira (9).

Como no primeiro bloco da conversa, que o navegante pode assistir no vídeo abaixo, Patrícia alertou os responsáveis sobre os riscos que os menores correm ao usar a internet.

“Vivemos a era da internet e se compartilhar algum conteudo não tem volta. O que precisamos ensinar é a proteção da privacidade e preservação da imagem”, lembra a especialista.

Os cuidados, riscos e as formas de prevenção são temas abordados nessa segunda parte da entrevista no vídeo acima.





Postado no Conversa Afiada em 17/06/2015


É assim que acontece a bondade




“Se te perguntarem quem era essa que às areias e aos gelos quis ensinar a primavera…”: é assim que Cecília Meireles inicia um de seus poemas. Ensinar primavera às areias e aos gelos é coisa difícil. Gelos e areias nada sabem sobre primaveras.. Pois eu desejaria saber ensinar a solidariedade a quem nada sabe sobre ela. O mundo seria melhor. Mas como ensiná-la?

Seria possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? Como, se ele não ouve? E poderei ensinar a beleza das telas de Monet a um cego? De que pedagogia irei me valer para comunicar cores e formas a quem não vê? Há coisas que não podem ser ensinadas. Há coisas que estão além das palavras. 

Os cientistas, os filósofos e os professores são aqueles que se dedicam a ensinar as coisas que podem ser ensinadas. Coisas que são ensinadas são aquelas que podem ser ditas. Sobre a solidariedade muitas coisas podem ser ditas. Por exemplo: eu acho possível desenvolver uma psicologia da solidariedade. Acho também possível desenvolver uma sociologia da solidariedade. E, filosoficamente, uma ética da solidariedade… 

Mas o saberes científicos e filosóficos da solidariedade não ensinam a solidariedade, da mesma forma como a crítica da música e da pintura não ensina às pessoas a beleza da música e da pintura. A solidariedade, como a beleza, é inefável – está além das palavras.

Palavras que ensinam são gaiolas para pássaros engaioláveis. Os saberes, todos eles, são pássaros engaiolados. Mas a solidariedade é um pássaro que não pode ser engaiolado. Ela não pode ser dita. A solidariedade pertence a uma classe de pássaros que só existem em voo. Engaiolados, esses pássaros morrem.

A beleza é um desses pássaros. A beleza está além das palavras. Walt Whitman tinha a consciência disso quando disse: “Sermões e lógicas jamais convencem. O peso da noite cala bem mais fundo a alma…”. 

Ele conhecia os limites das suas próprias palavras. E Fernando Pessoa sabia que aquilo que o poeta quer comunicar não se encontra nas palavras que ele diz; antes, aparece nos espaços vazios que se abrem entre elas, as palavras. Nesse espaço vazio se ouve uma música. Mas essa música – de onde vem ela se não foi o poeta que a tocou?

Não é possível fazer uma prova sobre a beleza porque ela não é um conhecimento. Tampouco é possível comandar a emoção diante da beleza. Somente atos podem ser comandados. “Ordinário! Marche!”, o sargento ordena. Os recrutas obedecem. Marcham. À ordem segue-se o ato. Mas sentimos que não podem ser comandados. Não posso ordenar que alguém sinta a beleza que estou sentindo.

O que pode ser ensinado são as coisas que moram no mundo de fora: astronomia, física, química, gramática, anatomia, números, letras, palavras.

Mas há coisas que não estão do lado de fora. Coisas que moram dentro do corpo. Estão enterradas na carne, como se fossem sementes à espera…

Sim, sim! Imagine isso: o corpo como um grande canteiro! Nele se encontram, adormecidas, em estado de latência, as mais variadas sementes – lembre-se da história da Bela Adormecida! Elas poderão acordar, brotar. Mas poderão também não brotar. Tudo depende… 

As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra. E também pode acontecer que, depois de brotar, elas sejam arrancadas… De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, antes que cresçam. Nos jardins há pragas: tiriricas, picões…

Uma dessas sementes é a “solidariedade”. A solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora, poderia ser ensinada e produzida. 

A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade tem de brotar e crescer como uma semente…

Veja o ipê florido! Nasceu de uma semente. Depois de crescer não será necessária nenhuma técnica, nenhum estímulo, nenhum truque para que ele floresça. Angelus Silesius, místico antigo, tem um verso que diz: “A rosa não tem porquês. Ela floresce porque floresce”. O ipê floresce porque floresce. Seu florescer é um simples transbordar natural da sua verdade.

A solidariedade é como um ipê: nasce e floresce. Mas não em decorrência de mandamentos éticos ou religiosos. Não se pode ordenar: “Seja solidário!”. A solidariedade acontece como um simples transbordamento: as fontes transbordam… Da mesma forma como o poema é um transbordamento da alma do poeta e a canção, um transbordamento da alma do compositor…

Já disse que solidariedade é um sentimento. É esse o sentimento que nos torna mais humanos. É um sentimento estranho, que perturba nossos próprios sentimentos. A solidariedade me faz sentir sentimentos que não são meus, que são de um outro.

Acontece assim: eu vejo uma criança vendendo balas num semáforo. Ela me pede que eu compre um pacotinho de suas balas. Eu e a criança – dois corpos separados e distintos. Mas, ao olhar para ela, estremeço: algo em mim me faz imaginar aquilo que ela está sentindo. E então, por uma magia inexplicável esse sentimento imaginado se aloja junto aos meus próprios sentimentos. Na verdade, desaloja meus sentimentos, pois eu vinha, no meu carro, com sentimentos leves e alegres, e agora esse novo sentimento se coloca no lugar deles. 

O que sinto não são meus sentimentos. Foram-se a leveza e a alegria que me faziam cantar. Agora, são os sentimentos daquele menino que estão dentro de mim. Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. Ele está agora ligado a um outro corpo que passa a ser parte dele mesmo. Isso não acontece nem por decisão racional, nem por convicção religiosa, nem por mandamento ético. É o jeito natural de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade.

Acho que esse é o sentido do dito de Jesus de que temos de amar o próximo como amamos a nós mesmos. A solidariedade é uma forma visível do amor.

Pela magia do sentimento de solidariedade, meu corpo passa a ser morada de outro. É assim que acontece a bondade.

Mas fica pendente a pergunta inicial: como ensinar primavera a gelos e areias? Para isso as palavras do conhecimento são inúteis. Seria necessário fazer nascer ipês no meio dos gelos e das areias! E eu só conheço uma palavra que tem esse poder: a palavra dos poetas.

Ensinar solidariedade? Que se façam ouvir as palavras dos poetas nas igrejas, nas escolas, nas empresas, nas casas, na televisão, nos bares, nas reuniões políticas, e, principalmente, na solidão…
“O menino me olhou com olhos suplicantes.
E, de repente, eu era um menino que olhava com olhos suplicantes…”.

Rubem Alves, no livro “As melhores crônicas de Rubem Alves” 



Postado no Conti Outra


Deus e o diabo na Câmara de Cunha





Por Madrasta do Texto Ruim

Foi tudo muito rápido. Tão veloz quanto leite levantando fervura, o Poder subiu à cabeça de Eduardo Cunha. E ele resolveu promover uma Reforma da Bíblia, já que ele controla tão bem esse Congresso.

Deus entrou em pânico:

- Ah, não! Tudo bem que séculos de evolução do pensamento humano já tornaram boa parte da Bíblia obsoleta, mas daí a deixar uma atualização da bagaça a cargo de Eduardo Cunha é muita esculhambação! Naonde que eu tava com a cabeça quando deixei o homem ter livre arbítrio, Deus do céu?

- Oh, Altíssimo, devo avisardes que naonde não existe de acordo com a norma culta da língua portuguesa, e Vós invocardes a vós mesmos e...

- Ai, Gabriel, não me venha com correções gramaticais numa hora dessas! Vamos descer pro Brasil! Temos que acompanhar a votação de perto!

E todos foram à Câmara dos Deputados, assistir à votação da galeria. Deu um trampo danado pra entrar, pois a Polícia Legislativa achou que aquele bando liderado por um barbudo fosse do MST. Mas o mal entendido desfez-se rápido.

- Ah, não! Você por aqui, Belzebu? Eu sabia que você estava por trás disso!

- Coé, ô Dazaltura! Eu vim aqui acompanhar de perto! Vai ser bem divertido!

- Mas o que é isso pendurado no seu pescoço? Ô Belzebu, naonde que você conseguiu esse crachá de funcionário da Câmara?

- Oh, Altíssimo, naonde não é...

- Tá bom Gabriel, eu já entendi. É errado!

E começou a votação.

Belzebu fez surgir em seu colo diabólico um grande pote de pipocas com bastante pimenta. Ofereceu a Deus, que recusou.

Primeiro ponto em votação: retirar da Bíblia a autorização para escravizar outros povos. A bancada ruralista foi contra. E o texto original foi mantido. Belzebu gargalhou.

- Caraca, nem eu faria um troço desses!

Segundo ponto em votação: apedrejar mulheres. Bolsonaro subiu no parlatório e defendeu a manutenção do texto. Alessandro Molon pediu um aparte, indignadíssimo. Eduardo Cunha negou, com base no regimento interno da Câmara. Maria do Rosário interveio. Eduardo Cunha também negou-lhe a palavra, também com base no regimento interno da Câmara. A votação foi por bloco de liderança. Foi mantido o texto original da Bíblia. 

Deus já estava rachado de vergonha.

- E eu achava que Eva que tinha desgraçado a coisa toda... meu Deus, quanto desgosto, quanto desgosto...

- Oh, altíssimo, vós invocardes a vós mesmos e

- Eu sei Gabriel, eu sei, obrigado por lembrar!

As bancadas do PT e do PSOL resolveram obstruir a votação, que foi dada por encerrada. Daí veio o STF e cassou com uma liminar a constitucionalidade da votação toda (Deus conseguiu ler nos autos do STF: "Eu não tenho elementos para deferir ou indeferir tal liminar, posto que quem rege as leis brasileiras é a Constituição Federal,e não a Bíblia. Mas a teoria do domínio do fato me permite, e eu vou indeferir").

Com muito desgosto pela raça humana (Meu Deus, onde foi que eu errei? Quieto Gabriel! Tô falando comigo!IGO!), Deus já se preparava pra subir aos Céus novamente, quando Belzebu o interpelou:

- Aí, Dazaltura, chega junto... geral tá pegando pesado contigo, né? Bora tomar uns goró pra aliviar um pouco essa barra que é abençoar este país? Vamos lá no bar do Araújo, fica aqui pertinho, no Tocantins...

Deus aceitou o convite, e se juntou a Belzebu.

Moral da história: o Brasil não é um país pra principiantes. Nem Deus guenta o tranco com facilidade.


Postado no Luis Nassif Online em 17/06/2015


Você abandonou o seu filho na internet ?





Você sabe o que seu filho faz diante do computador? Sabe como o seu aluno tem perfis nas redes sociais? Com quem eles se comunicam na internet?

Esses são questionamentos levantados por Patrícia Peck Pinheiro, especialista em Direito Digital, que desenvolveu um trabalho sobre “Família Segura”.

Na terça-feira (9), ela conversou com Paulo Henrique Amorim, na sede do Conversa Afiada.

“Navegando [pela internet] sozinho, a criança pode falar com um amigo, um vizinho, um parente ou um pedófilo. E aí pode virar um menor abandonado virtual”, alertou Patrícia.

Na conversa, a especialista falou sobre os riscos que a criança corre ao acessar a rede mundial de computadores que vão desde a venda de drogas pela internet até crimes contra a honra.

Na primeira parte da entrevista, ela dá dicas e recomendações para que a família use corretamente as novas tecnologias e as tornem aliadas e não inimigas.

Assista a primeira parte da entrevista.





Postado no Conversa Afiada em 16/06/2015


Lindos bolos para a sua inspiração























































Quando fotografia e desenho se encontram, só poderiam sair criações incríveis


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Suraj Sirohi é um artista muito criativo que produz uma arte diferente, misturando desenho, fotografia e tecnologia. Usando um celular Galaxy,ele fotografa objetos simples em sua casa e adiciona a eles alguns desenhos, que são feitos utilizando um aplicativo do seu próprio aparelho e uma caneta de celular.

Os pequenos desenhos dão vida às suas fotos, e o que é simples torna-se perfeito. Suraj afirma que “cada nova foto é um desafio para mim, eu tenho que pensar no que eu posso fazer com ela e como torná-la totalmente diferente da anterior”.

O artista se utiliza dos sombreados para realmente integrar as ilustrações às imagens fotografadas, dando a impressão de que elas estavam realmente ali na hora que a imagem foi capturada pelas lentes do celular.


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