Espalhe
Stephanie Gomes
Você gostaria de mudar o mundo para melhor? Queria que houvesse mais gentileza, educação e honestidade entre as pessoas? Imagino que sim, e eu também gostaria. Seria muito bom se pudéssemos fazer algo que realmente mudasse o mundo para melhor, não seria?
Uma andorinha só não faz verão, é verdade. Mas já ouviu falar que as pessoas aprendem através de exemplos? Se você fizer algo de bom e isso inspirar alguém, que também fará algum bem e incentivará outra pessoa, essa corrente continuará e depois de algum tempo com certeza veremos alguma mudança ao nosso redor.
Uma das frases mais verdadeiras que conheço diz “se você quer que o mundo mude, comece por você”.
Não adianta reclamar da falta de educação das pessoas no transporte público e empurrá-las de volta quando você for empurrado. Não adianta postar no Facebook que é contra a corrupção e não devolver o troco que recebeu a mais.
Quando você escolhe o errado ao invés do certo, o errado cresce e você perde a oportunidade de fazer com que o bem cresça.
O que você tem de bom para espalhar no mundo? Não guarde para você, espalhe e faça isso crescer.
Se você quer que uma mudança positiva aconteça e quer fazer a sua parte, precisa conseguir ser o bem sempre, principalmente quando não há nenhum bem à sua volta.
Vamos começar a mudar o mundo?
Espalhe educação
Diga obrigado, por favor, com licença.
Espalhe gentileza
Sorria, seja paciente com as pessoas, ajude quem precisa.
Espalhe graça
Ofereça sua alegria para o mundo, diga coisas que farão os outros sorrirem.
Espalhe sorrisos
Sorria sempre que possível quando se dirigir a alguém.
Espalhe fé
Acredite na vida e faça com que os outros também acreditem.
Espalhe confiança
Acredite em si mesmo e demonstre que também acredita nos outros.
Espalhe elogios
Um simples elogio pode mudar completamente o dia de alguém.
Espalhe incentivo
Mude o tom das suas palavras de crítica para palavras de encorajamento.
Espalhe inspiração
Diga às pessoas coisas que as farão seguir em frente.
Espalhe bons exemplos
Seja um exemplo de positividade, honestidade e bondade para os outros.
Espalhe conhecimento
Ensine aos outros o que você sabe fazer de bom.
Espalhe afeto
Demonstre o quanto as pessoas são queridas.
Espalhe carinho
As vezes é só disso que alguém precisa para ficar bem.
Espalhe amor
Principalmente onde existir ódio, tristeza e mágoa.
Espalhe comentários positivos
Não guarde para você aquilo que você tem a dizer de bom.
Espalhe verdade
Ser verdadeiro faz com que os outros se sintam livres para serem também.
Espalhe liberdade
Seja livre e permita que os outros também sejam.
Espalhe agrados
Faça surpresas às pessoas, faça com que elas se sintam queridas.
Espalhe coragem
Passe por cima de seus medos para que os outros saibam que também podem.
Espalhe experiências
O que você viveu pode ser fonte de inspiração para alguém.
Espalhe entusiasmo
Contagie as pessoas com sua alegria e vontade.
Espalhe tranquilidade
Quando o desespero tomar conta das pessoas, seja um ponto de paz.
Espalhe força
Não desista e seja um exemplo de por que ninguém deve desistir.
Espalhe autonomia
Escolha seu caminho e deixe os outros escolherem os deles.
Espalhe o bem
Plante o bem, faça o bem, incentive o bem, siga o bem.
Hoje mesmo escolha algumas das coisas boas que existem dentro de você para espalhar por aí. E continue amanhã, depois de amanhã, e depois… Se em algum momento falhar ou não estiver percebendo nenhum efeito, não desista. Lembre-se você está fazendo sua parte para que o bem cresça.
"Grandes movimentos começam com pequenas atitudes, e, quando se vê, o mundo mudou". (Revista Sorria, edição 43)
O blog é o meu espaço para espalhar as coisas boas que aprendo, que me fazem bem e que quero dividir com as pessoas para que elas também possam ter a oportunidade de se sentirem mais felizes.
Graças ao que escrevo aqui aprendi a ser mais gentil, mais confiante e a procurar espalhar o que possuo de bom por aí. E quero passar isso para as pessoas.
Não aprendi da noite para o dia, mas aos poucos fui tentando e percebendo a diferença que oferecer coisas boas faz na minha vida e em tudo o que acontece à minha volta. Garanto a vocês que vale a pena.
Imagina só se todos espalharmos um pouquinho de coisas boas por aí? A diferença será grande.
Postado no Desassossegada
Exploração de trabalhador tem nome : Friboi
Funcionários da Friboi fazem paródia de comercial famoso para denunciar exploração
Do El Pais
A gigante JBS, a maior processadora de carnes do mundo, provou do seu próprio veneno. Dona da premiada estratégia de marketing que usou milhões e celebridades para se firmar como marca e aumentar preços, a empresa, responsável pela Friboi e Seara, se viu acuada por uma campanha virtual criada por seus funcionários para pressionar por benefícios e teve de ceder.
No melhor estilo Davi contra Golias, os líderes sindicais usaram o mote do comercial “Carne tem nome – Friboi”, estrelado ator Tony Ramos e reconhecido com os prêmios Marketing Best e Top of Minds, para criar o vídeo Exploração de trabalhador tem nome. O objetivo: provocar. Nele, o açougueiro tenta convencer uma cliente a não comprar a carne do “famoso ator”. “Gastamos menos de 20.000 reais com o vídeo. Não tínhamos armas para combater esse gigante. Só podíamos chamar sua atenção”, explicou o presidente da Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (Contac), Siderlei da Silva de Oliveira.
A estratégia dos sindicalistas foi postar o vídeo no YouTube e difundi-lo por meio do aplicativo de mensagens para celular Whatsapp. Viralizou. “Eu mandei o vídeo para um grupo de 20 amigos. Em um mês recebi o mesmo vídeo dezoito vezes de pessoas que não eram desse grupo”, diz João Carlos Batista, um dos sindicalistas da indústria de alimentação no Paraná. Na Internet, foram poucas visualizações, cerca de 1.300, mas no aplicativo essa mensuração não é possível fazer.
De todo modo, a JBS reagiu. Três meses depois de a esquete ser divulgada nas redes sociais, a gigante se reuniu com entidades que representam trabalhadores e decidiu atender uma de suas principais reivindicações, a de reduzir o valor do plano de saúde de 111 reais para 45 reais ao mês. Na ponta do lápis, o custo para a empresa cresceu cerca de 3,6 milhões de reais mensais, ou 43,5 milhões ao ano. É menos do que a empresa doou nas eleições do ano passado.
Segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral, a JBS despejou 366,8 milhões de reais em campanhas políticas de dezenas de candidatos – entre os beneficiados estão a presidenta Dilma Rousseff (PT), o senador oposicionista Antonio Anastasia (PSDB de Minas Gerais) e os governadores José Ivo Sartori (PMDB do Rio Grande do Sul), Beto Richa (PSDB do Paraná) e Camilo Santana (PT do Ceará).
Como qualificar o colunista da Veja que pediu “menos escolas, mais prisões”?
Eduardo Guimarães
Quem achou que a agressão moral praticada por um dos “ideólogos” do grupo fascista “Revoltados On Line” a um frentista seria o fundo do poço da ultradireita brasileira, errou. Mesmo as agressões físicas que os neofascistas tupiniquins vêm praticando não se comparam a recente ato criminoso praticado pelo colunista da revista Veja Rodrigo Constantino.
Em seu “blog”, asquerosamente instalado no portal da revista semanal, esse elemento publicou um post cujo título é mais do que suficiente para definir não apenas a “obra”, mas o autor: “Menos escolas, mais prisões!”
Um texto com esse título não precisa ser lido para ser repudiado. Infelizmente, por falta de Educação e excesso de encarceramentos até mesmo os setores mais instruídos da sociedade têm o péssimo hábito de ler apenas os títulos dos textos, que, na era da avalanche de informações na internet, têm que resumir o conteúdo a que remetem para não ser ignorados.
Houve tempo em que um título bem engendrado estimulava o leitor a descobrir o conteúdo a que remetia. Hoje, porém, as pessoas formam conceitos com base em frases curtas que intitulam textos que frequentemente não dizem o que a chamada insinua. Desse modo, uma frase como a que intitula o post do colunista da Veja tem, por si só, um efeito altamente danoso.
Só por isso o texto “Menos escolas, mais prisões” já deveria ser repudiado, pois quem escreve em um veículo de grande alcance tem que ter responsabilidade. Todavia, a leitura completa dessa excrescência elucubrada por Constantino não atenua a barbaridade que é o título.
Ao ser cobrado por seus leitores pela barbaridade que cometeu, Constantino ainda tentou minimizar seu crime de lesa-pátria – e, muito provavelmente, de lesa-humanidade – com um post scriptum que acusa quem ficou chocado de “não saber” o que é uma “hipérbole”, que é o que teria usado no título.
Eis o remendo de Constantino:
“PS: Algum esquerdista qualquer divulgou esse meu texto e o blog foi invadido por bárbaros. Já tem até gente pedindo minha prisão pelo texto, ou seja, querem mais prisão para gente como eu, não para o assassino do médico ciclista Jaime Gold. É que são grandes humanistas, como Lenin, Stalin e Che. Ironicamente, eles me dão razão, corroboram a crítica de que temos uma péssima qualidade de ensino. Só sabem me xingar de “fascista”, não entenderam a crítica que faço ao sistema de ensino, não sabem o que significa “hipérbole” e ainda negam que exista doutrinação marxista em nossas escolas. Alguns leram apenas o título! Ou seja, uns alienados deformados justamente por esse ensino que critico, e gente que, por isso, acha que não precisamos de mais prisões ou do fim dessa doutrinação da qual foram vítimas”
Quem, evidentemente, não sabe o que é uma hipérbole é o próprio Constantino. Senão, vejamos: hipérbole é um recurso de estilo que se baseia em um exagero altamente evidente e propositado para conferir dramaticidade a uma ideia. Exemplo: se eu digo que já expliquei alguma coisa “um bilhão de vezes” a alguém, é evidente que se trata de uma figura de linguagem porque ninguém conseguiria explicar nada tantas vezes. Não é necessário, pois, explicar que, em verdade, a explicação não foi repetida nessa proporção. Isso é uma legítima hipérbole.
Não é o caso do título do texto de Constantino, pois já no primeiro parágrafo o autor justifica a proposta maluca de construirmos menos escolas e mais prisões.
“Não há discurso mais fácil do que repetir que a solução é mais educação. Nada mais é preciso depois dessa sentença mágica: seu autor é automaticamente visto como um ser nobre, sensível, um humanista. Quem pode ser contra mais educação? Claro que o debate sério e honesto deverá ser qualificado depois: qual educação? Quem paga? Que modelo? E esse ensino público que temos? Será que mais dinheiro público resolve mesmo? E há garantia de que mais escolas levam a menos crime, por exemplo? (…)”.
Quem paga pela Educação para quem quiser estudar e não tiver dinheiro para pagar escola? Em qualquer país civilizado, é o Estado. Até mesmo na Disneylândia do neoliberalismo, os Estados Unidos, o Estado banca Educação para todos. Nesse primeiro parágrafo, porém, Constantino põe em questão a mera existência do ensino público e gratuito.
Como se não bastasse, ainda formula uma questão cuja resposta não pode ser outra a não ser um sonoro SIM. Nem o neoliberal mais empedernido duvidaria de que Educação para quem não tem acesso certamente não eliminaria a opção de todos pela criminalidade, mas, por certo, reduziria o contingente dos que fazem essa opção.
Há uma vastidão de trabalhos científicos que dão conta de que a Educação é um poderoso instrumento de combate à criminalidade. Quem não sabe disso?
Um exemplo: a potencialidade da escola como um fator para influenciar o comportamento dos alunos e reduzir a violência foi comprovada pela economista Kalinca Léia Becker em sua tese de doutorado realizada no programa de pós-graduação em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultutra Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. A pesquisa foi orientada por Ana Lúcia Kassouf, professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES) da Esalq e mostra que quando ocorre o investimento de 1% na educação, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido.
Se formos buscar estudos que comprovem o potencial da Educação no combate à degeneração moral das sociedades, haverá tanto material disponível que demoraria uma vida para ler.
Ao fim dessa peça tétrica de estupidez composta pelo colunista da Veja, ele ainda trata de reafirmar sua tese de que é melhor construir mais prisões e menos escolas. O último parágrafo de seu texto não deixa dúvida de que ele não usou uma hipérbole em seu texto e que acredita piamente na ideia-força dele:
“(…) Diante desse quadro de ensino público caótico e marxista, e da falta de lugar nas prisões, talvez seja o caso de concluir, com alguma hipérbole, que precisamos de MENOS ESCOLAS, MAIS PRISÕES!”.
Que “hipérbole”? Constantino está ou não pregando que, em vez de educar jovens, é melhor construir mais prisões? A premissa imbecil de que estudar Karl Marx leva o indivíduo a cometer crimes não anula a “solução final” do indigitado “colunista” de que é melhor prender jovens do que permitir que tenham contato com a obra de um dos maiores pensadores da história da humanidade, estudada nos quatro cantos da Terra.
Há um projeto de lei na Câmara dos Deputados que poderia resolver o dilema que perturba o colunista da Veja. Um deputado federal desocupado, Rogerio Marinho (PSDB-RN), titular da Comissão de Educação daquela casa, propôs, recentemente, lei que torna crime o “assédio ideológico” em ambiente escolar. O projeto psicótico prevê pena de detenção de três meses a um ano e multa, com possibilidade de aumento da punição, caso o ato seja praticado por educadores ou “afete negativamente a vida acadêmica da vítima”.
Esse projeto fascista, por incrível que pareça, é menos danoso que a proposta de Constantino porque ao menos não busca eliminar a Educação pública em prol de mais vagas nas prisões. Ao menos admite que é preciso educar os nossos jovens, ainda que incorra na loucura de querer impedir que um professor expresse um ponto de vista legítimo que o educando pode ou não assimilar no decorrer da vida.
Se houvesse no Brasil essa doutrinação “marxista” nas escolas a que o tal colunista alude, esta sociedade seria majoritariamente pró comunismo. É preciso dizer que isso não existe?
O post escrito por Constantino em seu “blog” no portal da Veja alcançou – até o momento em que este texto foi escrito – nada mais, nada menos do que incríveis 13 mil “curtidas” no Facebook. Mais de uma dezena de milhar de pessoas alfabetizadas concordaram com ele. Previsivelmente, grande parte delas concordou com o título “curtindo-o” naquela rede social sem sequer ter lido mais nada além da linha fina da matéria.
Ao fim e ao cabo desta reflexão, o que aflige seu autor é encontrar uma forma de qualificar Constantino que esteja à altura de seu nível de boçalidade, de egoísmo, de truculência, de falta de caráter. Infelizmente, não é tarefa fácil. Pensei nisso desde a noite de sábado até o fim da tarde de domingo e não consegui encontrar um qualificativo à altura.
Convido o leitor a sugerir um adjetivo que dê conta de definir adequadamente alguém como esse colunista da Veja. Mas, sendo sincero, duvido que alguém encontre definição que esteja à altura de alguém que comete um crime de tal envergadura.
Postado no Blog da Cidadania em 07/06/2015
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