Comportamento machista : como detectar


comportamentos machistas

Jessica Moraes

Infelizmente ainda existe a ideia de que machismo se refere apenas em casos de violência doméstica, estupro ou submissão. Mas alguns comportamentos muito comuns do universo masculino devem ser revistos. São gestos que ofendem às mulheres, mesmo quando parecem inofensivos. 

O site Think Olga descreveu cada um deles e como você pode observar esse tipo de atitude no seu dia a dia:

Manterrupting

A palavra é uma junção de man (homem) e interrupting (e interrupção) Em tradução livre, manterrupting significa “homens que interrompem”. Este é um comportamento muito comum em reuniões e palestras, quando uma mulher não consegue concluir sua frase porque é constantemente interrompida pelos homens presentes.

Bropriating

O termo é uma junção de bro (curto para brother, irmão, mano) e appropriating(apropriação) e se refere a quando um homem se apropria da ideia de uma mulher e leva o crédito por ela. Quando colocamos uma ideia, muitas vezes não somos ouvidas. Mas se um homem assume a palavra, repete a mesma ideia e é aplaudido por isso. Quem nunca se viu diante de uma situação similar?

Mansplaining

O termo é uma junção de man (homem) e explaining (explicar). É quando um homem dedica seu tempo para explicar a uma mulher de forma exageradamente didática, como se ela não fosse entender, só porque é mulher. Mas o mansplaining também pode estar associado a uma situação em que um homem quer explicar como você está errada a respeito de algo sobre o qual você de fato está certa, só para demonstrar quem tem razão. 

Gaslighting 

O termo gaslighting surgiu de um filme de mesmo nome, de 1944, em que um homem descobre que pode tomar a fortuna de sua mulher se ela for internada como doente mental. Por isso, ele começa a desenvolver uma série de artimanhas para que ela acredite que enlouqueceu.

Por isso o termo serve para descrever a violência emocional por meio de manipulação psicológica, que leva a mulher e todos ao seu redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz. 

É uma forma de fazer a mulher duvidar de seu senso de realidade, de suas próprias memórias, percepção, raciocínio e sanidade. Você já deve ter ouvido pelo menos uma vez uma dessas frases: “Você está louca”, “Nossa, você é sensível demais”, “Para de surtar”, “Não aceita nem uma brincadeira?”.

Não se deixe levar por esse tipo de comportamento e se afaste desse tipo de homem sempre que possível!


Postado no Vila Mulher 



É preciso leveza e diversão !


Como tornar a sua vida mais leve e divertida


Stephanie Gomes

Um pouquinho de diversão não faz mal a ninguém, não é verdade? A vida ta aí para ser aproveitada mesmo, afinal ela não é eterna – o que é uma pena, já que há tanta coisa boa para viver que precisaríamos de pelo menos alguns milhares de anos para aproveitar tudo.

Divertir-se é preciso. Se a gente levar tudo a sério o tempo todo, que graça a nossa vida vai ter? E existe coisa melhor e mais verdadeira do que rir, brincar e ser quem você é? Se existe, eu não conheço.

Se você gostaria de se divertir mais e viver a vida de forma mais leve, essa mudança precisa partir de dentro de você.

Você tem se estressado demais? Tem se preocupado demais? Tem percebido que vive sério e raramente se solta, se permite rir alto, enlouquecer um pouquinho ou viver momentos em que o que mais importa é a diversão? 

A princípio pode parecer que você só vai conseguir tudo isso se tiver uma festa pra ir, puder viajar, tiver dinheiro… 

Mas leveza, alegria e diversão, na verdade, são coisas que partem de dentro. Todo mundo conhece alguém que tem tudo o que alguém pode querer, mas vive lamentando. 

E todo mundo também conhece alguém que não vive nas melhores condições e esbanja alegria. Pessoas assim são a prova de que tudo aquilo que a gente deseja sentir só pode nascer dentro de nós.

É claro que diversão é algo muito relativo. Para mim, diversão pode ser assistir a um seriado engraçado, ouvir uma piada espontânea e rir até chorar, descobrir uma nova música favorita e cantá-la bem alto, ler um livro que aquece meu coração e me faz sorrir. 

Para você, diversão pode ser dançar a noite toda, falar sobre moda, passear no shopping com os amigos, balançar na rede, jogar videogame, brincar com crianças… pode ser qualquer coisa! Só que, independentemente de você adorar fazer todas estas coisas, elas só serão divertidas se você estiver com seu espírito leve e com o coração aberto. Porque, se não estiver, pode colocar o episódio mais engraçado do mundo, escutar a melhor piada já contada, encontrar seu ídolo e ele cantar sua música favorita para você, comprar o shopping inteiro… nada disso será bem aproveitado.

Foi refletindo sobre isso que resolvi pensar em algumas formas de mudar atitudes internas, perspectivas, ações e pensamentos, para que a vida se torne mais leve, despretensiosa, divertida, cheia de oportunidades de sorrir e de liberdade para se divertir tanto quanto for possível!

Não tenha vergonha de ser feliz, muito feliz! 

Às vezes a gente acha que tá exagerando na alegria porque todo mundo à volta aparenta estar mal humorado e só você demonstra estar feliz. Aí você fica envergonhado, absorve a energia dos outros, reprime a alegria que está sentindo – e que adoraria espalhar por aí – e perde aquele sentimento bom.

Dizem por aí que felicidade incomoda. Pode até ser em alguns casos, mas eu acho muito mais incômodo ser mais um “cara feia” que colabora para espalhar rabugice e mal humor por aí. 

Seja o diferente: transmita sua alegria, tente contagiar os outros, divirta-se. Se ninguém reagir positivamente, a culpa não é sua, afinal, cada um oferece aquilo que tem dentro de si. Ao invés de ficar chateado e se juntar aos “caras feias”, alegre-se por ser diferente (e feliz!).

Cuidado com a opinião dos censuradores-de-tudo

Sabe aquela pessoa que torce o nariz pra tudo o que você faz, debocha de todas as suas ideias e vive falando pra você parar de fazer as coisas que acha divertidas porque são “vergonha alheia”, “nada a ver”, “ridículo” e outros comentários que te desanimam?

São o que eu chamo de “censuradores-de-tudo”, pessoas que se preocupam demais com a opinião dos outros, deixam de ser elas mesmas por isso, perdem oportunidades de se divertirem e ainda desanimam as pessoas que têm a cabeça aberta e que só estão tentando fazer algo divertido.

Quando os censuradores-de-tudo atacam, é difícil não desanimar. Você se sente totalmente desestimulado. Eu já passei muito por isso, mas depois de muito sofrer, percebi que estava entendendo tudo errado. O problema não está em mim, afinal, sou livre de julgamentos, censuras e frescuras.

Já os censuradores têm um sério problema de falta: falta liberdade, falta leveza, falta se permitirem. Da próxima vez que for censurado por alguém, pense nisso. Se ficar em dúvida sobre qual opinião seguir, lembre-se de ir sempre para o lado da liberdade e nunca escolha o caminho da censura, do pré-julgamento e do pessimismo.

Tenha um hobby

Tédio é uma coisa da qual me livrei desde que criei o blog. Além de sempre ter motivo para escrever, acabei pesquisando sobre o assunto e descobrindo vários novos hobbies (yoga, caminhada, colorir…). Se você tem ou mais hobbies, nunca vai ter motivo para ficar reclamando que não tem nada de legal para fazer.

Faça coisas simples com pessoas legais

Um piquenique, andar de bicicleta, tomar um açaí, se reunir em casa para conversar, preparar um bolo de caixinha com o seu melhor amigo(a), falar coisas engraçadas e sem sentido, inventar uma brincadeira… Fazer coisas simples com pessoas legais é garantia de diversão. 

Não perca tanto tempo escolhendo o que irá fazer, mas invista seu tempo em conhecer e tornar seus amigos pessoas que fazem qualquer situação, lugar e assunto ser um momento especial.

Apenas seja feliz, e se você não conseguir ficar feliz, faça coisas que o deixem feliz. Ou fique sem fazer nada com as pessoas que o fazem feliz. – Do livro A estrela que nunca vai se apagar (Esther Earl)

Passe por cima de seus pré-conceitos 

Chega de falar “ai, isso eu nunca faria”, “isso é pra quem é tal coisa”, “jamais vou fazer o que ele fez” etc, etc, etc. 

Preconceitos, julgamentos e esse tipo de promessa nos fecha totalmente a coisas novas que podem ser incríveis, e diversão e leveza são exatamente o contrário disso. Tente! Por que não? Você pode mesmo não gostar, mas também pode adorar!

Pare de se fechar a tudo, jogue fora os pré-conceitos e experimente mais. Se gostar, maravilha. Se não, fica uma ótima história para contar aos seus netos (garanto que eles vão se divertir).

Permita-se ser criança

Brinque, invente, imagine, crie, bagunce… Todo adulto gostaria de voltar à infância, mas poucos entendem que a infância não precisa morrer quando crescemos. 

Todo mundo pode manter dentro de si o espírito de criança a vida inteira, basta se lembrar de como é ver o mundo de forma mais mágica e menos caótica. Entre em brincadeiras ou crie brincadeiras – jogos de adivinhação, brincadeiras simples, até se divertir com crianças.

Faça o que der vontade, por mais bobo que seja. Use a imaginação para se divertir. Leve a vida menos a sério.

Ria muito de si mesmo

Saiba rir de seus erros, defeitos e bobeiras. Pessoas que riem de si mesmas são meu tipo de pessoa favorito, porque são alegres, verdadeiras e não têm frescura. Isso porque sabem que todo mundo erra, tem defeitos e fala besteira de vez em quando, por isso elas se permitem errar sem fazer drama.

Faça algo em que você é péssimo

Ta aí uma coisa que eu adoro fazer. Eu sou péssima cantora, por isso adoro cantar (inclusive imitando a voz do cantor original). Sou péssima com trabalhos manuais, mas acho tão legal. Por que não fazer? Depois eu dou risada de tudo e pronto! Às vezes em uma dessas descobrimos uma habilidade ou a desenvolvemos. E se você não aprender com a prática, ao menos irá se divertir!


Postado em Desassossegada


Gotas de sabedoria : Chico Xavier e Emmanuel




















































A palavra sincera




Você sabia que a palavra Sincera foi criada pelos romanos?

Eles fabricavam certos vasos com uma cera especial tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes.

Em alguns casos era possível distinguir os objetos guardados no interior do vaso.

Para um vaso assim, fino e límpido, diziam os romanos:

Como é lindo! Parece até que não tem cera!

Sine cera queria dizer sem cera, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes.

Com o tempo, o vocábulo sine cera se transformou em Sincero e passou a ter um significado relativo ao caráter humano.

Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações. A pessoa sincera, à semelhança do vaso, deixa ver, através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração.

Assim, procuremos a virtude da sinceridade em nossos corações. Sim, pois na forma de potencialidade, ela está lá, aguardando o momento em que iremos despertá-la e cultivá-la em nossos dias.

Se buscamos a riqueza do espírito, esculpindo seus valores ao longo do tempo, devemos lembrar da sinceridade, desse revestimento que nos torna mais límpidos, mais delicados.

Por que razão ocultar a verdade, se é a verdade que nos liberta da ignorância?

Por que razão usar disfarces, se cedo ou tarde eles caem e seremos obrigados a enfrentar as consequências funestas da mentira?

Por que razão dissimular, se não desejamos jamais ouvir a dissimulação na voz das pessoas que nos cercam?

Quem luta para ser sincero conquista a confiança de todos, e por consequência seu respeito, seu amor.

Quem é sincero jamais enfrentará a vergonha de ser descoberto em falsidades.

Quem luta pela sinceridade é defensor da verdade do Cristo, a verdade que liberta.

Sejamos sinceros, lembrando sempre que essa virtude é delicada, é respeitosa, jamais nos permitindo atirar a verdade nos rostos alheios como uma rocha cortante.

Sejamos sinceros como educadores de nossos filhos. Primemos pela honestidade ensinando-lhes valores morais, desde cedo, principalmente através de nossos exemplos.

Sejamos sinceros e conquistemos as almas que nos cercam.

Sejamos o vaso finíssimo que permite, a quem o observa, perceber seu rico conteúdo.

Sejamos sinceros, defensores da verdade acima de tudo, e carreguemos conosco não o fardo dos segredos, das malícias, das dissimulações, mas as asas da verdade que nos levarão a voos cada vez mais altos.

Por fim, lembremo-nos do vaso transparente de Roma, e procuremos tornar assim o nosso coração.


Redação do Momento Espírita


Postado em Mensagem Espírita






Não deixe seu telefone celular dar a última palavra ...

























Polêmica: “Nunca fomos cordiais”





Violência para nós, brasileiros, é um valor — e se confunde com nossa percepção do que é “ser homem”.
 É triste que Manuel Castells tenha de nos dizer isso


Wedencley Alves

Hoje, mais cedo, um querido amigo me chamou a atenção para uma matéria da Folha, onde Manuel Castells afirma que não é a internet que nos faz violentos. Mas o próprio país, que tem um histórico longo de violências. Ele tem razão, mas não precisava, comentei, um estrangeiro nos dizer isso.

Violência para nós é um valor: desde as, aparentemente, ingênuas malhações de judas (e quem malhávamos, quer dizer, espancávamos “simbolicamente”? Os vizinhos, aqueles de quem não gostávamos, os maridos “traídos”, as mulheres que, supostamente, “não inspiravam respeito”, o gay, o devedor, o comerciante antipático etc.).

Somos violentos porque desde cedo o garoto é ensinado a não voltar pra casa “chorando”, para não apanhar “duas vezes”. Nossa violência se confunde com nossa percepção do que é “ser homem”. Sim, porque as mulheres brasileiras não são mais violentas — fisicamente, embora do ponto de vista “verbal”, tenho lá minhas desconfianças — do que qualquer outra mulher no mundo, mas os homens, sim, em relação aos outros.

Temos violência de classe (pobres se matam muito, e as elites e classes médias “mandam” matar: o que são os assassinatos policiais, senão o efeito da carta branca que damos a “eles” para matar em nosso nome, em defesa do nosso patrimônio?). Temos violência de raça (socialmente falando), temos violência de gênero.

Somos violentos nas discussões políticas, futebolísticas. Não confiamos na justiça, confiamos na vingança e, particularmente, mesmo a justiça, quando ganha os holofotes, quer reafirmar a violência como valor; ou, quando longe dos holofotes, recorre a arbitrariedades impensáveis contra os mais frágeis (ou inimigos políticos “a mando”).

Somos os campeões de tortura, de linchamentos letais, morais, midiáticos. Das mortes nos campos, nas cidades, nos lares.

Morador de Nova Iguaçu, vi boa parte dos meus amigos de infância morrer na mão de terceiros: de bandidos? Não. Até de amigos ou colegas. Acerto de conta, briga de bar, ciúme de garotas.

Somos a cultura daquele que fala mais alto, aquele que bate na mesa, aquele que chama pra porrada, aquele que “não aguenta desaforo”, aquele que mete o dedo na cara, e aquele que pergunta “sabe com quem você está falando?”.

Somos violentos nos programas de humor infantis, nas piadas sem graça, no campo de futebol, na sala de aula, pra reafirmar nossa macheza incipiente. É lógico que nossos bandidos serão violentos. Eles serão parte da sociedade em que vivem. Não quero nem falar do trânsito estúpido, com recorde mundial de mortes. Carros são armas perigosas nas nossas mãos.

Nossa violência é verbal, institucional, física, psicológica.

O Brasil não é o campeão de homicídio. Mas está muito perto de ser. Não importa os dois ou três países mais violentos que nós. Importa que precisávamos repensar isso: subtrair a violência como um valor social. É preciso que nossa violência se torne motivo de vergonha, não de orgulho; vexaminosa, não auto-afirmativa.

É preciso desconstruir, de uma vez por todas, esta cultura da violência. Não para sermos o ideal com que um dia mentiram pra nós. Mas ao menos para que não nos matemos diariamente.


Wedencley Alves é professor do Departamento de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. É doutor em Linguística (Unicamp) e mestre em Comunicação (UFF). Pesquisador na área de comunicação e discurso, hoje dedica especial atenção a questões envolvendo “mídia e violência” e “mídia e saúde”.


Postado em Outras Palavras em 21/05/2015