Sexta-feira, 13 : dia de terror para os poderosos



Jornalistas Livres

As forças sociais que elegeram a presidente Dilma Rousseff reuniram-se na sexta-feira, dia 13 de março, pela primeira vez desde o início deste segundo mandato presidencial para exigir a reforma política, defender a democracia, os direitos dos trabalhadores (atacados pelo ajuste fiscal promovido pelo pacto de governabilidade), a Petrobras e o Pré-Sal.


Um ato de luta, que exigiu o respeito ao mandato das urnas.



No mesmo dia, há 51 anos, o presidente trabalhista João Goulart, também enfrentando uma oposição feroz, realizou o Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

Diante de uma multidão de 150 mil pessoas, o próprio Goulart discursou em favor das chamadas Reformas de Base (reformas agrária e urbana), e do direito de voto para analfabetos e soldados. 

Como demonstração da centralidade da Petrobras desde então, Goulart assinou decreto de desapropriação de refinarias de petróleo que ainda estavam de posse da iniciativa privada.



Postado no site Luis Nassif Online em 14/03/2015


Mais deste dia 13 de Março de 2015


 
Avenida Paulista 13/03/2015




protesto dilma


IMG_0238


paulista


pisaligeiro





O ovo de serpente e a cobertura das manifestações de 15 de Março ...
















Está entendido ou preciso desenhar?



Feghali : agenda positiva? Imposto sobre fortunas! E Ley de Medios, também!






A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) revelou em entrevista exclusiva ao Conversa Afiada que o Governo Federal estuda taxar as grandes fortunas no Brasil. Segunda ela, há uma discussão sobre o assunto.

Na conversa com Paulo Henrique Amorim, a líder do seu partido na Câmara falou sobre a necessidade de se reorganizar a maioria da base aliada no Congresso e dos efeitos da Operação Lava-Jato na política e na economia do país.

Outros assuntos pautados foram a possibilidade de aprovação da Ley de Medios, a volta de Juca Ferreira ao Ministério da Cultura, as eleições em 2018 e a intenção do Governo Dilma em criar uma agenda positiva, perante os ajustes fiscais que serão feitos.

Perfil:

Jandira tem 30 anos de luta na política com seis mandatos concluídos: cinco como deputada federal e um como estadual.

É autora de inúmeras leis, como a Lei da Cultura Viva, que beneficiou mais de 3 mil Pontos de Cultura e 8 milhões de brasileiros.

Esteve à frente da criação do Vale-Cultura e relatou a Lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica no Brasil.

A deputada tenta aprovar uma lei a favor da ampliação da programação regional na TV brasileira.

E é considerada a maior liderança feminina da esquerda no combate ao projeto neoliberal do Brasil, contra as privatizações e o arrocho salarial da Era FHC.


Postado no Conversa Afiada em 12/03/2015


Se você é contra o Golpe em 54 milhões de votos da Presidenta Dilma, se é a favor da Democracia, se quer o Pré-Sal do petróleo brasileiro para a Saúde e Educação, se é a favor da Reforma Política vem para a rua, amanhã, sexta-feira, dia 13 de Março !













Por que a elite brsileira é burra?



Mailson Ramos*

A elite brasileira é burra. Não soa bem o adjetivo sem a posterior explicação: é burra porque jamais se preocupou com a condição do país, mas sim com a manutenção do status quo, a centralização de seu poder, de suas riquezas e de sua influência. 

A elite brasileira jamais derramou uma gotícula do seu valioso suor com as questões políticas desta terra, afinal, todos os problemas do Brasil foram sempre endereçados aos pobres, à classe trabalhadora. 
A elite brasileira conserva traços tão burgueses e vazios ideologicamente que permaneceram no ostracismo de sua acomodação perene até ser fustigada pela notícia de que um ex-metalúrgico tinha se tornado presidente da República
Odioso sempre foi o sentimento desta classe em relação aos governos petistas. Afinal, é impossível se acostumar com gente nova nos aeroportos, nas universidades, nos corredores dos shoppings e nos salões nobres dos museus.
A elite brasileira é burra porque nunca apresentou propostas contrárias aos governos instalados desde 2002. Jamais vão apresentar. 
Não sabem ir às ruas, protestam dos sofás, deglutem esfomeados as notícias de uma imprensa contaminada por esta mesma patologia que os faz acéfalos. Papagaios de pirata e seguidores de ideologias são eles. Deveriam se envergonhar de não conhecer a política e a democracia.


Incapazes que são de apresentar um debate sério e profundo sobre as reais condições da política nacional neste momento, confortam-se em bater panelas das janelas de seus luxuosos apartamentos. Não se ouvem e querem fazer ouvir.

Se a elite estivesse mesmo comprometida a debater a política – como a mídia e o judiciário também não estão – poderia haver espaço para um diálogo necessário. 

Mas não se pode esperar muito de quem ocupa espaço diariamente nas redes para afrontar até mesmo a vida pessoal de políticos.
Não se pode aguardar a reação democrática de quem, sem fundamento jurídico, tenta imprimir a ideia de impeachment. A elite brasileira é burra porque se confronta unilateralmente com o povão. 
Não é, sem o apoio deste, que se poderá mover um só grão de areia no Planalto. Por isso, e somente por isso mesmo, houve quem aconselhasse um banho de povo aos candidatos da direita. Com o espírito tranquilo e sem nenhuma amargura no que escrevo, arrisco dizer que a elite é burra e pior: tem se tornado golpista.


A democracia brasileira, esta jovem assediada, exala suspiros afanosos. Querem desgastá-la, instituir novos paradigmas democráticos que de democráticos só tem o nome. 

Quando não falam em golpe, determinam uma intervenção militar; ou numa terceira hipótese o famigerado impeachment. E se por acaso, nenhuma das três alternativas anteriores encontrarem coro, eis a renúncia de Dilma Rousseff.


Bom definir: a elite brasileira não sabe o que quer. O melhor seria mesmo se a deglutição do noticiário noturno ainda prendesse no sofá os estereotipados beócios ao estilo de Homer Simpson, como diria um célebre apresentador de telejornal aos seus telespectadores.

A elite brasileira é ainda anacrônica. Exige golpe, intervenção militar, regresso da ditadura. Querem reviver o tempo em que todos os papéis da sociedade eram estabelecidos pelo poder estatal. Seria a volta da ordem: pobres, pretos e periféricos de um lado, a elite soberba do outro. Para não alongar, devo dizer que a elite, ainda que burra, tem todo o direito de protestar e expôr suas reivindicações.

Mesmo que não conheçam a democracia devem conhecer e usufruir os direitos que têm. Mas a compreensão dos direitos não os transforma em seres dialógicos; muito pelo contrário. A elite se aglutina a uma direita ultraconservadora com o intuito de mascarar um golpe de Estado. Aliás, a elite é a própria direita.

Não será possível remodelar uma sociedade onde os mais poderosos estão com os olhos voltados para os umbigos. 

É um caminho cíclico, próprio ao locus brasiliensis: pobres de um lado, ricos do outro. Todas as vezes em que as políticas determinarem uma alteração deste estado, as batalhas serão iminentes. 
Tenho debatido sobre esta condição de ódio que prefiro adjetivar com outro conceito: ojeriza. Estamos falando de ojeriza de classe, pura e insensível. E é este sentimento que tem construído, na elite, sua face maniqueísta.
Perde com isso o Brasil, a sociedade, a política, a democracia. Difícil é pensar que, quando nada dá certo por aqui, os amantíssimos brasileiros que são capazes de panelaço e buzinaço, partem para a Europa ou os Estados Unidos. Esta é a nossa elite. Burra e covarde.


*Mailson Ramos é escritor, profissional de Relações Públicas e autor do blog Nossa Política e Opinião e Contexto. Escreve semanalmente para Pragmatismo Político.


Postado no Pragmatismo Político em 12/03/2015

Defender o mandato da Presidenta Dilma



José Reinaldo Carvalho


O Brasil está vivendo um momento crucial em sua história, de intensa polarização política. 

As forças derrotadas em quatro sucessivas eleições presidenciais, nomeadamente o PSDB e seus aliados mais próximos, decidiram apelar para as manobras políticas mais torpes, das quais não se excluem ofensas de baixo nível à mais alta mandatária da nação, ameaças fascistas, destilação de ódio e a intentona golpista representada pela irrealista proposta do impeachment da presidenta da República.

Estas forças políticas integram o consórcio oposicionista formado também por um conglomerado de meios de comunicação que se converteram em usina de intrigas e mentiras.

A todo o custo estas forças querem impedir que a chefe de governo e Estado exerça seu mandato, conquistado legitimamente por decisão majoritária do eleitorado no último pleito presidencial e aplique o programa vitorioso. 

Pretendem assim interromper, através de um golpe judiciário, legislativo ou qualquer outra forma dessa excrescência antidemocrática que com a maior sem cerimônia e desfaçatez recebe a bizarra denominação de “golpe suave”, o ciclo político progressista iniciado a partir da primeira eleição de Lula, em 2002.

Em nome do combate à corrupção montam uma operação policial e judiciária em que se misturam alhos com bugalhos e em que as técnicas de investigação e ritos processuais da Operação Lava jato e da comissão de inquérito do Legislativo convivem com atropelos da ordem jurídica, demagogia barata no estilo ópera bufa, onde o que menos importa é o combate propriamente dito à roubalheira ao erário, mas a criminalização das forças de esquerda e do governo, com acusações falsas, levianamente amplificadas pela mídia.

A essência de toda a ofensiva é golpear as conquistas democráticas, a soberania do país e a economia nacional, que querem ver controlada pelo capital financeiro internacional.

Engana-se quem se deixa levar pela demagogia do PSDB e seus aliados quando aparecem em propagandas na televisão “defendendo” direitos trabalhistas supostamente violados pelo que designam como “estelionato eleitoral” da presidenta Dilma.

Na polarização política atual não há meio termo. Ou se defende de maneira consequente o mandato da presidenta Dilma ou se faz o jogo do inimigo da democracia e da pátria. 

As forças progressistas e os movimentos populares sairão às ruas no dia 13 de março para defender a democracia, o que implica rechaçar a intentona golpista e as propostas de impeachment e apoiar a preservação do mandato presidencial; faz parte das reivindicações que os movimentos sociais levarão às ruas a defesa da Petrobras como expressão da pujança da economia nacional, a luta pela reforma política democrática e pela preservação das conquistas trabalhistas. 


Postado no site Brasil247 em 11/03/2015