Quais são os seus sentimentos favoritos?
Stephanie Gomes
Outro dia eu – não lembro por que – estava pensando sobre o quanto gosto de sentir nostalgia. Esse sentimento, pra mim, nada mais é do que uma saudade boa misturada com gratidão por ter vivido coisas que valeram a pena. Nostalgia é um sentimento que gosto de ter e que me deixa feliz. Isso acabou me gerando uma reflexão: quais são os meus sentimentos favoritos?
Pensei que eu gosto muito também de sentir empolgação, surpresa e liberdade. Sentir que estou progredindo também é algo que me deixa muito feliz. Mas o meu sentimento favorito acima de todos é um só: paz interior.
E você, quais são os seus sentimentos favoritos? Que emoções você mais gosta? Dedique algum tempo para pensar nisso e não se prenda a definições prontas ou de uma palavra só. Pense nas coisas que você adora sentir. A resposta para essa reflexão é muito pessoal e pode ser que você encontre até algumas respostas estranhas, mas não se prenda ao óbvio. Deixe-se ser sincero com você mesmo e livre para pensar o que quiser.
Saber quais são seus sentimentos favoritos é tão importante quanto saber o que você gosta de fazer e quais são seus sonhos e objetivos. Ter consciência sobre o que você mais gosta de sentir funciona como um guia para suas escolhas e ações. Além de ser mais uma peça que se encaixa no quebra-cabeça do seu autoconhecimento.
Pense nisso com calma. Quando já tiver uma listinha de seus favoritos, é hora de questionar: estou investindo nestes sentimentos? Que atividades, atitudes e pensamentos fazem com que eu os sinta? E quais me afastam deles? O que posso começar a fazer (ou fazer mais) para que essas emoções que adoro sejam mais frequentemente sentidas? Quais sentimentos eu gostaria de sentir com mais frequência e ando sentindo pouco?
A ideia final é te fazer levar o resultado dessa reflexão para o seu dia a dia. Pra escolher o que vai fazer no fim de semana, como você age com as pessoas, quais pensamentos você cultiva, o que faz nas horas livres, quem você quer ter ao seu lado, em que investe seu dinheiro… O que você pode fazer para que estes sentimentos estejam cada vez mais presentes?
Stephanie Gomes
Querem interromper o governo eleito de Dilma Rousseff : saiba os motivos !
A conexão existente entre a Ditadura Global dos EUA, os BRICS, a Petrobras e a tentativa da Direita Golpista de inviabilizar o governo Dilma!
Marcos Doniseti
Reunião dos BRICS em Fortaleza, em 2014 - a participação do Brasil no grupo é um dos principais motivos que levam os EUA e a Direita Reacionária tupiniquim a desejar promover a desestabilização e derrubada do governo Dilma.
1) BRICS e Pré-Sal - o que os EUA mais desejam, atualmente, é tirar o Brasil do grupo dos BRICS e se apossar do pré-sal.
Mas a política externa dos governos Lula e Dilma vai na direção contrária aos desejos do Império Ianque.
Durante o governo Dilma o Brasil continuou aprofundando a sua integração com os demais países-membros dos BRICS.
Exemplo disso é a criação do Banco dos BRICS, que será uma alternativa muito mais progressista do que o Banco Mundial e o FMI.
E nenhum dos governos petistas abre mão da manutenção do Regime de Partilha do pré-sal, que garante ao Estado Brasileiro uma participação mínima de 75% na renda líquida gerada pelo mesmo.
Dilma deixou bem claro, quando da nomeação de Aldermir Bendine e da nova diretoria da Petrobras, que não existe nenhuma possibilidade do país abandonar o Regime de Partilha do pré-sal, de privatizar a empresa e tampouco de abandonar a política de conteúdo nacional para o setor petrolífero.
E nenhuma destas políticas é do interesse dos EUA, para dizer o mínimo.
2) China e Rússia - a China e a Rússia estão aumentando a sua presença econômica e militar na América Latina (olha o Canal da Nicarágua aí, gente...), o que não interessa aos EUA, é claro.
A Rússia vendeu caças para a Venezuela e a China irá construir o novo Canal da Nicarágua, uma obra gigantesca, avaliada em US$ 50 bilhões.
Empresas chinesas já estão participando da extração do pré-sal no Brasil (no campo de Libra), o que também não interessa aos EUA. Esta participação chinesa se dá apenas como investidora, pois somente a Petrobras pode operar nos campos de petróleo do pré-sal.
Muitas das guerras e intervenções militares que os EUA promovem pelo mundo afora (na África, Ásia Central, Oriente Médio) ocorrem em regiões que são ricas em matérias-primas.
O objetivo dos EUA com as mesmas é passar a controlar tais regiões e, assim, dificultar e até impedir o acesso da China às matérias-primas (petróleo, minério de ferro, etc) que são fundamentais para a continuidade do seu crescimento econômico.
3) Ditadura Global dos EUA - barrar o crescimento e a expansão da China e da Rússia são essenciais para o projeto imperial dos EUA, que visa impor uma Ditadura Global ianque por meio do PNAC (Projeto para um Novo Século Americano), que foi elaborado pelos Neocons Imperialistas dos EUA... Dick Cheney (ex-Vice Presidente de Bush Jr) e Donald Rumsfeld (ex-chefe do Pentágono no governo de Bush Jr) são dois dos seus principais líderes.
4) PNAC - um dos itens fundamentais do PNAC ianque é o de tentar impedir que qualquer outro país, mundo afora, possa vir a se fortalecer de maneira a que venha a adquirir condições de desafiar o Império Global Ianque.
E quais os países em melhores condições de opor uma forte resistência ao projeto de domínio global dos EUA? Ora, os países membros dos BRICS, é claro.
5) O PNAC e os Processos de Desestabilização - quando algum país começa a se fortalecer e o mesmo tem um governo que não se submete aos desígnios dos EUA, o governo deste (por meio da CIA, NED, USAID), bem como usando de entidades privadas ultraconservadoras (como a 'Open Society' de George Soros, que já admitiu publicamente que procura, sim, desestabilizar governos que não se submetem aos seus interesses, ou seja, os do capital especulativo globalizado), não demora muito e logo começa um processo de desestabilização do país, visando derrubar tal governo e, assim, substituí-lo por outro, totalmente dócil aos interesses da Ditadura Global dos EUA.
Exemplo perfeito desta política ianque é a Ucrânia, cujo governo pró-Rússia, eleito democraticamente, foi derrubado desta maneira.
E como resultado disso, atualmente a Ucrânia tem um governo totalmente submisso aos interesses dos EUA (e formado por neoliberais e neonazistas) e enfrenta uma guerra civil, que foi deliberadamente provocada pelo governo Obama com o objetivo de promover o envolvimento da Rússia numa guerra que seria catastrófica para esta nação.
Os neocons (neonazistas, de fato, que desejam fazer dos EUA um IV Reich, já que o III Reich hitlerista fracassou) que comandam a política externa do governo Obama acreditam que o envolvimento da Rússia numa guerra em grande escala na Ucrânia poderia fazer com que Putin se tornasse um Presidente extremamente impopular e que isso poderia levar à derrubada do seu governo, o que possibilitaria a ascensão de um governo submisso aos interesses dos EUA no país, tal como foi o de Boris Ieltsin, por exemplo.
Até o momento essa estratégia está fracassando, pois a popularidade de Vladimir Putin cresceu bastante (chegou a 80% de aprovação) após o início da crise ucraniana, devido à postura firme que ele manteve em relação à crise do país vizinho, do qual uma grande parte da população é, culturalmente, de origem russa.
6) China e Rússia - os dois países em melhores condições de desafiar os EUA, são a China (devido ao seu crescimento econômico, muito mais rápido do que o dos EUA) e a Rússia (pelo seu poderio militar e nuclear).
7) BRICS - o Brasil virou alvo dos EUA devido ao fato de que, durante os governos Lula e Dilma, o mesmo tornou-se membro ativo dos BRICS , que procuram construir, gradualmente, um pólo de poder alternativo ao do Império Ianque e criar um mundo multipolar.
Os BRICS estão aprofundando a colaboração entre si e já deram início à adoção de várias medidas que são prejudiciais aos interesses dos EUA, como é o caso da criação de um Fundo de Reservas e de um Banco próprio do Bloco.
E recentemente os países membros dos BRICS iniciaram um diálogo visando usar apenas as moedas dos países membros no comércio entre si, deixando de usar o dólar, o que é altamente prejudicial aos interesses dos EUA, sem dúvida alguma.
Afinal, é o fato de que o dólar é a principal moeda de reserva do planeta, bem como ser a mais utilizada nas transações financeiras e comerciais internacionais, é que torna possível aos EUA financiar o seu consumismo desenfreado, os seus gigantescos gastos militares (que representam 50% dos gastos globais) e as suas guerras.
8) Integração Latino-Americana - o Brasil também tornou-se um grande alvo dos EUA porque é um aliado fundamental e apoia os governos progressistas latino-americanos (Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, Cuba, El Salvador, Uruguai...), que, tal como os governos Lula e Dilma fizeram no Brasil, também procuram desenvolver políticas soberanas e de promoção da justiça social.
Lula, em seu governo, teve um papel fundamental para ajudar a impedir que Golpes de Estado fossem vitoriosos na Venezuela e na Bolívia, em especial. E a criação e o fortalecimento da Celac e da Unasul aumentaram o grau de cooperação e de integração da América Latina, o que resultou na perda de influência dos EUA na região.
E o Brasil também colaborou muito com o fim do isolamento de Cuba, seja integrando o governo da Ilha na Celac (que é formada pelos países da América Latina e do Caribe), sejam financiando a construção da reforma, ampliação e modernização do Porto de Mariel, bem como financiando, agora, a construção de uma Zona de Desenvolvimento Econômico ao lado do porto.
O Porto de Mariel, junto com a ‘ZDE’ e o Canal da Nicarágua, irá viabilizar um novo ciclo de crescimento econômico de longo prazo em Cuba e trará imensos benefícios às empresas brasileiras que terão privilégios para se instalar na 'ZDE" cubana justamente porque foi o governo brasileiro que financiou as duas obras.
Com isso, as empresas do Brasil terão acesso não apenas ao mercado centro-americano (de mais de 70 milhões de pessoas) como também ao do NAFTA e aos dos países asiáticos, devido à construção, pelos chineses, do Canal da Nicarágua.
Nestas circunstâncias, qualquer tentativa de isolar ou bloquear Cuba estará totalmente fadada ao fracasso.
O Brasil de Lula e Dilma teve um papel fundamental neste processo de colocar fim ao odioso e ilegal bloqueio econômico que os EUA promoveram contra Cuba desde 1960 e que foi condenado pela Assembleia Geral da ONU em inúmeras oportunidades.
9) Quando o segundo turno da campanha eleitoral brasileira de 2014 ainda estava em andamento, perguntaram ao presidente Pepe Mujica se o candidato do seu partido à Presidência da República, Tabaré Vasquez, iria ganhar a eleição no Uruguai. Sabem o que ele respondeu? Ele disse que isso iria depender do resultado da eleição no Brasil.
10) Assim, o que acontece no Brasil tem uma grande influência na América Latina, na América do Sul em especial.
E é claro que os EUA sabem disso e muito bem. Logo, para derrubar e inviabilizar os governos progressistas latino-americanos é fundamental fazer o mesmo com o governo progressista do maior, mais rico, mais populoso e mais influente destes países, que é o Brasil, é claro.
11) O Império Ianque também sabe que enquanto o PT governar o Brasil, este não sairá dos BRICS e tampouco irá deixar de apoiar os governos de esquerda e progressistas latino-americanos.
Daí a necessidade, na visão dos EUA, é claro, de ter que derrubar Dilma de qualquer jeito (ou de, pelo menos, levar o seu governo ao fracasso) e, assim, inviabilizar de qualquer maneira a mais do que provável vitória de Lula na eleição presidencial de 2018.
12) O Brasil foi, como é do conhecimento de qualquer pessoa minimamente bem informada, um dos últimos países a sofrer os efeitos da crise econômica mundial iniciada em 2007-2008, quando tivemos a crise das hipotecas subprime, a falência do Lehman Brothers e o colapso do ‘sistema financeiro paralelo’, não regulado pelas autoridades dos governos dos países desenvolvidos.
O Brasil também foi o primeiro país a superar os efeitos desta crise, com a sua economia retomando o crescimento econômico já no segundo trimestre de 2009. Como disse o então Presidente Lula, a crise no Brasil não passou de uma ‘marolinha’.
E isso somente aconteceu porque os governos Lula e, depois, Dilma adotaram um amplo conjunto de políticas econômicas e sociais, anti-cíclícas tipicamente keynesianas.
Entre as principais medidas, tivemos:
1) Aumento dos gastos públicos, na área social e na infra-estrutura, especialmente em grandes obras de energia elétrica (vide as usinas de Jirau, Belo Monte e Santo Antônio, cuja potência geradora será quase 33% maior do que a da Usina de Itaipu), as Ferrovias Norte-Sul, Transnordestina e Leste-Oeste, a Transposição do Rio São Francisco, o programa de concessão de rodovias e de aeroportos (muitos foram ampliados e modernizados, tais como os de Guarulhos, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Brasília e Manaus; Natal ganhou um aeroporto novo, zero km).
2) Aumento da oferta de crédito pelos bancos públicos (BB, CEF, BNDES), que compensaram o corte do crédito pelo sistema financeiro privado, tirando participação de mercado dos mesmos. Este é um dos principais motivos pelos quais o sistema financeiro privado promove uma fortíssima oposição ao governo Dilma.
3) Aumentos reais de salário, em especial para o salário mínimo, que foi reajustado em 294% entre 2003-2015, passando de R$ 200 para R$ 788, e atingindo o seu maior poder de compra dos últimos 50 anos, segundo o Banco Central brasileiro.
4) Criação do Minha Casa Minha Vida, um programa subsidiado e financiado pelo governo federal e que viabilizou a contratação, até o momento, de 3.400.000 novas moradias, em benefício da população de baixa renda, que nunca teve casa própria.
5) Aumento dos investimentos da Petrobras, que passou a ter um ambicioso programa para investir no aumento da produção do pré-sal e na construção de novas refinarias (Rio de Janeiro e Pernambuco), entre outros setores (fertilizantes, etanol, biocombustíveis, construção naval).
Todas estas medidas somente foram possíveis porque o Estado brasileiro dispõe de várias empresas estatais fortes que tornaram possível o financiamento e os investimentos promovidos pelos governos Lula e Dilma, tanto na área social, como na infra-estrutura.
O Minha Casa Minha Vida, por exemplo, se beneficia de subsídios estatais e de financiamentos públicos que são viabilizados por meio, principalmente, dos bancos públicos existentes (Banco do Brasil e CEF).
A agricultura brasileira, por sua vez, é inteiramente financiada pelo Estado brasileiro e isso é válido tanto para o agronegócio, como para a agricultura familiar (via Pronaf).
O Banco do Brasil é o principal agente financiador da mesma, que é a grande responsável tanto pelo abastecimento interno (agricultura familiar), como por parte importante das exportações do país (agronegócio). E o agronegócio teve acesso a R$ 156 bilhões em financiamento para a safra 2014/2015.
Não é à toa, portanto, que as estimativas apontam para um novo recorde na safra de grãos para 2015, que deverá ultrapassar os 200 milhões de toneladas pela primeira vez na história do país.
O BNDES, por sua vez, é a principal fonte de financiamento de investimentos produtivos de longo prazo, emprestando bilhões de Reais anualmente para setores como o de telecomunicações, infra-estrutura, micros e pequenas empresas, exportações, energia elétrica, energia eólica, etc.
Um Estado brasileiro forte é interessante para os EUA?
Como seria possível, por exemplo, aumentar a oferta de crédito pelos bancos públicos se estes já tivessem sido privatizados pelo governo FHC?
Ou como a Petrobras poderia elevar os seus investimentos, por determinação de Lula e Dilma, se a empresa também tivesse sido privatizada pelo governo de FHC?
E como seria possível promover o aumento dos investimentos públicos se o país não tivesse inúmeras empresas de construção civil altamente capacitadas e em condições de construir obras de grande porte, como são os casos da Transposição do Rio São Francisco, da Ferrovia Norte-Sul (terá mais de 4150 kms de extensão quando for concluída) e da Usina de Belo Monte?
Assim, a manutenção e o fortalecimento das empresas estatais e do papel ativo do Estado brasileiro durante os governos Lula e Dilma foi fundamental para que o país conseguisse superar os efeitos da crise mundial antes de qualquer outra nação.
Portanto, é esse protagonismo do Estado brasileiro que torna possível a promoção de políticas econômicas e sociais anti-ciclícas, tipicamente keynesianas, e de distribuição de renda e de inclusão social, que reduziram as desigualdades sociais e que permitiram a redução da pobreza e da miséria, fazendo com que 50 milhões de brasileiros ascendessem social e economicamente durante os governos Lula e Dilma (40 milhões subiram para a classe C e outros 10 milhões ascenderam para as classes AB).
Mas um Estado brasileiro forte, ativo e que seja protagonista do processo de desenvolvimento econômico e social, sob o comando de um governo petista, nacionalista e reformista, é tudo o que os EUA não desejam.
Um governo neoliberal (como seria o do PSDB ou mesmo o de Marina Silva) enfraqueceria o Estado brasileiro, promovendo uma série de privatizações desnacionalizantes e adotaria uma política econômica e social caracterizada pelo arrocho salarial, aumento do desemprego, das desigualdades sociais, da pobreza e da miséria. Isso não é nenhuma calúnia, pois tais medidas foram publicamente defendidas pelos dois principais candidatos de oposição (do PSDB e do PSB) durante a campanha eleitoral de 2014.
Assim, com um Estado brasileiro fraco, sem empresas públicas sólidas e ativas e sem uma Petrobras cada vez mais rica e atuante, não seria possível, por exemplo, manter o Regime de Partilha do pré-sal e o mesmo acabaria nas mãos das petrolíferas ianques e europeias.
A política de conteúdo nacional, que foi adotada pelo governo Lula e mantida pelo governo Dilma, e que tornou a indústria de construção naval brasileira a quarta maior do mundo em apenas uma década, passando de menos de 7 mil funcionários para mais de 81 mil, seria extinta.
Logo, as plataformas e os navios usados pela Petrobras para extrair petróleo passariam a ser construídas no exterior e não mais no Brasil, gerando milhares de empregos em Cingapura, Coréia do Sul, China, etc.
Não é à toa, por exemplo, que a oposição reacionária defende, publicamente, o fim do Regime de Partilha do pré-sal e a entrega do mesmo para o capital especulativo estrangeiro, bem como deseja acabar com a política de conteúdo nacional para o setor petrolífero.
O ex-Presidente FHC, o jornal 'O Globo' e o senador tucano José Serra já defenderam o fim do Regime de Partilha de forma pública.
Até mesmo a política de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas brasileiras, promovida pelos governos Lula-Dilma, estaria sob risco e, muito provavelmente, seria abandonada por um governo de Direita Neoliberal entreguista e reacionário.
Assim, as compras dos 36 caças suecos Gripen e dos navios e submarinos nucleares franceses também estariam sob risco, o que iria gerar um imenso prejuízo para o Brasil, pois ambos os contratos preveem a transferência completa de tecnologia para o Brasil. E no caso dos caças suecos, a partir da 5ª unidade todos os aviões serão produzidos no Brasil, gerando milhares de empregos altamente qualificados para os brasileiros.
A construção do novo avião de transporte, civil e militar, o KC-390, que recentemente fez o seu primeiro voo em caráter experimental, também iria correr sérios riscos, pois é fruto de um acordo que o Brasil fechou com vários outros países (Argentina, Venezuela, Portugal, República Tcheca).
Afinal, tal modernização das Forças Armadas está intimamente relacionada com a descoberta das imensas reservas do pré-sal, com a manutenção da Amazônia sob controle nacional e com a defesa dos interesses nacionais, que estão sendo permanentemente ameaçados pela atuação dos EUA como promotor de processos de desestabilização de governos democráticos e nacionalistas.
Os Golpes de Estado no Brasil ocorrem sempre contra governos nacionalistas, reformistas e trabalhistas!
Basta estudar um pouco sobre a História do Brasil para ver que sempre que tivemos governos de feições nacionalistas e reformistas (Vargas, JK, Jango, Lula e Dilma) ocorreram movimentos políticos de caráter nitidamente golpistas e anti-democráticos visando desestabilizar e derrubar tais governos.
Getúlio Vargas foi derrubado em 1945, por meio de um Golpe de Estado, num momento histórico em que se aproximava do PCB (liderado por Luiz Carlos Prestes, uma das lideranças mais populares do Brasil naquela época) e do movimento operário (criando o PTB para representar o mesmo) e enfrentou uma tentativa de Golpe de Estado para impedir a sua posse, como Presidente eleito democraticamente, em 1950, e acabou derrubado, por outro Golpe de Estado, em 1954, e que resultou no seu suicídio.
Uma nova tentativa de Golpe de Estado ocorreu, no final de 1955, e a mesma tentou impedir a posse de JK-Jango na Presidência e Vice-Presidência da República, logo após terem sido eleitos democraticamente pelo povo brasileiro.
Foi necessário um Contra-Golpe preventivo, comandado pelos Generais do Exército brasileiro, para impedir que se consumasse.
O governo JK sofreu mais duas tentativas de Golpes de Estado, em 1956 (Jacareacanga) e em 1959 (Aragarças).
Externamente, um Estado brasileiro fraco seria totalmente dependente do capital e da tecnologia importada dos países ricos e transformaria o Brasil numa virtual neo-colônia dos EUA. Isso obrigaria o país a virar as costas para os governos progressistas da América Latina e a deixar de fazer parte dos BRICS.
As estatais, que hoje são fortes e atuantes, seriam privatizadas e desnacionalizadas, tal como aconteceu durante o governo FHC, que praticamente doou as empresas públicas do país ao capital estrangeiro.
Exemplos:
A Embratel foi vendida para uma empresa dos EUA e, hoje, pertence ao empresário mexicano Carlos Slim.
O Banespa foi vendido para o Santander (espanhol).
A Telesp foi vendida para a Telefónica (espanhola), que agora se chama 'Vivo'.
Assim, com o eventual triunfo dessa política neoliberal, reacionária, desnacionalizante e entreguista, o Estado brasileiro ficaria tão enfraquecido que o mesmo não poderia mais vir a ser utilizado para levar adiante um projeto nacional de desenvolvimento econômico e social que tenha como metas promover a distribuição de renda, a inclusão social, a intervenção na economia para evitar ou amenizar efeitos de graves crises externas, desenvolver e assimilar novas tecnologias (por meio de transferência, como está previsto no acordo de compra dos caças suecos e das embarcações francesas, por exemplo), bem como promover uma inserção internacional do país que seja soberana e independente e que atenda, prioritariamente, aos interesses do Brasil e do seu povo.
Portanto, o que essa campanha midiática e reacionária maciça que está sendo feita contra a Petrobras, o governo Dilma e o PT visa é, essencialmente, destruir o Estado Nacional Brasileiro e a sua capacidade de definir e executar políticas de desenvolvimento econômico, social, cultural, científico e tecnológico que possam levar à construção de uma Nação soberana, justa, democrática, moderna e desenvolvida.
Então, esse cenário internacional altamente conflituoso e que passa por um processo de grandes mudanças, ajuda e muito a entender as razões que levam as forças da Direita Reacionária brasileira e latino-americana, cujos interesses estão intimamente entrelaçados aos do Império Ianque, no mínimo, desde o final da Segunda Guerra Mundial, a tentar promover um contínuo e permanente processo de desestabilização dos governos progressistas da América Latina.
É por isso que, mesmo tendo sido reeleita com os votos de 54.501.118 eleitores, Dilma continua sendo alvo de uma maciça campanha midiática e oposicionista que tenta, por todos os meios (legais e ilegais) derrubá-la da Presidência da República.
Até em Impeachment de Dilma a oposição reacionária, golpista e midiática chegou a falar.
O ex-Presidente FHC chegou a encomendar um parecer jurídico de Ives Gandra Martins, notório membro do Opus Dei e um jurista extremamente conservador politicamente, para poder justificar um eventual pedido de Impeachment da Presidenta Dilma, que acabou de ser reeleita.
Este fato demonstra, claramente, o quanto a oposição direitista e reacionária possui um DNA profundamente anti-democrático e elitista, mostrando que os seus membros não estão dispostos sequer a respeitar o resultado das urnas recentemente apuradas.
Os neoliberais brasileiros já levaram o país à falência durante o governo FHC, devido ao fracasso de seu projeto neoliberal. Mas quem disse que eles desistiram?
Tudo isso está acontecendo porque os interesses em jogo são gigantescos e não são apenas e exclusivamente dos brasileiros, como esse texto procurou demonstrar.
Não tenham qualquer dúvida a respeito. Se o governo Dilma fracassar ou a mesma vier a ser derrubada da Presidência da República, não será apenas o Brasil e o seu povo que irão sofrer as consequências, mas toda a América Latina e, até mesmo, as forças políticas progressistas de outros continentes, como são os casos do Syriza na Grécia e do Podemos na Espanha, cujos programas de governo são muito parecidos com iniciativas e políticas adotadas pelos governos progressistas e da América Latina.
Exemplos: aumentos de salários e elevação dos investimentos públicos na produção e na área social são propostas defendidas pelo Syriza grego e pelo Podemos espanhol e que foram colocadas em práticas pelos governos de Lula, Dilma, Chávez, Rafael Correa, Kirchner (Nestor e Cristina) e de Evo Morales.
As dificuldades e os obstáculos a serem superados pelo governo Dilma em seu segundo mandato são muitos, sim, mas não podemos desistir.
Unidos, Venceremos!
Não Passarão!
A luta continua!
Produção de petróleo e gás natural brasileira cresceu 18% entre Dezembro de 2013 e Dezembro de 2014, ultrapassando os 3 milhões de barris/dia.
Que outra empresa do mundo conseguiu obter o mesmo resultado?
Aeroporto de Curitiba é um dos que foi ampliado e modernizado durante o primeiro mandato de Dilma. Esse é o típico investimento público que melhora a infra-estrutura e contribui para o desenvolvimento
econômico e social de um país.
Da mesma forma que, atualmente, as Organizações Globo fazem campanha contra a Petrobras, o governo Dilma e o PT, no passado ela fazia campanha contra a criação do 13º Salário.
Os neoliberais brasileiros já levaram o país à falência durante o governo FHC, devido ao fracasso de seu projeto neoliberal.
Mas quem diz que eles desistem?
Postado no blog Contraponto em 17/02/2015
Golpes na Argentina, Venezuela e Brasil ?
Altamiro Borges
Há algo muito estranho ocorrendo em três países decisivos na geopolítica da América Sul.
A Venezuela, rica em petróleo, enfrenta uma onda permanente de desestabilização – com sabotagem no abastecimento de produtos básicos, choques violentos nas ruas e ameaças de golpes militares contra o presidente Nicolás Maduro.
Na Argentina, segunda economia da região, está em curso um processo de judicialização da política que pode desembocar na cassação da presidenta Cristina Kirchner.
Já no Brasil, a principal força no tabuleiro político do subcontinente, a direita mais suja do que pau de galinheiro se traveste de vestal da ética, bravateia a tese do impeachment e incentiva as marchas dos grupelhos fascistas.
O que explica esta sinistra coincidência? Os EUA, que sempre trataram a região como o seu quintal, têm algo a ver com esta onda nitidamente golpista?
Os três países têm vários traços em comum. Em todos eles, a direita partidária sofreu duras derrotas eleitorais nos últimos anos.
Forças contrárias ao neoliberalismo, com suas nuances e ritmos diferenciados, chegaram ao governo – e não ao poder. Fragilizada, a elite colonizada foi substituída no seu ódio ao campo popular pela mídia monopolista e manipuladora.
Na Venezuela, Argentina e Brasil, os jornalões, as revistonas e as emissoras de rádio e tevê fazem oposição diariamente – jogam no pessimismo da sociedade, difundem a visão fascista da negação da política, tentam impor sua agenda neoliberal derrotada nas urnas e apostam na desestabilização dos governos progressistas.
Nos três países, os barões da mídia hoje lideram as forças golpistas e estão cada dia mais agressivos. Nada mais contém a sua sanha conservadora e entreguista, pró-império.
Além da mídia monopolista, outros aparatos de disputa de hegemonia também servem aos interesses das oligarquias nativas e alienígenas. Na Argentina e no Brasil, boa parte do corrompido poder Judiciário está nas mãos das elites.
O suspeito caso da morte do promotor Alberto Nisman, responsável pelo inquérito sobre o atentado terrorista a um centro judaico em Buenos Aires, tem servido para atiçar a campanha pela deposição da presidenta Cristina Kirchner.
Já o escândalo da Petrobras, com vazamentos seletivos e técnicas de tortura do Ministério Público e da Polícia Federal – outros dois aparatos de hegemonia –, alimenta o sonho da oposição demotucana de sangrar e, se possível, de derrubar a presidenta Dilma Rousseff.
Na Venezuela, focos golpistas voltaram a aparecer nas Forças Armadas e se unem aos empresários sabotadores da economia.
Diante desta onda reacionária, os governantes dos três países são chamados a enfrentar a “guerra da comunicação” e derrotar os aparatos de hegemonia da elite colonizada.
Na semana passada, o chefe de gabinete da Casa Rosada, Jorge Capitanich, acusou explicitamente a mídia e a Justiça de tramarem um golpe.
“É uma estratégia de golpismo judicial ativo. No mundo, a disputa é entre democracia e grupos obscuros vinculados a poderes econômicos”.
Ele inclusive citou o Brasil, no qual “Dilma Rousseff sofre ataques com pedidos de julgamento político”.
Já o secretário-geral da Presidência da República, Aníbal Fernández, falou em “manobra de desestabilização democrática” e conclamou os setores populares a irem às ruas para defender a continuidade do mandato de Cristina Kirchner.
Também na semana passada, o presidente Nicolás Maduro acusou novamente o governo dos EUA de orquestrar um golpe na Venezuela. Na última quinta-feira (12), ele anunciou a prisão de 14 civis e militares, entre eles de um general da reserva.
Segundo as investigações, o grupo pretendia causar tumultos e mortes num ato agendado pela direita local. Em rede de televisão, o líder bolivariano afirmou que
“os EUA pagaram [os sabotadores] em dólares e lhes deram vistos com data de 3 de fevereiro. A Embaixada dos EUA lhes disse que, em caso de fracasso, poderiam entrar no território americano”.
A grave denúncia foi, como sempre, ridicularizada pela mídia venezuelana e mundial – a mesma que apoiou efusivamente o golpe fracassado de abril de 2002. Já a Casa Branca considerou as acusações “ridículas”. Afinal, o império nunca apoiou golpes e ditaduras!
Já no Brasil, a “guerra da comunicação” anunciada por Dilma Rousseff na primeira reunião ministerial, no início de janeiro, ainda não saiu do papel.
Nenhum ministro teve a coragem de denunciar “a estratégia de golpismo judicial ativo” – que deverá ficar ainda mais agressiva no pós-Carnaval com a nova fase da midiática Operação Lava-Jato.
A presidenta Dilma Rousseff também ainda não ocupou a rede nacional de rádio e televisão para criticar os setores que pretendem destruir a Petrobras e entregar o Pré-Sal - um antigo desejo dos EUA.
Num contexto bastante explosivo na região, aonde as coincidências golpistas são estranhas e os interesses imperiais são violentos, é preciso reagir rapidamente!
O fantasma do retrocesso assombra a América do Sul.
Postado no Blog do Miro em 18/02/2015
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