Óculos de sol : como escolher o melhor para os seus olhos








Danilo Sala



Seja na praia, no campo ou na cidade, o sol intenso, principalmente nas épocas mais quentes, pode agredir muito o organismo. Situação que não é diferente com os olhos, afinal eles estão sempre expostos. E os óculos escuros são essenciais para protegê-los.

Para o oftalmologista Renato Neves (CRM/SP 63355), o principal é saber para que os óculos serão utilizados. Óculos que cobrem toda a região dos olhos são mais indicados por barrarem os raios solares em uma área maior.

O efeito nos olhos


Mas só a lente escurecida em si não adianta, e até pode prejudicar ainda mais os olhos. Isso porque, com a ilusão de que o ambiente está mais escuro, a pupila se abre para deixar mais luz entrar. E sem proteção anti-UV, os raios nocivos também aproveitam a brecha. "Então é mais perigoso você usar óculos escuros de baixa qualidade sem proteção do que estar sem os óculos se protegendo na sombra, não olhando para cima...", explica o oftalmologista.

E os maiores problemas provocados a longo prazo acontecem na retina. É o caso da degeneração macular, doença que resulta em perda de visão no centro do campo visual. Os raios UV também podem favorecer outras doenças, como a catarata, por exemplo. Por isso, quanto mais cedo começarmos a nos proteger, melhor.

Cor das lentes


Opções de cores das lentes não faltam no mercado. Mas você sabia que cada uma tem um uso específico? As lentes de cor cinza são ideais para se dirigir, já que realçam a cor do asfalto. Na praia, ou na piscina, lentes esverdeadas acentuam as cores da água e do mar. E para todas as ocasiões, lentes âmbar são as mais indicadas. Já as lentes amarelas não devem ser usadas sob o sol, pois seu uso é mais adequado à noite. As laranjas, rosas ou vermelhas têm um efeito mais estético, mas se possuírem proteção anti-UV também podem colaborar para a boa saúde dos olhos. 

Os óculos certos para cada uso


Ah! E não se esqueça: se você vai praticar atividades físicas usando óculos, use sempre lentes de acrílico. Elas são mais leves, e assim você evita acidentes graves, que podem até comprometer sua visão.


Postado no site Minha Vida 


8 passos para tirar zero na redação do ENEM






Nara Rúbia Ribeiro

Tirar um dez em redação não é fácil. Mas tirar zero também é um feito. 

Mais de 500 mil alunos zerando a redação no ENEM? É hora de comemorar e dizer a receita desse sucesso às avessas. 

Seguem as dicas de como tirar um zero bem redondo em qualquer redação. 

1 – Faça as suas pesquisas na internet copiando e colando os conteúdos. 

2 – Não elabore as respostas de suas tarefas escolares. Sempre há alguém de quem você pode copiar. 

3 – Não leia os livros indicados na escola. Jogue vídeo-game. É muito melhor.

4 – Quando tiver a infeliz obrigação de ler algo, só passe os olhos. Nunca tente entender ou interpretar nada. 

5 – Faça caretas para poesia. Não se envolva com isso.

6 – Use sempre a linguagem digital, na qual palavras inteiras são substituídas por códigos como “sqn”, acentos são elididos e frases emotivas são substituídas por “carinhas/emotions”.

7 – Se o seu amigo disser que leu um livro com a história muito boa, não leia. Espera que, se prestar mesmo, o cinema logo tratará de gravar.

8 – Despreze totalmente gramática. A genialidade desta geração não precisa dela.

E sabe qual foi a maior descoberta? Os alunos, em sua maioria, não tiraram zero porque não foram bem e sim porque viram a área da redação “ENEM” começaram. A redação foi entregue em branco.

Espero que, mais que consternação e brincadeiras, essa analogia da reação de nossos jovens frente à folha em branco seja um indicador da necessidade de reformulação de todo um sistema de modo a inibir o crescente analfabetismo funcional da nação. 

Isso mostra que muitos dos nossos jovens, embora tenham acesso online a conhecimento de todo o mundo, talvez não enxerguem nessas informações, por não saberem interpretá-las, algo além de “uma folha em branco”. 





Nara Rúbia Ribeiro


Escritora, advogada e professora universitária. Administradora da página oficial do escritor moçambicano Mia Couto.



Postado no site Conti Outra em 14/01/2015


Nota  (Rosa Maria - editora deste blog)

Será que estes jovens querem, mesmo, chegar em algum 
lugar que lhes garanta um futuro promissor e seguro? 
Infelizmente, acho que não!

Veja alguns exemplos:

enem2





A redação elaborada pelos participantes do Enem deve estar relacionada ao tema proposto pelos examinadores e aos textos motivadores apresentados na prova. A fuga total do tema resulta em nota zero na correção. Desde 2013, os candidatos que escrevem em sua redação trechos ou parágrafos sem ligação com o tema proposto também têm a redação anulada.

O Ministério da Educação (MEC) implantou a norma para evitar deboches como os ocorridos na prova de 2012. Naquela edição, participantes incluíram nos textos receita de macarrão instantâneo e até hino de clube de futebol. Assim mesmo, obtiveram pontuação relativamente boa.







Quando a Globo defende a "Liberdade de Expressão" devemos entender sempre liberdade " dela " e de mais ninguém ! Isso pode ser comprovado, mais uma vez, com o processo ganho por diretor do Jornal Nacional contra o jornalista Luis Nassif !


Jornalista Luis Nassif



 O atentado à liberdade de opinião nas ações contra blogs


Luis Nassif

Não vou discutir sentença judicial através do Blog. Digo isso a propósito da condenação que me foi imposta pela justiça do Rio de Janeiro em ação movida pelo jornalista Ali Kamel, das Organizações Globo.

Mas é evidente que a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros são não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião.

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Em uma democracia, um dos pressupostos básicos são os freios e contrapesos – o sistema de equilíbrio que impede o exercício do poder absoluto.

Quando, a partir de 2005, os grupos de mídia resolveram atuar em forma de cartel no mercado de opinião, acabaram criando um poder quase absoluto de construir ou destruir reputações.

Não se trata de um poder trivial. No mercado de opinião movem-se todos os agentes sociais, políticos e econômicos. É nele que se constroem ou destroem-se reputações. E é também o palco para embates corporativos, para grandes disputas empresariais. Todos são afetados positiva ou negativamente por ele, juízes, ministros, políticos, celebridades, médicos, líderes populares. E os grupos de mídia reinam de forma absoluta nele.

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Ora, grupos de mídia são empresas com interesses próprios, nem sempre transparentes. E com prerrogativas constitucionais de atuação garantidas pelos princípios da liberdade de imprensa – frequentemente confundido com garantias constitucionais, como liberdade de expressão e direito à informação.

Na maioria das vezes esses interesses se escondem por trás de reportagens enviesadas, de escândalos fabricados, de fatos banais transformados em grandes escândalos, quase todos imperceptíveis a quem não seja do meio jornalístico.

Em um ambiente competitivo, espera-se que funcionem mecanismos de auto regulação. Quando os grupos montaram a cartelização, esse controle deixou de existir. E o resultado foram abusos de toda espécie. Basta conferir “O Caso de Veja” onde descrevo vários episódios da revista.

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Nos últimos anos o único contraponto existente foi o da blogosfera e das redes sociais, mesmo com todos os abusos de um sistema difuso e não controlável.

Foi a blogosfera que primeiro acudiu em defesa da juíza Márcia Cunha, alvo de um crime de imprensa, uma tentativa de assassinato de reputação, do ex-Ministro do STJ Edson Vidigal, ambos os assassinatos a serviço dos interesses do banqueiro Daniel Dantas.

Se não fosse a Blogosfera, a Abril teria esmagado um concorrente no mercado de cursos apostilados; a Globo e a Editora Santillana (que controla o jornal El Pais) teriam liquidado com editoras nacionais independentes, que concorriam em áreas de seu interesse (http://tinyurl.com/n6h97rd).

Dessa falta de limites não escaparam presidentes de Tribunais de Justiça, Ministros do Supremo, como Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. E levaram o então presidente do TRF3,Newton de Lucca, a pregar um “habeas mídia, justamente para evitar o poder absurdo e as interferências das notícias plantadas.

O conforto trazido pela cartelização levou grupos de mídia a se associarem até a organizações criminosas, como foi o caso da revista Veja com Carlinhos Cachoeira.

Antes, sem o contraponto das redes sociais, a maioria dos grandes grupos de mídia logrou acordos espúrios com governos de plantão, que os livraram de condenações fiscais, renegociaram débitos com bancos públicos em condições vantajosas, blindaram grandes anunciantes, esconderam mazelas de aliados.

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Mesmo com exageros de uma luta radicalizada, foi a ascensão da blogosfera e das redes sociais que permitiu o contraponto, o freio necessário para impor limites às ações abusivas dos grupos de mídia.

A possibilidade de contrapontos ampliou o direito do público à informação, à liberdade de expressão, permitiu ao leitor confrontar opiniões, bater informações para chegar às suas próprias conclusões.

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A tentativa de generalizar, tratando todos os críticos como “chapa branca”, é manobra ilusionista, para não explicitar a razão do verdadeiro incômodo: os limites impostos às jogadas comerciais, às guerras empresariais, aos assassinatos de reputação.

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) criou um grupo de trabalho para impedir ações judiciais danosas contra grupos de mídia; o mesmo fez a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), cujo atual presidente foi vítima de ataques vis de jornais.

Seria importante que se abrisse o debate sobre os atentados à liberdade de expressão e ao direito à informação por parte dessa massa de ações judiciais impondo montantes elevados nas condenações.


Postado no site Luis Nassif Online em 14/01/2015


Veja no vídeo, a defesa à Luis Nassif feita pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog  Conversa Afiada 





Mais make verão !


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Postado no site Juliana Goes em 09/01/2015


Rumo a uma nova cruzada ?




Manlio Dinucci, no Il Manifesto | Tradução: Antonio Martins

Movem-se e disparam como verdadeiros comandos. Nada de rajadas, para não desperdiçar munição. Apenas um ou dois disparos em cada vítima, como o policial já ferido e liquidado no chão, com um só tiro, pelo assassino que passa a seu lado, volta ao carro e, antes de subir, recolhe com toda calma um tênis – que poderia servir de prova, por meio de análise do DNA.

No entanto, quando estes mesmos indivíduos, depois de darem mostra de uma preparação digna de um comando de forças especiais, mudam de veículo, “esquecem” no primeiro auto – segundo a versão da polícia – um documento de identidade. E assim, assinam oficialmente o atentado. 

Em poucas horas, o mundo inteiro conhecerá seus nomes e suas biografias: “dois delinquentes de pouca envergadura, radicalizados, conhecidos pela polícia e serviços de inteligência franceses”.

Diante dos fatos que estão sendo definidos como “o 11 de Setembro da França”, não é possível deixar de recordar o sucedido no 11 de Setembro norte -americano, quando – apenas algumas horas após o atentado contra as Torres Gêmeas – circularam os nomes e biografias das pessoas designadas como autores do atentado e integrantes da Al Qaeda. 

Também nos Estados Unidos, quando o presidente Kennedy foi assassinato, o suposto assassino foi descoberto de imediato. E algo idêntico ocorreu na Itália, no massacre da Piazza Fontana. É perfeitamente legítima, portanto, a suspeita de que, por trás do atentado ocorrido na França, possa estar o longo braço dos serviços secretos.

Os dois supostos autores da matança de Paris, se são precisas suas biografias, pertencem ao mundo subterrâneo criado pelos serviços secretos ocidentais – inclusive os da França –, que em 2011 financiaram, treinaram e armaram, na Líbia, diversos grupos islâmicos, pouco antes qualificados de terroristas.

Entre estes grupos, encontravam-se precisamente os primeiros núcleos do futuro Emirado Islâmico (ISIS). 

Segundo uma investigação do New York Times publicada em março de 2013, os serviços secretos ocidentais ofereceram-lhes armamento através de uma rede organizada pela CIA. 

Depois de haverem participado da derrubada de Muamar Kadhafi, foram enviados à Síria, para tentar derrocar o presidente Assad e posteriormente para atacar o Iraque, no momento exato em que o governo de Al-Maliki afastava-se do Ocidente e se aproximava de Pequim e Moscou.

O Emirado Islâmico, nascido em 2013, recebe financiamento da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait e Turquia, países que além disso facilitam – junto com a Jordânia – o trânsito do grupo através de seus territórios. 

E não se deve esquecer que os países mencionados são, todos, aliados muito próximos dos Estados Unidos e demais potências ocidentais, incluindo a França. 

Isso não significa que a massa dos membros dos grupos islamitas, que frequentemente provêm de distintos países ocidentais, tenham consciência desta cumplicidade. 

De qualquer maneira, é altamente provável que se escondam, atrás dos terroristas, agentes secretos ocidentais e árabes, especialmente treinados na realização deste tipo de operações.

Enquanto se esperam novos elementos capazes de esclarecer a verdadeira origem do massacre perpetrado na França, parece lógico perguntarmos: Quem se beneficia com tudo isso?

A resposta pode ser deduzida do que declarou Nicolas Sarkozy, o mesmo que – quando presidente da França – foi um dos principais artífices do respaldo aos grupos islâmicos que participara na guerra de agressão à Líbia. 

Sarkozy qualificou o atentado de Paris como uma “guerra declarada contra a civilização, que tem a responsabilidade de se defender”.

Busca-se assim convencer a opinião pública de que o Ocidente está em guerra contra aqueles que querem destruir a “civilização”. 

Implica que o Ocidente representa a “civilização” e, por isso, precisa defender-se, ampliando suas forças militares e enviando-as a todos os lugares onde surja esta “ameaça”.

Trata-se, assim, de converter a dor das massas pelas vítimas do massacre em mobilização a favor da guerra. 

O Davi, coberto em Florença com um véu negro, em sinal de luto, está chamado agora a empunhar a espada na nova Santa Cruzada.


Postado no site Outras Palavras em 13/01/2015


Caio Fernando Abreu ...


Eu carrego comigo uma caixa mágica onde eu guardo meus tesouros mais bonitos. Tudo aquilo que eu aprendi com a vida, tudo o que eu ganhei com o tempo e que vento nenhum leva. Guardo as memórias que me trazem riso, as pessoas que tocaram minha alma e que, de alguma forma, me mudaram pra melhor. Guardo também a infância toda tingida de giz. Tinha jeito de arco-íris a minha.
O silencio responde até mesmo aquilo que não foi perguntado.
Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.

O que vale a pena possuir, vale a pena esperar.

Um café e um Amor, quentes, por favor! Pra ter calma nos dias frios. Pra dar colo, quando as coisas estiverem por um fio.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.

Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.
Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro...
Existem pessoas que de uma certa forma mágica permanece em nosso coração apesar da distância e também das circunstâncias.
 
Bonito mesmo é esta coisa da vida: um dia quando menos se espera a gente se supera e chega mais perto de ser... Quem na verdade a gente é...