Um pouco da obra e história política do candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul
O Sartori que José Ivo não mostra
Na verdade, Sartori é um antigo quadro dirigente do PMDB gaúcho, já governou o Estado várias vezes e é responsável por escolhas que se revelaram desastrosas para o Rio Grande do Sul, como a renegociação da dívida realizada pelo governo Antônio Britto, as privatizações de empresas públicas, planos de demissão voluntaria de servidores públicos e o modelo de pedágios adotado por este mesmo governo.
Sartori também esteve no governo com Pedro Simon e Germano Rigotto e é co-responsável, entre outras coisas, pela gestão de José Otávio Germano (PP) na Secretaria de Segurança Pública.
Em nenhum momento de sua propaganda eleitoral, Sartori faz referência a esses pontos de sua biografia política.
Também esconde que apoiou o governo de Yeda Crusius que sucateou o Estado e arrochou os servidores públicos. Em que sentido ocultar a própria trajetória política, suas escolhas e responsabilidades quando esteve em governos, significa “fazer política com bom coração” ou “fazer política de um modo diferente”?
Também não é verdade que Sartori não é “anti-ninguém”. A sua propaganda eleitoral no primeiro turno produziu várias peças repetindo o mais rançoso discurso “anti-PT” reproduzido pela direita gaúcha.
O candidato do PMDB buscou com isso tirar votos da Ana Amélia repetindo o bordão “o único capaz de tirar o PT do poder”.
Mas ele não é o candidato do “bom coração” que “não é contra ninguém”? Não vai “unificar” e “pacificar” o Rio Grande que, supostamente, estaria em guerra? A julgar pela sua propaganda, a vontade política dos mais de 2 milhões de eleitores de Tarso Genro tem que ser “tirada do poder”.
Sartori é dirigente de um dos principais partidos do Rio Grande do Sul, que já governou o Estado várias vezes e tem responsabilidade por um conjunto de decisões políticas que foram tomadas nestes governos.
Ele tem todo o direito de adotar a estratégia que quiser na campanha eleitoral, mas não tem o direito de ocultar a sua identidade e seu passado político do eleitorado, apresentando-se como representante do novo e da mudança.
Não há nada mais atrasado e típico da “velha política” do que esse tipo de falsidade identitária e ideológica.
Postado no site RSurgente em 06/10/2014
Não voltar atrás
Elisabeth Cavalcante
Um dos maiores obstáculos para a conquista da paz interior é a insistência da mente em nos manter presos ao passado. Se algum dia, em algum momento, algo deu errado e vivenciamos a experiência da perda, da decepção ou da frustração de algo muito desejado, o ego fará de tudo para nos manter escravizados a esta experiência.
Quanto mais inconscientes formos deste processo, maior será a dificuldade para nos libertarmos e o tempo necessário para isto pode levar meses, anos e até mesmo toda uma vida.
Felizes os que têm a oportunidade de receber da existência a possibilidade de adquirir a consciência acerca de como esta crença negativa se desenvolve. Embora apenas isto não seja suficiente, constitui um passo essencial.
Se quisermos, de fato, deixar o passado para trás, teremos de enfrentar o maior dos obstáculos: o medo. Ele fará de tudo para nos manter paralisados em nossa zona de conforto, com o argumento de que está ali para nos proteger de novos sofrimentos.
Mas, como o crescimento interior só pode acontecer na presença do desafio, em algum momento, seremos pressionados pela vida a abandonar nossa pseudo-segurança e a redescobrir a fonte de coragem e destemor com que chegamos ao mundo.
Antes que a mente e o ego se formassem, nada nos parecia ameaçador, vivíamos num constante estado de alegria, relaxamento e confiança. Recuperar esta condição do Ser, sem se deixar dominar pelo pânico de experimentar o novo, o desconhecido, constitui a maior vitória que podemos alcançar em nossa jornada.
Somente os que não se contentam com uma existência medíocre e possuem uma vocação inabalável para a felicidade, se disporão a enfrentar o que for preciso para se libertar das limitações impostas pela mente e o ego.
Se houver uma vontade firme, aos poucos o desejo de superação se tornará maior do que a resistência, até que, finalmente, o impulso da coragem se fará presente e conseguiremos dar o tão desejado salto.
"Vá fechando os capítulos que você já leu; não há necessidade de ficar voltando e voltando de novo. E nunca julgue nada do passado pela nova perspectiva que está chegando, porque o novo é o novo, incomparavelmente novo. O antigo foi certo dentro de seu próprio contexto, o novo é certo dentro de seu próprio contexto. E os dois são incomparáveis". - Osho.
Postado no site Somos Todos Um
Maquiagem Verão 2015
Uma das tendências que já vem aparecendo nas passarelas é a das sobrancelhas naturais, fartas, retas e bem marcadas. Nesta primavera-verão você pode dar umas férias à sua pinça e deixar crescer e engrossar as suas sobrancelhas. Este tipo de sobrancelha dá à mulher um olhar expressivo e reflete segurança.
Claro que, nesta temporada de calor, não podiam faltar as sombras coloridas. As cores que vão estar em alta em sombras são os tons pastéis, marrom e berinjela. Você pode usá-las na pálpebra toda, criando um look monocromático. Para além disso, a sombra dourada também vai estar muito em voga nessa temporada.
A maquiagem desta nova temporada destaca-se por ser natural, por isso nada melhor que um batom de cor vibrante para dar um up no seu look. Os batons em tons laranjas vão ser os favoritos desta primavera-verão, mas o vermelho e o rosa também vão estar presentes.
E claro que, não pode faltar um blush para dar vida ao seu rosto, opte pelos tons mais clarinhos. Ao redor da região dos olhos, aplique um pouco de iluminador. Vai ficar fabulosa!
Dê um toque final ao seu olhar com uma máscara de cílios que dê volume às suas pestanas sem parecer artificial. Se quer fazer com que os seus olhos fiquem mais atrativos, mas não lhe agrada que se note demasiado o rímel, então opte pelas versões transparentes.
As bases e pós compactos leves semelhantes ao tom da pele serão a chave para obter o look desejado, e para manter a maquiagem por mais tempo recorra a pós translúcidos, um grande aliado para ficar bonita nos dias de mais calor.
As estações mais quentes do ano pedem maquiagens mais leves e que representem o frescor.
Por isso, as grandes apostas são as produções com os olhos mais naturais e boca bem marcada e destacada. A pele deve ficar bem leve, porém com cobertura e bronzeada. Os tons de sombra serão os tons pastéis, marrom, berinjela, laranja e dourado.
No verão, o ideal é substituir o preto para o berinjela, quando quiser um make mais marcado. As sombras podem ser usadas na pálpebra toda.
Os cílios devem ser bem marcados. A boca recebe batons coloridos, principalmente tons laranja, mas o vermelho e rosa também são grandes apostas.
As sobrancelhas já ficam mais naturais, mais grossas e não muito definidas. Assim, deixa a mulher mais expressiva.
Confira o passo a passo de um make verão:
- Primeiro, aplique um primer na zona T (testa, nariz e queixo)
- Depois, aplique um corretivo de textura leve, porém com alta cobertura, para cobrir olheiras e imperfeições
- Para dar frescor à pele, misture a base com um pouco de iluminador em gel, e aplique em todo o rosto em movimentos circulares
- Aplique um pó de rosto solto, para dar acabamento na base
- Passe um lápis marrom em toda a pálpebra móvel, e esfume com um pincel
- Depois, passe uma sombra marrom por cima do lápis esfumado. É importante passar o lápis antes da sombra, pois ele serve como fundo
- Após esfumar a sombra em toda a pálpebra móvel, aplique a mesma sombra na parte de baixo do olho, bem rente aos cílios inferiores
- Aplique muita máscara para cílios
- Depois, passe um blush nas têmporas em tom marrom, para dar um efeito de sombra e contorno no rosto. Nas maças, aplique um leve blush laranja, apenas para dar uma corada
- Para finalizar, hidrate os lábios e aplique um batom cremoso no tom laranja, que é a cor do verão.
Dicas do maquiador Ivo Vilella mostradas nas fotos abaixo.
O maior erro de Lula e Dilma
Carlos Motta
O maior erro dos governos do PT foi se conformar com a situação dos meios de comunicação do país.
Nenhuma democracia pode se desenvolver se a sua informação é controlada por meia dúzia de famílias, que, obviamente, ramificaram os seus negócios, e usam as emissoras de televisão, rádio, portais de internet, jornais e revistas que têm para seus próprios interesses.
Um desses interesses é justamente defenestrar os trabalhistas do Palácio do Planalto para que as coisas no Brasil voltem a ser como eram antes de 2003.
Os donos das empresas de comunicação do Brasil estão, certamente, entre os mais reacionários do mundo. Vivem no pré-capitalismo. Não aceitam sequer as leis trabalhistas.
O resultado desse oligopólio é isto que está aí: a informação controlada, é do pior tipo possível, ignora o factual, não contempla o contraditório, mais se assemelha a propaganda e presta um terrível desserviço à nação.
Televisão e rádio são concessões públicas. Deveriam obedecer certas regras para funcionar. Mas não é isso que se vê. A programação é da pior qualidade e muitas vezes incita ao ódio e à violência. "Pastores" exigem dinheiro de incautos na maior cara dura em grande parte do dia, da noite e da madrugada, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, programas pseudo-humorísticos disseminam idiotices a granel.
Se o poder da televisão e do rádio fosse usados para ajudar a educar as pessoas, certamente o Brasil seria outro. É o que é, com seu povo praticamente ignorante das mais comezinhas noções de cidadania, porque recebe uma informação do mais baixo nível.
Lula e Dilma não tiveram coragem de mudar esse status quo, essa é a verdade. Não se dispuseram a enfrentar as famílias que mandam e desmandam na área da comunicação, talvez imaginando que elas, com o decorrer do tempo, e graças à polpuda verba publicitária que lhes destina, fossem poupá-los.
O resultado dessa covardia e falta de visão estratégica atingiu seu ápice neste ano de eleição geral: os trabalhistas encolheram, seus adversários cresceram. A própria reeleição da presidenta Dilma corre sérios riscos.
Mas talvez esse seja o menor dos problemas. O maior é mesmo criar gerações de pessoas despolitizadas, acríticas, inteiramente dominadas por slogans publicitários, sem noção de civilidade, consumidoras vorazes do lixo cultural e das modas impingidas por uma sociedade que exalta o capital como o principal valor e despreza a ética e a moral.
Se Aécio Neves for o próximo presidente, todos sabem o que será feito nesse setor vital para o desenvolvimento do país: absolutamente nada.
Tudo ficará como está, ou então pior, com o governo federal destinando mais verbas para seus fiéis aliados - Globo, Abril, Folha, Estadão...
Se Dilma for reeleita, a esperança é que ela siga os conselhos de muitos ativistas, pesquisadores, jornalistas, organizações da sociedade civil, sindicatos - ou seja, de importante parcela do país - e imponha - isso mesmo, imponha - um marco regulatório para o setor. É isso ou a barbárie.
Postado no blog Crônicas do Motta em 08/10/2014
Dilma e a esperança
CartaCapital apoia a reeleição porque sabe que o PSDB é a direita e uma vitória tucana significaria o retorno ao passado
Mino carta
O verdadeiro partido de oposição, a saber a imponente estrutura midiática, exulta, na certeza de que sua atuação foi decisiva em alguns estados, sobretudo em São Paulo. De fato, este primeiro turno confirma a terra bandeirante como a mais reacionária do País. São Paulo não somente reelege um governador incompetente como Geraldo Alckmin, irresponsável até em vários casos, além de envolvido em escândalos, mas também confere a Aécio Neves uma vantagem abnorme em relação a Dilma Rousseff.
Segundo aspecto do pleito a ser acentuado: a clamorosa falha das pesquisas em vários estados. Em São Paulo, a surpresa está no resultado alcançado pelo candidato do PT, Alexandre Padilha, muito acima da porcentagem atribuída pelas pesquisas, tão baixa de fio a pavio, a ponto de levar a Globo a se desinteressar, com indisfarçável alegria, da cobertura da sua campanha.
Notável o erro em relação à Bahia, onde a vitória de Paulo Souto no primeiro turno era garantida por robusta porcentagem, e onde quem se sagrou governador de saída é o escolhido de Jaques Wagner, Rui Costa. E no Rio Grande do Sul quem trafegou em terceiro lugar desde o início da campanha a governador, Ivo Sartori, do PMDB, vai para o segundo turno em primeiro lugar.
Cabe questionar os institutos: incompetência ou má-fé? Deslize em proveito da crença guardada a sete chaves, ou falta total de acuidade?
Algo mais a anotar: o excelente resultado obtido pela presidenta no Nordeste, a região que soube entender e aproveitar o êxito das políticas realizadas nos últimos 12 anos pelos governos de Lula e Dilma. Mais expressivo de todos, o desfecho baiano. Ali havia motivos para temer o retorno do carlismo, já representado na prefeitura de Salvador pelo neto de Antonio Carlos. Registra-se o êxito da administração wagneriana, sem cavalgada das Valquírias.
Na visão óbvia das próximas três semanas, a nos separar do segundo turno da eleição presidencial, não é árduo prever uma disputa ao último sangue, com a participação maciça da mídia alinhada compactamente às costas do tucanato e, do outro, de Lula, novamente em ação, talvez mais do que nunca.
Cabe comparar a situação de hoje com aquela de quatro anos atrás. Dilma cai cerca de 5 pontos porcentuais, enquanto Aécio melhora em cerca de 1 ponto a posição do então candidato José Serra. Marina Silva também cresceu cerca de 2. Ou seja, as condições não estão muito longe daquelas de 2010. E, por outra, repete-se a polarização tradicional nas últimas duas décadas.
E esta é a hora de reafirmar o apoio de CartaCapital à presidenta.
As nossas motivações se reforçam nesta fase do confronto. Ao se inaugurar a campanha, previa neste espaço que tanto Aécio quanto Marina seriam inevitavelmente arrastados para a direita ao surfar a onda midiática.
Neste gênero de entrega ao chamado [canto] das sereias os tucanos já mostraram largamente a sua escassa vocação odisseica. Foi o que se deu com Fernando Henrique Cardoso na Presidência e com José Serra em diversas oportunidades. Ambos tornaram-se empedernidos reacionários, a exibir toda a inconsistência ideológica da chamada esquerda brasileira. Ou, pelo menos, de certa vertente dita esquerdista.
A esta altura, Aécio já disse a que veio. Em um ponto, certamente, a orientação fica definida.
Confesso meu pavor diante da perspectiva de ter Arminio Fraga como ministro da Fazenda, destemido arauto do neoliberalismo, não menos de FHC e seu governo. Apavorante retorno ao passado, para falar alto e bom som, igual a um editorial do Estadão. Temo, obviamente, que a ameaça formulada então, a privatização da Petrobras, se concretize caso Aécio chegue ao trono. E me pergunto o que será de uma política exterior que desatrelou os interesses do Brasil daqueles dos Estados Unidos, ora viva.
E que sobraria de uma política social que melhorou a vida de boa parte de condenados à miséria e investiu bastante em educação? Avanços insuficientes, é verdade factual, mas importantes no País da casa-grande e da senzala. E esta continua a ser a questão central. Como há de ser para quem se empenha a favor da igualdade.
Apoiamos Dilma porque ela representa esperança de igualdade, e CartaCapital não arrefece na expectativa de quem dela se aproxime cada vez mais. O estadista almejado. Dono, por exemplo, de sabedoria e coragem para coibir os desmandos midiáticos, a começar pela hegemonia da Globo, na terra do futebol onde o próprio, e chego aos limites do cogitável, é disputado nos horários que ela decide. Este pode ser tomado como exemplo miúdo, mas não é.
E se falamos de esporte, regras hão de ser estabelecidas para impedir de vez a farra dos cartolas, de forma a devolver dignidade ao esporte das multidões.
É deste gênero de atuação que o povo precisa, inserida no quadro de uma política social voltada às demandas mais profundas da alma nacional.
Não precisamos, por exemplo, de uma dita Comissão da Verdade que se apavora diante da verdade. Factual, está claro. Precisamos, isto sim, liquidar de vez uma lei da anistia imposta pela ditadura encerrada há quase 30 anos.
Atitudes deste porte, talvez menor na aparência, provariam de fato uma ousadia nunca dantes navegada, a indicar um governo capaz de dar início à demolição da casa-grande e da senzala.
Conduzida em paz, em sintonia, porém, com o nosso tempo.
Postado no site Carta Capital em 07/10/2014
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