Sobre filhos adotivos




João Carvalho Neto


É com grande frequência que recebo como pacientes pessoas que foram adotadas ou que têm filhos adotados. Isso tem feito com que algumas compreensões sobre o assunto venham se alargando, o que eu pretendo compartilhar com os amigos leitores nestas despretensiosas linhas.

Em primeiro lugar, quero dizer que vou apontar algumas dificuldades psicológicas presentes nos processos de adoção, o que não significa que eu rejeite a ideia da adoção. Muito pelo contrário, acho que é um ato de verdadeiro amor, mas que precisa ser vivenciado com os cuidados necessários e, mesmo assim, conflitos diversos, inter e intrapessoais, tenderão a se apresentar.


Uma pergunta que se torna inevitável é sobre contar a verdade e quando. Pessoalmente, acredito que a verdade será sempre e em qualquer situação o melhor caminho, até porque, especificamente nos casos de adoção, a chance dela vir à tona é muito grande. 

E, quanto mais criança, mais flexível é a mente para se adaptar a novas situações. Se a criança avança na idade, os conceitos preliminares sobre a família onde ela está inserida vão se enraizando. Conhecer a verdade depois disso será um golpe muito mais sofrido e passível de produzir abalos do que se essa verdade a acompanhasse desde que nasceu, para que a adaptação fosse natural.

É preciso levar em conta ainda que os laços viscerais com a mãe biológica permanecerão mesmo que nunca a tenha vista após o nascimento.

Pessoas que foram adotadas, estando em estado regressivo, algumas vezes conseguem perceber a angústia que vivenciaram no afastamento materno. Essa angústia pode permanecer por toda uma vida, sem que a pessoa identifique suas causas e sem conseguir nomeá-la. Por isso, não é incomum crianças adotadas terem comportamentos depressivos ou agressivos, como reações a um sofrimento interno.

A rejeição aos pais adotivos, ou a um deles, também é muito comum. Eu tenho percebido nisso uma rejeição à própria situação de ser adotado. Ou seja, a criança rejeita o fato de ter sido adotada naquilo que ela tem de mais próximo com este fato, que são seus pais adotivos.

É como se ela se lembrasse que é adotada quando se depara com seus pais adotivos; por isso pode tender a rejeitá-los, como símbolos de algo que ela não gostaria que tivesse acontecido.

Ao se adotar uma criança, é preciso também estar muito atento aos seus comportamentos iniciais na primeira infância.

Não que isso não seja importante também com filhos naturais, mas com os adotados ganha aspecto especial. Isto porque a herança biológica é um fato. Por essa herança são transmitidos modelos genéticos de formas corporais, fisiológicos e de comportamentos. 

No caso dos comportamentos observados desde a infância, eles irão definir atitudes educativas necessárias a fazer correções para a construção de uma personalidade saudável e socialmente inserida.

Outra questão também presente, agora no caso das crianças que não foram adotadas no berço, mas com idades mais avançadas, serão as experiências que elas passaram até chegar à nova família.

Muitas trazem sentimentos de abandono e solidão por terem ficado albergadas em orfanatos. Já vi pacientes que foram adotados nestas condições, e em estado regressivo, narrarem estes sentimentos durante suas vivências no orfanato, podendo permanecerem por toda uma vida, sendo causa de possíveis estados depressivos desde a infância. 

Existem crianças também que passam por dificuldades enquanto estão com a família biológica: falta de alimentação, falta de carinho, pais violentos ou usuários de drogas, promiscuidade sexual, falta de higiene.

Tudo isso vai deixando registros nas memórias profundas dessa criança, que podem até se perder enquanto lembranças, mas que não se perdem enquanto emoções vivenciadas.

Por mais sofrido que possa parecer, o melhor é que a criança possa falar sobre isso, como em um desabafo, sempre que desejar. Nunca deve ser encorajada a reprimir suas memórias ou seus sentimentos, sobre pena deles continuarem a agir sobre ela mesmo que sub-repticiamente.

É comum crianças que foram molestadas sexualmente por um pai biológico, mesmo sem o lembrar, rejeitar seu pai adotivo pela representação da figura que ele exerce, e que a remete aos sofrimentos com o pai biológico.

E, então, chega a adolescência e esta criança adotada começa a desejar conhecer seus pais biológicos, o que é muito natural e no que ela precisa ser apoiada naquilo que seja possível. 

Conhecer os pais biológicos costuma parecer uma ameaça para os pais adotivos, mas não o é. 

Criamos nossos filhos adotivos ou não, para a vida, para o mundo e qualquer sentimento de posse é prejudicial. Se os vínculos afetivos com os filhos adotados foram construídos solidamente, com base no carinho, compreensão e respeito, eles nunca se romperão. 

Bem... os amigos leitores devem estar pensando: "Adoção nunca mais!". Mas não é assim não. 

Como disse, adoção é um ato de verdadeiro amor, e precisa ser vivido em favor de tantas crianças que necessitam de amparo e proteção. 

Minha intenção neste texto foi justamente o contrário; foi de ajudar àqueles que o desejam, a realizar um processo de adoção com sabedoria e real benefício para todas as partes envolvidas. 

Hoje, temos livros e profissionais de diversas áreas que podem e devem ser buscados para alargar conhecimentos e encontrar estratégias educativas. Fazendo do jeito certo, no final, tudo vai acabar bem. 


                       João Carvalho Neto

Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Mestre em Psicanálise, autor da tese "Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção", autor da tese "Estruturação palingenésica das neuroses", autor do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, autor dos livros "Psicanálise da alma" e "Casos de um divã transpessoal.




Postado no site Somos Todos Um



Elba Ramalho e suas filhas
Cantora Elba Ramalho e suas três filhas do coração Maria Clara, Maria Esperança e Maria Paula

Apresentadora Astrid Fontenelle e seu filho do coração Gabriel

Atriz Meg Ryan com a filha do coração Daisy

Atriz Sandra Bullock e seu filho do coração Louis





Cantora Gal Costa e seu filho do coração Gabriel






Atriz Michelle Pfeiffer e sua filha do coração Claudia Rose


 
Tom Cruise e seu filho do coração Connor


Atriz Maria Padilha e seu filho do coração Manoel


Atriz Kristin Davis e sua filha do coração Gemma


Mariska Hargitay (Foto: SVU)
Atriz Mariska Hargitay com seu filho August e seus filhos do coração Amaya e Andrew 


Angelina Jolie e Brad Pitt e seus filhos 




Nota 

Deixo minha homenagem a todas as mamães e papais não tão conhecidos ou famosos que, também, entregaram seus corações a crianças que se tornaram seus filhos muito amados! 

Conheço duas famílias lindas, na cidade de Santa Maria (RS), que foram formadas por opção do Coração. 








Acolher

Eu olho a chuva que vem lá do céu

Fico pensando se vai me molhar

Tantas crianças sem nenhum lugar

E a chuva cai!

O lar é bênção pra quem vai chegar 

Um bom lugar para se abrigar 

Tantas crianças por aí sem lar 

E a chuva cai! 

É preciso então, o Sol chegar 

É preciso então, agasalhar 

Toda criança quer um Lar 

Quer amar, amar, amar... 

Se envolver nos braços teus 

Sorrir, sentir o amor de Deus enfim 

Viver, pra ser feliz e entender 

Que um dia O sol pra ela vai nascer 

Amar... 

Se envolver nos braços teus 

Sorrir, sentir o amor de Deus enfim 

Viver, pra ser feliz e entender 

Que um dia O sol pra ela vai nascer 

Eu olho a chuva que vem lá do céu 

Tantas crianças sem nenhum lugar 

O sol pra elas também vai nascer 

Um lar, um Sol, um céu 

Um lar, um Sol, recomeçar 

Acolher! 



Tendências Primavera 2014 e Verão 2015







Mini saia assimétrica primavera verão 2015


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saia longa primavera verão 2015






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Boff: "Dilma é a melhor opção"




Paulo Moreira Leite, em seu blog:


Aos 75 anos, Leonardo Boff possui a biografia rara de líder religioso, intelectual respeitado e militante das causas do povo. Em 1959, aos 24 anos, ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos.

Diplomado em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique, na Alemanha, foi um dos pioneiros na formulação da Teoria da Libertação, que procurava combinar a indignação diante da miséria e da exclusão na América Latina com a fé cristã.

Em 1985, quando o Vaticano encontrava-se sob domínio de ideias conservadores, Boff foi condenado a um ano de “silêncio obsequioso” pela Sagrada Congregação para a Defesa da Fé, sucessora do Santo Ofício, que na saída da Idade Média, organizava os tribunais da Inquisição.

Embora tenha conseguido retomar algumas de suas atividades, auxiliado pelo apoio de uma formidável pressão, quando foi ameaçado de nova punição, em 1992, Boff decidiu se auto promover ao estado leigo.

No ano seguinte, foi aprovado, por concurso, para a cadeira de Filosofia da Religião, Ética e Ecologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ. Autor de mais de 60 livros sobre Teologia, Antropologia, Espiritualidade e Mística, entre outros assuntos, até hoje Boff também realiza palestras para estudantes, para o Movimento Sem-Terra e as comunidades da Igreja.

Na semana passada, Leonardo Boff deu a seguinte entrevista ao Brasil 247:

O senhor tem contatos com pessoas mais diversas do povo brasileiro. Eu gostaria que contasse como estes cidadãos estão vendo a eleição de 2014. Há grandes mudanças em relação a 2010, 2006, 2002?

Há um mal estar generalizado no mundo como Freud constatava nos anos 30 do século passado. Todos têm a sensação de que assim como o mundo está não pode continuar. Tem que haver mudanças. É o efeito da crise de nossa civilização que não dispõe mais de recursos próprios para dar conta de sua própria crise interna. Bem dizia Einstein: “o pensamento que criou a crise não pode ser o mesmo que nos tira dela”. Devemos pensar diferente e agir diferente. 

No Brasil as manifestações de junho de 2013 no fundo queriam dizer: “não queremos mais um Brasil dos negócios e das negociatas. Queremos um Brasil de cidadãos que participam”. Há ainda um fator novo: as políticas públicas do PT que tiraram 36 milhões da pobreza foram incorporadas como coisa natural, um direito do cidadão. Ora, o cidadão não tem apenas fome de pão, de casa, de luz elétrica. Tem outras fomes: de ensino, de cultura, de transporte minimamente digno, de saúde razoável e de lazer. 

A falta de tais coisas suscita uma insatisfação generalizada que faz com que esta eleição de 2014 seja diferente de todas as anteriores e a mais difícil para o PT. Precisamos de mudança.

Mas dentre os partidos que podem fazer mudanças na linha do povo, apenas vejo o PT, desde que consolide o que fez e avance e aprofunde as mudanças novas atendendo as demandas da rua. Dilma é ainda a melhor para o povo brasileiro.

Por que?

Os fatos falam por si. Até hoje nenhum governo fez políticas públicas cuja centralidade era o povo marginalizado, os invisíveis, considerados óleo gasto e zeros econômicos.

Lula e Dilma introduziram políticas republicanas, vale dizer, que têm as grandes maiorias em seu foco. Importa consolidar estes avanços: Bolsa Família, Luz para todos, Minha casa minha vida, crédito consignado, mais escolas técnicas e mais universidades e correção do salário em 70% da inflação diminuindo em 17% a desigualdade social.

Quem fez isso com sucesso deve poder continuar a fazê-lo e de forma mais profunda e abrangente. Dilma é ainda a melhor opção para esta tarefa messiânica.

O senhor conheceu Marina Silva no Acre, onde ela foi sua aluna. Também tem acompanhado sua campanha em 2014, como candidata a presidente pelo PSB. O que mudou?

Primeiro ela mudou de religião. De um cristianismo de libertação, ligado aos povos da floresta e aos pobres, passou para um cristianismo pietista e fundamentalista que tira o vigor do engajamento e se basta com orações e leituras literalistas da Bíblia.

Isso transformou a Marina numa fundamentalista com a mentalidade de alguns líderes muçulmanos: ler a vontade de Deus não na história e no povo, mas nas páginas da Bíblia de 3-4 mil anos atrás. Isso enrijece a mente e a torna ingênua face à realidade política. 

Agora como candidata pelo PSB representa uma volta ao velho e ao atrasado da política, ligada aos bancos e ao sistema financeiro.

Seu discurso de sustentabilidade se tornou apenas retórico. Ela não encontrou aquilo que é a essência da verdadeira ecologia: uma nova relação para com a Terra e a natureza, respeitando seus direitos e organizando um modo de produção que respeita os ritmos naturais. Para mim é uma espécie de Jânio de saia.

Marina participou da luta popular contra empresários e fazendeiros que tentavam destruir a Amazônia. Também esteve ao lado de Chico Mendes até seu assassinato, em 1988. Como entender que, hoje, ela possa dizer que Chico Mendes fez parte da mesma elite a que pertence, por exemplo, uma das herdeiras do maior banco privado do país?

Esta visão de Marina mostra o quanto é fraca teoricamente e revela a contaminação que já sofreu de seus aliados e conselheiros, todos neoliberais e submissos à lógica do mercado que não é nada cooperativo, mas estritamente competitivo. Ela não está construindo no canteiro do povo, dos pobres e marginalizados, mas levando tijolo, cimento e água para o canteiro das elites opulentas e conservadoras de nosso país.

De que forma essa visão dogmática, fundamentalista, da religião, pode afetar a postura de uma pessoa que pretende governar um país onde vive uma sociedade complexa e plural, como a brasileira?

As consequências são ruins. Ela viverá permanentemente em crise de consciência entre a lógica da realidade e a lógica religiosa, fundada numa leitura velhista, errônea e anti-histórica da Bíblia.

A Bíblia não é um fetiche de soluções, mas uma fonte de inspiração para que nós achemos as soluções adequadas para o tempo presente.

Um fundamentalista não serve para governar, pois cria continuamente conflitos. O governante deve ser alguém de síntese, que saiba dos conflitos e das diferentes posições e tenha a habilidade de conduzir para uma certa convergência no ganha-ganha. Marina não possui esta habilidade. Se vencer, oxalá não tenha o mesmo destino político que teve Collor de Mello.
No último debate presidencial, Marina recusou-se a revelar quem paga palestras que lhe rendem mais de R$ 50.000 por mês. Disse que era uma exigência dos clientes. Como analisar isso?

Acho que como cidadã e militante da causa ecológica ela pode e deve aceitar palestras sobre temas de ecologia, pois o analfabetismo ecológico é grande, especialmente, entre os empresários. Achei que a pergunta a ela não foi pertinente, porque invade a esfera do privado de forma indevida. Outra coisa seria se ela como candidata cobrasse por suas falas. Aí poderia surgir um compromisso tácito entre a empresa que a convidou, criando um problema político, pois a empresa pode se valer deste fato para conseguir vantagens ilegítimas.

No Brasil de hoje, o desemprego está baixo. Os salários crescem mais do que a inflação. Mesmo assim, há um grande pessimismo. Por que?

Grande parte do pessimismo é induzido por aqueles que querem a todo custo e por todos os meios tirar o PT do poder.

Aqui se trata de uma luta de classe selvagem. Nossas elites que Darcy Ribeiro considerava as mais reacionárias do mundo e Antônio Ermirio de Morais dizia com frequência: “as elites só pensam nelas mesmas” junto com a grande mídia promoveram esse pessimismo.

Mas o povo lá em baixo sabe que sua vida melhorou, tem esperança de melhorar ainda mais. Vê no PT a comprovação de que pode realizar esse sonho viável. 

No fundo as elites de distintas ordens pensam: aquele lugar lá no Planalto é nosso e não de um trabalhador. Lula pode estar no Planalto mas como serviçal e faxineiro.

Ocorre que se realizou a maior revolução pacífica e democrática de nossa história: um outro sujeito de poder, alguém, sobrevivente da grande tribulação, chegou lá e deu outra direção ao país rumo ao povo e sua inclusão social: Luiz Inácio Lula da Silva, continuado pela Dilma Rousseff.

Uma explicação comum para as dificuldades de Aécio Neves é o fracasso histórico do PSDB em oferecer uma perspectiva de melhoria para a maioria da população. Por essa razão, seu candidato parece caminhar para a quarta derrota em quatro eleições presidenciais. O senhor concorda?

O PSDB não possui base popular nem está ligado organicamente aos movimentos sociais. Ele nasceu com a mentalidade da socialdemocracia européia, feita em grande parte pela classe média.

Aqui o problema é como resolver os problemas atávicos do povo, de sua fome, de sua falta de escolas, de saúde e moradia. O PSDB não colocou isso no centro de sua agenda, mas o desenvolvimento econômico, alinhando-se ao curso da macroeconomia capitalista, especulativa e feroz.

Por isso há uma afinidade natural entre este partido e os que “estão bem na sociedade”. Ocorre que o desafio é atender aqueles que “estão mal”. Isso eles fizeram muito pouco. Nem sabe fazê-lo, pois se exige uma pedagogia tipo Paulo Freire na qual o pobre entra como sujeito da superação de sua pobreza.

Como o senhor avalia o papel da mídia em 2014?

Eu creio que a grande mídia seja de jornais, rádios ou televisão mostrou seu caráter nitidamente de classe. Muitos desses meios foram concedidos (esquecemos que não são donos, mas concessionados) a algumas famílias opulentas. Usam seu poder para fazer a cabeça do brasileiro.

A TV Globo faz mais a cabeça dos brasileiros na linha do sistema vigente capitalista e consumista mais que todas as escolas e universidades juntas. Isso é anti-democrático e no nível de outros países mais civilizados, uma vergonha. Com que direito a família Marinho pode assumir esta pretensão? 

Na verdade, hoje, com a oposição fraca, eles se constituíram a grande oposição ao governo do PT. Erro do PT foi não ter construído uma mídia alternativa para tensionar as opiniões e oferecer uma alternativa ao povo na leitura da realidade.

A mais manipuladora e até mentirosa revista de opinião deste país é, sem dúvida, a revista Veja.


Postado no Blog do Miro em 03/09/2014


Para o Brasil não voltar às trevas de aventuras desastrosas !


       
Jânio Quadros e Collor de Mello.
Dois " Salvadores da Pátria " criados pela mídia ! 





Os antipetistas que só querem manter seus imensos privilégios






Carlos Motta

Qualquer um tem todo o direito de não gostar de Lula, de Dilma, do PT e dos petistas - e, por tabela, dos "esquerdistas" em geral.

Muitos associam o PT ao "comunismo" e têm convulsões só em ouvir esse nome. Geralmente são pessoas nas quais o anticomunismo é atávico, está no gene. 

Outros que pensam da mesma maneira são simplesmente desinformados ou vítimas da propaganda incessante que há décadas prega as vantagens do capitalismo sobre tudo o que existe no planeta Terra. 

Seja como for, o Brasil é uma democracia - jovem e imperfeita, ainda -, e cada um pensa como quiser. 

O que não dá para engolir, porém, é ouvir essas pessoas negarem a realidade, ou seja, que o Brasil melhorou, em todos os aspectos, desde que Lula inaugurou um governo trabalhista, lá em 2003. 

O país é hoje outro, muito melhor. 

Dezenas de milhões de pessoas foram tiradas da miséria. O mercado consumidor cresceu incrivelmente. A educação melhorou, assim como a saúde. 

Nunca houve tanto crédito à disposição para a compra de veículos e imóveis. Importantes obras de infraestrutura se espalharam pelo país todo. 

O petróleo da camada de pré-sal já é uma realidade, que pode levar o Brasil a um nível ainda mais elevado de desenvolvimento. A ignóbil desigualdade social diminuiu bastante. 

O Brasil é hoje protagonista nas mais variadas organizações internacionais, é respeitado pelas potências e tem voz ativa nas relações externas. A inflação está sob controle. A taxa de desemprego é baixa. O combate à corrupção passou a ser sistemático. 

As conquistas, em todos os campos, foram inúmeras. Mas isso não significa que estejamos no melhor dos mundos. 

Falta muito para que o Brasil seja, ao menos, um país de classe média. O caminho para se chegar a isso, contudo, foi claramente indicado pelas administrações trabalhistas. 

Os adversários do governo tentam, nesta eleição presidencial, vender todos esses êxitos como o mais retumbante fracasso. 

E oferecem ao eleitor propostas que, se executadas, resultarão, em pouco tempo, na volta a um passado que só uma ínfima minoria gostaria de reviver. 

Ao contrário dos antipetistas inocentes úteis que renegam a realidade porque isso faz parte de sua natureza, essa turma que se esconde atrás dos rostos de Aécio Neves e Marina Silva não é de brincadeira. 

São profissionais, são organizados, são unidos, são capazes de tudo para impedir que o Brasil seja um bom lugar para a imensa maioria viver. 

Seu único objetivo é impedir que a felicidade inunde todos os cantos. Querem que a riqueza seja exclusiva de seu minúsculo grupo. Querem o poder não para melhorar o mundo, mas somente para preservar os seus imensos privilégios. 




Postado no blog Crônicas do Motta em 02/09/2014