Mês que vem começa a propaganda eleitoral compulsiva e compulsória. Mais uma eleição em outubro, da qual é importante todos nós participarmos.
Antes, porém, haverá algo tão importante quanto: o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana, na Semana da Pátria (1 a 7 de setembro).
Eis a ocasião de dar uma virada no jogo! Vamos responder à questão: "Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema político?”
Adianto aqui a minha resposta: eu sou.
Não será a primeira vez que isso acontece. Em 2002, o presidente FHC queria que o Brasil integrasse a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), monitorada pelos EUA.
O povo brasileiro foi consultado em plebiscito. Foram coletados 10.234.143 votos em 46.475 urnas em todo o país. O resultado comprovou a vontade popular: 98,32% dos eleitores se manifestaram contra a entrada do Brasil na Alca.
No mesmo plebiscito havia outra pergunta: se o Brasil deveria ceder o território de Alcântara (MA) para os EUA instalarem uma base militar. Resultado: 98,54% votaram contra. O acordo foi anulado.
Outros plebiscitos foram convocados: em 2000, sobre a dívida externa; em 2007, sobre a privatização da Vale do Rio Doce (que só piorou após sair do controle do Estado).
A Constituição de 1988, em vigor, representa uma transição conservadora da ditadura à democracia. Teve o erro de não ser exclusiva. Foram seus formuladores os mesmos deputados e senadores eleitos para o Congresso pelo atual sistema político viciado.
Por isso, preservaram muitos resquícios da ditadura, como a militarização da polícia, a estrutura fundiária favorável ao latifúndio, o pagamento da dívida pública, a injusta anistia aos torturadores e assassinos do regime militar, impunes até hoje!
A Constituinte Exclusiva e Soberana deverá ser unicameral, sem o Senado, e sem tutela do Judiciário e ingerência do poder econômico.
Só através dela nosso país alcançará, de modo pacífico, as tão almejadas reformas de estruturas, como a agrária e a tributária, e priorizará a qualidade da educação, da saúde, do transporte público e de outras demandas populares.
Com essa Constituinte, proposta pelos movimentos sociais, poderemos aperfeiçoar a democracia representativa e participativa, e fortalecer o controle social sobre as instituições brasileiras.
Participe desde já!
Esta é a forma e o momento de mudarmos o sistema político do Brasil, que hoje monopoliza em mãos do Congresso a convocação de plebiscitos e referendos.
Organize um Comitê Popular ou participe dos já criados em sua cidade, bairro, sindicato, movimento social ou partido político.
Faça de seu computador uma arma para o aperfeiçoamento de nossa democracia!
Saiba como fazê-lo e onde os comitês já atuam através destes contatos: www.plebiscitoconstituinte.org.br / facebook.com/plebiscitoconstituinte / Email: plebiscitoconstituinte@gmail.com
Caminhando - ( Geraldo Vandré )
( Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores)
( Autor: Geraldo Vandré Ano da composição : 1968 )
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nota
Esta música linda se tornou um hino contra a ditadura militar no Brasil.
Foi composta em 1968, em plena ditadura, onde a censura comandava o que podia sair na imprensa, por isto cada vez que um jornal, mais a esquerda, tentava falar ao povo, alguma coisa que os censores militares não aprovavam, e cortavam a matéria, no mesmo lugar o jornal colocava algum assunto fora do contexto, como receitas culinárias, sobre flores ou outro assunto qualquer.
Por isto Geraldo Vandré colocou dois títulos na música numa crítica à censura.