Reúna os momentos felizes
Elisabeth Cavalcante
Por que nossa mente insiste em colecionar lembranças ruins? Todas as experiências negativas que vivenciamos tornam-se, imediatamente, padrões recorrentes em nossa memória.
As lembranças dos acontecimentos - e as emoções que eles despertaram em nós -,são insistentemente revividos, como um alarme permanente a nos prevenir para que evitemos circunstâncias semelhantes, com a certeza de que o resultado negativo se repetirá.
A mente é a expressão do ego, e este tem como objetivo principal nos fazer evitar qualquer possibilidade de ver frustrados os nossos desejos. Se não podemos ter nossa vontade contrariada sem sofrer, naturalmente que a mente se encarregará de nos lembrar, a cada instante, da dor que vivenciamos para que ela não volte a ocorrer.
A questão é que esta suposta "proteção" que impomos a nós mesmos, não passa de ilusão, visto que é impossível, por mais que o desejemos, controlar o fluxo natural da existência.
E, na medida em que o novo se apresenta, - e ele sempre se apresenta, queiramos ou não, passamos então a travar uma verdadeira batalha interior, entre o desejo de viver e o medo de sofrer.
A saída é não lutar com a mente e utilizar a mesma estratégia, porém no pólo oposto, ou seja, ao invés de rememorar o sofrimento, trazer de volta à lembrança os momentos felizes que experimentamos, quando o êxtase e a sensação de plenitude nos invadiram.
Quanto mais formos capazes de resgatar este sentimento, mais motivados ficaremos para nos libertar da negatividade e nos tornamos receptivos às novas oportunidades que a vida nos trouxer.
" Quando você aceita a existência, a existência o aceita. Quando você rejeita, você é rejeitado.
A existência é um eco do que você faz. Tudo o que fizer com ela será feito com você.
Seja qual for a circunstância - se uma certa felicidade o invadiu, guarde com carinho esse momento e deixe um espaço para ele em seu coração, livre de todas as outras recordações. Reúna essas recordações da música bem-aventurada que você ouviu algumas vezes; isso será útil.
E uma vez que você se tornou capaz de permanecer em bem-aventurança, de permanecer na melodia, uma vez que entrou no rio, então Deus pode conversar com você diretamente." Osho
Postado no site Somos Todos Um
Não quero padrão Fifa!
Clemente Ganz Lúcio na Rede Brasil Atual
Muitos lutam e trabalham para promover bem-estar, qualidade de vida, melhor viver e sustentabilidade ambiental para todos.
A igualdade é o sentido da direção para as transformações requeridas, cujo significado se materializa na justa distribuição da renda e da riqueza gerada pelo trabalho de todos.
Há muito para ser feito e é muito bom que a sociedade manifeste o desejo de mudança. Aliás, não há avanço no sentido da igualdade sem luta social, sem uma sociedade civil determinada a cobrar de suas instituições a promoção concreta do significado da justa distribuição da renda e da riqueza.
As transformações históricas são construídas no presente contínuo do aqui e agora que se sucede, especialmente porque na luta já se deve anunciar e promover o conteúdo e a forma do novo que se quer promover.
Esse novo conteúdo se expressa, por exemplo, nas práticas que investem para reunir forças sociais para mudar; no modo democrático como ocorrem os debates e os convencimentos expressos em acordos, deliberações ou escolhas pelo voto; na qualidade das ideias e do imaginário que antecipa o futuro querido e que faz da utopia uma força que nos mobiliza para construir a transformação.
A sociedade, no Brasil, mais uma vez acordou para as mazelas do país e passou a manifestar o desejo de mudança. Ótimo! Faz um ano que, para manifestar o significado do que se quer como qualidade do serviço e dos bens públicos, cunhou-se o bordão “Eu quero padrão Fifa!”.
Considero que referenciar no padrão Fifa o imaginário da utopia da qualidade dos bens e serviços públicos que se busca no presente é subverter o sentido da transformação e dar-lhe um significado oposto. Trata-se de um atraso e de um equívoco!
Padrão Fifa significa uma institucionalidade marcada pelos meandros do poder dos grandes interesses financeiros e corporações, de conexões e ganhos ilícitos, de corrupção do privado e do público, algumas das mazelas já largamente denunciadas.
Padrão Fifa significa a ingerência sobre a soberania de Estados e Nações, com regras que violam a cultura, preceitos, regras, valores de diferentes sociedades. O interesse econômico subverte um encontro encantador entre nações por meio da prática de um esporte mágico que é o futebol, subvertendo a soberana oportunidade de um povo mostrar aos outros o seu jeito de ser feliz e de lutar, mesmo com suas contradições e mazelas.
Padrão Fifa significa transformar esse espaço de encontro, os estádios, em um espaço segregador e elitizado. Uma estética contrária ao encontro, cadeirinhas “bem comportadas”, destroem a nossa cultura de curtir a mágica do futebol em pé, na galera! Arena, esse infeliz nome, recupera a ideia da guerra, do sangue que corre pelas garras dos leões, da diversão oriunda do sofrimento e humilhação do outro.
Padrão Fifa significa excluir, pelos preços exorbitantes dos ingressos das “arenas”, a galera que sempre lotou os estádios. A alegria de ir ao estádio foi transformada em um negócio que exclui a maioria, mais uma vez colocada para fora de um espaço que era seu! Padrão Fifa significa exclusão.
Padrão Fifa significa colocar para fora dos estádios, e no seu entorno, todos aqueles que faziam do picolé, da pipoca, da água, do amendoim, da bandeira, o seu trabalho a serviço do lazer e da confraternização, do sofrimento e da alegria.
Padrão Fifa significa concordar com a mercantilização do futebol como máquina de fazer dinheiro – ou de lavá-lo – na qual elenco comissão técnica e os times viram máquinas do marketing de consumo a serviço da desigualdade. É recorrente o salário de todos os jogadores de um time ser menor que o salário de um dos jogadores do time adversário. O ganho mensal de um craque é maior que o salário de toda uma vida de um trabalhador.
Padrão Fifa é desigualdade sem fim!
Padrão Fifa significa construir uma estética nos estádios desconectadas da cultura e das condições econômicas da nossa sociedade, um padrão que não permite o acesso a todos, que não é passível de universalização, que não nos leva ao encontro do outro. Padrão Fifa elimina o valor das nossas diferenças para promover a iniquidade da desigualdade.
Seríamos mais felizes com o futebol sem o padrão Fifa!
Não quero esse padrão nem para escola, nem para a saúde, nem para o transporte coletivo, nem para nada! Quero um padrão que seja a nossa cara, que nos permita ter qualidade para todos, sem ser suntuoso e, muito menos, segregador. Quero um padrão que traga o sentido da igualdade e da qualidade como um valor manifesto substantivamente nos bens e serviços públicos.
Quero um padrão de bem público que nos leve ao encontro, que favoreça nosso relacionamento e que nos permita sermos diferentes – não desiguais – e, com os outros, felizes.
Quero um padrão que nos faça criativos para superar nossas iniquidades. Quero um padrão que faça de cada criatura um criador, pelo que é, pelo que pode oferecer ao outro e ao país.
Quero a descoberta, renovada a cada dia, de que a alegria é o contentamento compartilhado com o outro e que cada espaço deve ser construído com essa intencionalidade.
No padrão Fifa, o outro não existe e sem ele não há alegria! Não quero o padrão Fifa! Usar esse bordão é destruir a minha (ou a nossa!) utopia!
Vou me divertir com a Copa. Vou torcer pelo Brasil, vou torcer pelo bom futebol, vou curtir o espetáculo e o encanto desse campeonato. Vou esquecer e ignorar a Fifa.
Depois, vou continuar lutando para avançar no legado da Copa!
Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, membro da Plataforma Política Social, diretor técnico do Dieese e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
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Dicas para enganar a sua mente e a das pessoas a seu favor
Viver em sociedade e lidar com as pessoas é uma tarefa que pode ser simplesmente excruciante, pois não há como saber o que se passa na cabeça de cada um para evitar situações desnecessárias.
Como se isso já não fosse o suficiente, há momentos em que nossas próprias mentes parecem não cooperar e insistem em nos trair em momentos que mais precisamos de confiança, por exemplo.
Não seria genial se pudéssemos driblar esses problemas de alguma forma? Não seria interessante se pudéssemos tirar proveito do comportamento das pessoas ou fazê-las pensar o que você quer que elas pensem de forma indireta?
E quanto a você mesmo, não seria legal saber como se programar para uma entrevista de emprego ou uma apresentação para uma platéia? Aqui vão dicas que podem ajudar você a enganar as mentes das pessoas e a sua própria a seu favor.
1. As pessoas são mais abertas àqueles que as olham nos olhos. Então quando você encontrar alguém pela primeira vez, tente descobrir a cor dos seus olhos, enquanto sorri para ela. Isso fará com que o seu olhar fixo torne a pessoa mais receptível às suas investidas, sejam elas quais forem.
2. As pessoas tendem a concordar em fazer determinada coisa pra você, se antes você as propuser a fazer algo mais simples.
3. Se você acha que uma pessoa vai recusar a fazer uma tarefa que você está prestes a pedi-la para realizar, faça o seguinte: peça primeiro que ela faça alguma coisa que vai dar muito trabalho. Ela muito provavelmente recusará; esse é o momento certo para pedir o que você realmente quer que ela faça. A pessoa vai achar que você a está poupando de algo muito dispendioso quando, na verdade, você está pedindo o que queria desde o início.
4. Se você fizer uma pergunta a alguém e a pessoa responder apenas parcialmente, continue olhando para os olhos dela e ela provavelmente continuará falando.
5. Se você sabe que vai passar por uma situação na qual ficará nervoso, como fazer uma prova, é só mascar chiclete. Ao fazer isso, seu cérebro pensa que você está se alimentando e, portanto, não havendo perigo iminente, pois ninguém se alimentaria em uma situação de risco. Dessa forma, a tensão deixará o seu corpo lentamente.
6. Sabe como evitar topar com uma pessoa que está vindo em sua direção na calçada? Olhe firmemente sobre um dos ombros dela ou entre as cabeças das pessoas, quando mais de uma; dessa forma, você mostra com o seu olhar por onde vai seguir e as pessoas farão o caminho oposto para não toparem com você.
7. Quer aprender algo de verdade? Ensine aquilo a alguém. Se você consegue ensinar bem é porque você entende bem.
8. As pessoas tendem a se lembrar mais do que você as fez sentir que daquilo que você falou a elas. Use isso a seu favor.
9. Para uma entrevista de emprego, prepare-se psicologicamente de antemão: finja que você encontrará um amigo que não vê há muito tempo e quer muito encontrar; pense desde vocês dando as mãos, se cumprimentando; pense em todas as coisas que você tem pra falar, visualize todo o momento em sua mente, não tenha pressa. Visualize sua posição corporal também: ombros para trás, mãos sobre o colo, sorriso no rosto (não precisa ser exagerado). Tudo isso soa clichê, mas você estará tomando controle do seu psicológico e se autossugestionando.
10. Quando você reage com alegria e empolgação ao ver alguém, você induz a pessoa a fazer o mesmo com você. Pode não funcionar da primeira vez, mas acontecerá na próxima.
11. Saia por cima quando uma pessoa fica zangada com você: permaneça em silêncio e ela ficará ainda mais brava; quando a raiva passar, ela ainda se sentirá envergonhada.
12. Sabe aquela história de primeira impressão? Quando você cumprimenta alguém com um aperto de mão firme, mas acolhedor/agradável, você imediatamente ganha um ponto com aquela pessoa. Nada de mão mole, hein!
13. Pessoas possuem uma auto-imagem muito clara delas mesmas e que costumam defender com unhas e dentes. Quer se livrar ou fazer alguém desgostar de você? Ataque sem piedade a auto-imagem daquela pessoa.
14. Quando sair com uma pessoa pela primeira vez, leve-a a um lugar onde o coração dela baterá mais forte – literalmente – como num parque de diversões, num show de música ou até mesmo num filme de terror, se a pessoa quiser, claro. Esses momentos fazem a adrenalina do corpo subir e dar uma sensação boa que será associada mais à sua presença que ao evento em si. É como se a pessoa pensasse “eu gosto dele porque eu me sinto bem ao lado dele”.
15. A chave para a confiança é presumir que todos já gostam de você e o respeitam.
16. Os efeitos do estresse são muito parecidos com os efeitos físicos da coragem. Então, quando você se sentir estressado, imediatamente imagine – e visualize – que você está se sentindo mais corajoso para enfrentar determinada situação. Veja o problema como um desafio, não com uma ameaça.
17. Quer ficar marcado na mente de alguém que acabou de conhecer? Refira-se a ela pelo nome. As pessoas amam serem tratadas pelo nome e acabam por criar um elo de simpatia por quem as trata assim.
18. Se você der o maior sorriso que você puder, se sentirá um pouco mais feliz.
19. Sempre dê às crianças uma opção para fazê-las pensar que estão no controle. Por exemplo, pergunte “você quer usar os tênis do Ben 10 ou do Homem-Aranha?”. Independentemente da resposta, elas usarão tênis, que é a sua vontade.
Pedais Pensantes
(Brasil, 2014, 15 min. - Direção: Marcelo Zerwes)
A verdade nua e crua é que a cidade de São Paulo não comporta, há décadas, o transporte por automóveis, que destrói a cidade com seu barulho, sua poluição e sua intrínseca violência.
A média horária no trânsito em São Paulo é pouco maior do que a de uma pessoa andando e menos do que uma pessoa correndo, mesmo assim, a mídia promove um dogma que transforma os motoristas em escravos do trânsito, estressando-os, contaminando-os.
A grande maioria da classe política não pensa sobre em políticas públicas que possibilitem um novo paradigma além do automóvel, querendo sustentar um modelo falido, que pouco a pouco vem sendo abandonado em metrópoles do primeiro mundo, como Nova York, Londres, Amsterdã, Barcelona, e Berlim (docverdade).
Sinopse Oficial:
Em uma megalópole dominada pelo carro, um grupo de pessoas batalha pelo direito da bicicleta não só como meio de transporte, mas também como ferramenta poderosa de transformação individual e coletiva.
Em "Pedais Pensantes", alguns dos principais cicloativistas de São Paulo questionam a realidade atual e propõe um novo conceito de cidade e cidadania tendo a bicicleta como elemento central.
Com Renata Falzoni, Arturo Alcorta, Marcelo Siqueira, Teresa D'Aprile, André Pasqualini e Thiago Benicchio.
Postado no site Docverdade em 09/06/2014
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