Os 6 elementos fatais das notícias falsas


notícias falsas

Alessandro Martins

Existem 6 fatores que colaboram com a disseminação rápida de notícias falsas.

Ao detectá-los você deve redobrar sua atenção e, de preferência, não passá-la adiante deixando, portanto, o trabalho para os profissionais ou, melhor ainda, para as fontes originais, diretamente envolvidas com a informação.

Antes de passar qualquer informação adiante: cheque com as fontes originais. Não se fie nem mesmo em grandes portais.

Urgência: a notícia praticamente pede para ser passada adiante, porque ou causa indignação ou porque tem a solução de um problema mais ou menos universal.

Verossimilhança: a notícia tem detalhes; nomes de pessoas conhecidas, celebridades, nomes de entrevistados – muitas vezes inventados -, lugares, datas. Tudo para dar verossimilhança à história. Normalmente, basta checar qualquer um desses detalhes para ver como os pedaços não colam. Se faltar uma peça ou se um encaixe for imperfeito, esqueça.

Confiança: quem lhe deu a informação é alguém em que você confia, uma pessoa conhecida; porém isso não significa que ela seja de confiança para aquela informação específica; ela apenas está reproduzindo algo que ouviu de outra pessoa em quem confia.

Facilidade: ela está sendo propagada em um ambiente em que é fácil compartilhar a informação. Por exemplo: Facebook, Twitter e email, entre outros. Neste item, gosto de lembrar dos ents, de O Senhor dos Anéis, que por terem uma língua muito complexa e a comunicação ser difícil, só falavam o essencial, só o que tinha valor.

Vontade de fazer parte: a propagação de informações errôneas conta com nossa vontade de participar de algo que consideramos importante.

Diluição de responsabilidade: como todos participam da distribuição de uma notícia falsa, ninguém se sente responsável individualmente. Como nos linchamentos, todos são culpados, mas é impossível culpar alguém sozinho. Porém isso não diminui o tamanho do erro.

Se tudo isso não bastar, fique com estes filtros (atribuídos a Sócrates, mas há controvérsias):



Para se propagar uma informação, ela deve atender os três filtros.

É verdade? Tem certeza?

É bom?

É útil?

Você vai perceber que, se eles fossem aplicados, muitos das pessoas que você acompanha no Facebook teriam que ficar caladas.


Postado no site Livros & Afins 


Quando a gente se dá conta da barbárie...




Marcelo Semer*


A barbárie chega aos poucos. Ela se instala quase sempre sem alarde. E quando a gente se dá conta, está matando uma mulher à pancada em plena rua, porque alguém disse que quem sabe teria sido suspeita de um crime que ninguém nunca viu.

A barbárie chega aos poucos.

Ela se instala quase sempre sem alarde.

Na maior parte das vezes, por trás de motivos ditos imperiosos, circunstâncias extraordinárias e outras coisas pretensamente terríveis com que nos convencem a abrir mão de direitos.

Ela cresce sob a batuta do medo e a suposta necessidade de reagir, gerando ainda mais medo, naquele círculo vicioso de uma profecia que se auto-realiza.

As pessoas vão se acostumando a romper os limites do que pensam e falam e como se tratam. Jornalistas e políticos abrem mão de seus protocolos e de seus princípios. Juristas acomodam e flexibilizam os conceitos do direito. E a histeria vai comendo a todos pelas bordas.

Quando a gente se dá conta, está matando uma mulher à pancada em plena rua, porque alguém disse que quem sabe teria sido suspeita de um crime que ninguém nunca viu.

Já faz tempo que vimos nos seduzindo por um discurso irresponsável e sensacionalista que prega, a partir do eterno mito da impunidade, a necessidade de mais polícia, mais pena, mais prisão, mais tortura, mais mortes.

A lógica do estado policial vai se instaurando como um vírus dentro do corpo social, porque interessa a muitos que combatem, às vezes abertamente, outras de forma sub-reptícia, a preservação do estado social.

Afinal, direitos são mais caros do que penas. E emancipam, não encarceram.

As soluções de todos os problemas passam, então, pela dinâmica criminal. Tudo é criminalizado e criminalização é cadeia e cadeia é, sobretudo, dor, sofrimento e morte.

E quando o direito penal não funciona, a culpa não é atribuído ao excesso, mas à escassez, resolvendo-se, então, em mais crimes, mais penas, mais prisões, mais torturas.

E o reclamo de que o estado é ineficiente, leniente, frouxo e que as pessoas tem “legítima defesa” para agir contra criminosos.

Pouco importa se a cultura do bandido bom, bandido morto resulta em uma contradição inconciliável –porque matar é um crime mais grave do que a maioria dos crimes atribuídos a esses “bandidos” que são mortos.

O importante é aumentar o tônus criminal, porque isso dá audiência, isso dá votos, isso dá ordem e disciplina, isso confirma uma linha imaginária (e, sobretudo, racista) que separa os bandidos dos homens de bem –criminosos em muitas outras órbitas, mas homens de bem assim mesmo.

E na toada vamos concordando com o aumento de penas, com o encarceramento desmedido, com o senso comum de que a impunidade cresce, paradoxalmente com o inchaço da população carcerária, e que, enfim, é preciso aceitar medidas drásticas para situações excepcionais.

E passamos a tratar criminosos como inimigos, manifestantes como terroristas, favelados como subumanos, e vamos admitindo as violências policiais, os estados de sítio implicitamente decretados nas decisões judiciais, e compreendendo a revolta de quem se vê, ou apenas se sente, vítima da criminalidade.

Aí a gente criminaliza a defesa, porque só atrapalha, culpa o habeas-corpus porque atrasa a justiça, responsabiliza os próprios presos pelas violências que sofrem, e admite prender garotos no poste, quando são flagrados no crime, porque, afinal de contas, nada funciona mesmo.

E quando a gente se dá conta, está matando uma mulher à pancada em plena rua, porque alguém disse que quem sabe teria sido suspeita de um crime que ninguém nunca viu.


*Marcelo Semer é Juiz de Direito.


Postado no site Pragmatismo Político em 09/05/2014



É chegada a hora !




E mais um dia amanhece.


Do meu quarto, posso ouvir o canto de um pássaro.

Ao me debruçar na janela, ainda posso vê-lo voando pelo infinito.

E o desejo de também ter asas para voar pulsa dentro do meu peito.

Assim como um pássaro, gostaria de poder passear pelo céu e ver o mundo lá de cima.

Iria me aquecer com o calor do verão.

Subir montanhas, banhar-me no oceano, brincar entre as flores e assistir ao pôr do sol.

Creio que assim, encontraria a tão almejada paz de espírito.

Mas como não posso voar, continuo com a angústia a queimar a alma.

E também continuo sonhando com dias melhores...

Sim, a vida apresenta inúmeras facetas.

Nem sempre estamos preparados.

Nem sempre queremos andar pelos caminhos que são colocados a nossa frente.

Nem sempre é fácil abandonar os nossos medos e encarar os desafios.

Muitas vezes esperamos por um milagre ou, por que não dizer, um passe de mágica, igual as histórias encantadas que ouvíamos quando crianças.

E assim, continuamos debruçados na janela, sonhando que podemos viajar, conhecer inúmeros lugares, resolver todos os problemas, alcançar todos os nossos objetivos e que os fatos serão sempre maravilhosos.

Porém, nos prendemos aos sonhos e deixamos de agir.

Vivemos cercados de ilusões que apenas nos distraem.

Deixamos de encarar o mundo e lutar pelo que almejamos.

Deixamos a vida passar...

Os momentos alegres se alternam com os tristes.

Num dia, podemos ir ao chão.

Em uma hora, perdemos coisas valiosas.

Em um minuto, alguém que estimamos pode partir para sempre.

Em um segundo, as coisas mudam por completo.

Mas também podemos nos reerguer.

Basta manter a esperança viva.

Basta cultivar a fé.

E assim, perceber que nada se perde.

Que por mais difícil que seja uma situação, somos capazes de contorná-la.

Por maior que seja a sensação de desamparo, se acreditarmos, sentiremos o Pai a nos envolver em seu braço.

E poderemos continuar...




O tempo sempre segue a sua jornada.

Em certas épocas ele é implacável, chegando sem pedir licença.

Em outras, ele traz o tão almejado consolo.

O tempo cicatriza feridas.

E também produz mágoas profundas.

Ele nos leva a loucura.

E também chega com a serenidade.

É difícil compreendê-lo e principalmente esperar por sua caminhada.

Assim como caminha lentamente, também passa tão rápido.

E nem sempre estamos preparados para as mudanças que ele traz...




Almejamos mudanças em nossa vida.

Queremos largar os vícios e iniciar uma nova existência.

Queremos colecionar sucessos e abandonar os fracassos.

Desejamos esconder os nossos defeitos e ter uma vida repleta de conquistas.

Porém, deixamos de arregaçar as mangas.

Deixamos de descruzar os braços.

Esperamos atitudes alheias, mas deixamos de dar o primeiro passo.

Investimos no mundo material e nos esquecemos que o espírito clama por transformação.

Deixamos que o tempo passe diante dos nossos olhos e continuamos debruçados na janela...




Muitas lições da vida nos pegam de surpresa.

Na maioria das vezes, não compreendemos e até questionamos o motivo de vivermos determinada prova.

Aí, não é difícil nos revoltarmos, gritarmos e acharmos que Deus se esqueceu de nós.

Todos os caminhos parecem repletos de escuridão.

A incerteza se faz presente.

E achamos que tudo perdeu a sua graça.

Que jamais voltaremos a sorrir para a vida.

E que a felicidade está perdida para a sempre...




As lágrimas representam alegria e dor.

Chora-se por desespero ou por contentamento.

E muitas vezes, junto da lágrima, chega a solidão.

Solidão essa que parece aos poucos dominar nossa alma.

Não sabemos o caminho a seguir.

Ficamos fragilizados.

E pensamos em desistir.

Em sair de cena, abandonar o palco e se esconder num quarto escuro.

E assim, esperar a dor passar ou esperar que ela nos consuma lentamente...




A esperança sempre existirá.

Mesmo diante dos momentos de sofrimento, ela está lá, esperando o momento certo para agir.

A esperança quando estimulada é como um farol a nos guiar entre a tempestade.

Tem a força de um vulcão em erupção, que destrói todo o egoísmo que encontra pela frente.

Acende a luz que estava escondida dentro de nós.

Nos faz enxergar os acontecimentos de outra maneira.

Nos encoraja a ir adiante.

E nos faz compreender, que também podemos progredir espiritualmente.

Que também podemos evoluir moralmente.

E perceber que na vida tudo se renova...

A fé é um sentimento divino.

Que pode produzir grandes feitos.

Não a fé decorada ou cheia de rituais.

A fé verdadeira, que vem do coração, essa sim, faz a diferença.

Essa sim, nos dá forças nos momentos de fraqueza.

Com fé, mesmo sem asas, chegaremos ao Pai.

Percebermos a beleza que está ao nosso redor.

Iremos aos céus e descobriremos que a felicidade está guardada dentro de nós.

Assim, veremos que um novo momento está começando.

E uma nova vida também...




A misericórdia do Pai sempre estará nos consolando.

Nos momentos de dor, basta olharmos para dentro de nós para percebermos a sua presença.

Basta estender a mão a quem necessita de amor e também seremos amparados.

Basta praticar a caridade, para também recebermos auxílio.

Nunca estaremos sozinhos, mesmo diante das trevas, com determinação, acharemos a luz.

Nunca devemos acreditar que não deveríamos nem ter nascido, afinal, com fé podemos ultrapassar qualquer dificuldade.

Então nunca devemos desistir, porque ainda temos muito a realizar...




E outros caminhos nascem.

Novos chamados são escutados.

O trabalho pede início.

Obras clamam por realização.

A responsabilidade aumenta.

Amigos espirituais estão nos protegendo.

Outras oportunidades surgem.

O passado sai de cena.

E o espetáculo recomeça.

A esperança apaga as ofensas sofridas.

O amor brota por todos os cantos.

A vida nos reserva grandes surpresas.

Um novo recomeço surge no horizonte.

É chegada a hora!

A hora de deixar de sonhar com as asas de um pássaro e investir na determinação, perseverança, disciplina, coragem e muito amor, para iniciarmos a nossa verdadeira caminhada rumo a evolução moral e espiritual.

É chegada a hora...


Sônia Carvalho


Postado no site Somos Todos Um


Imprensa e High Society : "eu sou cara ; gasto muito "



Davis Sena Filho


As relações dos jornalistas empregados das grandes corporações midiáticas com o mundo empresarial e com os caciques políticos do campo conservador são antigas e muitas delas promíscuas. A verdade é que muitos jornalistas se transformam em porta-vozes de grandes negócios e, evidentemente, defendem e repercutem nas diferentes mídias os interesses e os pensamentos de seus patrões, que são os magnatas bilionários da imprensa de mercado.

Quando a madame Ticiana Villas Boas, apresentadora do Jornal da Band, concede uma entrevista e começar a deitar falação sobre seu mundo farto e luxuoso, ela apenas reflete o que acontece com muitos profissionais de mídias que mantêm relações com homens poderosos os quais se tornam seus aliados de interesses, bem como muitos deles vão mais além quando uma deles resolve casar com uma jornalista, a exemplo de Ticiana.

A candidata a madame, ora deslumbrada, cometeu uma indiscrição e "infeliz" gafe, e com isso mostrou, irrefragavelmente, que grande parte dos jornalistas da imprensa-empresa são completamente divorciados do mundo real e alienados sobre as condições sociais do povo brasileiro, da luta politica e das questões econômicas e financeiras que norteiam o Brasil, no que diz respeito a programas de Governo e projetos de País.

Porém, não há como ser de outra forma. Os jornalistas, como muitos juízes e médicos, somente para exemplificar, geralmente são filhos das classes dominantes, médias e médias altas. São pequenos burgueses e realmente não se preocupam em conhecer as realidades do País e muitos menos as dores e dilemas que incomodam e fazem seu povo sofrer. Pelo contrário, levam para seus ofícios todos seus preconceitos e valores aprendidos em seus lares, em casa e ensinados pelos seus pais e grupos sociais que integram desde suas infâncias.

São pessoas geralmente urbanas, que não conhecem o Brasil e foram criados para acreditar que o Brasil não presta, enquanto consideram algumas capitais europeias e norte-americanas como suas referências e as cortes a serem admiradas, como se eles vivessem ainda nos tempos do Brasil colônia e por isso não conseguem, de forma alguma, perceber que este País é o lar de uma Nação poderosa, multifacetada, multirracial e cultural, bem como dona de um PIB que a coloca em sétimo lugar no mundo, sendo que em um prazo de dez anos ou menos o Brasil vai ser a quinta potência econômica do planeta.

Contudo, todos esses fatores não importam para gente como a Ticiana Villas Boas. O complexo de vira-lata, o desprezo pelo Brasil e seu povo, aprendido e ensinado em seus lares, escolas, clubes, associações e grupos sociais diversificados, mas pertencentes à burguesia, os impedem de enxergar, de forma transparente e clara, as realidades brasileiras, além de se colocarem contra os interesses do Brasil e a favor das classes privilegiadas e dos países ditos desenvolvidos, que controlam o sistema capitalista em dimensão global.

Existem muitos jornalistas — homens e mulheres — que, tal qual à Ticiana, são membros integrantes das oligarquias e como tais se comportam, só que de forma discreta. Engana-se aquele que pensa que os meios de comunicação privados estão a serviço da população e em defesa da coisa e da causa pública. Quem pensa assim não passa de um tolo, ou, obviamente, trata-se de uma pessoa que ideologicamente e politicamente conservadora e, por conseguinte, comunga com o que a imprensa de negócios privados pensa e quer para o País e a sociedade.

Entretanto, grande parcela do povo brasileiro não é cúmplice dos desejos dos magnatas bilionários de imprensa, da classe rica em geral e da direita partidária, e se recusa a apoiar o que os burgueses e os pequenos burgueses (classe média) consideram como prioridade para si e para os outros, quando um homem ou mulher do povo sabe que sua vida melhorou, e muito, nos últimos 12 anos, com a ascensão de governantes trabalhistas.

A verdade é que os jornalistas da chamada grande imprensa são mancomunados com os interesses patronais e por isso é praticamente impossível para essa categoria desunida e pseudamente intelectualizada, com raras exceções, realizar, por exemplo, um movimento grevista organizado, reivindicatório e voltado à defesa do ofício de jornalista, uma das profissões mais difíceis de exercer.

Ofício laboral de caráter tenso por causa dos baixos salários da grande maioria dos jornalistas, das más condições de trabalho, de chefes autoritários, do elitismo social dos que controlam as redações com mão de ferro e, principalmente, da cumplicidade dos que receberam espaço e por causa disso vendem suas almas àqueles que deveriam ser combatidos, a exemplo de seus patrões — os megaempresários oligarcas de mídias, que lutam, ferozmente e historicamente, contra o desenvolvimento do Brasil e a emancipação do povo brasileiro.

Chefetes vaidosos, ignorantes e intolerantes, que transformam as redações em sucursais do inferno para se darem bem na vida, sem se preocuparem com seus colegas e com o que determinam em reuniões de pauta, que se um leitor, ouvinte e telespectador tivesse a oportunidade de participar de uma delas sairia de tal encontro de jornalistas com os olhos esbugalhados, os pelos arrepiados e os cabelos em pé, a sentir calafrios e a perceber que realmente a imprensa burguesa e alienígena é golpista e não tem o mínimo compromisso com o Brasil e seu povo.

Só os ingênuos ou os de má-fé acreditam integralmente no que a imprensa-empresa repercute. Somente os completamente alienados ou os que politicamente têm interesses inconfessáveis podem acreditar e ter fé em uma pessoa como a Ticiana Villas Boas, uma magnata que ocupa a bancada de um jornal de âmbito nacional sem saber o que acontece em volta de si, bem como no Brasil e no mundo sempre em conflito.

Alienação e deslumbramento que demonstram, à toda prova, que existem muitos jornalistas que não têm a mínima condição de dar pitaco ou fazer críticas açodadas, sem, no entanto, não ter conhecimento algum sobre os desejos e os anseios de uma sociedade, como a brasileira, que luta para ter uma vida de melhor qualidade, já que vítima e alvo de uma burguesia perversa, que escravizou seres humanos por quase 400 anos, além de negar-lhes o acesso à terra, ao emprego e à esperança de viver com respeito e dignidade.

E é essa imprensa mercantilista que faz a vez dos partidos políticos, com o apoio inequívoco de promotores, procuradores e juízes, aliados do campo político ocupado pela direita e atores importantes de um processo draconiano, que pune seus adversários e inimigos, mas não efetiva as mesmas medidas para muitos de seus aliados políticos e empresariais, que cometeram toda sorte de crimes, mas mesmo assim considerados cidadãos inimputáveis, porque "amigos" de uma imprensa corrupta, que tem lado e de um sistema judicial capataz e feitor da Casa Grande.

A madame Ticiana Villas Boas não é a única profissional de imprensa a girar pelos salões do high society. Existem muitos que desfilam nesses pagos ou que fingem e desejam ardentemente frequentá-los, como se isso fosse a coisa mais importante do mundo, quando a verdade não é.

Volto a repetir: a imensa maioria dos jornalistas ganha mal, vive em um ambiente ridiculamente vaidoso e cruelmente competitivo, é explorada com uma carga horária por demais longa, alimenta-se mal, sofre pressões inerentes ao ofício, bem como se torna muitas vezes alvo de bullying de chefetes mequetrefes e rastaqueras, que não têm a mínima noção de civilidade, porque, indubitavelmente, defende seu espaço e seus interesses como um cão esfomeado defende seu osso.

Ticiana é apenas mais uma. A moça nem sabe o que diz e se bobear não está nem aí para o jornalismo e o que pensam dela, pois dá a impressão que apenas ocupa espaço na Band por vaidade. Afinal, seu marido, Joesley Batista, é o dono da Friboi. A direita e seus órgãos de imprensa espalhavam boatos, calhordas e mentirosos, que tal empresa pertencia ao Lulinha, filho do ex-presidente trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva.

E os coxinhas de classe média, reacionários, desinformados e ignorantes, ficavam a espalhar a "notícia" cafajeste nas redes sociais... Assim são as coisas. Nada como um dia após o outro. O marido da Ticiana, para quem não sabe, é ainda dono da Neutrox, Seara e dos sabonetes Francis, e seus produtos são objetos de publicidade na Rede Bandeirantes. Bingo!

Essas relações imprensa-empresários-políticos são muito comuns no meio jornalístico. Existem inúmeros jornalistas da considerada mídia tradicional (Folha, Estadão, O Globo, Zero Hora, Correio Braziliense, Veja, Época, Redes Globo, Band, SBT, CBN, Jovem Pan etc.) envolvidos até a medula com o projeto hegemônico dos grandes empresários, dos interesses de governos estrangeiros (EUA/UE) e seus patrões controladores de monopólios midiáticos e golpistas de carteirinha desde os tempos do estadista Getúlio Vargas.

A madame Ticiana Villas Boas é apenas mais uma, e deve ter deixado com muita raiva o mundo burguês, porque ela foi indiscreta e ostentou a riqueza dos ricos e dos muito ricos. A classe alta não gosta disso, pois gasta seus bilhões em silêncio, pois só abre a boca para impedir que as riquezas e rendas sejam distribuídas. Ticiana não somente ostentou a riqueza dela. Ela não compreendeu as regras da "elite" e mostrou o quanto as classes dominantes são fúteis, descompromissadas e alienadas. E completou: "Eu sou cara; gasto muito". Que beleza!

Veja o vídeo  : 




Postado no Brasil247 em 07/05/2014


Jeans outono / inverno 2014 : calças e camisas


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Ele largou tudo para cuidar da avó com Alzheimer


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Você largaria tudo pra cuidar quem você ama? Um jovem de Porto Alegre deixou a faculdade de filosofia e o emprego e decidiu dedicar-se a sua avó, Nilva, em tempo integral. 

Ela tinha sido diagnosticada com Alzheimer e ele decidiu que seria seu cuidador até que ela o deixasse! Ele criou uma página no Facebook para contar sua experiência e agora a página vai virar um livro, com comentários médicos sobre Alzheimer e muito bom humor, chamado “Quem, eu?!”.

Confira a entrevista que fizemos com Fernando Aguzzolli, criador da página Vovó Nilva, que relata com muito bom humor e informação a jornada dele até os últimos momentos de sua avó aqui na Terra:

Em que momento você decidiu que era a hora de largar tudo e se dedicar inteiramente à sua avó?

Eu estava abrindo minha empresa – ou seja, mais investindo que recebendo – e fazendo o segundo semestre de filosofia na UFRGS. Minha avó já estava com Alzheimer ha 5 anos, entrava cada vez mais no estágio onde eles são mais dependentes de alguém 24h por dia, um cuidador como costuma-se dizer. Como minha mãe tinha um trabalho flexível, que ela amava e, obviamente, dava mais dinheiro que minha empresa, decidi cuidar de minha avó, retribuir exatamente aquilo que ela havia feito por mim!

Qual foi a maior dificuldade e qual a maior recompensa de ter cuidado dela durante aquele ano? 

A doença em si é um baita obstáculo, cabe a nós reconhecermos esse obstáculo e transformarmos ele em algo positivo! Através da doença da minha avó passei a fazer parte de sua vida ainda mais, uma relação de amor e gratidão, de fato! Certamente foi difícil, em grande escala, até porque eu vivi a velhice da minha avó, isso é complicado emocionalmente para o cuidador.

Em algum momento você se questionou se deveria continuar com isso, ou quis desistir? Se sim, o que te fez seguir adiante?

Acho que nunca quis desistir, mas muitas vezes me perguntei se teria forças. O que me fez seguir a diante? Amor. Gratidão.

Infelizmente, a vovó Nilva nos deixou. O que você pretende fazer a partir de agora? Vai retomar a vida de onde estava ou vai dedica-la definitivamente a divulgação da doença?

Vou fazer ambos. Certamente vou aproveitar essa visibilidade que o livro e a página ganharam pra fomentar esse debate a nível nacional. É importante que o Brasil possa ter a oportunidade de avançar na questão Terceira Idade, estamos atrasados e envelhecer é uma luta quase impossível por aqui, principalmente quando há um obstáculo, como o Alzheimer. 

O que você diria para quem está enfrentando a mesma situação ou acabou de descobrir que um parente está com Alzheimer? 

Força, em primeiro lugar! A ‘cura’ do portador passa por vários estágios, eu falo sobre isso no livro inclusive. Mas é importante chegarmos em: amor e humor. Só aí vamos obter forças pra seguir em frente!


Postado no site O Lado Bom do Mundo em 03/05/2014