Como escolher o Ovo de Páscoa?




Patrícia Larrothiere

A dica de hoje é para vocês que já estão por aí procurando os deliciosos ovos de Páscoa! Antes de fazer suas compras, preste bem atenção nestas dicas dadas pela nossa nutricionista, Laíse Pinho.

Como escolher o Ovo de Páscoa?

Antigamente, só existiam ovos de Páscoa tradicionais, como o ao leite, branco, meio amargo e, às vezes, o amargo.

Já hoje em dia, podemos encontrar um leque de opções de ovos de páscoa com conceitos diferentes, como o de alfarroba, zero açúcar, ovo diet, de soja… e assim por diante. Com tanta opção no mercado, qual a melhor escolha?

Fique atento…

Ovo de Páscoa Tradicional – Branco, Ao Leite e Amargo


O chocolate branco contém gordura hidrogenada, manteiga de cacau e açúcar, não possuindo benefício algum.

O chocolate ao leite, possui baixo teor de cacau e níveis altos de açúcar, porém, ainda é menos calórico que o branco.

A melhor opção é o chocolate amargo, que contém mais cacau em sua composição do que qualquer outro ingrediente, com benefícios como proteção ao coração e sensação de bem-estar. Escolha os que possuem no mínimo 60% de cacau.

Ovo de Páscoa Diet ou 0% açúcar

Certamente você pensou: “Obaaa! Chocolate sem açúcar posso comer à vontade.”. Aí que você se engana, pois o chocolate diet ou 0% de açúcar é feito para pessoas que precisam controlar a ingestão de açúcar, como por exemplo os portadores de Diabetes, e para compensar a falta de açúcar, esses chocolates podem ganhar maior dose de gordura, sendo mais calórico do que o chocolate ao leite tradicional. Fique atento às informações nas embalagens.

À base de soja

O ovo de páscoa feito com extrato de soja e cacau, sem lactose ou glúten é especialmente indicado para pessoas com intolerância à lactose e aos celíacos. É 100% vegetal mas não necessariamente orgânico.

Alfarroba

Outra alternativa para intolerantes à lactose e celíacos. A alfarroba tem pouquíssima gordura, é pouco calórica, e rica em fibras. Seu sabor é similar ao do chocolate amargo. Sem adição de açúcar por ser naturalmente doce, ótimo para os portadores de Diabetes.

Ovo WheyProtein

O ovo de chocolate com wheyprotein é indicado para os praticantes de atividade física que não querem sair da dieta nesta Páscoa ou pessoas que precisam de uma boa ajuda na recuperação de massa muscular.

Chocolate recheado ou de colher 


ATENÇÃO com esses apetitosos ovos de Páscoa, são lindos e deliciosos, mas cheios de açúcar, gorduras e calorias. Se não resistir, prefira os que contém frutas e/ou castanhas. 

Pense o seguinte: quanto mais recheado o ovo, mais recheado vou ficar! 



Postado no blog Antenadas da Paty em 11/04/2014


Merval e Sardemberg caluniam Blogueiros que entrevistaram Lula


Sardemberg e Merval


Eduardo Guimarães no Blog da Cidadania:


Qualquer pessoa que a natureza tenha dotado de um mísero neurônio ficará intrigada com os textos e comentários que a grande mídia publicou sobre a entrevista que o ex-presidente Lula concedeu a blogueiros na última terça-feira (8/4). Quem são os blogueiros que essa mídia critica sem dar nomes? Por que não diz quem são? Qual é a razão desse mistério todo?

Além de distorcer as palavras de Lula ou até de inventar coisas que ele não disse, a mídia ainda vem caluniando esses blogueiros. Que calúnias? As de sempre, de que eu, por exemplo, digo aquilo que digo porque sou “financiado” pelo governo federal.

Não há grande jornal ou telejornal que não tenha divulgado algum texto atacando os blogueiros. Em geral, com ironias, dizendo-nos “amigos” de Lula, como no caso da colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde, casada com um marqueteiro com extensa folha de serviços prestados ao PSDB e que, há anos, dedica-se a atacar o PT todo dia.

Antes de prosseguir, um esclarecimento: infelizmente, não sou “amigo” de Lula; sou, apenas, um admirador e eleitor. Defendo o ex-presidente desde 1989. Neste blog, defendo desde 2005, quando criei a página. Nunca escondi isso de ninguém. Mas ser amigo é outra coisa.

Não frequento a casa de Lula, não tomo uma cachacinha ou fumo um havana com ele. Não tenho nem mesmo seu telefone pessoal. Gostaria, mas não tenho esses privilégios.

Aliás, posso garantir que, na entrevista que Lula concedeu a blogueiros, nenhum deles pode se dizer seu “amigo” no sentido literal.

Mais grave, porém, é quando a mídia calunia. A mesma Eliane Cantanhêde e a mesma Folha de São Paulo distorceram a fala de Lula sobre a situação do país.

Ao responder a uma pergunta sobre a razão dos protestos de rua, Lula disse que ainda não foi possível fazer tudo que precisa ser feito, mas que Dilma vai ter que ver como melhorar ainda mais o país. A mídia distorce tudo e diz que Lula criticou o governo Dilma ao dizer que “poderíamos estar melhor”.

A Folha escreveu essa distorção em editorial e a colunista em sua coluna, contígua aos editoriais do patrão.

Poderia ficar citando, um a um, essa extensa fila de colunistas e editoriais da grande mídia que atacaram os blogueiros com ironias ou até com calúnias, mas devido à repercussão da entrevista acho ocioso.

Enfim, direito de criticar todo mundo tem. Até distorcer a fala de Lula aos blogueiros, como fizeram tantos veículos, não requer muito gasto de tempo porque a entrevista pode ser assistida por quem tiver interesse na verdade e, assim, essas distorções terão sido inúteis. Já para quem não se preocupa com os fatos, mas sim com as versões, não adianta dizer nada porque vai acreditar só no que quer.

Mais grave, porém, é o que fizeram os comentaristas da Globo Merval Pereira e Carlos Alberto Sardemberg na rádio CBN. Ambos acusaram os blogueiros que entrevistaram Lula de terem as opiniões que têm por serem financiados pelo governo federal.

Ouça, abaixo, a calúnia sobretudo de Sardemberg.


Epa! Que história é essa? Não posso falar pelos outros companheiros que estiveram comigo na entrevista. Porém, que eu saiba nenhum dos que estavam ali recebe financiamento do governo federal para dizer o que pensa.

Sim, talvez algum dos entrevistadores tenha publicidade oficial em seu site assim como a Globo ou a Folha têm… Mas e daí? A Secom federal tem normas muito claras para anunciar em qualquer veículo. Ter um anúncio do Banco do Brasil ou da Petrobrás quer dizer que aquele blogueiro diz o que diz por causa dessa publicidade?

Ora, o governo de São Paulo gasta uma montanha de dinheiro com a Folha de São Paulo ou com a Globo ou com a Abril ou com o Estadão. E daí? Está comprando esses veículos para que ataquem tão obsessivamente o PT?

Sardemberg e Merval foram longe demais. Mesmo que algum dos blogueiros que entrevistaram Lula receba alguma publicidade oficial, como afirmar que é por isso que tem a opinião que tem sobre o governo federal, sobre Lula, sobre o PT?

Eu, por exemplo, nunca recebi um tostão do governo federal. Nem publicidade. Nadinha. E se recebesse seria legítimo. Ninguém teria o direito de me acusar de dizer o que digo devido àquele contrato de publicidade.

Sei que a grande maioria dos blogueiros que entrevistaram Lula está na mesma situação que eu. Mas, repito, mesmo que alguém daquele grupo tenha alguma publicidade oficial em seu site isso não autoriza ninguém a dizer que essa publicidade é que manda no que diz. Essa acusação é crime de calúnia, de difamação, de injúria. Causa danos morais e materiais.

Não conversei com os amigos blogueiros, mas essa conversinha entre Merval e Sardemberg me parece criminosa.

A mídia sempre toma cuidado ao acusar blogueiros. Não lhes dá nomes. Desta vez, porém, dois de seus caluniadores foram imprudentes ao darem nomes, ainda que indiretamente. Só quero ver como irão provar que o Eduardo Guimarães, por exemplo, foi subornado para ter as opiniões políticas que repete todo dia neste blog há quase uma década.



Lula, blogs e mentiras do Zero Hora




Luiz Carlos Azenha
 no blog Viomundo

O Tijolaço nos informa que o diário direitista gaúcho Zero Hora teve o seguinte a dizer sobre a entrevista do ex-presidente Lula a blogueiros: “O ex-presidente sentou-se à mesa com pessoas que não têm como oferecer a neutralidade reclamada. Seus ouvintes eram responsáveis por blogs assumidamente governistas, muitos dos quais sustentados por verbas oficiais.”

O Zero Hora, como se sabe, pertence à família Sirotsky, do Grupo RBS, parceiro comercial e ideológico das Organizações Globo (olhem na lista acima) no Sul do país.

Se tivesse feito o trabalho jornalístico que se requer de uma poderosa empresa jornalística, teria descoberto o óbvio: a grande maioria dos blogueiros que entrevistaram o ex-presidente Lula não recebe um tostão sequer de “verbas oficiais”. Basta consultar as informações divulgadas pela Secom, a Secretaria de Comunicação Social ligada à Presidência da República.

Da entrevista participaram Renato Rovai (Revista Fórum e Blog do Rovai), Altamiro Borges (Blog do Miro), Conceição Lemes (Viomundo), Fernando Brito (Tijolaço), Marco Weissheimer (Sul 21 e Carta Maior), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Kiko Nogueira (Diário do Centro do Mundo) e Miguel do Rosário (O Cafezinho).

Posso estar errado, mas dos veículos acima citados só a Carta Maior constava da listagem mais recente a que tive acesso, numa proporção absolutamente compatível com a importância que o site tem para a esquerda brasileira e para o público de esquerda existente no país.

Portanto, além de mentir neste ponto - “muitos dos quais sustentados por verbas oficiais” -, o Zero Hora sonegou de seus leitores outra informação fundamental, se realmente pretendia debater financiamento oficial da mídia e independência editorial.

Sonegou o fato de que o Grupo RBS certamente está na lista dos maiores receptores de dinheiro público dentre, digamos, os 50 maiores grupos de mídia do Brasil, pois recebe dinheiro do governo federal, de governos estaduais e de prefeituras. Se pretendia debater honestamente o assunto, o Zero Hora deveria contar aos leitores quanto exatamente a RBS recolhe em “verbas oficiais”.

O que levaria os leitores a concluir: se o Zero Hora, com todo o dinheiro oficial recebido pelo Grupo RBS, pode se declarar “independente”, por que blogueiros que não recebem um tostão em dinheiro oficial não podem ser independentes? Teriam sido abduzidos pelo lulismo? Hipnotizados pelo petismo?

Por que sonegar dos leitores que os entrevistadores de Lula representam blogues de esquerda, que se contrapõem ao jornalismo de direita do Zero Hora? Ah, sim, porque na cabeça dos editores do diário gaúcho o Zero Hora paira sobre a sociedade, “neutro”. Não é conservador, nem de direita.

Se eventualmente elogiamos medidas do governo, o que nos custa a pecha de “governistas”, sem receber nada em troca, isso deveria ser elogiável: é demonstração de que colocamos convicções políticas adiante de interesses comerciais, algo muito raro no jornalismo de hoje. As convicções políticas da família Sirotsky, aliás, ficam absolutamente explícitas na linha editorial dos órgãos midiáticos do grupo RBS. Por que, então, deveríamos esconder as nossas? Isso não nos dá, nem a eles, o direito de distorcer, manipular ou mentir. Na entrevista de Lula foram tratados todos os temas importantes da conjuntura política atual, da Petrobras ao caso do deputado André Vargas, de Lula candidato à Copa do Mundo. Sem antipetismo doentio, sem pré-julgamentos e dando ao ex-presidente o direito de se expressar.

O Viomundo, como vocês sabem, tem como política não receber “verbas oficiais”, de governos de todas as esferas ou de empresas públicas.

Por que o Zero Hora não adota a mesma diretriz, que contribuiria para cortar os gastos públicos? Quantas creches e hospitais poderiam ter sido construídos com o dinheiro que o Grupo RBS embolsou até hoje em “verbas oficiais”?

Taí um exercício que os editores do diário gaúcho ficam devendo a seus leitores, assim como aos ouvintes e telespectadores do Grupo RBS: um debate honesto sobre o financiamento da mídia.

É óbvio que sabemos exatamente o motivo da chiadeira da família Sirotsky.

Ela se revolta com a perda do monopólio da informação, que até recentemente permitia ao grupo selecionar as notícias “existentes” ou não, os ângulos e as frases pinçadas de uma longa entrevista que permitiam empacotar a sua “versão” dos fatos.

Desculpem, mas a internet acabou com isso: entrevistas longas, em tempo real, ficam imediatamente disponíveis, na íntegra, em rede, permitindo a leitores/ouvintes/telespectadores que fiscalizem eles próprios as distorções, omissões e manipulações tão comuns na mídia corporativa (na mesma tarde da entrevista a assessoria do ex-presidente denunciou que Folha e O Globo haviam adulterado a fala de Lula).

Desde muito antes de Assis Chateaubriand, empresas jornalísticas brasileiras cresceram explorando a capacidade de extorquir dinheiro sob a ameaça de investigar/denunciar/desconhecer autoridades ou empresários; para os que abriram o cofre, em compensação, ficou o benefício do “espaço controlado” para falar à opinião pública.

Quando um líder como o ex-presidente Lula decide falar sem tal intermediação corporativa, paira no ar forte ameaça ao monopólio da palavra que sustenta o jornalismo chantagista.

A ação de Lula ameaça o bolso dos Sirotsky. É disso que se trata.

(Se o Zero Hora se desse ao trabalho de investigar antes de escrever besteira, encontraria críticas ao governo federal/Lula/PT no Viomundo, bastando clicar dentre dezenas de outros lugares aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui).

[O Viomundo é sustentado por contribuições voluntárias de seus leitores. Estamos trabalhando nas contribuições involuntárias, mas a grana ainda não deu para comprar o AK47. Torne-se um assinante antes disso!]



Redes sociais rompem cerco midiático




Alberto Cantalice no site Linha Direta:

Longe de controles econômicos ou paradigmas a internet chegou para tirar o bolor e a manipulação constante do noticiário, notadamente, da chamada grande imprensa e seus articulistas que se consideram os “donos da verdade”.

A aprovação do Marco Civil da Internet coloca o Brasil na vanguarda e libera as redes das amarras do mercado. A vitória da neutralidade da rede na Câmara impediu de a mesma se transformar em uma mera TV a cabo que geraria o aumento dos custos para os usuários e dificultaria o acesso das camadas populares aos benefícios da internet.

O engajamento de diversos setores da sociedade e o firme propósito da Presidenta Dilma em garantir o Marco Civil resultaram em uma votação quase unanime na Câmara dos Deputados, fato relevante para assunto de tamanha envergadura.

As esquerdas por terem tido sua voz omitida nos grandes veículos e por terem sofrido uma longa e sistemática perseguição pela ditadura do pensamento único devem estimular o uso das redes sociais. Se já existissem as ferramentas de rede social a escandalosa manipulação perpetrada pela Rede Globo de Televisão do debate entre Lula e Collor em 89 teria sido desmascarada em tempo real. A farsa do ataque da bolinha de papel engendrada pelo então candidato José Serra em 2010 com o auxílio das redes sociais pode ser denunciado e desmascarado.

Competir com o poderio econômico dos meios tradicionais de comunicação é dificílimo. Estabelecidos há décadas e bafejados pelos poderes financeiros nacionais e internacionais, os grandes meios de comunicação construíram no Brasil verdadeiros oligopólios midiáticos de gestão familiar. Essa condição monopolística não encontra paralelo em nenhuma grande democracia do mundo moderno. Como pode um único grupo de comunicação possuir Tvs abertas e fechadas, rádios, jornais, revistas, editoras e até gravadoras? Nos Estados Unidos, Meca do capitalismo mundial, as leis vigentes não permitem tal situação.

Aqui, fortalecidos pela subalternidade de variados setores políticos, eles podem isso e muito mais. Tem sido difícil garantir o Direito de Resposta contra ataques desferidos pela mídia, objetivando arruinar a reputação de pessoas físicas e jurídicas. Eles acobertam-se com o manto da “liberdade de expressão” que só vale para um lado: o lado deles!

O Partido dos Trabalhadores já percebeu o dinamismo das novas ferramentas de comunicação. O PT, por ser um partido de militantes e ativistas, muitos com o “couro curtido”, pela longa disputa política, vem mostrando a face e agindo à luz do dia nas redes.

A contribuição da valorosa e combativa militância do PT, divulgando as ações dos governos populares e, ao mesmo tempo, combatendo as mentiras e calúnias que se apresentam no dia a dia tem sido um diferencial.

Diferentemente dos partidos políticos, cuja principal função é a disputa eleitoral, o PT mantém e amplia seus vínculos com os movimentos sociais e com as pautas que visam o aprofundamento da democracia no Brasil. O caminho a se percorrer para que sejam ampliadas as conquistas da imensa maioria de brasileiras e brasileiros que vive à mercê da pausterização do noticiário é longo.

Disputar a pauta de mudanças é tarefa nossa. Quanto mais ativos e participantes formos, mais condições teremos de alcançar os setores da sociedade brasileira que se encontram do lado de fora das discussões políticas, seja por desconhecimento, pelo afastamento ou por desencanto provocado pelo denuncismo, sem fim, dos meios de comunicação tradicionais.

Submetidos ao bombardeio reiterado da imprensa comercial e da pusilanimidade de certos intelectuais que são meros porta-vozes do antiprogressismo, grande parcela da nossa população não tem acesso a outro tipo de opinião.

Por tudo isso apoiar a mídia alternativa também é uma obrigação das forças populares. O simples fato de amplificar as vozes no panorama da comunicação já é de grande valia. Mesmo quando um blogueiro ou outro não pense como nós.

Há espaço de sobra para uma atuação firme que vise apresentar novidades. A mesmice é a razão da força do status quo. Sejamos diferentes esse é o caminho do futuro.


Mino Carta : “mídia nativa” tenta jogar Lula contra Dilma







O senhor vai atirar em mim?



Coletivo artístico global e comunidades paquistanesas criam imagem de vítima de drone que, vista de satélite, expõe horror da guerra tecnológica


Cibelih Hespanhol



Christian Boltanski, artista francês, uma vez disse: “em uma guerra não se matam milhares de pessoas. Mata-se alguém que adora espaguete, outro que é gay, outro que tem uma namorada. Uma acumulação de pequenas memórias…”.



Na chamada “guerra ao terror”, no Paquistão, matam-se milhares de pessoas. Segundo a revista Rolling Stone, o Exército norte americano já possui até mesmo um apelido para uma de suas principais ferramentas no combate. Os drones, ataques feitos com aviões não tripulados, são chamados de “bug splat” – inseto esmagado.


A leviandade em se equiparar vidas humanas com insetos amassados pode ser um eficaz artifício para dissimular aos próprios militares a dimensão de seus atos. Para que se lembrem que não são insetos, mas milhares de pessoas; e ainda, que não são milhares de pessoas, mas “uma que adora espaguete, outra que é gay, outro que tem uma namorada…”, o coletivo de arte Inside Out Movement bolou uma ação. No projeto intitulado “Not a bug splat” colocaram um retrato gigante de uma criança estendido sobre o solo da região noroeste do país.





Agora, o operador dos ataques com drones não vê em sua tela um vasto território onde não é possível identificar uma acumulação de pequenas memórias, mas um retrato no qual uma menina de cabelos curtos sustenta um olhar difícil de corresponder. 

O retrato é grande o suficiente para ser visto por satélites e aparecer em sites de mapeamento. E o local onde está, na fronteira com o Afeganistão, é alvo majoritário dos ataques norte americanos – apontado como região onde se reúnem forças que colaboram com o talibã e organizações terroristas. [Cabe aqui uma pequena grande nota: um levantamento chamado “Out of sight, out of mind” confirmou que, apesar dos muitos ataques realizados desde 2004, apenas 1,5% dos casos possuíam verdadeira ligação terrorista]. 


Enquanto isso, o rosto do retrato também tem sua história. Apesar de não se saber o nome da menina que nos encara em seus grandes olhos, sabe-se que seus pais e irmãos também morreram nos ataques. 

Em toda a região, já foram mortas pelos bugs splats mais de 3 mil pessoas. Algumas adoravam espaguete, outras eram gays, outras tinham uma namorada.


As crianças se reúnem em torno do cartaz
As crianças se reúnem em torno do cartaz


Postado no site Outras Palavras em 09/04/2014