Luiz Fróes
Pensar parece um exercício que está cada vez mais em desuso e o pensamento crítico está em vias de extinção sendo banido, inclusive de escolas e universidades.
“Pensamento e pensar são, respectivamente, uma forma de processo mental ou faculdade do sistema mental . Pensar permite aos seres modelarem o mundo e com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a conceitos e processos similares incluem cognição, senciência, consciência, ideia, e imaginação. O pensamento é considerado a expressão mais “palpável” do espírito humano, pois através de imagens e ideias revela justamente a vontade deste.”
Já o pensamento crítico é o uso do processo mental para, de forma racional: decidir se acredita em algo ou não; obter através de investigação argumentos que fundamentem as suas crenças; melhorar nossas atividades diárias para obtermos resultados melhores; e evitar que sejamos manipulados por falácias ainda que bem enfeitadas.
Vários fatores contribuíram para que a nossa sociedade chegasse a este estado de indigência intelectual. Grandes obras clássicas foram banidas das escolas sob os mais diversos pretextos (falta de “diversidade”, linguagem complexa, etc.) e foram substituídas por obras que, se não ideologicamente comprometidas, de qualidade flagrantemente inferior; professores passaram a contar apenas “um lado da história” nos colégios submetendo os alunos a uma doutrinação (em 99% dos casos de esquerda); a facilidade dos meios de pesquisa tiveram dois efeitos colaterais de deixar as pessoas mais preguiçosas e de tornar os conteúdos superficiais.
Tudo isso somado a uma série de decisões políticas equivocadas minaram o pensamento crítico.
A cada dia que passa as pessoas parecem mais capazes de “engolir” as maiores e mais deslavadas mentiras ou por não saber pensar de forma crítica ou por preguiça e uma vontade enorme de viver em um mundo de faz de conta. Valores tradicionais vêm sendo, sistematicamente, substituídos por outros mais “modernos” sem que as pessoas ao menos pesem as consequências destas mudanças a médio e longo prazo.
Se vocês, meus queridos dois leitores, não querem ser massa de manobra, idiotas úteis, analfabetos funcionais, etc., tenho algumas sugestões para você:
1. Estude e compreenda, com profundidade, o que é causa e consequência;
2. Estude retórica (ao menos o básico);
3. Leia (esta
lista, por exemplo);
4. Leia mais;
5. Abandone preconceitos;
6. Questione;
7. Busque respostas para seus questionamentos;
8. Questione novamente;
9. Busque novas respostas para os novos questionamentos;
10. Vá até as fontes primárias (correspondências e diários, assentos de registros públicos ou privados (civis, imobiliários, censitários, financeiros etc.) periódicos, textos literários e narrativos, testemunhas oculares, registros fotográficos);
11. Discuta suas ideias com outras pessoas e deixe que elas o questionem;
12. Forme a sua opinião;
Lembre-se sempre de que pensar é uma excelente forma de justificar a sua existência.
“ Cogito, ergo sum ” Descartes.